terça-feira, 30 de abril de 2024

A IMPOTÊNCIA DE ANTONY BLINKEN -- Patrick Lawrence

Com os EUA incapazes de competir no mercado de VE e desesperados na Ucrânia, o Secretário de Estado viajou para a China para falar em Pequim para o seu público interno.

Patrick Lawrence* | Scheer Post | em Consortium News | # Traduzido em português do Brasil

Tony Blinken esteve na China para a sua segunda viagem como secretário de Estado e o seu terceiro encontro com um alto funcionário chinês. Esta é a nossa notícia enquanto abril caminha em direção a maio.

Devo dizer que é uma situação mais estranha do que posso imaginar quando o Departamento de Estado e os meios de comunicação que o administram nos disseram antecipadamente que o principal diplomata da América não conseguirá fazer nada enquanto se prepara para o Congresso do Povo. República.

“Quero deixar claro que somos realistas e perspicazes sobre as perspectivas de avanços em qualquer uma destas questões”, disse um funcionário não identificado do Departamento de Estado ao informar os repórteres na semana passada sobre a agenda de Blinken. É assim que o Estado avisa antecipadamente que o secretário estará desperdiçando o seu tempo e o nosso dinheiro durante os seus encontros em Xangai e Pequim.

O que foi isto senão uma admissão da impotência diplomática do nosso secretário de Estado? Ou quero dizer incompetência? Ou ambos? Afinal, este é o homem que chegou a Israel cinco dias após os acontecimentos de 7 de outubro passado para anunciar: “Venho diante de vocês como judeu”. Esse cara entende de diplomacia ou o quê?

A comunicação social seguiu o exemplo do Departamento de Estado, naturalmente, ao alertar-nos sobre a inutilidade da estada de Blinken na China – isto em ambos os extremos do Pacífico. “Washington é realista quanto às suas expectativas quanto à visita de Blinken na resolução de questões importantes”, disse a CNBC. “Embora seja crucial para manter abertas as linhas de comunicação, é pouco provável que a visita produza grandes avanços”, disse o Japan Times comentou.

Matt Lee, o muito hábil correspondente diplomático da Associated Press (AP), acertou mais do que qualquer um em seu relatório de 22 de abril: O objetivo dos três dias de conversações de Blinken com as principais autoridades chinesas, relatou ele, era ter três dias de conversações com altos funcionários chineses. “O simples facto de Blinken estar a fazer a viagem pode ser visto por alguns como encorajador”, escreveu Lee, “mas os laços entre Washington e Pequim estão tensos e as divergências estão a aumentar”.

Este é o nosso Tony. Como o registro deixa lamentavelmente claro, não há como prever o sucesso quando Blinken embarca em um avião para o grande “lá fora”. Isto é inequivocamente verdade nas suas relações com a extremidade ocidental do Pacífico.

Há uma longa lista de tópicos que Blinken deveria levantar com as autoridades chinesas, entre elas o ministro das Relações Exteriores, Wang Yi. Taiwan e o Mar da China Meridional, contactos entre militares, aplicações de inteligência artificial, tráfico ilícito de drogas, direitos humanos, comércio: estes são padrões no menu americano quando um funcionário dos EUA se dirige aos seus homólogos chineses.

Este último aspecto é especialmente controverso neste momento, dada a vergonhosa determinação do regime de Biden em subverter as indústrias chinesas com as quais os EUA não podem competir. Com planos para bloquear as importações de veículos elétricos fabricados na China já em andamento, na semana passada o presidente Biden anunciou novas tarifas sobre as importações de aço chinês.

E está agora a “investigar” as indústrias de transporte marítimo e de construção naval da China, o que me parece um prelúdio para ainda mais medidas destinadas a minar os admiráveis ​​avanços económicos da China.

O comércio de diamantes de sangue. O comércio ilegal de “Israel” em África

A indústria diamantífera de “Israel” está pingando sangue. A ocupação israelita está a negociar ilegalmente armas em África com diamantes, uma vez que garantiu a esmagadora maioria dos lucros da indústria diamantífera em vários países africanos, subornando os decisores africanos no processo.

Al Mayadeen | # Traduzido em português do Brasil

Angola | Dos Píncaros da Glória ao Abismo – Artur Queiroz

Otelo Saraiva de Carvalho


Artur Queiroz*, Luanda

Quem ama consente. Quem cala é indecente. Não me calo. Portugal sem o vermelho rubro dos cravos, sem a imensa generosidade de Otelo Saraiva de Carvalho e seus companheiros do Movimento das Forças Armadas é um sítio mal frequentado. A Pátria de meu Pai sem o 25 de Abril mede-se por 50 deputados do partido Chega, racista e xenófobo, 79 da Aliança Democrática, quase todos ressabiados com o MPLA, o PAIGC e a FRELIMO, mais oito da Iniciativa Liberal, filhotes do fascismo. Os colonialistas e fascistas têm tanta força que o Presidente Lula da Silva não participou nas comemorações dos 50 anos da Revolução dos Cravos. São a maioria absoluta!

O Presidente Spínola, Mário Soares e a CIA fizeram tudo para afastar o MPLA do processo de descolonização. Sabiam que se conseguissem, Angola nunca seria um país independente. A FNLA foi a aposta para defender os interesses neocolonialistas. A UNITA de nada servia porque lutou contra a Independência Nacional, ao lado dos colonialistas portugueses. Apesar de terem criado a aliança mais agressiva e reaccionária que alguma vez se formou no planeta, desconseguiram. Foram derrotados em todas as frentes!

O líder do MPLA, Agostinho Neto, era tão forte e competente que conseguiu mobilizar o Povo Angolano para a Resistência Popular Generalizada. O Zaire de Mobutu foi derrotado no Norte logo no primeiro embate. Militares zairenses, portugueses, mercenários de várias nacionalidades e oficiais da CIA foram escorraçados desde Kifangondo ao Soyo, do Uíje a Maquela do Zombo, do Ambriz a Banza Congo. As forças armadas sul-africanas e seu biombo UNITA foram esmagados desde o Ebo ao Luena, de Benguela a Namacunde, do Bailundo e Andulo ao Triângulo do Tumpo. No Lucusse, ponto final.

Em 11 de Novembro de 1975 Portugal podia ser um parceiro estratégico para Angola. Tinha massa crítica para nos ajudar a construir um país próspero e moderno, pelo menos durante 50 anos. Tinha mão-de-obra especializada para nos ajudar a criar uma Indústria potente. Experiência e técnica para o desenvolvimento da Agricultura a um nível que desse de comida em abundância sem necessidade de importar. Tinha professores em número suficiente para criar em Angola um sistema de Educação do qual ninguém ficava fora. Portugal, dominado pelos spinolistas, Mário Soares e pela CIA rejeitou essa aliança. Ostensivamente. O governo de Lisboa nem reconheceu a República Popular de Angola em cima da independência!

Angola | A Criada para Todo o Serviço – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Os vencedores do 25 de Novembro de 1975 em Portugal “dispensaram-me” de correspondente em Angola do jornal “Diário de Notícias” alegando que eu não sou pluralista. A carta era assinada por Vítor da Cunha Rego e Mário Mesquita. Respondi pedindo aos signatários para pensarem melhor, porque fui contratado como jornalista e não como pluralista. Não tive resposta.

Além de mim, foram despedidos outros jornalistas, entre os quais Mário Rosendo, Jorge Feio, Luís de Barros e José Saramago. Consideraram os despedimentos ilegais e puseram uma acção contra a empresa. Convidado a fazer parte dos queixosos, não aceitei. Disse que um dia havia de esclarecer tudo com Vítor da Cunha Rego e Mário Mesquita, cara a cara. Há coisas que os Tribunais não podem resolver. Nunca consegui falar com os dois despedidores. Morreram sem que chegasse à fala com eles. A morte resolveu o diferendo. Como escreveu o poeta e mornista cabo-verdiano Eugénio Tavares, se deus é grande o amor é ainda maior.

Antes desse crime contra a liberdade de imprensa, um grupo de jornalistas saiu do Diário de Notícias para fundar o semanário O Jornal. No início eu colaborava a partir de Luanda. Entre os fundadores estavam alguns amigos do peito. Uns anos mais tarde fui surpreendido com uma notícia que me deixou em estado de choque. Publicaram a ficha clínica de Leonor Beleza, então ministra da Saúde do Governo Português. O “material” até incluía dados da última consulta que fez na especialidade de ginecologia. Quis saber como foi possível aquela enormidade. Responderam-me que a publicação foi movida pelo interesse público. Desilusão total.

Defendo que o Jornalismo não precisa desse truque. Nada justifica que um jornalista viole a esfera pessoal, a esfera do segredo e a história pessoal seja de quem for. Nada. Isso do interesse público é uma criada para todo o serviço. Para atropelar o Direito à Inviolabilidade Pessoal na sua projecção vital. Os jornalistas passam bem sem a criada. O público não precisa de espreitar para a vida pessoal de ninguém. Não tem que penetrar nos jardins secretos seja de quem for. Violar Direitos Fundamentais não é Jornalismo.

Angola | Os Dentistas Emboscados – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

O Manecas, crioulo da Ilha do Fogo, tinha familiares no Bairro Operário. Ele vivia na CAOP e eu na Vila Clotilde. Aos sábados visitávamos os parentes e assaltávamos, à pato, as farras nos quintalões. À medida que a soldadesca chegava a Angola, as meninas eram importunadas porque os tropozoides achavam que ali todas as mulheres eram prostitutas. O qual não. Um dia as primas Xandó e Guiduxa queixaram-se de abusos. Tomamos uma medida radical. Vamos atacar os abusadores, de emboscada!

Ao lado do Colégio dos Maristas, na Avenida dos Combatentes (Comandante Valódia), existia um barbeiro que foi ciclista. Até ganhou uma Volta a Portugal. O homem vendia uns “boxes de ferro” que se metiam nos dedos e cada borno era sangue a jorrar. Comprámos quatro, um para cada mão. No primeiro sábado a seguir à transacção comercial fomos visitar os parentes cabo-verdianos. E montámos a emboscada. Guiduxa e Xandó ficavam à porta, conversando. E nós escondidos atrás da porta do quintalão. Se chegasse alguém que incomodasse as meninas, nós saíamos e atacávamos com as mãos de ferro.

Todos os sábados, à noitinha, partíamos para as emboscadas. A cada murro com os punhos de ferro os tropozoides cuspiam sangue e dentes. Foi assim que ganhámos a fama de Dentistas da CAOP. Ficámos tão famosos que até fomos entrevistados para a rádio da Rua Fernão Lopes que falava para o mundo.

Nas férias escolares ia com meu Pai ao Puri, Kimbele, Kangola, Macocola, Kalandula e Malanje. Era a rota da permuta de mercadoria por salalas de bombô, classificado como o melhor do mundo. Nesse tempo Malanje era um círculo sanitário, como Congo, Bié, Benguela e Huíla. Também existia o Círculo Autónomo de Luanda. Em toda a colónia existiam 85 médicos exercendo as funções de delegados de saúde. No Congo Português o chefe dos Serviços Sanitários residia na cidade do Uíje, era Jacinto Vasconcelos. Foi substituído por Manuel Martins E existia um enfermeiro, o senhor Alberto Nunes que tinha três auxiliares. 

Na vila do Songo trabalhava o enfermeiro Paulo Bunga que também tinha três auxiliares. No Bembe o enfermeiro era António Pereira da Silva mais três auxiliares. No Lucunga trabalhava o enfermeiro Domingos Santos e um auxiliar. No Negage tínhamos o enfermeiro Cordeiro, à frente da leprosaria. Um dia foi transferido e nunca mais apareceu um substituto. 

Higiene oral era coisa que não existia. Truque de branco. E dentistas contavam-se pelos dedos das mãos em toda a colónia. Por isso o meu dentista foi o Velho Tuma, pastor de cabras, que me extraía os dentes de leite com um fio de sisal. Poucos quimbandas aceitavam prestar esse serviço, doloroso, porque não existia anestesia. Para extrair um dente era necessário manietar os pacientes.

O país está indo bem’ porque jovens indianos desempregados ainda apoiam Modi

As pesquisas mostram que a inflação e a falta de empregos preocupam a maioria dos jovens indianos. Também mostra que o apoio a Modi permanece intacto.

Ishadrita Lahiri | Al Jazeera | # Traduzido em português do Brasil

Patna, Bihar – Sanjeev Kumar tem 27 anos e está desempregado – uma situação desesperadora agravada pela aposentadoria iminente de seu pai, vendedor de carros, dentro de alguns anos.

O graduado em administração de empresas em Patna, capital do estado de Bihar, no leste da Índia, votou no Partido Bharatiya Janata (BJP) do primeiro-ministro Narendra Modi em 2019, na esperança de conseguir um dos milhões de novos empregos prometidos pelo partido que governa o país e seus líder.

Kumar fez dois exames para empregos nos chamados cargos do Grupo D nas Ferrovias Indianas. Esta categoria profissional é a mais baixa na hierarquia do emprego no setor público na Índia, mas traz consigo benefícios e segurança no emprego, ambos atrativos.

Ele não passou em nenhum dos testes e reclama que há muito menos empregos anunciados como disponíveis do que o número realmente disponível.

“As coisas estão ficando um pouco difíceis agora. Meu pai vai se aposentar em breve e há pressão sobre mim para conseguir um emprego. Somos uma família de classe média”, disse Kumar à Al Jazeera.

Biden aprovou lei que liberta US$ 8,1 biliões para o Indo-Pacífico, incluindo a ilha Taiwan

Iara Vidal | Revista Fórum | # Publicado em português do Brasil

China reagiu com indignação à nova lei dos EUA que liberou um pacote de ajuda militar para Taiwan. De acordo com o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lin Jian, a legislação infringe gravemente a soberania do país asiático e é uma forma de 'bullying' de Washington contra Pequim.

A declaração foi feita nesta segunda-feira (29) durante coletiva regular de imprensa em Pequim. Lin ressaltou que o auxílio militar concedido à ilha chinesa viola seriamente o princípio de Uma Só China, os três comunicados conjuntos China-EUA (leia abaixo) e envia um sinal gravemente equivocado às forças separatistas da "independência de Taiwan".

"A legislação mina os princípios da economia de mercado e da concorrência justa ao perseguir descaradamente empresas de outros países em nome da 'segurança nacional', o que mais uma vez revela a natureza hegemônica e de bullying dos Estados Unidos", afirmou.

O porta-voz ressaltou ainda que a nova lei advoga por sanções à China, ignorando a enorme quantidade de trabalho que a China fez para ajudar os Estados Unidos a lidar com sua crise de fentanil.

"A legislação também ameaça impor sanções unilaterais e jurisdição de longo alcance sobre trocas econômicas e comerciais normais entre a China e o Irã sob o arcabouço do direito internacional, o que cria sérios obstáculos para a cooperação sino-estadunidense em áreas relevantes", destacou Lin.

Lin reforçou que a China insta os Estados Unidos a respeitar os interesses centrais e as preocupações principais da China, e a não implementar esses artigos negativos relativos à China.

"Caso contrário, a China tomará medidas fortes e resolutas para salvaguardar nossa soberania, segurança e interesses de desenvolvimento", alertou.

São os EUA que estão a atirar “água a ferver” na Ásia-Pacífico

Global Times | opinião | # Traduzido em português do Brasil

Numa entrevista ao Financial Times, o comandante das forças dos EUA na região Indo-Pacífico, almirante John "Lung" Aquilino, acusou a China de intensificar a sua conduta agressiva através de uma estratégia de "rã fervente" na região.

Chamando o comportamento da China de “desestabilizador”, o comandante dos EUA limitou-se a formular outra formulação para exaltar a “ameaça chinesa” na Ásia-Pacífico. Mas será a China realmente uma ameaça? Os fatos falam mais alto que as palavras. Recentemente, a Pesquisa sobre o Estado do Sudeste Asiático 2024 realizada pelo Centro de Estudos da ASEAN no ISEAS - Instituto Yusof Ishak - revelou que a China ultrapassou os EUA para se tornar a escolha predominante se a região fosse forçada a alinhar-se no atual acordo EUA-China. rivalidade.

Aquilino apontou as "ações agressivas" da guarda costeira chinesa no Mar da China Meridional contra as Filipinas, mas manteve silêncio sobre a violação da soberania territorial chinesa pelo lado filipino, a violação da Declaração sobre a Conduta das Partes no Mar da China Meridional e a perturbação de paz e estabilidade no Mar da China Meridional, embora todos estes tivessem o apoio dos EUA. Ele falou sobre aviões de guerra chineses sobrevoando a chamada linha mediana no Estreito de Taiwan, mas não mencionou as vendas de armas dos EUA para a ilha chinesa de Taiwan e a exploração de Taiwan pelos EUA como um peão para minar os esforços da China de reunificação e busca de desenvolvimento pacífico. . Ele afirmou que a China gradualmente "aumentou a temperatura", mas vale a pena mencionar que, com as suas bases no exterior em todo o mundo, os EUA continuam a ser o maior gastador mundial em defesa, desembolsando 916 mil milhões de dólares no ano passado, enquanto os gastos da China com defesa foram quatro vezes menores do que Da América.

Esta é a segunda vez nos últimos dias que Aquilino pronuncia palavras duras contra a China. Em Tóquio, na semana passada, ele disse que a retórica e as ações da China na região asiática são cada vez mais agressivas e exaltou que a China pretende ter a capacidade de “invadir Taiwan até 2027”.

China - Filipinas: Não é sensato que Manila rasgue o 'acordo de cavalheiros'

Global Times | editorial | # Traduzido em português do Brasil

Recentemente, as Filipinas negaram mais uma vez que a China e as Filipinas tenham chegado a um "acordo de cavalheiros" sobre a questão do Mar do Sul da China. O secretário de Defesa das Filipinas, Gilberto Teodoro, afirmou no sábado que desde que o presidente filipino, Ferdinand Marcos Jr, assumiu o cargo em 2022, o Departamento de Defesa das Filipinas "não tem conhecimento, nem é parte de qualquer acordo interno com a China". 

No entanto, a posição de Manila não só ignora os esforços conjuntos envidados pela China e pelas Filipinas na manutenção da estabilidade e da paz regionais, mas também terá um impacto negativo no futuro das relações China-Filipinas e na situação de segurança no Mar da China Meridional.

Como é bem sabido, um “acordo de cavalheiros” é um acordo informal e não vinculativo que depende da credibilidade e integridade das partes envolvidas para ser implementado, em vez de ser aplicado através de meios legais. Comparado aos tratados formais, o “acordo de cavalheiros” é mais flexível para manter a ordem social ou objetivos políticos específicos. Em outras palavras, pode ser visto como uma espécie de consenso e “entendimento”. Num ambiente internacional complexo, isto permite aos países coordenar rapidamente posições e ações e lidar com emergências.

Anteriormente, quando a situação no Mar da China Meridional era extremamente grave, a paz e a estabilidade regionais estavam gravemente ameaçadas. O governo chinês e o governo Duterte chegaram a um “acordo de cavalheiros” com o objectivo de manter a paz regional e evitar a escalada das disputas no Mar da China Meridional em conflitos regionais. Isto não só serve os interesses nacionais de ambos os lados, mas também os interesses a longo prazo e os padrões morais da comunidade internacional. A China e as Filipinas chegaram a consenso sobre a restrição das atividades militares em áreas sensíveis e a compreensão mútua nos intercâmbios humanitários e materiais. Na verdade, foi precisamente porque ambas as partes aderiram a este acordo até ao início de Fevereiro do ano passado que ajudaram efectivamente ambas as partes a controlar a situação e a evitar potenciais conflitos militares.

GUERRA: A UCRÂNIA MOVIDA A MERCENÁRIOS

São mais de 13 mil. A maioria vem da Polônia e EUA. Operam armas sofisticadas. São atraídos por altos salários. Empresas especializam-se em recrutá-los, em “cursos de cinco dias”. E há indícios de que até oficiais de carreira da Otan estejam entre eles

Rodolfo Queiroz Laterza* | Outras Palavras | # Publicado em português do Brasil

Após o início da guerra russo-ucraniana, mercenários estrangeiros começaram a migrar para lá, seja em busca de ganhos elevados, seja por razões políticas e ideológicas – desde ex-militares profissionais e combatentes experientes de empresas militares privadas que conseguiram lutar na África e o Médio Oriente, até estudantes ingênuos, sem treinamento e preparo com armas.

O mercenário não serve nas forças armadas de nenhum Estado – seja participante do conflito ou não participante. Os cidadãos mobilizados legalmente para os  exércitos, marinhas e da aeronáuticas, formados de forma voluntária, não são considerados mercenários. Desde o século XX, os mercenários têm sido cada vez mais vistos como tendo menos direitos à proteção ao abrigo das leis da guerra do que os não-mercenários. Na verdade, as Convenções de Genebra declaram que os mercenários não são reconhecidos como combatentes legais e não precisam ter a mesma proteção legal que o pessoal do exército regular capturado.

Segundo o Ministério da Defesa russo, em março deste ano, o número total de mercenários estrangeiros que participam nas hostilidades ao lado das Forças Armadas da Ucrânia desde 2022 ultrapassou 13,5 mil pessoas. A maioria deles veio da Polônia – quase 3 mil. Mais de mil vieram da Geórgia e contingentes semelhantes chegaram dos EUA, Canadá e Grã-Bretanha. Os próximos nesta lista são mercenários da Romênia, Alemanha e França. Existem também mercenários da África, Ásia e Oriente Médio.

Existem mercenários na Ucrânia que assinaram contratos com a embaixada ucraniana no seu respectivo país. De acordo com os dados disponíveis, as missões diplomáticas e consulares da Ucrânia no estrangeiro estão empenhadas no recrutamento de mercenários em todo o mundo. Segundo o jornal colombiano Espectador, missões diplomáticas de vários países europeus também prestam assistência aos ucranianos nesta matéria. À chegada ao território ucraniano, o “quartel-general de coordenação regional” da chamada Legião Internacional de Defesa da Ucrânia distribui mercenários estrangeiros de acordo com as necessidades para várias áreas de combate.

segunda-feira, 29 de abril de 2024

Lukashenko está certo: Na Ucrânia reside o futuro da geopolítica global

Segundo o presidente da Bielorrússia, Aleksandr Lukashenko, o futuro do mundo está a ser decidido na Ucrânia.

Lucas Leiroz* | Strategic Culture Foundation | # Traduzido em português do Brasil

Durante o seu discurso na AssembleiaPopular Bielorrussa , o Presidente da República da Bielorrússia, Aleksandr Lukashenko, demonstrou profundo conhecimento geopolítico quando disse que o futuro do mundo está a ser decidido na Ucrânia. Na verdade, a operação militar especial da Rússia está se revelando o principal acontecimento global das últimas décadas, sendo um ponto central para mudanças no cenário internacional.

O líder bielorrusso afirmou que o futuro da ordem mundial reside na Ucrânia, confirmando a análise que tem sido realizada por vários especialistas sobre a forma como o conflito actual está a remodelar a geopolítica global. Ele descreveu a guerra actual como um confronto “entre o Ocidente e o Oriente”.

Segundo Lukashenko, as principais potências nucleares enfrentam-se na Ucrânia – por enquanto, indirectamente, mas com riscos de escalada para uma fase aberta. Lamenta também o facto de, neste processo, a Ucrânia ter decidido ser absolutamente subserviente ao Ocidente, trocando as vidas do seu povo por armas inúteis numa guerra invencível.

“Todos entendem que a Ucrânia de hoje é um campo militar, onde o futuro da ordem mundial está parcialmente decidido. As maiores potências nucleares indirectamente, e agora mesmo directamente, estão a travar uma guerra no seu território (…) Entretanto, as suas autoridades desceram ao nível de fechar um acordo com o Ocidente para trocar armas pelas vidas dos Ucranianos. Ver isso é doloroso”, disse ele.

Não só isso, mas Lukashenko também concordou com os principais analistas militares do mundo ao afirmar que o resultado final do conflito será inevitavelmente uma mudança radical na ordem mundial. Ele apelou aos EUA e a todo o Ocidente Coletivo para aceitarem a nova realidade geopolítica o mais rapidamente possível, compreendendo de uma vez por todas que a civilização ocidental não será mais a única tomadora de decisões nos assuntos globais. Só admitindo esta nova realidade o Ocidente poderá coexistir pacificamente com os múltiplos “pólos” do mundo multipolar.

Situação militar nas linhas da frente ucranianas - 28 de Abril 2024 (atualização do mapa)

South Front | # Traduzido em português do Brasil

Os ataques russos destruíram hangares militares ucranianos no campo de aviação de Kamenka;

Os ataques russos destruíram depósitos de munições no campo de aviação Priluki;

Os ataques russos atingiram o campo de aviação Starokonstantinov;

Explosões trovejaram na região de Kiev;

Explosões trovejaram na região de Kharkiv;

Os ataques russos teriam atingido a infra-estrutura portuária, uma fábrica de construção naval e um hotel usado pela AFU e por mercenários estrangeiros em Mykolaiv;

As forças russas destruíram cinco mísseis ATACMS que tinham como alvo a Crimeia;

O Ministério da Defesa russo confirmou oficialmente o controle total de Novobakhmutovka;

Num feriado religioso, a AFU bombardeou um templo em Aleksandrovka com munições cluster. Uma mulher civil foi morta;

Dois civis foram mortos em consequência do bombardeamento ucraniano em Dnepriany;

Dois civis foram mortos e vários outros ficaram feridos em consequência do bombardeio ucraniano perto de Pology;

As forças russas hastearam a sua bandeira em Kyslivka;

As forças russas avançaram ao norte de Berdichy;

Os confrontos continuaram em Krasnogorivka;

Os confrontos continuam em Krynki;

Os confrontos continuam em Rabotino;

As forças russas eliminaram 270 militares, um veículo blindado, oito veículos motorizados, um M198, um obuseiro Msta-B na área de Kupyansk;

As forças russas eliminaram 360 militares, dois veículos blindados de combate e 17 veículos motorizados, dois D-20 e dois obuseiros D-30 na área de Donetsk;

As forças russas eliminaram 380 militares, um tanque, um veículo blindado de combate e cinco veículos motorizados na área de Avdeevka;

As forças russas eliminaram 85 militares, quatro picapes, um sistema de artilharia, um sistema de artilharia Gvozdika na área sul de Donetsk;

As forças russas eliminaram 50 militares, dois veículos motorizados, um obus M777 de 155 mm fabricado nos EUA na região de Kherson;

As forças de defesa aérea russas interceptaram 46 drones ucranianos no último dia.

Londres revelou suprimentos secretos de mísseis italianos Storm Shadow para a Ucrânia

South Front | # Traduzido em português do Brasil

A Itália juntou-se à lista de países que fornecem à Ucrânia mísseis Storm Shadow. Na sua entrevista ao The Times, o Secretário de Estado da Defesa britânico, Grant Shapps, confirmou que, juntamente com Paris e Londres, Roma está a preparar os seus mísseis de cruzeiro SCALP EG/Storm Shadow para fornecer à Ucrânia para os ataques na retaguarda russa, em particular na Crimeia.

“Acho que Storm Shadow é uma arma extraordinária. A Grã-Bretanha, a França e a Itália estão a preparar estas armas para uso, em particular, na Crimeia ocupada”, disse o responsável britânico.

Shapps também observou que o Reino Unido pretende acelerar a produção de mísseis Storm Shadow, não só para satisfazer as suas próprias necessidades, mas também para fornecer mais mísseis à Ucrânia.

Anteriormente, a transferência do Storm Shadow da Itália para a Ucrânia não foi anunciada oficialmente. No entanto, não há informações de que Roma tenha fornecido secretamente suprimentos militares ao exército ucraniano há muito tempo.

O Storm Shadow é um míssil de cruzeiro desenvolvido pelo Reino Unido em conjunto com a França com alcance de mais de 250 quilômetros. Lançado de aeronaves de combate, o míssil disparado desce próximo ao terreno, o que dificulta sua detecção pelas forças de defesa aérea inimigas.

Os mísseis SCALP EG/Storm Shadow estão em serviço nas forças armadas italianas há décadas. Segundo dados oficiais, a Itália adquiriu cerca de 200 desses mísseis em 1999. Não é informado quantos deles podem ser fornecidos à AFU. É pouco provável que a Itália consiga atribuir mais de 10-15% destas armas à Ucrânia.

Ler/Ver em South Front:

Ucrânia atacou Luhansk com mísseis Storm Shadow

Versão naval do sistema de defesa aérea Pantsir acionou com sucesso o míssil Storm Shadow

Imagens de satélite confirmaram que mísseis Storm Shadow erraram alvos em Sebastopol, Crimeia

Ocidente liderado pelos EUA está prestes a causar uma guerra nuclear – Lavrov

As três potências nucleares ocidentais estão entre os principais patrocinadores do regime de Kiev e os principais organizadores das provocações contra a Rússia, disse o ministro das Relações Exteriores.

O Ocidente colectivo liderado pelos EUA pode causar uma guerra potencialmente catastrófica entre potências nucleares globais devido à sua posição abertamente hostil em relação à Rússia e aos esforços para minar os acordos de controlo de armas existentes, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, na segunda-feira.

Assista: https://on.rt.com/cs6c

Publicado em Oval Circle | # Traduzido em português do Brasil

O CUSTO DA GUERRA -- Manlio Dinucci

Manlio Dinucci*

As guerras têm um custo considerável. A que é levada a cabo contra as populações russófonas da Ucrânia é suportada sobretudo pelos Europeus, enquanto a que é levada a cabo contra os árabes da Palestina é pelos Norte-Americanos. Estes gastos servem a mesma estratégia, a do domínio global dos Anglo-Saxões.

A guerra da OTAN (NATO) contra a Rússia na Ucrânia implica uma crescente despesa militar. Segundo os dados oficiais, a despesa militar italiana aumentou de 21 mil milhões (bilhões-br) de euros, em 2019, para mais de 30 mil milhões em 2023, equivalente a uma média diária anual de mais de 80 milhões de euros, em dinheiro público subtraído das despesas sociais. Segundo o compromisso assumido na OTAN, a Itália terá de aumentar esta despesa para cerca de 100 milhões de euros por dia. Desde 2014, a despesa militar na Europa pertencente à OTAN cresceu vertiginosamente superando o nível da última fase da Guerra Fria.

O Secretário-Geral da OTAN, Stoltenberg, sublinha : « Os Aliados estão a fornecer à Ucrânia ajuda militar e financeira sem precedentes. A França enviará em breve mais obuses César e vários Aliados juntaram-se à iniciativa da República Checa para adquirir 800. 000 projécteis de artilharia adicionais ». A Itália, que também forneceu já a Kiev peças de artilharia pesada, participa na aquisição destes outros 800. 000 projécteis. Mais um gasto de dinheiro público pago por nós, cidadãos.

Um fardo posterior vem também do facto da Itália comparticipar todas as despesas das bases EUA-OTAN que, a partir do território italiano, desempenham papéis fundamentais de apoio às operações bélicas, da Ucrânia ao Médio-Oriente. De particular importância é o papel de Camp Darby, o maior arsenal dos EUA fora do território norte-americano. Nos últimos dias, estão a chegar dos Estados Unidos a esta base, localizada entre Pisa e Livorno, novos e mais potentes meios blindados, os quais através do porto de Livorno serão enviados de Camp Darby para a Ucrânia.

As bases dos EUA em Camp Darby, Sigonella e outras partes do território italiano apoiam também a operação de guerra no Médio-Oriente. Ali, os Estados Unidos continuam a armar Israel no âmbito de um acordo, feito pelo Presidente Obama e pelo seu Vice, Biden. Esse prevê fornecer a Israel armas no valor de 38 mil milhões de dólares, incluindo as bombas com as quais Israel está a exterminar os Palestinianos em Gaza.

Breve resumo da revista de imprensa internacional Grandangolo de 12 de Abril de 2024, Sexta-Feira, no canal da TV italiana Byoblu.

Manlio Dinucci* | Voltairenet.org | Tradução Alva

* Geógrafo e geopolítico. Últimas publicações : Laboratorio di geografia, Zanichelli 2014 ; Diario di viaggio, Zanichelli 2017 ; L’arte della guerra / Annali della strategia Usa/Nato 1990-2016, Zambon 2016; Guerra nucleare. Il giorno prima. Da Hiroshima a oggi: chi e come ci porta alla catastrofe, Zambon 2017; Diario di guerra. Escalation verso la catastrofe (2016 - 2018), Asterios Editores 2018.

Portugal | A PERGUNTA QUE FALTOU


Henrique Monteiro | HenriCartoon

Portugal | 25 de Abril. Ex-FP-25 veem "forças que existiam antes" a regressar

Três ex-membros das FP-25 dividem-se hoje sobre as conquistas do 25 de Abril, com alguns a considerarem que ficou por cumprir, mas convergem na ideia de que estão a regressar "forças que existiam" antes da revolução.

Em entrevista à agência Lusa, uma das poucas mulheres que pertenceu às Forças Populares 25 de Abril (FP-25) assume que as apreensões que estiveram na origem da organização - designadamente a ideia de que "os velhos senhores" do Estado Novo estavam a regressar seis anos após a revolução e de que iam a ser travados avanços para os trabalhadores - se verificam hoje, 50 anos após o 25 de Abril.

"É tão evidente, é tão evidente: temos o Chega quase no poder. Nós tínhamos razão", defende, salientando que o 25 de Abril se "cumpriu até ao 25 de Novembro [movimento militar em que se enfrentaram a esquerda radical e os moderados e que pôs fim ao período revolucionário] e, a partir daí, foi a descambar".

"O povo trabalhador está como? A saúde está como? A educação está como? Os reformados estão como? O que é que se cumpriu? Nada", critica, considerando que, nos últimos anos, se regrediu "de uma maneira assustadora" e que a juventude tem hoje muito menos consciência política.

Esta ideia é também veiculada por outro ex-membro das FP-25, julgado como dirigente da organização, que considera que o capitalismo conseguiu "anestesiar e adormecer" os trabalhadores, que têm hoje medo "de arriscar, até de fazerem greves", para não perderem as "pequenas conquistas" que alcançaram.

Passados 50 anos desde o 25 de Abril, este antigo operacional das FP-25 concorda que "falta cumprir tudo" dos ideais da Revolução, admitindo uma "dor de alma" quando olha para o estado a que chegou a sociedade portuguesa.

"Onde é que está o direito à habitação? À educação? Eles vão acabar com o Serviço Nacional de Saúde (SNS), que foi uma das conquistas tão nobres da nossa sociedade. A questão das reformas... Isto hoje está muito tremido", afirma.

Portugal | "ERRO GROSSEIRO" OU GOLPE DE ESTADO VIA JUSTICIALISMO?*

"Erro grosseiro". Provedora da justiça "perplexa" com Operação Influencer

A provedora de Justiça, Maria Lúcia Amaral, manifestou-se hoje preocupada e perplexa com os casos judiciais recentes e alertou que não há poderes ilimitados e sem escrutínio, numa entrevista à Rádio Renascença hoje divulgada.

Na entrevista, quando questionada sobre a operação Influencer, a provedora ressalva que fala enquanto cidadã, jurista e professora universitária de Direito para dizer que ficou "perplexa" com o que se passou.

"Tudo indica, segundo o Tribunal da Relação, que houve erro grosseiro do Ministério Público com consequências que estão à vista de todos e que são de uma magnitude que é impossível não reparar", afirma, sublinhando que "não há em Portugal poderes não escrutináveis e sem prestação de contas".

"Não há em Portugal poderes ilimitados, não pode haver e todos estaremos de acordo com isso", disse.

Sobre o mesmo assunto, acrescentou: "Se há suspeitas sobre o primeiro-ministro de Portugal eu penso que é de senso comum que todos desejam que essas suspeitas sejam resolvidas, ou confirmadas, ou negadas! Porque a suspeita sobre o primeiro, o ex-primeiro-ministro de Portugal, é uma mancha para nós todos e é uma mancha exterior para o Estado português".

Portugal | VIVA O FUTEBOL CLUBE DO PORTO! OMESSA!

Bom dia. Este que vem a seguir é o Curto do Expresso. Vitor Matos assina no jornal de referência que é propriedade do Grupo Impresa Bilderberg Balsemista. Um mundo de informação que ainda sobrevive e que se perspectiva assim continuar, com saúde. Haja Expresso que os deuses estão de férias!

O Curto trata da revolução desportiva no FC Porto. De ninho e gerador de criminosos passou a Boas que é Vilas e André. Pinto foi reduzido à sua origem natural, o 'sim senhor' da galinha, já não porá mais ovos. Os bons filhos a casa tornam. É justo.

A abordagem do jornalista do Expresso é esfusiante e abusadora. Até pinta os cravos de azul inundados de positivismo. Deve ser milagre da Fátima que fatura aos milhões em nome da santa e do bem. É justo.

Pinto da Costa, a que chamaram Papa em tempos, passou agora a ser apelidado de Rei, talvez monarca das falcatruas e inimigo dos mouros que ele sempre amaldiçoou referindo-se aos portugueses do sul do país conquistado por D. Afonso Henriques (ainda meu familiar). Esse sim, um rei indiscutível. Um valentão de espada em riste que contrariou a mãe e os reacionários do norte, enveredando por aí abaixo à espadeirada com um exercito de homens destemidos com 'eles' (os tomates) negros, grandes e rijos. Pois, isso já lá vai. Foi quase há mil anos.

Na atualidade a guerra é outra. Os chutos nas bolas pouco contam para a felicidade devida ao povo português. Um grande amigão também do norte de Portugal sabe bem isso. Sem dúvida fez da sua lição um guia que está por cumprir pelos políticos fajutos e concentrados nos seus umbigos e/ou em interesses dos mais endinheirados: a paz, o pão, saúde, educação. Um guia para a liberdade a sério que está por cumprir após a manhã dos cravos vermelhos. Esses sim, importantes e autênticos. Sem folclores perniciosos, ausentes de reacionarismos tão alojados em muitos coios do norte de Portugal, da Europa e do Mundo. Adiante que se faz tarde e vai chover daqui a nada.

Sobre o FC Porto acabamos por agora. O "rei morreu. Viva o rei!" Daqui por uns tempos falaremos e logo veremos o que mudou para melhor e positivo graças à vitória do André Vilas Boas para presidente do FC Porto... Pinto da Costa saiu pela porta pequena, foi teimoso. Decerto estúpido, absoluto. Esses condimentos foram a razão da sua queda e da sua 'morte' enquanto dirigente. Ámen. Deixemos-lhe uns mimos de consideração pelos laivos positivos que representou. Poucos, mas o certo é que não há quem seja completamente perfeito. Azar, o Pinto foi imensamente imperfeito e construtor de "guerras" com tudo e com todos. Lucrou algumas vezes mas deixou a marca de rastos, até internacionalmente. O FC Porto não merecia isso.

Pronto. Vamos embora. Aqui deixamos uma "conversa" sobre desporto-rei, essa coisa dos chutos nas bolas. Protejam-se nas partes.

O Curto a seguir. Bom dia e umas tripas à moda do Porto, na Mamuda (ainda existe?) Se calhar agora é um McDonald's dos envenenadores globais made in EUA. Pois.

Obrigado, se chegaram até aqui. Prova de que são mesmo pacientes. Essa é uma muito boa qualidade que têm. 

Viva o FC Porto, omessa!

Leia o Curto. Vão lá. Já!

MM | Redação PG

REPRESSÃO NOS EUA

Antonio Rodríguez, México | Cartoon Movement

As universidades americanas estão a reprimir os protestos estudantis contra o bombardeamento de Gaza por Israel. Confira nossa coleção para mais desenhos animados.

Pressionar para apagar os palestinos: canadenses promovendo genocídio

Yves Engler* | Palestine Chronicle | # Traduzido em português do Brasil

Para aqueles de nós que acreditam nos direitos humanos para todos, é necessário desmantelar as instituições que procuram eliminar os palestinianos. Em nome da protecção dos judeus canadianos, muitos estão a promover o apagamento cultural e físico de um povo distante.

Recentemente tem havido uma pressão para suprimir uma vestimenta tradicional palestina. Para alegria de muitos, o presidente da legislatura de Ontário proibiu os kaffiyehs da assembleia provincial.

Num sinal de apoio a esta política racista, o proeminente médico “progressista” e administrador do Conselho Escolar do Distrito de Ottawa-Carleton, Nili Kaplan-Myrth, lamentou recentemente um colega administrador que “colocou um keffiyeh”, tornando-o “não seguro para os judeus”. .

Da mesma forma, a autora Dahlia Kurtz postou sobre uma amiga que entrou em pânico quando uma funcionária da creche de seu filho usava um kaffiyeh e algo semelhante aconteceu quando o presidente de um Sindicato Canadense de Funcionários Públicos local usou a vestimenta enquanto se dirigia aos membros.

Em uma expressão particularmente odiosa desse pensamento, a citação 'Love My 7 Wood' da conta X de direita tuitou uma foto de um membro da legislatura de Alberta usando um kaffiyeh, observando: “Ela e seus colegas do NDP usam isso por um motivo e um motivo apenas. Para intimidar os judeus.” (Ao que respondi: “Toda a cultura palestina existe por uma razão e apenas uma razão. Para intimidar os judeus.”)

É responsabilidade de todos ajudar a salvar Gaza

Caitlin Johnstone* | CaitlinJohnstone.com.au | # Traduzido em português do Brasil

Penso que uma das razões pelas quais os protestos estudantis contra o genocídio de Gaza demoraram tanto tempo a ganhar força nos EUA pode ser porque demorou algum tempo até que se percebesse colectivamente que ninguém no comando está interessado em acabar com este pesadelo.

Se Trump tivesse vencido em 2020, talvez não demorasse tanto para que isso ocorresse. Os estudantes de mentalidade progressista teriam compreendido desde o início que o presidente é um imperialista imoral que mima Israel, e podemos ter assistido muito antes a estes protestos nos campi, que hoje estão a assustar os gestores do império.

Mas como era Biden e não Trump, havia a suposição de que certamente os adultos responsáveis ​​cuidariam disso. Certamente eles não vão deixar isso durar muito tempo. Certamente estão apenas a seguir uma linha diplomática cuidadosa enquanto negociam um cessar-fogo a curto prazo, como estaria a fazer qualquer governo que se preocupasse minimamente com os direitos humanos.

Demorou meio ano para que essa ilusão fosse dissipada. Meio ano para as pessoas realmente começarem a pensar: “Oh merda. Eles realmente vão continuar com essas atrocidades. Ninguém no comando se preocupa em impedir isso.” 

Meio ano para ver que ninguém na Casa Branca vai salvar Gaza, nenhum dos seus legisladores eleitos no Capitólio vai salvar Gaza, ninguém em qualquer lugar do seu governo vai salvar Gaza - nem mesmo os membros comuns do público nas gerações mais velhas vão salvar Gaza. 

Meio ano para ver que a responsabilidade de acabar com um genocídio ativo foi passada para um bando de universitários de olhos arregalados.

O que seria, obviamente, algo horrível de se perceber, e seria na verdade uma acusação profundamente chocante de toda a nossa civilização. Mas foi isso que aconteceu. E você pode ver como levaria algum tempo para que os jovens entendessem e processassem tal coisa.

E para ser claro, nenhuma parte disto deve ser aceite por ninguém. O facto de ninguém no governo mais poderoso do mundo assumir qualquer responsabilidade pelo fim da contínua atrocidade em massa em Gaza prova que o governo não merece existir e que precisa de ser completamente desmantelado de cima a baixo - incluindo e especialmente os aspectos não eleitos daquele governo que não são oficialmente reconhecidos. O facto de ter cabido a um grupo de estudantes universitários começar a causar problemas significativos a este regime genocida é obsceno e nunca deveria ter acontecido.

Esses estudantes universitários não deveriam ser responsáveis ​​por se oporem a este genocídio e, na verdade, a responsabilidade NÃO é toda deles – é nossa também. Cada um de nós é responsável por fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para acabar com este horror.

Nenhum de nós pode acabar com isso sozinho, mas todos podemos fazer algo todos os dias para ajudar a acabar com isso coletivamente. A máquina é grande e poderosa demais para que qualquer pessoa possa desferir-lhe um golpe fatal, mas todos nós podemos jogar areia em suas engrenagens para tornar cada vez mais difícil sua continuidade.

Podemos fazer isso dando a conhecer a nossa oposição de todas as maneiras possíveis e chamando a consciência pública para a selvageria sádica que está a ser perpetrada em Israel com a ajuda dos seus aliados ocidentais sob os quais vivemos. Usando qualquer meio e plataforma que possamos utilizar, podemos ajudar as pessoas a compreender as formas como os meios de comunicação imperiais têm manipulado a compreensão pública deste genocídio e minimizado a responsabilidade do seu próprio governo por isso, para que possam realmente compreender a gravidade e a urgência desta questão. . 

O império centralizado nos EUA é fortemente dependente do poder brando, o que significa que precisa de manter uma boa imagem pública para continuar a funcionar – é isso que toda a propaganda dos meios de comunicação de massa, o controlo de informação do Vale do Silício e a produção cultural dominante em Nova Iorque e Hollywood. é tudo sobre. Se um número suficiente de pessoas começar a trabalhar para destruir a imagem pública do império, espalhando a consciência da sua depravação em Gaza, este será forçado a recuar ou correrá o risco de perder a credibilidade dos sistemas de manipulação de poder brando que tanto esforço dedicou a manter ao longo dos anos.

Todas as mudanças positivas no comportamento humano, em qualquer escala, são sempre precedidas por uma expansão da consciência. Ao espalhar a consciência por toda a nossa sociedade sobre o que está a acontecer em Gaza, atiramos areia nas engrenagens da máquina assassina imperial e tornamos cada vez mais difícil que ela continue a avançar. E é nossa responsabilidade fazer exatamente isso, de todas as maneiras que pudermos.

Este mundo está tão doente porque ninguém assume a responsabilidade pelas coisas que acontecem nele. Os ricos e poderosos acumulam cada vez mais riqueza e poder, ao mesmo tempo que transferem a responsabilidade por isso para outros. Eles destroem a biosfera ao mesmo tempo que transferem as consequências para as pessoas comuns, ao mesmo tempo que nos dizem que só precisamos de andar mais de bicicleta e consumir menos para resolver o problema. Eles iniciam guerras e apoiam genocídios no estrangeiro, ao mesmo tempo que se recusam a prover os necessitados em casa, e se você reclamar, eles dizem que você só precisa votar mais forte nas próximas eleições. Eles assumem todo o poder e nenhuma responsabilidade.

Não poderemos ter um mundo saudável até invertermos esta dinâmica e, como todas as questões relativas à responsabilidade, isso significa que ela começa com o rosto no espelho. Todos precisamos de assumir a responsabilidade de dar a volta a esta catástrofe e, em 2024, isso significa começar com o genocídio que os nossos próprios governos estão a facilitar ativamente.

* O trabalho de Caitlin Johnstone é totalmente compatível com o leitor, então se você gostou deste artigo, considere compartilhá-lo, seguindo-a no FacebookTwitterSoundcloudYouTube, ou jogar algum dinheiro em seu pote de gorjetas KofiPatreon or Paypal. Se você quiser ler mais você pode compre os livros dela. A melhor maneira de garantir que você verá o que ela publica é se inscrever na lista de discussão em seu site or na subpilha, que receberá uma notificação por e-mail sobre tudo o que ela publicar. Para obter mais informações sobre quem ela é, sua posição e o que está tentando fazer com sua plataforma, clique aqui. Todos os trabalhos são de coautoria com seu marido americano Tim Foley.

* Este artigo é de CaitlinJohnstone.com.au e republicado com permissão.

EUA supostamente trabalha para impedir que o TPI emita mandado de prisão para Netanyahu

“Não há absolutamente nenhuma razão para Biden estar envolvido nisso”, disse um analista. “Mas, mais uma vez, Biden intervém para proteger Netanyahu das consequências dos crimes de guerra que comete.”

Jake Johnson* | Common Dreams | # Traduzido em português do Brasil

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, está cada vez mais preocupado com o facto de o Tribunal Penal Internacional estar a preparar-se para emitir mandados de prisão contra ele e outros altos funcionários do governo por cometerem crimes de guerra na Faixa de Gaza .

O Times of Israel informou no domingo que o governo israelense, em parceria com os EUA , está “fazendo um esforço concertado para evitar” possíveis mandados de prisão do TPI, que lançou pela primeira vez a sua investigação de crimes de guerra nos territórios palestinianos ocupados em 2021.

Israel não reconhece a jurisdição do TPI e recusou-se a cooperar com a investigação. O TPI afirma ter jurisdição sobre Gaza, Cisjordânia e Jerusalém Oriental.

Citando uma fonte não identificada do governo israelense, o The Times of Israel informou que "um dos principais focos das alegações do TPI será que Israel 'deliberadamente deixou os palestinos famintos em Gaza'". Outras autoridades que podem enfrentar mandados de prisão são o Ministro da Defesa Yoav Gallant e as Forças de Defesa de Israel. (IDF) Chefe de Gabinete Herzi Halevi.

A reportagem do Times of Israel surgiu pouco depois do jornalista israelita Ben Caspit ter escrito que Netanyahu está "sob uma tensão invulgar" sobre a possibilidade de mandados de detenção e está a liderar um "empurrão ininterrupto por telefone" para impedir a acção do TPI.

Tal como Israel, os EUA não são parte no Estatuto de Roma, que criou o TPI em 2002. O órgão jurídico tem a tarefa de investigar indivíduos e não governos.

Os EUA, o principal fornecedor de armas de Israel, opuseram-se à investigação do TPI sobre a Palestina desde o início, com o secretário de Estado Antony Blinken a dizer numa declaração de 2021 que o tribunal "não tem jurisdição sobre este assunto" porque "Israel não é parte no TPI". ."

Mas a administração Biden apoiou veementemente a decisão do TPI de emitir um mandado de prisão para o presidente russo, Vladimir Putin, por crimes de guerra cometidos na Ucrânia, embora nem a Rússia nem a Ucrânia sejam partes no Estatuto de Roma.

O governo israelita foi acusado de cometer numerosos crimes de guerra em Gaza desde o ataque liderado pelo Hamas em 7 de Outubro, incluindo genocídio , limpeza étnica e utilização da fome como arma de guerra . No final do ano passado, o grupo de direitos humanos Democracia para o Mundo Árabe apresentou agora ao TPI os nomes de dezenas de comandantes militares israelitas que se pensa terem estado directamente envolvidos em violações do direito internacional.

Relatos de uma acção potencialmente iminente do TPI provocaram alarme entre os conservadores nos Estados Unidos.

O presidente da Câmara dos EUA, Mike Johnson (R-La.), Escreveu nas redes sociais na sexta-feira que o tribunal deveria "deveria se retirar imediatamente".

Num editorial publicado no mesmo dia, o The Wall Street Journal sugeriu que os EUA e o Reino Unido poderiam "arriscar-se a encontrar americanos e britânicos sob a mira de armas" se não alertarem o promotor do TPI, Karim Khan, contra a emissão de mandados de prisão para autoridades israelenses. Organizações de direitos humanos e especialistas jurídicos disseram que Biden e outras autoridades dos EUA poderiam ser responsabilizados perante o direito internacional se continuarem a apoiar a guerra de Israel em Gaza.

"A candidatura do Sr. Khan foi defendida pelo seu país natal, a Grã-Bretanha, e apoiada pelos EUA", continua o editorial do Journal , "portanto, ambos os países podem ter influência se avisarem o Sr. Khan sobre o que acontecerá se ele prosseguir".

O Times of Israel observou no domingo que, de acordo com relatos de vários meios de comunicação israelenses, os EUA são “parte de um último esforço diplomático para impedir que o Tribunal Penal Internacional emita mandados de prisão contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e outras autoridades israelenses”.

Trita Parsi, vice-presidente executiva do Quincy Institute for Responsible Statecraft, argumentou no domingo que “não há absolutamente nenhuma razão para Biden estar envolvido nisso”.

“Mas, mais uma vez”, acrescentou Parsi, “Biden intervém para proteger Netanyahu das consequências dos crimes de guerra que comete, com os quais Biden afirma estar pessoalmente frustrado”.

* Jake Johnson é editor sênior e redator da Common Dreams.

Ler/Ver em Common Dreams:

Memorando vazado do Departamento de Estado: Garantias israelenses 'nem credíveis nem confiáveis'

Repulsa saúda jantar de correspondentes na Casa Branca enquanto Israel mata jornalistas em Gaza

Ex-alunos da Columbia Climate School criticam a 'repressão violenta' dos protestos de solidariedade em Gaza

domingo, 28 de abril de 2024

Angola | Ingerência Fatal no Combate à Corrupção – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

O Presidente João Lourenço, num gesto inaudito que só tem paralelo com os nazis de Telavive, qualificou como ingerência o parecer da ONU sobre a prisão e julgamento do empresário Carlos São Vicente. Netanyahu repete, vezes sem conta, que a ONU apoia o terrorismo. A ONU é conivente com o HAMAS. A ONU é antissemita. A ONU é inimiga de Israel. Os seus ministros de extrema-direita, pelo menos um deles, condenado por terrorismo, fazem as mesmas acusações. Iguais, sem tirar nem pôr, às que faziam os fascistas e colonialistas de Lisboa durante os genocídios da Guerra Colonial, em Angola, Guiné-Bissau e Moçambique. Exactamente os mesmos argumentos dos racistas de Pretória.

Um parecer do Conselho de Direitos Humanos da ONU não é uma ingerência. Pelo contrário. É uma ajuda. Um abanão para despertar consciências. Um contributo para a necessária mudança de rumo que está a ser seguido em Angola e vai dar ao abismo. 

O Presidente João Lourenço sabe, seguramente, que foi muito difícil colocar Angola no palco internacional. Foi necessário lutar muito para que a República Popular de Angola fosse admitida na ONU em Dezembro de 1976, mais de um ano após a Proclamação da Independência Nacional. Graças à excelência da Diplomacia Angolana e particularmente do ministro das Relações Exteriores da época, José Eduardo dos Santos. Foi na sua presença que a Bandeira Nacional subiu no mastro da sede da ONU em Nova Iorque. 

Em 2024, o Chefe de Estado acusa a ONU de ingerência, porque o Conselho de Direitos Humanos, apreciado o processo de Carlos São Vicente, considerou que a sua prisão é arbitrária e o seu julgamento está inquinado de graves ilegalidades. A mesma ONU cujo Conselho de Segurança, em Dezembro de 1976, recomendou à Assembleia Geral, através da Resolução 397/76, com votos favoráveis da maioria dos membros permanentes do Conselho de Segurança, a admissão da República Popular de Angola. EUA votaram contra. 

Angola foi eleita para o Conselho de Direitos Humanos da ONU no biénio 2018-2020. Em 2024, como emitiu um parecer que desagrada ao chefe, fez uma ingerência! Angola já esteve no Conselho de Segurança por duas vezes. A primeira, entre 2003-2004, presidiu ao órgão. Voltou em 2015-2016 como membro não permanente. Também foi ingerência, Presidente João Lourenço?

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