Presidente angolano, João Lourenço, substitui dois ministros do seu governo. Na Agricultura, Isaac dos Anjos substitui António Assis e, no Ensino Superior, Paula Oliveira dá lugar a Albano Ferreira.
O Presidente angolano exonerou, esta quarta-feira, “por conveniência de serviço”, o ministro da Agricultura e Florestas, António Assis, e a ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Paula Oliveira, nomeando para os cargos, respetivamente, Isaac dos Anjos e Albano Ferreira.
Isaac Francisco Maria dos Anjos deixa, assim, o cargo de Secretário do Presidente da República para o Setor Produtivo.
Em comunicado, a presidência angolana afirma que João Lourenço exonerou, ainda, Agostinho da Rocha Fernandes da Silva do cargo de vice-governador da província de Cabinda para os Serviços Técnicos e Infraestruturas, nomeando para estas funções Juliano Cuabi Niongue Capita.
As exonerações seguem-se a várias mexidas no governo angolano num mês.
No passado dia 31 de outubro, João Lourenço exonerou o ministro do Interior, Eugénio Laborinho, nomeando para o seu lugar o até então governador de Luanda, Manuel Homem, que foi substituído pelo governador de Benguela, Luís Nunes, sendo indicado para este lugar o ex-ministro da Coordenação Económica e deputado, Manuel Nunes Júnior.
Com Eugénio Laborinho saíram também do governo o seu secretário de Estado para o Interior, José Paulino Cunha da Silva, e o Secretário de Estado para o Asseguramento Técnico, Carlos Armando Albino.
Na semana anterior, João Lourenço havia exonerado os diretores nacionais do Serviço de Migração e Estrangeiros e do Serviço de Investigação Criminal, pouco depois de, no seu discurso sobre o Estado da Nação, a 15 de outubro, ter acusado políticos e parlamentares de estarem ligados a crimes de contrabando e vandalização de bens públicos.
Na altura, João Lourenço afirmou que “o aumento do contrabando de combustíveis, o dano ambiental resultante da exploração ilegal de minerais estratégicos e de madeira”, e o reinvestimento público necessário devido à vandalização de bens públicos, obriga a unir esforços numa “cruzada nacional contra estes tipos de crime”.
A 1 de novembro, o Presidente angolano exonerou, “por conveniência de serviço”, a secretária de Estado para os Direitos Humanos e Cidadania do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, Ana Celeste Januário, nomeando Antónia Cruz Yaba para o cargo.
Num outro decreto publicado no mesmo dia, João Lourenço exonerou o brigadeiro Daniel Raimundo Savihemba, do cargo de Chefe-Adjunto da Direção Principal de Operações do Estado Maior General das Forças Armadas Angolanas, nomeando-o para 2.º Comandante do Mecanismo de Verificação Ad-Hoc para a Pacificação da Região Leste da República Democrática do Congo, depois de ouvido o Conselho de Segurança Nacional.
A 8 de novembro, o Presidente angolano voltou a mexer nas estruturas dos órgãos de polícia, promovendo o comandante-geral da polícia nacional, Arnaldo Carlos, a secretário de Estado para o Interior do Ministério do Interior.
Foram também nomeados Cristino Mário Ndeitunga, até aí vice-governador de Luanda para os serviços técnicos e infraestruturas, para o cargo de Secretário de Estado para o Asseguramento Técnico do Ministério do Interior e Francisco Monteiro Ribas da Silva, até à data delegado provincial do Ministério do Interior, como Comandante-Geral da Polícia Nacional.
Observador | Lusa | Imagem: Ampe Rogério | Lusa
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