Por
curiosidade recorremos à Wikipédia e ao que contêm sobre o racismo no Brasil,
ali se conclui que o racismo é profundo (uma vergonha para os brasileiros) e
que o apartheid é evidente. Racismo que ascende da era colonial portuguesa e se
colou na pele alva dos colonialistas e seus descendentes com origens em várias
nacionalidades europeias – principalmente.
Quando
vimos brasileiros todos comunicativos e a usar o seu dom nessa arte de
comunicar, de divertir, de prestabilidade e de amizade, jamais nos passa pela
cabeça que ali pode estar contido um racista que todos os dias fermenta o
racismo naquele enorme e riquíssimo país. Passaram séculos e tudo indica que
não há volta a dar ao espírito e atitudes racistas dos brasileiros descendentes
dos que se acoitaram no Brasil então colónia de Portugal. Porém no Brasil não
foram só os portugueses que o colonizaram. Outros de outras nacionalidades
europeias o fizeram, do norte e leste da Europa. Talvez pequenos Hitleres que não
se lembram que existem por serem oriundos da Mãe África, Berço da Humanidade. Nem
se lembram que também eram negros, nos primórdios. Então? Racistas porquê?
Existe
uma boa parte do Brasil que merece ser reciclada, esclarecida, civilizada,
humanizada. Leia-se o texto compilado da Wikipédia. Talvez ajude.
Redação PG / MM
O
racismo no Brasil
O racismo
no Brasil tem sido um grande problema desde a era
colonial e escravocrata imposta pelos colonizadores portugueses. Uma pesquisa publicada
em 2011 indica que 63,7% dos brasileiros consideram que a raça interfere
na qualidade de vida dos cidadãos.
Para a maioria dos 15 mil entrevistados, a diferença entre a vida dos brancos e de não brancos é evidente no
trabalho (71%), em questões relacionadas à justiça e à polícia (68,3%) e em
relações sociais (65%). O termo apartheid social tem sido utilizado
para descrever diversos aspectos da desigualdade econômica, entre outros no Brasil, traçando
um paralelo com a separação de brancos e negros na sociedade sul-africana,
sob o regime do apartheid.[1]
O
resultado da pesquisa, elaborada em 2008, demonstra que, apesar de compor
metade da população brasileira, os negros elegeram
pouco mais do que 8% dos 513 representantes escolhidos na última eleição. Além
disso, o salário de um homem branco no Brasil é, em média, 46% superior em
relação ao de um homem negro, o que também pode ser explicado pela diferença de
educação entre esses dois grupos.[2] Além
disso, de acordo com um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea), o percentual de negros assassinados no país
é 132% maior que o de brancos.[3]
Daqueles
que ganham menos de um salário mínimo, 63% são negros e 34% são brancos.
Dos brasileiros mais ricos, 11% são negros e 85% são brancos. Em uma pesquisa
realizada em 2000, 93% dos entrevistados reconheceram que existe preconceito racial no
Brasil, mas 87% dos entrevistados afirmaram que mesmo assim nunca sentiram tal
discriminação. Isto indica que os brasileiros reconhecem que há desigualdade
racial, mas o preconceito não é uma questão atual, mas algo remanescente da
escravidão. De acordo com Ivanir dos Santos (ex-especialista do Ministério da Justiça para
assuntos raciais), "há uma hierarquia de cor da pele onde os negros parecem
saber seu lugar."[4] Para
a advogada Margarida Pressburger, membro do Subcomitê de Prevenção da Tortura
da Organização das Nações Unidas (ONU),
o Brasil ainda é "um país racista e homofóbico."[5]
Um
relatório divulgado pela ONU em 2014, com base em dados coletados no fim de
2013, apontou que os negros do país são os que mais são assassinados, os que
têm menor escolaridade, menores salários, menor acesso ao sistema de saúde e os
que morrem mais cedo. Também é o grupo populacional brasileiro que mais está
presente no sistema prisional e o que menos ocupa postos nos governos. Segundo
o relatório, o desemprego entre os afro-brasileiros é 50% superior ao restante
da sociedade, enquanto a renda é metade da registrada entre a população branca.
As taxas de analfabetismo são duas vezes superiores ao
registrado entre o restante dos habitantes. Além disso, apesar de fazerem parte
de mais de 50% da população (entre pretos e pardos), os negros
representam apenas 20% da produção do produto interno bruto (PIB) do país. A violência policial contra os negros e o
racismo institucionalizado também são apontados pelas Nações Unidas. "O
uso da força e da violência para o controle do crime passou a ser aceito pela
sociedade como um todo porque é perpetuado contra uma setor da sociedade cujas
vidas não são consideradas como tão valiosas", criticou a ONU. Em 2010,
76,6% dos homicídios no país envolveram afro-brasileiros. Apesar de reconhecer
avanços no esforço do governo para lidar com o problema, o chamado mito "democracia
racial" foi apontado pela organização internacional como um
impedimento para superar o racismo no país, visto que é "frequentemente
usado por políticos conservadores para desacreditar ações afirmativas". "A negação da sociedade
da existência do racismo ainda continua sendo uma barreira à Justiça",
afirmou o relatório.[6]
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