Numa reunião com um alto
representante da petrolífera Total, o Executivo moçambicano comprometeu-se em
restaurar a segurança
"Transmitimos à Total o
nosso total empenho na restauração de condições de segurança favoráveis ao
reatamento de todos os empreendimentos suspensos devido à ação dos terroristas
Durante reuniões em Maputo
esta sexta-feira (30.04), o Executivo moçambicano garantiu aplicar "total
empenho" para restabelecer segurança
No encontro, estiveram presentes os ministros dos Recursos Minerais e Energia de Moçambique, Max Tonela, e da Defesa, Jaime Neto, e o presidente para Pesquisa e Produção da Total, Arnaud Breuillac.
A fonte ouvida pela agência de notícias Lusa avançou que os governantes moçambicanos e Arnaud Breuillac "manifestaram sintonia e confiança em relação à viabilidade dos projetos de gás na bacia do Rovuma".
Projetos sofrem atrasos
Na segunda-feira (26.04), a petrolífera francesa anunciou motivos de "força maior" para ter retirado todo o pessoal do norte de Moçambique, após o ataque armado de 24 de março à vila de Palma, junto ao projeto de gás.
Com arranque previsto para 2024, o projeto da Total está avaliado em 20 mil milhões de euros e é o maior investimento privado em curso em África. Neste projeto está ancorada boa parte das expetativas de desenvolvimento de Moçambique na próxima década.
O projeto de exploração de gás natural da Total no norte de Moçambique irá sofrer "pelo menos um ano de atraso", anunciou esta semana o diretor financeiro do projeto, Jean-Pierre Sbraire.
O arranque da exploração e exportação de gás natural está agora previsto para nunca antes de 2025, segundo as declarações do responsável.
Mais de 30 mil deslocados
De acordo com o Alto Comissariado
das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), cerca de 30 mil pessoas tiveram
que deixar a cidade costeira de Palma desde que foi atacada por grupos armados,
"Estamos especialmente preocupados com a segurança e o bem-estar de pessoas em situação de maior vulnerabilidade, incluindo mulheres e crianças", diz a nota.
Dezenas de pessoas foram mortas durante os ataques, enquanto milhares fugiram a pé, por estrada e por mar. Acredita-se que muitos ainda não tenham conseguido deixar Palma.
Deutsche Welle | Agência Lusa
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