Chefe da diplomacia portuguesa,
Augusto Santos Silva, está na Guiné-Bissau. A visita de três dias marca a
"retoma, ao mais alto nível", das relações diplomáticas e de
cooperação entre os dois países.
Esta é a primeira vez que um
governante estrangeiro visita a Guiné-Bissau desde que o país tem um novo
Governo. E é também a primeira vez que um ministro dos Negócios Estrangeiros
português vai a Bissau, nove anos depois da visita do antigo chefe da diplomacia
portuguesa Luís Amado.
"Este é um marco histórico
nas relações políticas e diplomáticas da Guiné-Bissau e de Portugal",
afirmou a ministra guineense dos Negócios Estrangeiros, Suzi
Barbosa, antes da visita de Augusto Santos Silva.
A estadia do ministro português
na Guiné-Bissau assinala o retomar do programa estratégico de cooperação entre
os dois países, que esteve parado desde 2015, quando estalou a crise política
guineense.
À chegada a Bissau, na
quinta-feira (25.07) à noite, Santos Silva reconheceu que a cooperação entre os
dois países esteve "aquém do seu potencial".
Mas "não há nenhuma
razão" para que isso continue a acontecer, frisou o ministro.
Esta sexta-feira, Augusto Santos
Silva encontrou-se com o Presidente guineense, José Mário Vaz, e com diferentes
personalidades políticas do país. Nos encontros, o governante reforçou a
vontade de Portugal de estreitar os laços diplomáticos com a Guiné-Bissau.
Segundo Santos Silva, são estas
as áreas prioritárias para a cooperação: "a educação, evidentemente, a
saúde, mas também a segurança e o apoio nas funções de soberania, também a
economia, a agricultura e o desenvolvimento rural."
Contudo, o governante português
esclarece a modalidade de funcionamento da cooperação com a Guiné-Bissau:
"Cooperação, para Portugal e para a Guiné-Bissau, quer dizer parceria. É
uma parceria da qual ambos os parceiros retiram benefícios. Não é um ajudar ao
outro, é ajudarem-se ambos. É serem ambos companheiros de uma estrada comum: a
estrada do desenvolvimento", afirmou Augusto Santos Silva.
O ministro viaja acompanhado da
secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros, Teresa Ribeiro. Antes do fim da
visita, no sábado (27.07), será assinado o "Compacto Lusófono", uma
iniciativa lançada em 2017 pelo Banco Africano para o Desenvolvimento (BAD) e
pelo Governo português, para financiar projetos lançados nos países lusófonos.
Iancuba Dansó (Bissau) | Deutsche
Welle
Na foto: Chefe da diplomacia
portuguesa, Augusto Santos Silva, e homóloga guineense, Suzi Barbosa
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