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Olho vivo, até quando? |
O OLHO VIVO DE UM PM FALSO E MALOIO
<> António Veríssimo | Redação PG
11 de Março de 1975. “O Golpe ou Intentona de 11 de Março de 1975 foi uma tentativa de golpe de estado dirigida por António de Spínola. Precedida pela manifestação da "maioria silenciosa". Rumorejada sucessivamente, terá sido finalmente desencadeada pela crença de Spínola de que a extrema-esquerda estava prestes a levar a cabo uma série de assassinatos, na suposta "Operação Matança da Páscoa". Resultou no exílio de Spínola[1], e instiga o tumultuoso Verão Quente”, pode ler-se na Wikipédia com algumas faltas de verdade e branqueamentos. Foi o golpe planeado por um militar indevidamente promovido a General, António Spínola. Um fascista e antidemocrático atolado na extrema-direita, no terrorismo do ELP e suas ilhargas. Já passaram 50 anos.
Agora, em
Hoje, 11 de Março de
Hoje, o governo de Montenegro vai cair na Assembleia da República causando o custo exorbitante mas obrigatório e necessário de 25 milhões de euros, ou mais. Esperemos que os portugueses, nas eleições de Maio, cumpram a democracia e defendam os interesses de todo o colectivo, o povo.
Bom dia, sigam para o Curto do Expresso da autoria de Isabel Leiria, jornalista. Vão ler. Têm “liberdade para pensar” e agir convenientemente.
Moção de confusão
Isabel Leiria, jornalista | Expresso (curto)
Bom dia,
O debate sobre a moção de
confiança apresentada pelo Governo está marcado para as 15h00 desta
terça-feira, terá duas horas e meia, ao longo das quais se trocarão acusações
sobre a responsabilidade da crise política atual, sobre ética e negócios,
exclusividade e incompatibilidades, sobre respostas dadas pelo primeiro-ministro e a falta delas. Se
será esclarecedor ou não, é preciso esperar para ver. Mas não será preciso
esperar pelas votações no final para sabermos o desfecho.
Ontem à noite, em entrevistas à SIC e à TVI, Pedro Nuno Santos e Luís
Montenegro repetiram o que vinham dizendo nos últimos dias. O líder do PS
explicou que não poderia voltar atrás na sua palavra e deixar de chumbar a
moção de confiança ao Governo porque estaria a validar a política da
coligação da Aliança Democrática e porque a “crise dos últimos dias acrescentou motivos”, com “suspeitas
graves”, sobre Montenegro e a atividade da Spinumviva, a empresa que criou em
2021. A comissão parlamentar de inquérito ontem apresentada servirá
para dissipar dúvidas, explicou ainda o secretário-geral do PS. À noite, na comissão política do PS, carregou no ataque: “Chamar
àquilo [Spinumviva] uma empresa é um insulto”. Já o primeiro-ministro rejeitou retirar a moção de confiança e disse
mais: convicto de que não violou nenhuma regra, não se demite nem deixa de
ser candidato às próximas eleições mesmo se for constituído arguido.
Mais efusivo, o líder do Chega, partido determinante na votação com os seus 50 deputados, declarou ontem à tarde que “nem que Cristo desça à terra” viabilizará a moção, já que as respostas do primeiro-ministro sobre a Spinumviva são “absolutamente insuficientes”. Com os votos contra de PCP e BE, a aprovação anunciada por parte da IL não chegará para segurar o Executivo de Luís Montenegro. E a menos que surja algum inusitado recuo de última hora, o Governo cairá assim, um ano e um dia depois de a coligação que o suporta ter vencido as eleições legislativas. As próximas, e segundo o que já previu Marcelo Rebelo de Sousa, serão em maio (serão as terceiras legislativas desde 2022, no final do ano haverá autárquicas e em janeiro de 2026, presidenciais).
“O País precisa de clarificação política e, perante estas circunstâncias, este é o momento de a conseguir”, argumenta o Governo no texto que sustenta a sua moção, com o título de “Estabilidade efetiva, com sentido de responsabilidade”. Mas clarificação é o cenário menos provável após uma moção que mais do que confiança poderá gerar mais confusão. Que Governo resultará das eleições, com que peso, com que capacidade para ver o seu programa aprovado e com que alianças, são algumas das questões que se colocam para as eleições antecipadas que ninguém queria, mas que devem mesmo acontecer.
OUTRAS NOTÍCIAS
Tréguas à vista? Depois do inaudito (des)encontro entre Donald Trump e
Volodymyr Zelensky na Sala Oval, altos representantes dos EUA e da Ucrânia reúnem-se hoje na
Arábia Saudita, para tentar negociar os termos de um princípio do fim da guerra que
se arrasta há três anos.
Trocar o Tesla Os anúncios de vendas de Teslas usados estão a aumentar em
Portugal e a participação do CEO da empresa, Elon Musk, na
Administração Trump, enquanto responsável pelo novo Departamento de Eficiência
Governamental (DOGE), não será alheia ao facto. Na Europa, as vendas deste carro elétrico também têm estado a
cair.
O declínio aos 40? Um estudo sobre a evolução das competências cognitivas com a idade mostrou
que o declínio começa sobretudo após os 40 anos. Esta é a má notícia para quem
está ou se aproxima desta idade. A boa é que é que a perda de capacidades pode
ser evitada, ou pelo menos retardada.
Choque no mar Um cargueiro com bandeira portuguesa que seguia para os
Países Baixos colidiu com um navio petroleiro norte-americano na manhã de
segunda-feira no Mar do Norte, ao largo da cidade de Hull, no nordeste de
Inglaterra. O acidente causou mais de três dezenas de feridos e há um tripulante do cargueiro português dado como desaparecido.
O impacto ecológico de um possível derrame de combustível ainda está por
determinar.
Distinção O Presidente da República condecorou segunda-feira o
ex-primeiro-ministro e fundador do Grupo Impresa Francisco Pinto Balsemão com a
Grã-Cruz da Ordem de Camões, elogiando o seu papel na criação do Prémio Pessoa,
"símbolo único no Portugal cultural contemporâneo".O Prémio Pessoa 2024 foi entregue ontem ao compositor Luís
Tinoco.
E o futebol chinês? O presidente Xi Jinping tinha três “desejos”: que a
seleção da China voltasse a um Mundial, que organizasse um Mundial e que o
vencesse. Por isso, o futebol tornou-se obrigatório na escola e, entre 2014 e
2018, gastaram-se milhões em jogadores, treinadores e a investir em clubes
europeus. Uma década depois, o que resta da aposta chinesa, cuja liga e
seleção parecem piores do que antes? O Pedro Barata conta-lhe.
FRASES
“A política sem risco é uma chatice e sem ética é uma vergonha”, Pedro
Nuno Santos, secretário-geral do PS, atirando contra Luís Montenegro uma frase
de Francisco Sá-Carneiro, durante a entrevista à SIC Notícias
"O trabalho foi mesmo prestado, ninguém duvide", Luís Montenegro,
primeiro-ministro, durante a entrevista à TVI e referindo-se às auditorias
sobre proteção de dados realizadas por si e por dois colaboradores externos da
Spinumviva.
“Neste momento estou desempregada”, Kamala Harris, ex-vice presidente democrata e
candidata na campanha presidencial norte-americana de 2024, quando questionada
sobre o impacto da Inteligência Artificial no mercado laboral e o risco de
perda de milhões de empregos. A conversa decorreu entre Harris e o português Nuno Sebastião,
CEO da Feedzai, na abertura de uma conferência dedicada à IA.
"Com o que o presidente norte-americano disse e fez, não queremos estar
tão próximos (dos Estados Unidos), como talvez quiséssemos estar antes", Mute
Egede, primeiro-ministro da Gronelândia, a propósito da vontade anunciada do
presidente dos EUA de assumir o controlo sobre este território autónomo
dinamarquês e onde se realizam hoje eleições parlamentares.
“Temos que começar a falar da nossa história para que não se repitam as bombas
atómicas”, Toshiko Hamanaka, vice-secretária-geral da organização japonesa
Nihon Hidankyo, que recebeu o Nobel da Paz de 2024, preocupada com as consequências que um novo uso de armas nucleares possa
acarretar para a Humanidade
PODCASTS
O divórcio do sono No
mês da consciencialização sobre o sono, a SIC Notícias publica todas as
segundas-feiras até ao final de março um episódio dedicado ao tema. O divórcio do sono é da autoria da jornalista Amélia
Moura Ramos.
Consulta Aberta Suplementos
de colagénio invertem o envelhecimento? Pasta de dentes seca as borbulhas? Vale
mesmo a pena gastar centenas de euros em cremes e séruns para a pele? A médica
de família Margarida Graça Ramos conversa com a farmacêutica Marta Ferreira
sobre mitos e factos relacionados com cuidados com a pele.
Contas-poupança Com
a queda nos mercados financeiros, será que devo resgatar o meu dinheiro antes
que desça mais? Ou devo investir mais agora? O jornalista Pedro Andersson
responde a esta e outras questões no seu podcast.
O QUE ANDO A LER
"Kairos", por Jenny Erpenbeck (Ed. Relógio d’Água)
Berlim Leste, 11 de julho de 1986. Um encontro fortuito num autocarro junta uma
estudante de 19 anos e um escritor 30 anos mais velho, casado, numa intensa
relação amorosa, clandestina e compulsiva, que se prolonga no tempo. Como pano
de fundo, o desmoronar da RDA e os anos antes da queda do Muro, que Katharina
avistava de casa, vendo os pássaros “atravessando a fronteira”. “Seria que todo
o Ocidente cheirava como as encomendas da avó e da tia: a detergente em pó,
gomas em forma de ursinho, café?”, perguntava Katharina, antes da primeira
visita autorizada ao outro lado, para visitar a avó, na cidade de Colónia.
Vencedor do Booker International Prize de 2024, o último livro da escritora alemã
Jenny Erpenbeck, também ela nascida
Este Expresso Curto fica por aqui. A semana segue instável, tal como o tempo
previsto para os próximos dias.
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