A
irmã mais nova do antigo líder comunista Álvaro Cunhal, Maria Eugénia Cunhal,
também militante do PCP, jornalista e escritora, morreu hoje, aos 88 anos,
informou o secretariado do Comité Central daquele partido.
Os
dirigentes comunistas expressam "profunda mágoa e tristeza" pelo
falecimento de Eugénia Cunhal, pessoa com "uma vida dedicada à luta contra
o fascismo, pela liberdade, contra a exploração capitalista, pela democracia,
pela paz, o socialismo e o comunismo", dirigindo "aos seus filhos,
neta e restante família, as suas sentidas condolências".
O
corpo de Maria Eugénia Cunhal, nascida em 17 de janeiro de 1927 - uma dos três
irmãos de Cunhal - estará em câmara ardente na sociedade "Voz do
Operário", em Lisboa, a partir das 11:00 de sexta-feira. A cerimónia
fúnebre, que culmina no cemitério do Alto de São João, começará pelas 11:00 de
sábado, até à cremação, prevista pelas 12:00.
Maria
Eugénia Cunhal, 14 anos mais nova que o histórico secretário-geral comunista,
falecido em 2005, pertencia ao setor Intelectual (Artes e Letras) da
Organização Regional de Lisboa do PCP, foi detida pela polícia política do
Estado Novo aos 18 anos, sendo ainda presa para interrogatórios noutras
ocasiões, enquanto Álvaro Cunhal se encontrava na clandestinidade.
Professora,
tradutora, jornalista e escritora foram as suas ocupações profissionais, tendo publicado
as obras "O Silêncio do Vidro" (1962), "História de Um Condenado
à Morte" (1983), "As Mãos e o Gesto" (2000), "Relva Verde
Para Cláudio" (2003) e "Escrita de Esferográfica" (2008), além
da primeira tradução para Português dos contos de Tchekov, "Os
Tzibukine" (1963).
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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