domingo, 10 de dezembro de 2023

Guerra Israel-Hamas ao minuto: ataque aéreo israelense mata 10 palestinos em Gaza

Gaza enfrenta ‘desastre humanitário sem precedentes’ em meio a ataques israelenses

Usaid Siddiqui ,  Virginia Pietromarchi  e  Stephen Quillen | Al Jazeera | # Traduzido em português do Brasil

-- Israel é acusado de encenar vídeo de rendição palestina

-- Proibição 'consistente' de apoiadores palestinos nas redes sociais

-- Jordan FM: Israel está tentando 'esvaziar Gaza dos palestinos'

-- Netanyahu expressa ‘descontentamento’ com a posição da Rússia contra Israel

“Não há lugar seguro para ir na Faixa de Gaza”, afirma o Ministério da Saúde palestino, já que o ataque israelense mata 10 pessoas em Khan Younis.

Mais destruição na Cisjordânia ocupada à medida que os ataques israelitas continuam nos territórios ocupados.

No Fórum de Doha, o primeiro-ministro do Qatar afirma que Gaza enfrenta um “desastre humanitário sem precedentes”.

O Programa Alimentar Mundial afirma que 36 por cento das famílias de Gaza sofrem agora de “fome severa”.

Pelo menos 17.700 palestinos foram mortos em Gaza desde 7 de outubro. Em Israel, o número oficial revisto de mortos é de cerca de 1.147.

‘Estamos testemunhando um pesadelo vivo em Gaza’: ONU

O Gabinete dos Direitos Humanos da ONU no Território Palestiniano Ocupado fez esta declaração no momento em que o mundo assinala 75 anos desde a Declaração Universal dos Direitos Humanos. O Artigo 1 deste compromisso afirma que “todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos”.

“Para dar vida à Declaração Universal na Palestina, precisamos de um cessar-fogo imediato, da libertação de reféns e, em última análise, do fim da ocupação, de garantir os direitos dos palestinianos à autodeterminação e de proporcionar justiça e igualdade aos povos da Palestina. tanto Palestina quanto Israel”, disse o escritório.

O escritório da ONU também disse que os palestinos em Gaza enfrentam morte, cerco, destruição e privação das necessidades humanas mais essenciais. Mais de 70 por cento dos mortos nos ataques israelitas foram mulheres e crianças. “Aqueles que não morrem sob as bombas correm o risco de morrer de fome, sede e doenças”, afirmou.

“Entretanto, os palestinianos na Cisjordânia estão a ser sujeitos a um aumento perturbador de detenções, maus-tratos, restrições extremas de movimento, violência estatal e de colonos e deslocações naquele que já foi, antes de 7 de Outubro, o ano mais mortífero de que há registo.”

Israel é acusado de encenar vídeo de rendição palestina

Israel foi acusado de apresentar um vídeo que pretendia mostrar a rendição dos combatentes do Hamas.

A filmagem mostra dezenas de homens, chamados de combatentes do Hamas pela mídia israelense, apenas de cueca após serem presos no campo de refugiados de Jabalia. Um homem é visto caminhando em direção a um soldado e entregando um rifle e uma pistola. O homem segura um rifle com a mão esquerda.

No entanto, a unidade de verificação da Al Jazeera, Sanad, identificou uma segunda tomada do mesmo vídeo com o homem agora segurando o rifle com a mão direita.

No momento em que o palestino chega ao local onde a arma foi largada, o primeiro vídeo, do Canal 12, mostra o palestino colocando a arma no chão sem olhar para a esquerda ou para a direita e retornando ao local de detenção.

No segundo vídeo, publicado pelo Yedioth Ahronoth, o palestino chega ao mesmo local onde as armas foram entregues e olha onde estão os soldados e conversa com eles.

Proibição “consistente” de apoiadores palestinos nas redes sociais

Urooba Jamal - Reportagem do Fórum de Doha

Desde o início da guerra, autores, ativistas, jornalistas, cineastas e outros utilizadores das redes sociais afirmaram que publicações contendo mensagens que expressam apoio aos palestinianos estão a ser ocultadas pelas plataformas das redes sociais.

“Cada uma das minhas páginas nas redes sociais foi retirada do ar em algum momento nos últimos meses”, disse o estudioso muçulmano norte-americano Omar Suleiman à Al Jazeera. “O banimento das sombras tem sido consistente.”

Suleiman, presidente do Instituto Yaqeen, com sede no Texas, acredita que Israel perdeu a “guerra de relações públicas” no meio do bombardeamento contínuo da Faixa de Gaza.

“Ele sabe que enquanto continuar a massacrar civis à escala que atinge, não haverá qualquer quantia de dinheiro que possa cobrir a feiúra das suas atrocidades.”

LER/VER MAIS NO ORIGINAL Al Jazeera

Apoiantes de Israel defenderiam literalmente qualquer atrocidade israelita

Caitlin Johnstone* | Caitlin Johnstone.com | Consortium News | # Traduzido em português do Brasil

Os apoiadores de Israel dizem: “Não, não, você não entende, o lado que está matando bebês e incinerando famílias e assassinando jornalistas e matando civis famintos e bombardeando locais de patrimônio cultural e bombardeando bairros inteiros e expulsando um povo indígena de suas terras são os mocinhos. .”

Não há literalmente nada que Israel possa fazer que os seus apoiantes não defendam. Tente preencher a lacuna em “ Israel poderia _______ e as pessoas o defenderiam ” com algo que não seria verdade. A maioria das coisas insanamente más que você poderia colocar naquele espaço já está realmente sendo feita. Genocídio? Eles já estão fazendo isso. Assassinar bebês? Eles já estão fazendo isso. Matando milhares de crianças? Já estou fazendo isso. Visar e assassinar deliberadamente jornalistas, artistas e académicos? Já estou fazendo isso.

Os apoiantes de Israel defenderão qualquer mal – literalmente qualquer mal  – desde que seja perpetrado pelo seu regime favorito. Não existem restrições de qualquer tipo, porque os apoiantes de Israel estão completamente desinteressados ​​na moralidade. Se o fossem, não estariam a apoiar um dos governos mais imorais deste planeta, mesmo depois de tudo o que fez nos últimos dois meses.

Parte do problema é o consenso generalizado de que o dia 7 de Outubro significa que Israel tem justificação para fazer literalmente qualquer coisa em resposta, por mais hedionda que seja. Israel poderia exterminar toda a população de Gaza e os seus apoiantes ainda estariam a dizer “E 7 DE OUTUBRO??”

Um novo estudo israelita concluiu que Israel está a matar civis em Gaza a uma taxa significativamente mais elevada do que a dos civis mortos nas guerras mundiais do século XX. Analistas militares afirmaram que a destruição no norte de Gaza é comparável às campanhas de bombardeamento mais agressivas da Segunda Guerra Mundial em locais como Dresden, Hamburgo e Colónia.

As autoridades norte-americanas teriam ficado chocadas quando as autoridades israelitas indicaram que estavam a preparar-se para infligir baixas civis em Gaza que seriam uma reminiscência dos horrores da guerra mundial, e depois, à maneira típica israelita, foram e fizeram ainda pior.

Biden matar as negociações de paz na Ucrânia e apoiar um genocídio em Gaza são piores do que qualquer coisa que Donald Trump alguma vez tenha feito.

Os apologistas de Israel citam frequentemente o facto de a maioria dos judeus apoiar Israel para fundamentar a sua posição ridícula de que a oposição a Israel é anti-semita, mas essa estatística não é realmente moralmente relevante ou logicamente interessante. Qualquer população que esteja suficientemente saturada de propaganda e doutrinação acabará apoiando principalmente aquilo que está sendo propagandeado e doutrinado a apoiar; esse é o propósito da propaganda e da doutrinação.

Amigo Americano É Matador de Gazanos e Angolanos -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Cada um tem os amigos que merece. Joe Biden, a múmia assassina, tem um grande e estremecido amigo, João Lourenço. Esta amizade espúria é regada de sangue, desde o primeiro vagido. Sangue de crianças vietnamitas, angolanas, iraquianas, afegãs, sírias, líbias e agora gazanas. Quem são as últimas vítimas? O embaixador de Israel na ONU diz que são as mais de 4.000 crianças assassinadas pelos nazis de Telavive na Faixa de Gaza. 

Na missão messiânica de apresentar Israel como a terra prometida e os judeus povo escolhido por Jeová, o diplomata israelita chama gazanos aos palestinos. Porque isso de Palestina, segundo Jeová, não existe. Logo não existem palestinos. Quem está em Gaza é gazano. Quem está na Cisjordânia é alvo das milícias sionistas, fixo ou móvel, esteja em movimento ou parado. Os colonialistas portugueses também negavam a existência de Angola. Do Minho a Timor era tudo Portugal. Angolanos não existiam para além de escravos. O máximo que conseguiam era o estatuto de assimilados, se fossem capazes de imitar os ocupantes.

Os gazanos não são um delírio do embaixador de Israel na ONU. São a expressão da nova doutrina sionista. O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, líder do partido Sionismo Religioso (assumidamente nazi) revelou que Jeová falou com ele, conversa de pé de orelha e lhe disse que palestinos não existem. Palestina não existe. É tudo Israel! O ministro da Segurança, Ben-Gvir, é líder do partido nazi Otzma Yehudit. Foi condenado por terrorismo num Tribunal de Israel nos bons velhos tempos da democracia. Os palestinos são todos gazanos e devem partir imediatamente para outras paragens. Gaza e Cisjordânia são Israel!

Senhor Presidente João Lourenço, os gazanos estão a ser assassinados deliberadamente. As crianças gazanas são mortas às ordens do seu amigo Joe Biden. Ele é o assassino. Os israelitas que matam, são apenas os sargentos do estado terrorista mais perigoso do mundo no Médio Oriente. Em 2017 mostrou logo ao que vinha. Declarou o seu antecessor, José Eduardo dos Santos, como inimigo público número um. O MPLA é o seu inimigo figadal. A Angola construída a ferro e fogo entre 1975 e 2017 tem de ser desmantelada. Apostou abrir caminho, a torto e a direito, ao seu amigo Joe Biden. Aos seus amigos assassinos. 

Quando falou com Joe Biden na sala oval, o bafo dele era de sangue das crianças gazanas, Das Mamãs gazanas. Dos civis gazanos destroçados à bomba. As mãos do seu amigo Biden ainda respigavam sangue dos gazanos. Até ontem eu pensava que o Presidente João Lourenço foi manchado com esse sangue inocente. Hoje sei que afinal estava sequioso desse sangue. Quer que corra esse sangue. Implora aos seus amigos do estado terrorista mais perigoso do mundo que faça correr cada vez mais sangue dos gazanos. 

Senhor Presidente João Lourenço, a guerra da CIA, do Pentágono, da Casa Branca, do Congresso, do Senado contra Angola, teve o dedo assassino do seu amigo Joe Biden. Eles mataram milhares de crianças e Mamãs angolanas. Até ontem eu acreditava que essas vítimas inocentes eram suas filhas e filhos. Suas Mamãs. Hoje sei que eram pasto para saciar os assassinos seus amigos do estado terrorista mais perigoso do mundo.

A Bala que Matou Gal Matou Miguel -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

O Gal morreu. Coitado do Gal era tão bom menino. Tão amigo dos amigos. Vestiram-lhe uma farda, ensinaram-no a matar e foi para a Faixa de Gaza. Outro bom menino disparou sobre ele e foi o fim. Até o Netanyahu foi ao funeral porque Gal era filho de um membro do Gabinete de Guerra. Afinal os judeus também morrem. As balas perfuram os corpos dos brancos. Que horror! Jeová pode ser um bom agente imobiliário mas não é um bom branco. Deixou um terrorista de cor indefinida matar o Gal. É preciso reforçar o apartheid e o racismo.

Olhem para Angola com olhos de ver. Uma bala matou Miguel, médico, bom amigo, bom cidadão. Era filho do governador-geral de Angola. Uma bala dos “terroristas” do MPLA matou-o. E sabem que mais? Ele era contra a guerra colonial. Ele dizia que Angola tinha que ser independente, como todas as outras colónias portuguesas. Acabou o curso de medicina, meteram-lhe uma farda, galões de alferes e foi para a guerra. Uma bala pôs fim à sua vida.

Olhem para Angola. Os professores do ensino preparatório e secundário entraram em luta logo a seguir ao 25 de Abril de 1974. Participaram num grande comício no pavilhão do Clube Nun’Álvares, na Ilha do Cabo, apoiado pelo Movimento Democrático de Angola. A meio da actividade política apareceu o “Camarada Faria”. Desfraldou a bandeira do MPLA e amplificou a mensagem de Agostinho Neto: O inimigo é o colonialismo e o imperialismo. O Povo Português é um povo amigo! Sabem qual foi a reacção?

O pequeno comércio dos musseques (cantinas) estava nas mãos de agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) e taxistas. A PIDE em Angola, depois do 25 de Abril de 1964, virou Polícia de Informações Militares (PIM). Mudaram as moscas mas a porcaria era a mesma. Os torcionários fugiram para a Rodésia de Ian Smith (Zimbabwe) e África do Sul, onde venderam os seus serviços aos racistas. No dia seguinte ao comício da Ilha, os independentistas brancos avançaram com os esquadrões da morte, constituídos por polícias, taxistas e bufos. À noite, depois do jantar, iam matar negros para os musseques! Estavam a repetir as mortandades de 1961, após a Revolução do 4 de Fevereiro.

Engano trágico. Em 1974, milhares de jovens angolanos que cumpriram ou estavam a cumprir o serviço militar obrigatório puseram-se ao lado do MPLA e enfrentaram os esquadrões da morte. Defenderam o povo dos musseques. O MPLA definiu bem o inimigo. O MPLA apelava aos portugueses para ficarem em Angola, ajudando os angolanos a criar o novo país, livre e independente. E eles iam para os esquadrões da morte. Depois para a UNITA, apresentada como o “movimento dos brancos”. Tudo menos os “terroristas” do MPLA. Fecharam estrondosamente a porta que se lhes abriu, para serem construtores de Angola e se redimirem de agentes do colonialismo.

Portugal | Pedidos, cunhas e corrupção

Eduardo Barroso* | Diário de Notícias | opinião

Devo ter recebido centenas de pedidos durante as décadas em que fui responsável por um dos maiores Serviços de Cirurgia do País, que incluía uma grande Unidade de Transplantação. Pedidos vindos das mais variadas pessoas, desde colegas, amigos, políticos, jornalistas, artistas, empresários, dirigentes desportivos, escritores e muitos mais. Pedidos para receber mais cedo nas consultas, operar e até transplantar mais depressa, mas também para facilitar em exames e concursos. Muitos destes pedidos, a serem contemplados, tinham contrapartidas, algumas devo dizer bem significativas.

Sempre soube distinguir os pedidos feitos por compaixão e genuíno desinteresse, daqueles que até podiam compaginar casos de verdadeira tentativa de corrupção. Alguns destes pedidos eram legítimos e até comoventes, e mereceram-me atenção especial. A minha querida tia Juginha, quando foi primeira-dama e recebia em Belém os mais desesperados pedidos de ajuda, era uma cliente de primeira. "Meu querido, tens no teu hospital internada uma senhora muito humilde da Fuseta (terra onde ela e a minha mãe nasceram), vê se a podes ajudar, e tratar rapidamente - os filhos estão muito aflitos." Nunca deixei de a tranquilizar, nunca ela quis com esses pedidos prejudicar ninguém, resultavam da sua genuína compaixão. Eu ia sempre ver esses doentes e informá-los do seu interesse; como também nunca esses apelos sinceros e desinteressados me fizeram alterar planos já traçados e definidos. Em meia-dúzia de casos, tentaram corromper-me, fingia não perceber, nunca os denunciei, mas nunca os contemplei. Só uma única vez estive quase a fazê-lo, tão escandalosa, ofensiva e despudorada foi a proposta, mas decidi apenas ignorá-la. Tenho a noção de ter exercido os meus pequenos poderes de médico, de uma maneira correta, e as vezes em que tenho a noção de ter infringido algumas regras, fi-lo por iniciativa própria, consciente de que tinha o direito de o fazer. Operei por exemplo no SNS, as mulheres dos meus chefes em situações graves, e obviamente atendi-as fora das consultas normais, não as coloquei em listas de espera, arranjei-lhes os melhores quartos, e até autorizei os maridos a visitá-las a qualquer hora. Nenhum dos meus queridos chefes, já reformados nessa altura, me pediu qualquer tratamento de favor, a iniciativa partiu de mim, e acho que me limitei a demonstrar-lhes a minha amizade, consideração, respeito e gratidão.

Nenhum medicamento ministrado num hospital do SNS a qualquer doente, independentemente do preço, pode ser prescrito por um não-médico. É, portanto, muito fácil saber quem o prescreveu: essa ordem está no processo clínico bem identificada. Acho que nos últimos 20 anos em que fui director de serviço, nunca o meu nome apareceu em qualquer processo clínico como prescritor. Alguém o fazia no computador sob as minhas ordens, sobretudo os internos tutelados, mas sempre sob a minha inteira responsabilidade. No meu serviço, para todos os efeitos, o responsável máximo por qualquer prescrição medicamentosa, das mais baratas, às mais caras, sempre fui eu.

Portugal | ALMAS GÉMEAS


Henrique Monteiro | HenriCartoon

EUA, ONU e Guterres na mira com Irão a alertar para explosão regional

Veto dos EUA a um cessar-fogo entre Israel e o Hamas valeu-lhe duras críticas, mas Nações Unidas não foram poupadas. Receios de alastrar do conflito a vizinhos crescem.

Helena Tecedeiro | Diário de Notícias

Enquanto o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, responsabilizou os EUA pelo "derramamento de sangue" em Gaza, em reação ao seu veto a uma resolução da ONU sobre um cessar-fogo entre o Hamas e Israel, o governo israelita acusou o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, de se colocar ao lado do grupo integrista palestiniano ao recorrer, pela primeira vez desde que chegou ao cargo, ao artigo 99 para pedir uma pausa nas hostilidades.

Estas são apenas dois exemplo do extremar das posições num conflito já fez mais de 17700 mortos do lado palestiniano, mais de 7000 dos quais crianças, segundo os dados do Ministério da Saúde do Hamas. Já as autoridades israelitas dão conta de 1200 mortos no ataque do Hamas de 7 de outubro, com os militantes palestinianos a fazerem 240 reféns - uma centena foi libertada durante a curta trégua que permitiu ainda a libertação de duas centenas e meia de prisioneiros palestinianos.

Com os combates a decorrer "casa a casa", segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), e os tanques israelitas a rodearem Khan Yunis de dois lados, a ONU deixou o alerta: nove em cada dez palestinianos na Faixa de Gaza não conseguem comer diariamente e metade da população está em situação de fome. Em entrevista à Reuters, Carl Skau, diretor adjunto do Programa Alimentar Mundial da ONU, explicou que as condições no terreno não permitem as entregas de alimentos e garantiu que nada o tinha preparado para o "medo, caos e desespero" que encontrou em Gaza.

A ONG Save the Children também acusou este sábado Israel de estar a usar a fome como uma arma de guerra contra a população civil de Gaza, apelando a um "cessar-fogo imediato e definitivo". Afastar deliberadamente a população civil de comida, água e combustível e impedir propositadamente os mantimentos de chegarem às populações é usar a fome como arma de guerra, o que inevitavelmente tem um impacto mortal nas crianças", alertou esta ONG, citando vários casos de crianças e famílias que não têm acesso a água, abrigo e comida durante vários dias seguidos.

Em declarações à agência palestiniana Wafa, o ministro das Obras Públicas e Habitação do governo do Hamas, Mohamed Ziara, garantiu que mais de 25% das zonas urbanas de Gaza foram varridas do mapa pelos ataques israelitas desde o início da guerra. O governante afirmou que mais de 250 mil casas foram parcial ou totalmente destruídas e quase um terço das infraestruturas, incluindo estradas, condutas de água, esgotos, eletricidade e linhas de comunicação estão inutilizáveis.

Enquanto no terreno, Israel prosseguia a sua ofensiva, as críticas ao veto dos EUA no Conselho de Segurança, com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, a lamentar que este órgão das Nações Unidas, graças ao bloqueio norte-americano, a transformar-se no conselho de proteção de Israel".

A resolução do Conselho de Segurança recebeu 13 votos a favor, o veto dos EUA e uma abstenção, do Reino Unido.

sábado, 9 de dezembro de 2023

Na época da boa vontade, uma dica para Biden… Pare de alimentar a guerra

Na Época da Boa Vontade, não pode haver paz no que diz respeito aos Estados Unidos.

Strategic Culture Foundation | editorial | # Traduzido em português do Brasil

O presidente dos EUA, Joe Biden, não conseguiu obter a sua lista de desejos de Natal de 111 mil milhões de dólares em fundos militares adicionais para a Ucrânia, Israel e Taiwan.

O chamado “pacote de ajuda militar suplementar” foi bloqueado pelo Senado esta semana principalmente devido à oposição dos legisladores republicanos. A sua oposição baseou-se principalmente em exigências de mais financiamento para medidas de segurança nas fronteiras dos EUA, e não em princípios anti-guerra e pró-paz.

No entanto, é algo satisfatório que o militarismo maluco de Biden tenha sofrido um golpe.

É também uma grande surpresa que o presidente americano – o suposto líder do “mundo livre” e um cristão devoto professo – não veja nada mais importante do que gastar quantias tão colossais de dinheiro em armas de guerra. É ainda mais odioso dada a aproximação do Natal e do Tempo da Boa Vontade.

A terrível violência em Gaza e a guerra inútil na Ucrânia devem ser interrompidas imediatamente. A paz e o alívio do sofrimento devem ser a máxima prioridade para todos os líderes mundiais dignos desse nome.

No entanto, a administração Biden não aceita nada disso. O Presidente Biden quer enviar mais 68 mil milhões de dólares em armas para a Ucrânia – para além dos mais de 120 mil milhões de dólares que a sua administração já forneceu em ajuda ao regime de Kiev.

O QUE SE LÊ EM ISRAEL -- INFORMAÇÃO HARETZ MUITO REDUZIDA

O que aconteceu hoje na Palestinainformação Haaretz (Israel)

■ Enquanto as forças terrestres israelitas continuavam a combater em toda a Faixa de Gaza , as FDI afirmaram ter localizado e destruído vários túneis do Hamas. As IDF publicaram uma foto de satélite na qual um local de lançamento de foguetes é visto perto de uma escola no sul de Gaza, dentro da zona segura definida pelo exército.

■ Depois de Israel ter autorizado a reabertura da passagem de Kerem Shalom para ajuda a Gaza, um novo processo de inspecção da ajuda está a ser testado, mas a passagem ainda não está aberta, disse um alto funcionário da ONU à Reuters no sábado.

■ Pelo menos 17.700 palestinos foram mortos e 48.780 feridos em Gaza desde o início da guerra, informou no sábado o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas.

O ministério disse que dois paramédicos ficaram feridos quando as forças israelenses atacaram uma ambulância enquanto esta trabalhava para evacuar pacientes feridos do Hospital Europeu de Gaza.

■ O Kibutz Be'eri anunciou a morte em cativeiro em Gaza de Sahar Baruch , 25 anos, que foi sequestrado pelo Hamas em 7 de outubro. O Hamas divulgou na sexta-feira um vídeo de Baruch parcialmente filmado há duas semanas, como parte de sua guerra psicológica em curso. O irmão e a avó de Sahar foram assassinados pelo Hamas no dia 7 de Outubro.

■ Os EUA vetaram uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas que apelava a um cessar-fogo humanitário imediato entre Israel e o Hamas.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, disse que o veto dos EUA o tornou cúmplice do que ele descreveu como crimes de guerra contra os palestinos. O Hamas condenou a decisão como "antiética e desumana".

Altos funcionários israelenses estão preocupados com o fato de que, se outra proposta de cessar-fogo do Conselho de Segurança da ONU for feita nas próximas semanas, a administração Biden possa decidir não usar o seu veto.

■ O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, reuniu-se com o Ministro dos Negócios Estrangeiros saudita, Faisal bin Farhan Al-Saud, que apelou à implementação de "medidas urgentes" para estabelecer um cessar-fogo em Gaza. Na sexta-feira, Blinken reuniu-se com os ministros das Relações Exteriores do Egito, Jordânia, Catar, Arábia Saudita e Turquia, bem como com um alto funcionário da Autoridade Palestina.

"Parece que a guerra em Gaza também é apresentada pelos estados árabes como mais um caso que mostra a sua capacidade limitada de organizar uma acção comum contra movimentos militares ou diplomáticos na região" - Zvi Bar'el

■ Os Houthis do Iémen anunciaram no sábado que consideravam navios " de qualquer nacionalidade" que navegam através do Mar Vermelho para portos israelitas para serem alvos legítimos de ataque, se Gaza não receber a ajuda de que necessita.

     - Autoridades de defesa israelenses disseram ao New York Times que os líderes iranianos estavam pressionando os Houthis a intensificarem os ataques e que se um míssil balístico Houthi atingisse Israel, causando danos significativos ou mortes de civis, seria "extremamente difícil" para Israel não responder. Uma autoridade iraniana observou que os Houthis alertaram que qualquer ataque dentro do Iêmen seria enfrentado com o fechamento de todo o acesso comercial marítimo ao Mar Vermelho e com o disparo indiscriminado de drones e mísseis contra os navios.

■ As FDI anunciaram a morte de quatro soldados mortos em combates na Faixa de Gaza. Um dos mortos foi Maor Cohen Eisenkot, sobrinho do ministro da guerra, Gadi Eisenkot, cujo filho foi morto em Gaza na quinta-feira.

■ Um soldado das FDI foi gravado em vídeo vandalizando uma loja em Jabalya, Gaza. Um porta-voz das FDI disse que o caso seria investigado minuciosamente e que seu comportamento era "inapropriado e contrário aos valores das FDI".

■ Três membros do Hezbollah foram mortos num ataque de drone israelita no sudoeste da Síria na sexta-feira, disseram duas fontes à Reuters. As IDF disseram que atacaram uma base do Hezbollah no Líbano em resposta a mísseis antitanque lançados contra Israel no início do sábado.

■ Seis palestinianos foram mortos na manhã de sexta-feira numa troca de tiros com forças israelitas no norte da Cisjordânia, de acordo com o Ministério da Saúde palestiniano.

■ Um palestino de 25 anos foi morto a tiros no sábado por disparos das FDI durante uma prisão no sul da Cisjordânia . Segundo as IDF, o homem atacou soldados com uma faca durante a sua prisão, ferindo moderadamente um deles.

Israel declarou guerra depois que o Hamas matou pelo menos 1.200 israelenses e feriu mais de 3.300 num ataque impiedoso. Em Gaza, o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas informa que pelo menos 17.700 palestinianos foram mortos. O Hamas e a Jihad Islâmica Palestina mantêm como reféns mais de 136 soldados e civis , vivos e mortos, incluindo cidadãos estrangeiros.

A guerra surge após dez meses da mais significativa crise política e social interna em décadas, devido ao golpe judicial do governo liderado por Netanyahu – legislação que visa enfraquecer dramaticamente o poder judicial de Israel e potencialmente resgatar Netanyahu dos três julgamentos de corrupção que enfrenta – e no meio de uma crise escalada de violência entre palestinianos da Cisjordânia e colonos israelitas, estes últimos empoderados pelo governo mais direitista de sempre de Israel.

Ler/Ver em Haaretz:

Seis palestinos morreram em prisões israelenses durante a guerra, dois encontrados machucados

O Hamas não consegue conter o exército israelense – mas Sinwar tem outros planos

Angola | Exportador de Paracuca e Bagre Fumado – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Kizaca. Paracuca. Catato. Bagre fumado. Macaco congelado. Estes são s produtos que vou exportar para os EUA. Já pedi ajuda ao ministro Massano e vou receber milhões de apoio às exportações. Em breve vamos ver os gringos devorando os meus produto. Pensavam que daqui só vai petróleo? Tomem lá comida boa seus boçais! (não digam nada mas os apoios financeiros às minhas exportações vão ter o mesmo destino dos que tiveram os oferecidos aos artistas do Carrinho e da Omatapalo. Sim, estou a caminho de ser milionário corrupto.

O ministro Massano chamou os jornalistas e disse-lhes que as relações com os EUA não podem ser melhores. Os investimentos em obras estruturais chegam ao tecto do Palácio da Cidade Alta. Dinheiro kiavulu! Também falou da cooperação militar com o estado terrorista mais perigoso do mundo. Calma aí! Essa parte não pode ficar a pairar. Fiquei preocupadíssimo por ser Massano e não o General Furtado  falar disso. Foi demitido? Foi transferido para a guarda do mobutista Tulinabo Mushingi? Queremos saber. João Lourenço tem a obrigação de explicar por que razão foi o ministro Massano a falar da “cooperação militar” com o estado terrorista mais perigoso do mundo.

O mobutista Mushingi fez ontem e repetiu hoje uma afirmação que exige esclarecimento imediato. Alguém explique ao Presidente da República que por se ter ajoelhado aos pés de Joe Bidem isso não quer dizer que todos os angolanos estejam ajoelhados. O Mishingi disse que Angola está a colaborar na paz mundial ao condenar a guerra da Rússia contra a Ucrânia. E disse mais isto: No Médio Oriente Angola está com Israel na luta contra a organização terrorista HAMAS”.

Estou a cair da tripeça, não consigo fazer saltos mortais à retaguarda nem flic-flacs mas tenho ouvido de tísico. Eu ouvi o Presidente João Lourenço condenar a mortandade de Israel na Faixa de Gaza. Agora cambalhotou? Rasteja aos pés dos donos? Que eu saiba Angola só considera organizações terroristas, aquelas que assim são classificadas pela ONU. O HAMAS só é uma organização terrorista para os EIUA e países da União Europeia. O que mudou? Esclareçam imediatamente. João Lourenço sujou as mãos de sangue inocente de palestinos quando apertou a mão ao assassino Joe Biden. Agora temos também de saber se está a apoiar o Genocídio. 

Se não desmentir imediatamente o mobutista Mushingi, cabe ao Bureau Político do MPLA esclarecer os angolanos e particularmente os militantes do partido, se Angola apoia o Genocídio de Israel na Palestina. Só um lembrete. Se fossemos todos iguais aos que se ajoelham aos pés do estado terrorista mais perigoso do mundo, Angola hoje não era independente. O Baixo Congo chegava ao rio Cuanza e o resto era um imenso bantustão dos racistas da África do Sul. O cabeça de lista do MPLA que exerce o cargo de Presidente da República tem o dever de respeitar quem o elegeu. 

Angola | O Sentimento da Notícia e Edições Perdidas -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Os radialistas angolanos eram muito cientes do seu espaço e não queriam ser jornalistas. Eu bem lhes dizia que a Linguagem Jornalística e sua gramática nasceram graças à democratização da Rádio. Até ao desenvolvimento da comunicação à distância e às ondas radiofónicas, o jornalismo usava, de empréstimo, a linguagem literária. E com ela viveu durante séculos. 

Os telegramas das agências noticiosas e o tempo real da Rádio impuseram o modelo da mensagem directa, substantiva e afirmativa, tendencialmente imperativa. Um mundo maravilhoso associado à voz humana que é e sempre será o mais belo espectáculo do mundo.

A Rádio Angolana nos primórdios era mesmo um grande espectáculo. As vozes que iam ao microfone eram impecáveis, imaculadas, sem o mínimo defeito de dicção. Os edifícios sonoros, ainda rudimentares, usavam a música com ou sem palavras como material de construção. Os sonoplastas apareceram em grande nos anos 60. Ninguém teve a sorte que eu tive. Trabalhei com os melhores técnicos do mundo: João Canedo, José Maria e os manos Neves (Artur e Fernando). 

Apesar de todos os esforços, os jornalistas na Rádio eram apenas “assistentes literários”. A primeira Redacção a sério nasceu na Emissora Oficial de Angola (RNA). Foi criada e dirigida por Cruz Gomes, que veio do Jornal do Congo e Rádio Clube do Uíge. Em 1974, foi substituído por António Cardoso, Manuel Rodrigues Vaz e este vosso criado. Criámos duas Redacções, uma para cada jornal, às 13 e às 20 horas. Eu chefiava a Redacção do Jornal das 13,00 horas e impus a paridade de género. 

A minha adjunta era Graça D’Orey. E além dela, trabalhavam nessa redacção as jornalistas Maria Dinah, Catarina Gago da Silva, Isabel Colaço e Conceição Branco (Tatão) mais conhecida por Leoa de Benguela. Os homens: Victor Mendanha, José Mena Abrantes, Pena Pires, Quinta da Cunha, Anapaz, Francisco Simons (chefe da reportagem) e o estagiário João Melo. As vozes também estavam em paridade: Luísa Fançony, Maria Dinah, Francisco Simons e Manuel Berenguel. Se fosse necessário avançavam também Concha de Mascarenhas e Horácio da Fonseca. Eram as pistolas de ouro. Mas sempre uma voz feminina e uma masculina.

Os radialistas angolanos eram excelentes. Joana Campino e Sebastião Coelho puseram o Rádio Clube do Huambo nas bocas do mundo ao lançarem o programa Xeque-Mate (já estavam a pensar em João Lourenço) o primeiro interactivo. Os ouvintes ligavam para a estação respondendo a questões culturais. Foi este espaço radiofónico que catapultou Sebastião Coelho para o topo da Rádio Angolana. Melhores do que ele, só mesmo os que tinham o sentimento da notícia. As suas vozes eram excepcionais, ninguém elevou o espectáculo da Rádio ao nível que eles elevaram. Os espectáculos radiopublicitários tiveram também mestres: Alice Cruz, Ruth Soares, Artur Peres e Luís Montês.

SITUAÇÃO MILITAR NA UCRÂNIA EM 9 DE DEZEMBRO DE 2023 (atualização do mapa)

-- Os ataques russos destruíram o depósito de munição ucraniano perto de Volchansk;

-- Os ataques russos tiveram como alvo a infra-estrutura militar no campo de aviação de Kulbakino;

-- Os ataques russos danificaram uma infra-estrutura em Kherson;

-- Em 8 de dezembro, os ataques russos atingiram alvos na região de Kiev;

-- Em 8 de dezembro, os ataques russos atingiram alvos na região de Dnepropetrovsk;

-- Pelo menos 11 barcos ucranianos com militares ucranianos a bordo foram destruídos e danificados na região de Kherson durante a noite;

-- A AFU bombardeou a aglomeração da cidade de Donetsk 10 vezes no último dia;

-- As forças russas repeliram os ataques ucranianos perto da floresta Serebryansky;

-- Os confrontos continuaram em Krynki;

-- Os confrontos continuaram perto de Kurdyumovka, Andreyevka e Kleshcheyevka;

-- Os confrontos continuaram perto de Pyatikhatki, Verbovoye e Rabotino;

-- As forças russas eliminaram 105 militares ucranianos, três veículos motorizados, bem como um sistema de artilharia autopropelida Gvozdika na área de Kupyansk;

-- As forças russas eliminaram 155 militares ucranianos, dois veículos blindados de combate e três veículos motorizados na área de Krasny Liman;

-- As forças russas eliminaram 200 militares ucranianos, dois veículos blindados de combate, dois veículos motorizados, um obuseiro Msta-B e um canhão D-30 na área de Donetsk;

-- As forças russas eliminaram 80 militares ucranianos, bem como dois veículos motorizados na área de South Donetsk;

-- As forças russas eliminaram 35 militares, dois veículos motorizados, um obus D-30, um sistema de artilharia Gvozdika na região de Zaporozhye;

-- As forças russas eliminaram 50 militares ucranianos e três veículos motorizados na região de Kherson;

-- Os sistemas de defesa aérea russos abateram 11 drones ucranianos no último dia.

Ler/Ver em South Front:

Hezbollah tem como alvo posições e tropas israelenses perto da fronteira com o Líbano (vídeo)

Exército israelense relata fortes confrontos no norte de Gaza (vídeos)

Situação militar na Síria em 9 de dezembro de 2023 (atualização do mapa)

Leopardo alemão 2A4 para enriquecer a coleção de troféus russos

Tensões aumentam no médio oriente enquanto Israel renova ataque a Gaza

As tensões aumentaram em todo o Médio Oriente à medida que Israel renovava os seus ataques ao enclave palestiniano da Faixa de Gaza, após o fim de um cessar-fogo de uma semana.

South Front | # Traduzido em português do Brasil | com vídeo

As Forças de Defesa de Israel (IDF) começaram a lançar ataques em Gaza logo após o término do cessar-fogo, na manhã de 1º de dezembro. As tropas israelenses também retomaram as operações terrestres na cidade de Gaza, no campo de refugiados de Jabaliya e na cidade de Beit Lahia, na parte norte de a faixa. Pouco depois, Israel expandiu as operações para a cidade de Khan Yunis e áreas próximas no sul de Gaza, apesar de enfrentar forte resistência do Movimento Hamas e de outras facções armadas na Faixa.

O novo ataque israelita a Gaza pôs fim a uma trégua de facto na frente libanesa. O Hezbollah renovou as operações contra as FDI em 1º de dezembro, lançando um total de cinco ataques. Nos dias seguintes, o número de ataques ficou em média acima de dez.

Mais escalada foi relatada em 2 de Dezembro, quando a Resistência Islâmica no Iraque (IRI), uma coligação de facções armadas apoiadas pelo Irão, retomou os ataques contra bases dos Estados Unidos na Síria e no Iraque, em resposta ao apoio incondicional de Washington à guerra israelita em Gaza.

O primeiro ataque teve como alvo os militares perto do Aeroporto Internacional de Erbil , na região do Curdistão. Mais tarde, vários ataques tiveram como alvo a Base Aérea de al-Harir, também localizada no Curdistão, e a Base Aérea de Ain al-Assad em al-Anbar. A IRI também lançou ataques contra bases dos EUA na Síria, incluindo Green Village e Conoco em Deir Ezzor, bem como al-Shaddadi e Khrab al-Jir em al-Hasakah.

A escalada também foi relatada na frente sul da Síria após o fim do cessar-fogo em Gaza. Em 3 de dezembro, um ataque com foguetes teve como alvo as Colinas de Golã ocupadas por Israel. As FDI limitaram a sua resposta a alguns ataques de artilharia, provavelmente para evitar uma escalada.

Também em 3 de dezembro, os Houthis (Ansar Allah) retomaram os ataques contra Israel, tendo como alvo dois navios de propriedade israelense no Mar Vermelho. Os EUA afirmaram que um terceiro navio comercial também foi atingido e que um dos seus navios de guerra interceptou drones lançados em sua direção. No entanto, os Houthis não assumiram a responsabilidade.

Os Houthis escalaram em 6 de dezembro com o lançamento de um míssil balístico na cidade de Eilat, no extremo sul de Israel. No entanto, foi interceptado pelo sistema de defesa aérea Arrow da IDF.

No geral, as tensões no Médio Oriente estão mais uma vez em níveis perigosamente elevados. Um conflito regional poderá eventualmente eclodir se a guerra de Israel contra Gaza se prolongar.

EUA vetar resolução da ONU? "Torna os EUA cúmplices da carnificina em Gaza" - MSF

Avril Benoît, diretora executiva dos Médicos Sem Fronteiras dos EUA, afirmou, este sábado, que a decisão dos EUA de vetar uma resolução da ONU que apela a um cessar-fogo "torna-os cúmplices da carnificina em Gaza".

"Israel continuou a atacar indiscriminadamente civis e estruturas civis, a impor um cerco que equivale a uma punição coletiva para toda a população de Gaza, a forçar deslocações em massa e a negar o acesso a cuidados médicos vitais e a assistência humanitária. 

Os EUA continuam a fornecer apoio político e financeiro a Israel à medida que prossegue as suas operações militares, independentemente do terrível custo para os civis. Para que os voluntários possam responder às necessidades esmagadoras, precisamos de um cessar-fogo agora. O veto dos EUA torna-os cúmplices da carnificina em Gaza", frisou, em comunicado citado pelo The Guardian.

Inês Frade Freire  | Notícias ao Minuto

Ler/Ver em Notícias ao Minuto:

Autoridade Palestiniana responsabiliza EUA por sangue derramado em Gaza

Irão alerta para possibilidade de explosão regional após veto dos EUA

China dececionada com veto dos EUA na ONU a cessar-fogo em Gaza

Manifestantes pró-palestina em Nova Iorque indignados com veto dos EUA

O objetivo final de Netanyahu em Gaza é a sua própria sobrevivência política

Ciente de que uma derrota do Hamas é improvável, o primeiro-ministro de Israel está decidido a prolongar a guerra em Gaza, principalmente para ganhar tempo, salvaguardar o seu legado político e evitar a prisão.

CorrespondenteThe Cradle na Palestina | Traduzido em português do Brasil

Independentemente de como termine a guerra brutal de Israel na Faixa de Gaza, um resultado inegável parece estar a emergir – o potencial fim da carreira política do Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu. 

Para além das repercussões imediatas da operação de inundação de Al-Aqsa, liderada pelo Hamas, os problemas de Netanyahu têm raízes profundas, entrelaçadas com os seus esforços incansáveis ​​para evitar acusações de corrupção e uma possível prisão. Isto levou-o a formar o governo de extrema-direita mais extremista da história de Israel, preparando indirectamente o cenário para a operação histórica lançada pela resistência palestiniana em 7 de Outubro.

A vida política de Bibi está em jogo 

O sistema militar e de segurança do estado de ocupação, embora se pensasse ter sido apanhado de surpresa pela escala dos acontecimentos de 7 de Outubro, sentiu a volatilidade iminente na Gaza sitiada, na Cisjordânia ocupada e até nos territórios ocupados em 1948. 

As ações de ministros extremistas como o ministro das Finanças, Bezalel Somotrich, e o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, a quem Netanyahu protegeu para manter a unidade do seu frágil governo de coligação, contribuíram indiscutivelmente para a crise crescente.

No meio da carnificina e da devastação do actual ataque israelita a Gaza, a crise política interna de Tel Aviv está a infiltrar-se no mini-gabinete de guerra montado para dirigir a guerra. A divergência entre Netanyahu e os oficiais militares, juntamente com a sua recusa inicial em prosseguir uma trégua humanitária e iniciativas de libertação de prisioneiros, sugere uma crise enraizada no próprio primeiro-ministro.

O desespero do primeiro-ministro em manter a sua imunidade política e evitar a prisão deixou-o ansioso por prolongar a guerra em Gaza. Ele acredita que isso lhe dará tempo para chegar a um acordo de saída – provavelmente sob o patrocínio dos EUA – para evitar um destino semelhante ao da agressão pós-Líbano do ex-primeiro-ministro Ehud Olmert em 2006. Isto, apesar dos milhares de mortos e feridos de soldados israelenses que o conflito causou. suportado.

Netanyahu, plenamente consciente de que eliminar o Hamas é um objectivo impossível , está, no entanto, a empregar publicamente este objectivo de guerra como cobertura para outros resultados estrategicamente benéficos que procura: o controlo do gás de Gaza , projectos de deslocação palestiniana para o Sinai e a Jordânia, pressão para confrontos directos entre os EUA e o Irão. , e a eliminação de seus aliados extremistas.

Um nojo chamado Austrália inserido no neocolonialismo anglófono dos EUA e do RU*


Nas universidades de todo o mundo, a definição de anti-semitismo apresentada pela Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA) tem sido utilizada para silenciar comentários críticos sobre as violações dos direitos humanos e os crimes de guerra de Israel. Na Austrália, a definição tem tido um efeito inibidor nos campi de todo o país.

No meio do bombardeamento implacável de Israel sobre Gaza, que matou quase 16 mil pessoas, incluindo mais de 6 mil crianças, estudantes e funcionários que se organizaram em solidariedade com o povo palestiniano enfrentaram pressão e intimidação.

Ler/Ver completo em Al Jazeera

* Título PG

O jornalismo transformou-se em campo de batalha na guerra de Israel contra Gaza

E na batalha sobre a forma como a guerra é relatada a partir de Gaza, os jornalistas têm sido as principais vítimas.

Somdeep Sen* | Al Jazeera | # Traduzido em português do Brasil

Não muito tempo atrás, o mundo testemunhou imagens fortemente contrastantes.

Por um lado, vimos nos nossos ecrãs o jornalista da televisão palestiniana Salman al-Bashir, visivelmente angustiado após a notícia da morte do seu colega Mohammad Abu Hatab. Hatab estava no ar há 30 minutos. Quando voltou para casa, Hatab e onze membros de sua família foram mortos em um ataque aéreo israelense.

Al-Bashir foi reduzido às lágrimas: “Não podemos mais. Estamos exaustos, estamos aqui vítimas e mártires à espera da nossa morte, somos um após o outro e ninguém se importa connosco nem com a catástrofe em grande escala e com o crime em Gaza”. Ele então tirou seu equipamento de proteção, acrescentando: “Sem proteção, sem proteção internacional alguma, sem imunidade a nada, esse equipamento de proteção não nos protege e nem aqueles capacetes”.

Também vimos imagens da CNN, cuidadosamente coreografadas e selecionadas, após a operação terrestre dos militares israelitas em Gaza. Disseram-nos que a CNN estava “incorporada” a eles. Como condição para entrar em Gaza com apoio aéreo israelita, os meios de comunicação social são obrigados a “submeter todos os materiais e filmagens aos militares israelitas para revisão antes da publicação”. A CNN concordou com esses termos.

Se já não fosse evidente, os meios de comunicação social e o jornalismo tornaram-se um campo de batalha central nesta guerra entre Israel e Gaza. E na batalha sobre a forma como a guerra é relatada a partir de Gaza, os jornalistas têm sido as principais vítimas.

Em 3 de dezembro, Shima El-Gazzar, jornalista palestiniana da rede Almajedat, foi morta juntamente com membros da sua família num ataque aéreo israelita à cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

Em 23 de Novembro, um ataque aéreo à sua casa, no campo de refugiados de Nuseirat, no centro de Gaza, custou a vida do jornalista Muhammad Moin Ayyash e de cerca de 20 membros da sua família.

Guerra Israel-Hamas ao minuto: adolescente palestino morto na Cisjordânia – Ministério

Virginia Pietromarchi  e  Usaid Siddiqui | Al Jazeera - 9 de dezembro de 2023 | # Traduzido em português do Brasil

Os ataques tornam-se mortais na Cisjordânia enquanto as forças israelenses continuam a atacar Gaza

O Ministério da Saúde palestino afirma que um adolescente foi morto pelas forças israelenses no sul da Cisjordânia ocupada.

As autoridades palestinianas criticam o veto dos EUA a uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que apela a um cessar-fogo humanitário imediato em Gaza, considerando-o “desastroso” e “uma vergonha”.

O bombardeamento israelita ao enclave sitiado continua, com dezenas de mortos em ataques a Khan Younis, no sul.

Pelo menos 17.487 palestinos foram mortos em Gaza desde 7 de outubro. Em Israel, o número oficial revisto de mortos é de cerca de 1.147.

Mais de 50 mil refugiados em al-Mawasi

Hani Mahmoud - Reportagem de Rafah, sul de Gaza

Acabamos de chegar ao centro de evacuação de al-Mawasi, em Rafah.

No momento em que descemos do nosso veículo, as pessoas correram até nós pensando que estávamos aqui para prestar ajuda humanitária. As pessoas aqui não comem há dois dias. Se as pessoas não morrerem devido ao bombardeamento, poderão morrer de fome.

As pessoas estão com fome e com sede. Eles não têm todos os suprimentos básicos que poderiam ajudá-los a sobreviver.

O número estimado de pessoas que se refugiam aqui é de mais de 50 mil. Muitas tendas foram montadas e a área está ficando sem espaço. Aqueles que possuem terras aqui acabaram dividindo-as em pequenas porções e alugando-as ou vendendo-as aos desabrigados.

A situação é muito desesperadora. Está muito frio e venta muito… e há possibilidade de inundações se começar a chover. As tendas são muito pequenas e inadequadas para as pessoas morarem.

GAZA GENOCÍDIO

Ahmad Qaddura, Suécia | Cartoon Movement

EUA vetam resolução do Conselho de Segurança que exigia cessar-fogo em Gaza

Resolução dos Emirados Árabes Unidos contou ainda com a abstenção do Reino Unido.

Os Estados Unidos vetaram esta sexta-feira um projeto de resolução do Conselho de Segurança da ONU que exigia um cessar-fogo humanitário imediato em Gaza, apesar do apelo inédito lançado pelo secretário-geral da organização, António Guterres.

A resolução, da autoria dos Emirados Árabes Unidos e que foi apoiada por dezenas de Estados-membros, foi rejeitada com um voto contra dos Estados Unidos (membro permanente, com poder de veto), 13 a favor e uma abstenção (Reino Unido).

O projeto de resolução - agora rejeitado - manifestava "grave preocupação com a situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza e com o sofrimento da população civil palestiniana", sublinhava que "as populações civis palestinianas e israelitas deveriam ser protegidas de acordo com o direito humanitário internacional" e exigia um cessar-fogo humanitário imediato.

Exigia também a libertação imediata e incondicional de todos os reféns e a garantia de acesso humanitário.

A votação ocorreu depois de Guterres ter invocado na quarta-feira, pela primeira vez desde que se tornou secretário-geral, o artigo 99.º da Carta das Nações Unidas, pedindo ao Conselho de Segurança, o único órgão da ONU cujas decisões têm caráter vinculativo, que "evitasse uma catástrofe humanitária" no enclave e aprovasse um cessar-fogo.

Na manhã de ontem (08.12), numa reunião do Conselho de Segurança, Guterres reiterou esses apelos, mas os Estados Unidos opuseram-se explicitamente a um cessar-fogo.

TSF | Lusa

sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

Atenção ao Mercado de Ações! Israel sabia sobre o plano do ataque de 7 de Outubro

ASSIM COMO O 11 DE SETEMBRO? ATIVIDADE SUSPEITA NO MERCADO DE AÇÕES ISRAELENSE SUGERE CONHECIMENTO PRÉVIO DO ATAQUE DE 7 DE OUTUBRO

Kit Klarenberg* | MintPressNews | # Traduzido em português do Brasil

Um novo estudo acadêmico fez uma descoberta chocante e altamente controversa. A actividade suspeita no mercado de acções israelita nos dias anteriores à Operação Al-Aqsa Flood, em 7 de Outubro, indica que uma determinada parte tinha conhecimento prévio do ataque iminente e usou essa informação para lucrar directamente com o pânico que se seguiu.

O artigo, de autoria de Robert J. Jackson Jr. da Faculdade de Direito da Universidade de Nova York e Joshua Mitts da Faculdade de Direito da Universidade de Nova York, conclui que, com base em um “aumento significativo” nas vendas a descoberto de empresas israelenses listadas, pessoas desconhecidas estavam cientes da operação era iminente e procurava lucrar ilicitamente. A venda a descoberto – ou a descoberto – permite que os traders apostem que uma ação terá um desempenho ruim e colherão recompensas se estiverem corretas.

A venda a descoberto é uma prática relativamente rara em comparação com a negociação tradicional e por um bom motivo. As perdas podem ser enormes se o mau desempenho previsto não se concretizar, e muitos consultores de investimentos alertam contra o envolvimento nesta prática em quaisquer circunstâncias. Surpreendentemente, porém, os académicos descobriram que as vendas a descoberto de empresas israelitas nos dias imediatamente anteriores a 7 de Outubro “excederam em muito as vendas a descoberto que ocorreram durante vários outros períodos de crise, incluindo a recessão que se seguiu à crise financeira, a guerra Israel-Gaza de 2014 e a crise da COVID-19”. pandemia."

A dupla argumenta que esta actividade pode reflectir tentativas de agentes do Hamas de lucrar, se não financiar directamente, o seu próximo ataque, uma alegação avidamente assumida pelo jornal hebreu Haaretz. Entretanto, o jornal financeiro israelita Globes atacou o estudo , alegando “enormes erros” cometidos pelos seus autores ao sobrestimar os lucros de indivíduos que venderam a descoberto acções israelitas. A dupla citou erroneamente os retornos em agorot, uma denominação da moeda israelita, como shekels – em centavos como dólares em termos dos EUA – levando-os a inflacionar os retornos dos investidores numa magnitude de 100.

No entanto, o meio de comunicação reconheceu um “aumento consistente nos saldos comerciais a descoberto sobre ações [israelenses] antes do início da guerra”. Além disso, o governo israelita levou tão a sério as conclusões do jornal que foi lançada uma investigação oficial para apurar a verdade. Como veremos, há boas razões para acreditar que, se alguém procurou enriquecer devido ao conhecimento prévio da Operação Al-Aqsa Flood, é improvável que estivesse ligado ao Hamas.

O documento observa numerosos precedentes históricos para tal atividade, que “ocorre em lacunas na aplicação internacional e nos EUA de proibições legais ao comércio informado”. A investigação sobre “negociações lucrativas com base em informações sobre conflitos militares futuros” é um campo académico subdesenvolvido. Esta falta de supervisão e escrutínio em torno das operações a descoberto por parte dos reguladores e vigilantes ocidentais pode explicar quem lucrou desta vez e porquê.

Quénia posiciona-se como o campeão africano do clima

Deutsche Welle

O Presidente do Quénia, William Ruto, está a promover a nação da África Oriental como campeã da energia verde, mas o país tem um caminho a percorrer.

Na região de Olkaria, no Quénia, aninhada no Vale do Rift, as colinas cobertas de florestas estendem-se até ao horizonte. O verde é ocasionalmente pontuado por encostas tão íngremes e escarpadas que nada cresce nelas.

A placa tectónica de África "está a dividir-se em duas através do Grande Vale do Rift", diz Anna Mwangi, geóloga da KenGen, a empresa pública de produção de energia do Quénia.

"O local onde nos encontramos neste momento é no fundo da fenda", disse ela, apontando para o amplo vale rodeado de escarpas, cerca de 120 quilómetros a noroeste da capital do Quénia, Nairobi.

Ao longe, finas linhas brancas de vapor de água estendem-se em direção ao céu. Estas linhas marcam as centrais geotérmicas exploradas pela KenGen na zona de Olkaria. A KenGen tem cinco centrais eléctricas na zona, com mais uma em construção e outra proposta. Também gere mais de uma dúzia de centrais de poços.

A localização aqui em Olkaria é ideal para as centrais geotérmicas amigas do ambiente, disse Mwangi.

Moçambique | "Pouco fiável": OE aprovado sob críticas da oposição

Silaide Mutemba | Deutsche Welle

Parlamento moçambicano aprovou a proposta de Orçamento do Estado para 2024. Para a RENAMO, a política orçamental está longe de responder às necessidades do povo, mas o partido no poder garante que o orçamento é adequado.

O Parlamento moçambicano debateu e aprovou, na generalidade, esta quinta-feira (07.12) a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2024. 

O documento apresentado pelo Governo prevê um crescimento económico de 5,5% no próximo ano e um défice de 10,4% do Produto Interno Bruto (PIB). Além disso, os encargos com a dívida sobem.

Para a bancada parlamentar da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), a política orçamental para 2024 está muito longe de responder às necessidades reais do povo. O défice e os níveis de endividamento do Estado moçambicano continuam demasiado altos, diz o maior partido da oposição.

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