Nuno Gomes Nabian, primeiro
vice-presidente do Parlamento, e Cipriano Cassamá, presidente da Assembleia
Nacional Popular, são dois nomes apontados para a disputa das eleições
presidenciais marcadas para 24 de novembro.
É uma estreia na Guiné-Bissau:
pela primeira vez as duas principais figuras do Parlamento são potenciais
candidatos às eleições presidenciais. Uma das candidaturas deverá ser a de Nuno
Gomes Nabian, primeiro vice-presidente do Parlamento e membro da Assembleia do
Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB).
Outra possível candidatura é a de
Cipriano Cassamá. O atual presidente da Assembleia Nacional Popular, que é
também primeiro vice-presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e
Cabo Verde (PAIGC), anunciou
este mês que se iria candidatar à Presidência da República.
"Saindo uma figura da mesa,
terá que ser substituída por uma outra figura da proposta do partido que detém
esse lugar. Obviamente que o próprio partido indicará uma outra pessoa que será
sufragada de novo no hemiciclo da Assembleia Nacional Popular", esclarece.
Cassamá ainda não foi confirmado
pelo partido
Há, no entanto, uma grande
incógnita em torno da candidatura de Cassamá. O presidente do Parlamento enviou
uma carta a Domingos Simões Pereira, o líder da sua formação política, a pedir
o apoio do PAIGC para concorrer às eleições. Mas o partido ainda não decidiu se
apoia Cassamá formalmente.
Luís Peti prevê uma rotura se
outros dirigentes do PAIGC decidirem enfrentar Domingos Simões Pereira,
caso o líder partidário avance com uma candidatura presidencial.
"Se o presidente do PAIGC
decidir concorrer, será que é moralmente bem visto os outros dirigentes
concorrerem com ele às primárias do partido, tendo em conta que ele foi
sacrificado enquanto presidente?", questiona o jurista.
O Presidente cessante José Mário
Vaz ainda não anunciou se vai ou não recandidatar-se à Presidência da República
nas próximas eleições de 24 de novembro.
Iancuba Dansó (Bissau) | Deutsche
Welle
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