segunda-feira, 16 de maio de 2022

ASSIM VAI A GUERRA NA UCRÂNIA… E NOS BASTIDORES

Ucrânia prepara-se para nova investida russa em Donbass. Rússia diz que adesões de Suécia e Finlândia à NATO são "erros graves"

A Ucrânia está a preparar-se esta segunda-feira para um novo ataque russo na região leste de Donbass, enquanto o contra-ataque das forças ucranianas em torno de Kharkiv ganhou força.

Combates na região de Sumy, perto da fronteira

O governador da região de Sumy, Dmytro Zhyvytskyi, deu conta de combates entre forças russas e ucranianos junto à fronteira entre os dois países.

"Os combatentes russos tentaram atravessar a fronteira para o território da região de Sumy e abriram fogo na zona da fronteira com morteiros, lançados de granadas e metralhadoras. Os guardas de fronteira lutaram com os russos e fixeram-os recuar para lá da fronteira", afirmou, citado pela Hromadske Radio.

Rússia lança ataque de mísseis na região de Odessa

Um ataque russo com recurso a mísseis na região de Odessa danificou infraestruturas turísticas na região e feriu dois adultos e uma criança, informou a agência de notícias Interfax.

"O inimigo continua a atacar a ponte danificada e inoperante sobre o estuário do Dniester, mas atingiu civis. Dois adultos ficaram feridos e uma criança pequena ficou gravemente ferida", indicou a agência, que citou o canal da autarquia de Odessa no Telegram.

Rússia diz que adesões de Suécia e Finlândia à NATO são "erros graves"

A Rússia alertou esta segunda-feira que as decisões de Finlândia e Suécia em juntarem-se à NATO são erros graves e que Moscovo vai tomar medidas.

"Esse é outro erro grave com consequências de longo alcance", afirmou aos jornalistas o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Ryabkov.

"O nível geral de tensões militares vai aumentar. É uma pena que o bom senso esteja a ser sacrificado por algumas ideias fantasmas sobre o que deve ser feito na situação atual", acrescentou.

AFP

Bielorrússia destaca forças especiais ao longo da fronteira com a Ucrânia

O Ministério da Defesa do Reino Unido relatou um aumento da atividade das forças armadas da Bielorrússia ao longo da fronteira com a Ucrânia, alegadamente para impedir que as tropas ucranianas sejam reforçadas.

Na sua atualização diária, o ministério disse que o aliado da Rússia "anunciou o envio de forças de operações especiais ao longo da fronteira com a Ucrânia, bem como defesa aérea, artilharia e unidades de mísseis para campos de treino no oeste do país".

"A presença de forças bielorrussas perto da fronteira provavelmente vai cercar as tropas ucranianas, para que não se possam posicionar em apoio às operações no Donbass", indica o relatório britânico.

Forças ucranianas chegam à fronteira russa perto de Kharkiv

A governadora de Kharkiv anunciou que as tropas que defendem essa região ucraniana chegaram à fronteira com a Rússia.

Este anúncio aconteceu depois de o Ministério da Defesa da Ucrânia ter divulgado um vídeo a mostrar a chegada das tropas ucranianas à fronteira.

Ucrânia prepara-se para nova investida russa em Donbass

A Ucrânia está a preparar-se esta segunda-feira para um novo ataque russo na região leste de Donbass, enquanto o contra-ataque das forças ucranianas em torno de Kharkiv ganhou força.

O controlo do Donbass tornou-se um dos principais objetivos da Rússia, sobretudo depois de o objetivo de tomar Kiev ter falhado.

"Estamos a preparar-nos para novas tentativas da Rússia de atacar em Donbass e de alguma forma intensificar movimentos no sul da Ucrânia", afirmou o presidente Volodymyr Zelensky no seu discurso noturno.

"Os ocupantes ainda não querem admitir que estão num beco sem saída e que a sua chamada operação especial já faliu", acrescentou.

AFP

Bruxelas divulga hoje previsões económicas que já devem refletir efeitos da guerra

A Comissão Europeia divulga hoje as previsões económicas de primavera, que já deverão refletir as consequências da guerra da Ucrânia, causadas pela invasão russa, esperando-se uma revisão em baixa do crescimento na União Europeia (UE) e zona euro.

A apresentação será feita em conferência de imprensa, em Bruxelas, pelo comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, a partir das 11:00 (hora local, menos uma em Lisboa).

Paolo Gentiloni já veio reconhecer que as anteriores previsões de crescimento de 4% da economia do euro e da UE em 2022 são "excessivamente otimistas" devido aos impactos económicos da guerra ucraniana, à crise energética e ao aumento dos preços, admitindo uma revisão em baixa.

Em altura de confronto armado em território ucraniano devido à ofensiva russa, o responsável europeu da tutela reconheceu que, por isso, "existem várias formas através das quais o PIB [da zona euro e da UE] será afetado", em declarações feitas no final de março.

Lusa

MNE ucraniano participa hoje em Bruxelas em reunião da UE

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, participa hoje em Bruxelas na reunião dos chefes da diplomacia da União Europeia (UE), para debater a invasão militar russa do país, quando os 27 tentam aprovar novas sanções.

A reunião, que se inicia pelas 11:00 (10:00 em Lisboa), tem como pontos de agenda uma análise dos "mais recentes acontecimentos da agressão russa contra a Ucrânia" e uma "troca de pontos de vista informal sobre esta matéria com o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, e a ministra canadiana dos Negócios Estrangeiros, Mélanie Joly", esta última em Bruxelas para uma reunião ministerial UE-Canadá.

A reunião dos 27 chefes da diplomacia europeia -- na qual participa o ministro português João Gomes Cravinho -- acontece numa altura em que a UE tenta negociar um embargo energético gradual à Rússia, no âmbito do sexto pacote de sanções à Rússia apresentado pela Comissão Europeia no início de maio, não se prevendo, porém, um acordo no encontro de hoje.

No domingo, após participar na reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Berlim, João Gomes Cravinho garantiu que Portugal poderia "fechar amanhã a torneira do gás ou do petróleo russo", embora essa não seja a situação de todos os Estados-membros.

Lusa

David Pereira | Diário de Notícias

Sem comentários:

Mais lidas da semana