"O
Governo está preocupado com a aproximação do fim das férias de verão e [com o
facto] de os alunos que estudam no estrangeiro necessitarem de viajar para
prosseguir os estudos", divulgaram as autoridades de Macau em comunicado.
Os
cinco voos, com destino ao Reino Unido (Londres) e França, vão ser operados
pela companhia aérea de Taiwan Eva Air, com escala na capital, Taipé,
precisaram as autoridades na nota.
"À
chegada, os alunos podem optar por viajar para Portugal e outros países e
preparar-se para o início das aulas", pode ler-se na nota do executivo.
Na
segunda-feira, o cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Paulo Cunha
Alves, disse à Lusa que pelo menos duas dezenas de alunos portugueses no
território aguardavam para saber como viajar para Portugal para frequentar
estudos superiores, tendo alguns contactado o consulado com pedidos de
informação.
O
diplomata precisou nessa altura que era "difícil estimar" o total de
alunos afetados pelas restrições às viagens impostas no território devido à
pandemia de covid-19.
De
acordo com Paulo Cunha Alves, ao consulado chegaram "alguns pedidos de
informação" de alunos, depois de as autoridades da Região Administrativa
Especial de Macau [RAEM] anunciarem ser pouco provável que venha a ser reaberto
um corredor marítimo com Hong Kong, de onde saem a maioria dos voos
internacionais.
"Estamos
em contacto com as autoridades da RAEM para as sensibilizar para o assunto,
embora existam outras possibilidades, como seja o cumprimento da quarentena em Hong Kong antes de
viajar para a Europa ou tentar efetuar ligações aéreas via Taipé ou Seul
[capital da Coreia do Sul], a partir do aeroporto internacional de Macau",
referiu ainda Paulo Cunha Alves.
Na
quinta-feira, alguns pais de alunos finalistas da Escola Portuguesa de Macau
estiveram reunidos com o cônsul, para solicitar ajuda na organização de um voo
'charter' para cerca de 40 alunos, segundo o jornal local Hoje Macau, com o
diplomata a indicar que tal não seria viável, segundo a mesma fonte.
Macau
foi dos primeiros territórios a identificar casos de infeção com a covid-19,
antes do final de janeiro.
O
território registou então uma primeira vaga de dez casos.
Seguiu-se
outra de 35 casos a partir de março, todos importados, uma situação associada
ao regresso de residentes, muitos estudantes no ensino superior em países
estrangeiros.
O
último paciente diagnosticado com covid-19, o 46.º no território desde que o
surto começou, registou-se em 25 de junho e recebeu alta hospitalar em 17 de
julho.
Desde
o início de um plano que permite a marcação individual de testes de ácido
nucleico, foram realizados 300 mil, anunciaram hoje as autoridades do
território.
A
pandemia de covid-19 já provocou mais de 712 mil mortos e infetou mais de 19
milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela
agência de notícias France-Presse (AFP).
A
doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em
Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois
de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o
continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
Publicado
em Timor Agora
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