domingo, 26 de março de 2023

ACTIVISTAS ANGOLANOS QUEREM MODELO LÍBIO – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Todos os povos têm os seus podres, mais ou menos visíveis. Todos têm gente sem carácter e cabeçudos sem nada lá dentro. Abundam os acéfalos e mais ainda as figuras grotescas que nascendo com coluna vertebral, a trocaram por um prato lentilhas. 

Os poucos anos de Independência Nacional foram suficientes para produzir angolanos néscios, bandoleiros e toda a escumalha humana que marca tragicamente os dias de chumbo em Portugal, onde são artilhados, municiados e pagos. A antiga potência colonial definha a olhos vistos e corre o risco de ir ao fundo no mar revolto da crise social, política, económica e financeira, mesmo com a praia da democracia à vista. E neste quadro de tragédia humana, a CNN Portugal diverte-se a dar notícias falsas como esta: A visita do ministro russo Lavrov a Luanda serviu para recrutar 2.000 mercenários angolanos que foram combater para a Ucrânia. 

No dia seguinte, a RTP e a agência Lusa deram voz a “órfãos” do 27 de Maio em termos insultuosos, mentirosos e provocatórios. Nem se dignaram ouvir a outra parte. Quem cometeu este crime contra o Jornalismo? Cândida Pinto. Esta mulher-a-dias disfarçada de jornalista e uma tal Ana Sofia Cardoso da CNN Portugal foram recebidas em Luanda com passadeira vermelha e apoiadas pelas autoridades. Montaram banca na TPA! Está aí o troco. Lembram-se do perdoar e abraçar? João Lourenço e Francisco Queiroz meteram-se num negócio perigoso e faliram.

Em Angola produzimos mártires, heróis, figuras grandiosas, exemplos esmagadores de dignidade humana, pensadores infinitivos e sonhadores imbatíveis. Portugal continua a produzir fascistas, colonialistas, ignorantes e corruptos.

A comunicação social portuguesa é o espelho de um país. Os Media portugueses mostram com uma clareza inquietante, a dimensão do desastre que colocou Portugal na humilhante situação de país pedinte. É um protectorado à imagem de Camaxilo ou Mona Quimbundo, no século XIX. Está transformado em território de servos da gleba, velhos despojados da última esperança. Mete pena! 

Qualquer dia os suseranos tedescos avançam sobre as areias finas de Portugal e exigem o direito de pernada às mulheres e filhas dos vassalos. Ana Gomes fica de fora, será tratada como fera peçonhenta. Catarina Martins mais as manas Mortágua ficam condenadas à cartomancia, até à reabertura do Tribunal do Santo Ofício. 

Agualusa, o mártir da gramática, é uma estrela em Portugal. Quanto mais fala, mais se revela como um aracnídeo literário, um angolano rastejante, um pedinte mal falante. Mas é justo reconhecer que fez um grande favor a Angola. Quando o herói português Luaty Beirão entrou em greve de filet mignon e caviar, o mártir da gramática revelou na SIC Notícias a chave do problema que temos em Angola. A memória é fundamental para apanhar mais depressa um canalha do que um cágado em cima de uma árvore.

Antes de fazer greve às iguarias, o Brigadeiro Mata Frakuz (Luaty Brandão) disse publicamente que o seu objectivo político era transformar Angola numa Líbia. O escriturário Agualusa foi explicar que o intrépido democrata angolano, quando disse isso, ainda não sabia no que ia dar aquele país: Assassinato, pela (OTAN (ou NATO), do Presidente Kadhafi e proliferação de grupos armados que controlam os campos de petróleo e vendem o barril de “ouro negro” às potências ocidentais, ao preço do copo de kapuka. Aliás, é por isso (e pelo roubo do Iraque) que o “crude” ainda hoje está disponível.

Luaty queria uma Líbia em Angola. E as elites portuguesas corruptas e ignorantes pedem mais, mais, mais. Vai daí montaram em Lisboa um circo permanente que tem como atracções os palhaços de sempre. 

O MPLA ganhou as primeiras eleições multipartidárias, em 1992, com maioria absoluta. Os derrotados tinham exércitos escondidos e lançaram as tropas contra a democracia. Dez anos passados, Savimbi acabou mas os seus sequazes foram poupados. Em vez de assinarem uma rendição, o Presidente José Eduardo dos Santos deu-lhes a oportunidade de assinarem um acordo de paz. Integrou-os no Governo de Unidade e Reconstrução Nacional. Todas as forças da oposição integraram esse executivo. Mas quando entenderam que podiam ganhar, exigiram eleições. Corria o ano de 2008. Nas mesas de voto, o MPLA ganhou com maioria qualificada. 

Em 2012, novas eleições, as primeiras desde que acabou o período de transição, que se arrastava desde 1992. O MPLA ganhou com nova maioria qualificada. Em 2017, nova vitória qualificada agora com João Lourenço na liderança. Em 2022, o MPLA esmagou, sozinho contra todos. E desta vez o estado terrorista mais perigoso do mundo e os bandoleiros seus lacaios querem mesmo destruir Angola. E quem devia organizar a resistência diverte-se destruindo o empresariado nacional, em nome do combate à corrupção. Ou dá marretadas impiedosas no edifício do Poder Judicial. Não é dividir para reinar. É dividir para capitular.

Angola vive num clima de estabilidade política, desde 2002, apesar de estarmos a sofrer as agruras de uma crise criada pela alta finança internacional. A democracia angolana tem resistido mas dá sinais de fraqueza. As elites portuguesas ignorantes e corruptas dizem que vivemos em ditadura. Insultam os milhões de angolanos que votaram no MPLA e no seu Presidente. 

Políticos de proa portugueses que ainda não se libertaram da mentalidade colonialista recebem o seu quinhão para derrubarem o MPLA. Se um dia os seus amigalhaços da UNITA forem para o poder em Angola, à maneira dos terroristas na Líbia, do Iraque e outros estados soberanos arrasados pela “primavera árabe”, estão garantidos. Porque em eleições livres e justas, é muito difícil. Os eleitores angolanos não pagam aos traidores dos seus mártires e dos seus heróis.

A Independência Nacional foi há quase 50 anos e eles ainda estão a cantar o “Angola é Nossa” e a agradecer a Salazar ter mandado tropas para o solo sagrado da nossa Pátria, “depressa e em força”. 

O Estado Angolano tem de começar a encarar a possibilidade de deixar os portugueses a divertirem-se com o circo montado em Lisboa pelos antigos capangas do regime de “apartheid” ou por traficantes de droga e diamantes disfarçados de activistas políticos. Em Angola, a ditadura dos saudosos do colonialismo não passará. Todos temos de estar na primeira linha de defesa da soberania nacional. 

Este é o momento de mostrar aos defensores do modelo líbio que a Primavera Angolana começou no dia 4 de Fevereiro de 1961 e nessa altura, os arrivistas e oportunistas assobiaram para o lado, enquanto um punhado de heróis atacou em Luanda, objectivos militares e policiais do regime colonialista. 

O lixo humano que se foi formando em camadas putrefactas ao longo das décadas, ficou sempre a gozar de palanque ou juntou-se aos inimigos de Angola enquanto o Povo Angolano, sob a direcção do MPLA se batia de armas na mão, pela libertação da Pátria. Os angolanos não podem esquecer os libertadores nem ignorar os que sempre se bateram contra uma Angola Livre e Independente. 

Sim, o MPLA, ao longo de quase 50 anos de Independência Nacional cometeu erros. Mas os que hoje vivem em paz, com dignidade e liberdade nunca esqueçam que antes destes anos, os angolanos nasciam escravos, cresciam e viviam na escravatura até à morte. Só não erra quem não luta, liberta e constrói diariamente a democracia.

*Jornalista

Angola | Vídeo capta momento em que prédio de seis andares desaba em Luanda


Um edifício com seis andares situado na Avenida Comandante Valódia, no centro de Luanda, ruiu na madrugada de sábado.

O prédio já estava sinalizado como sendo de risco, após a deteção de anomalias, razão pela qual as 18 famílias que nele habitavam já tinham sido realojadas.

Não houve feridos. 

Veja o momento no Twitter: AQUI

Jornal de Notícias

Autoridades. Recuperados quase 250 mil euros em escombros de prédio que desabou em Luanda

Fraccionismo, um aspecto da guerra psicológica da hegemonia unipolar contra Angola

Martinho Júnior, Luanda

Os animais que estão fartos de ser governados por um agricultor e têm um estilo de vida de ?classe? inferior ao do agricultor, lideram uma revolta contra este e ganham o controle da quinta. No começo dessa liberdade há esperança e a promessa de igualdade. Os porcos (que são os animais mais inteligentes da quinta) tomam o controle e no princípio a vida é melhor. Contudo, ao longo do tempo, a quinta começa a modificar a vida dos animais, para alguns deteriora e para uns poucos eleitos melhora dramaticamente… 

Esta alegoria assente que nem luva no capitalismo neoliberal e nos ajustamentos sucessivos de guerra psicológica que são elaborados pela hegemonia unipolar contra o Sul Global (neste caso Angola), desde a explosão das bombas atómicas em Hiroxima e Nagasaqui, em 1945…

GUERRA PSICOLÓGICA CONTRA O SUL GLOBAL

Desde que fizeram explodir as duas bombas atómicas em Hiroxima e em Nagasaki, respectivamente a 6 e 9 de Agosto de 1945, que os Estados Unidos nos moldes de sua hegemonia unipolar, desencadearam uma constante guerra psicológica contra o Sul Global, entrecortada por conflitos localizados que se foram disseminando mundo fora, numa escala e numa escalada sem precedentes em épocas anteriores.

O medo de que alguma vez mais os Estados Unidos recorressem de novo ao lançamento duma bomba atómica onde quer que fosse e contra quem fosse, foi um expediente subjacente que acompanhou a construção de sua hegemonia unipolar, de facto um expediente que tem alimentado todos os conteúdos da IIIª Guerra Mundial não reconhecida como tal, mas expressa em todas as práticas de conspiração, de subversão, de terrorismo, de caos, de violência, de medo inculcado, de desagregação que tentou sempre criar e, à medida que foram surgindo novas tecnologias, recriar!

Angola tem sido como todo o Sul Global, pasto dessas práticas de conspiração alimentadas de guerra psicológica que têm como matriz do medo, Hiroxima e Nagasaki, tanto pior por que muitas dessas práticas de conspiração advêm da profundidade do exercício colonial de séculos todo ele feito na base da opressão e repressão a ponto de, durante séculos, fazer prevalecer a escravatura!

O medo obsta a liberdade, a igualdade e a fraternidade por todo o Sul Global e isso criou e recriou os parâmetros das ingerências, das manipulações incessantes e das motivações expressas em termos de propaganda e contrapropaganda incentivadas pelo exercício dominante da hegemonia unipolar e sujeitas aos seus próprios interesses, conveniências e preceitos de guerra psicológica.

O MPLA, POR TABELA ANGOLA, ALVOS DE GUERRA PSICOLÓGICA DESDE A MATRIZ HISTÓRICA DA LUTA POPULAR DE LIBERTAÇÃO

O fraccionismo do 27 de Maio de 1977 é um produto colonial-fascista nutrido dos termos da “africanização da guerra” e da “a-psic” que semeou Angola de etno-nacionalismos capazes de alimentar divisão, tribalismo, regionalismo e racismo!

Foi possível para o colonial-fascismo fazer gerar um embrião de etno-nacionalismo quimbundo, de 1961 a 1974, procurando subverter os ideais do MPLA, sobretudo nas áreas da Iª Região Político Militar e da luta clandestina dos comités, sobretudo os de Luanda…

Esse esforço passou pelo grau de neutralização da Iª RPM       e o grau de neutralização desses comités, sujeitos a pressão de toda a ordem, sem armas e infiltrados por peritos de inteligência, de propaganda e de contrapropaganda colonial-fascista.

Nas prisões coloniais muitas das ideias de fermentação etno-nacionalista quimbunda se assumiram em termos de divisão: os que lutaram no “interior”, contra os que chegavam da guerrilha “exterior” e o ideólogo terá sido Juca Valentim, ele próprio um golpista do 27 de Maio de 1977.

Depois da proclamação da Independência da República Popular, a fracção nitista alimentou-se dessa “reserva de energias” instigada pelo colonial-fascismo que vinha detrás e é por isso que a tentativa do golpe tem esse tipo de conteúdos humanos, que não eram mesmo assim exclusivos das ideologias de divisão e subversão nitistas, mas também motivações para outros grupos de oportunistas que esperavam a sua hora para tirar proveito da evolução da situação e, paulatinamente, procurar fazer prevalecer a toxidade que tanto trabalhou, através da prática e da psicologia, para a sua formatação e disponibilidade concorrente à tomada do poder.

O golpe do 25 de Novembro de 1975 em Portugal, duas semanas após a Independência de Angola, teve corpo, alma e carácter de “retornado”, com cargas de ódio e de vingança por causa duma descolonização que só os podia hostilizar; essa gente com influência contrarrevolucionária no “arco de governação”, ao ser umbilicalmente favorável aos etno-nacionalismos angolanos, era filtrada por aqueles que haviam nutrido a inteligência colonial-fascista nesse sentido, inclusive os “links” que haviam devassado a Iª RPM, alguns dos comités de luta clandestina e as prisões.

Assim, se o golpe do 27 de Maio de 1977 vingasse, seria o “arco de governação” um dos seus beneficiários “naturais”, mas como não vingou, então tem-se aproveitado do fraccionismo nitista para forjar todo o tipo de manobras e manipulações de propaganda e contrapropaganda, visando em última análise colocar sempre em causa o estado angolano, fosse ou não popular!

Com as campanhas alimentando os vínculos cultivados desde a “a-psic” e a “africanização da guerra” fluindo do colonial-fascismo, essa propaganda e contrapropaganda acabou por se tornar num nicho da guerra psicológica da hegemonia unipolar, até por que o “arco de governação” sempre propiciou a vassalagem incondicional de Portugal cultivada com a União Europeia e a NATO.

A EUROPA NO FIM À CONTA DE PUTIN – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Primeiro faliram os bancos do estado terrorista mais perigoso do mundo mas eu não me preocupei, tenho a minha fortuna na Suíça. Depois faliu o Credit Suisse mas eu não me importei porque ainda fiquei com mais duas fortunas na Alemanha. O Deutsche Bank abana perigosamente em direcção à falência e eu estou-me nas tintas. Ainda tenho fortunas escondidas debaixo da cama, à moda antiga. A Banca portuguesa vive à custa dos pobres e de mão estendida à caridade dos “mercados”. Não tenho lá o meu dinheiro.

Hoje vou confessar-vos um segredo. Sou oligarca. Já fui romancista russo mas desisti porque percebi que nunca teria a pedalada de Dostoiévski quando li Crime e Castigo. Emigrei para a Federação Russa e iniciei a minha carreira de milionário. Em pouco tempo fiquei multi. O negócio (roubar e fabricar dinheiro) estava a dar muito lucro. Mas de um ano para o outro o senhor Presidente Putin resolveu fazer de mim multi multi milionário.

Num ano dupliquei a fortuna quando ele decidiu desarmar e desnazificar a Ucrânia. Vendo apoio espiritual às tropas, como o padre Mário Rui Pedras vende ao Ventura, chefe do partido racista e xenófobo Chega, orgulho de pelo menos dez por cento dos portugueses. O senhor padre é suspeito de ter abusado de rapazinhos. Nada de grave, apenas umas coisas manuais e falacio (pénis na boca) mas com a ferramenta bem lavada. O líder dos nazis portugueses diz que nunca foi ao castigo e ficou muito abalado com a situação do seu confessor e chefe espiritual. Os racistas e xenófobos são muito machos.

Os EUA caem de podres. Os estados membros da União Europeia já estão em decomposição. E os russos na mó de cima. O rublo cada vez mais forte, Os mísseis voando e explodindo sem parar. Uma desilusão. Afinal Deus existe e é amigo dos russos! Fiz bem ter seguido a carreira de oligarca. Continuo a vender apoio espiritual às tropas que estão a desnazificar e desarmar a Ucrânia. Sou oligarca, sou romancista russo arrependido mas não sou desleal. Aviso a nazi que manda na União Europeia, Úrsula von der Leyen, o Borrell, o Charles Michel e a parideira maltesa Roberta Metsola que os russos estão a chegar! Peçam asilo político ao Presidente Xi Xinping enquanto é tempo. 

Um senhor oficial dos bombeiros disse hoje na TPA que o prédio da Avenida Comandante Valódia (Combatentes) que ruiu foi construído na época colonial, é muito antigo, por isso foi abaixo. Caso não me levem a mal vou dar um testemunho. Vim viver para Luanda em Maio de 1961. Alguns prédios dos Combatentes e da Avenida Brasil ficaram concluídos nessa altura. E outros estavam em construção. As duas avenidas como são hoje, ficaram concluídas no final dos anos 70. Isso quer dizer que a maioria dos edifícios tem 50 ou 60 anos. A mesma idade para o Bairro de Alvalade. Tal como as torres do Prenda.

No início dos anos 50 a Lagoa do Kinaxixi foi definitivamente enxugada. Na sua margem virada para as barrocas e o mar, a Câmara de Luanda mandou construir o Mercado Municipal. Durante umas férias grandes assisti às obras. O arranjo urbanístico de toda a zona incluía, no centro da praça, um monumento em granito lavrado. Já no final dos anos 60, o arquitecto Taquelim da Cruz, funcionário da Junta Autónoma das Estradas, desenhou o famoso prédio Cuca, na margem norte da antiga lagoa. Já foi demolido por temer muito. Em frente ao mercado também nasceram edifícios em altura e que marcam o início da Avenida Comandante Valódia. 

No espaço da Lagoa do Kinaxixi resolveram construir um edifício gigantesco que levou à demolição do mercado. Está por acabar. Mas pergunto: As fundações desta obra, até às profundezas, terão retido os lençóis de água subterrâneos? Os prédios da zona podem estar a ser corroídos pela água que quando encontra pedra dura tanto bate até que fura? 

Eu sei que somos inimigos da manutenção. Desprezamos mais a manutenção do que a UNITA despreza e odeia da democracia. Sei também que um prédio de seis andares com 60 anos é jovem, quase criança. Temo prédios em Luanda que têm mais de um século e continuam habitáveis e em excelentes condições.

Também sei que o prédio que ruiu na Avenida Comandante Valódia é propriedade da companhia de seguros ENSA. Uma seguradora é tão negligente que deixa um edifício ruir por falta de manutenção ou mau uso! Muitos moradores constroem “gaiolas” e outros acrescentos, nas fracções e nos terraços! Quem passava na zona via os pilares em cimento armado com grandes fissuras. Até se via o ferro. As autoridades responsáveis não viram? 

Um aviso. Se os prédios da Luanda dos anos 60 e 70 (quando começou a construção em altura com toda a força) não beneficiarem de manutenção vão ruir, mais dia, menos dia, mais mês, menos mês, mais ano, menos ano. Se os “acrescentos” construídos irresponsavelmente (a ignorância às vezes é criminosa…) não forem demolidos, um dia destes vamos ter uma grande tragédia com perdas de vidas humanas. Governador Homem: Luanda Precisa de Ti!

Os supostos órfãos de Sita Vales, José Van-Dúnem e outros assassinos do 27 de Maio de 1977 afinal não contaram a verdade toda. Estão alinhados com as aldrabices da UNITA, seus mentores e financiadores nacionais ou internacionais. Não colaboraram com as autoridades angolanas, recusando fornecer o seu material genético. Têm o seu próprio negócio de ossadas. Recolheram amostras das ossadas à revelia das autoridades. O resultado deu no que queriam. Propaganda contra o MPLA e contra Angola.

A campanha está em marcha. A CNN Portugal noticiou que 2.000 mercenários angolanos foram combater ao lado dos russos na Ucrânia. Um avião da TAAG caiu numa zona de turbulência quando a tripulação distribuía uma refeição aos passageiros. É a primeira vez no mundo que um avião entra em zona de turbulência e isso dá notícia. Mas na TPA o caso também teve honras de telejornal e a apresentadora fez um interrogatório policial, agressivo, a um administrador da TAAG! 

Deputados da UNITA foram a Maputo pedir protecção para um traficante de droga angolano que vive na capital de Moçambique. É o novo herói da frente patriótica unida. A Luzia Moniz quer ressuscitar o músico Azagaia e depois trás o ressuscitado para Angola a fim de derrubar o MPLA. Missão impossível. Enquanto tanto lixo humano apoiar a UNITA, o MPLA tem mil vitórias eleitorais garantidas. Mesmo governando mal como é público e notório.

*Jornalista

SETENTA E QUATRO inclui o gélido e criminoso Estado Novo do fascista Salazar, e mais

Olá,

A pobreza energética é um verdadeiro flagelo em Portugal. As casas climatizadas são uma grande minoria no país e poucas são as pessoas que não têm de usar casacos, gorros e mantas dentro de casa. No inverno, o frio é de gelar os ossos e, no verão, o calor tórrido torna-se sufocante. Calcula-se que haja entre 660 a 680 mil pessoas em situação de pobreza energética, mas o número pode ser bem maior: dois milhões.

“Se transformarmos os números em experiências vividas, a situação é bem mais dramática”, disse João Pedro Gouveia, investigador na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. “Há pessoas com problemas e dificuldades em gastar dinheiro para aquecer o quarto onde dormem os filhos pequenos”, denunciou o investigador em entrevista à Ana Patrícia Silva.

A cultura de desvalorização, a ineficácia das medidas governamentais e a débil comunicação sobre elas são os principais factores que contribuem para que esta situação continue de ano para ano. Os países do Sul da Europa, como Portugal, têm taxas de excesso de mortalidade no inverno consideravelmente superiores a países nórdicos como a Finlândia e a Suécia.

Salazar com pulhas cúmplices e a saudação nazi
Costuma fazer muito frio em Santa Comba Dão, mas não é por isso que falamos da cidade esta semana. A autarquia decidiu avançar com o Centro Interpretativo e Museu do Estado Novo, apesar da condenação da iniciativa pela Assembleia da República. Porquê um museu sobre o Estado Novo na terra onde Salazar nasceu? A Câmara diz que é para salientar “as virtudes da democracia”, mas Luís Monteiro discorda: é uma homenagem encapotada ao líder de uma ditadura fascista. “O país de Abril tem orgulho dos seus resistentes ao Fascismo”, e é a eles que deve prestar homenagem.

Uma das pessoas que se lembra bem dos tempos do “antigamente é que era bom”, como os defensores de Salazar gostam de dizer, é o historiador Rui Bebiano. Em 1973 protestou contra a guerra colonial, foi preso e interrogado pela PIDE/DGS e incorporado à força nas Forças Armadas. Desertou depois do 25 de Abril de 1974, mas regressou às fileiras para ir para Angola ver a descolonização acontecer em primeira mão. Viveu de perto o início da guerra civil angolana e neste ensaio conta a sua experiência com um olhar tanto de historiador como de testemunha.

Por fim, temos a crónica de Diogo Faro, na qual critica quem relativiza a violência policial contra jornalistas e manifestantes nas ruas de Paris, e a crónica de Vicente Ferreira pelos Ladrões de Bicicletas. O economista realça que o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional concordam que a inflação não se deve aos aumentos salariais, mas às cada vez maiores margens de lucro das empresas. Como podem reagir os trabalhadores?

Boas leituras e bom fim de semana,

Ricardo -- Setenta e Quatro

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Sabemos que o país atravessa um tempo difícil, e que uma vez mais os custos desta crise económica recairão sobre quem menos tem. Mas é por isso que o jornalismo é ainda mais importante. Ajuda-nos a continuar. Faz a tua subscrição já hoje em setentaequatro.pt/contribuir

Portugal | SÓ MAIS 15

Joana Amaral Dias* | Diário de Notícias | opinião

Enquanto os bancos rebentam como pipocas e a recessão espreita atrás da porta com a faca nos dentes, António Costa distribui mais um punhado de migalhas. Um punhado de esmolas já que mexer no IVA dos bens essenciais para tirar dois ou três euros no preço do cabaz básico não fará diferença alguma. Igual para a actualização salarial de 1% prometida para a função pública, supostamente para compensar uma inflação de 10%. A dolorosa lista é extensa - mas basta lembrar que a electricidade continua a ser taxada como um bem de luxo, que os maiores aumentos das telecomunicações da UE são portugueses ou que persistem os disparos na prestação mensal do crédito à habitação. Claro que embora tenha os cofres bem estofados, o primeiro-ministro não aumentou o salário mínimo nem avançou com qualquer apoio aos reformados.

As reservas do erário público servirão para salvar as instituições bancárias, mais a pele de meia dúzia de protegidos e nada sobejará para os para os mais novos nem para os nossos velhotes. Esses, como já se percebeu, é para deixar morrer. Já o povo bem pode ir para a rua gritar -- como acontece em França ou em Inglaterra -- que de pouco ou nada lhe valerá. Sim, porque isso de "não ter nada e ser feliz" tem o problema da segunda oração -- quem nada tem sente que nada tem a perder, e daí ao motim é meio fósforo. Seja como for, se por acaso, a revolta já for demais regressa-se rápido e em força aos confinamentos. Com a malta em prisão domiciliária, fica bem mais simples adestrar rebeldias e esmagar a espinha a qualquer luta. Por isso, estão na calha medidas como a Carta de Perigosidade ou a Cidade dos 15 minutos. Mais cedo ou mais tarde, seja para o Rato do Campo, seja para o Rato da Cidade - mas sempre com pretextos piedosos como as alterações climáticas -- estão já previstas ferramentas de controlo e hipervigilância. Se houve algo que ficou patente durante os três longos anos de gestão covid foi que, sobretudo através do medo, é muito fácil mandar todos para a toca, trancar na gruta as hordas ansiosas -- mesmo que famintas. Já existiu perante o estado geral de bovinidade e vincar-se-á adiante a normalização da excepção, com proibição de manifestações, ataques diversos aos mais elementares direitos, liberdades e garantias -- como o de circulação ou expressão -- e o recurso ao confinamento indiscriminado. Perigosidade e prevenção serão a pedra de toque para o amanhã totalitário. Portanto, a tremenda crise económica cujo estado larvar é anterior aos próprios confinamentos -- com a impressão em barda de novas notas e o banco central europeu a comportar-se como uma dona branca -- e que eclodiu com a peregrina ideia do "a economia logo se vê", fez com a que os preços começassem a trepar logo em 2020 e que, em breve, rebentem na nossa cara. Como era óbvio (e se evidencia agora pela mortalidade excessiva) já na altura não era possível clivar saúde da economia. Agora também não será viável cindir a economia da saúde.

Mas pronto, já sabem -- são só mais 15 dias para achatar essa curva teimosa e outros 15 minutos para calar o desassossego ensimesmado. A liberdade, portanto. Se não estiverem satisfeitos comam insectos. Ou pior.

*Psicóloga clínica. Escreve de acordo com a antiga ortografia

Portugal | Lá vai o Almirante das Vacinas a caminho de Belém. Vai? Oh, que desgraça!

“Veja os principais destaques da imprensa nacional deste domingo, 26 de Março.” É com estas palavras que em Notícias ao Minuto o convite para fazer ideia da revista de imprensa em Portugal começa. 

A escolha é dos que queiram saber como vai este país luso à beira-mar plantado apesar de à partida se saber que uns vão bem (a minoria) e outros mal (a vasta maioria). Claro que o desporto não pode faltar. Alienem-se e divirtam-se. Gozem ou chorem com os sucessos ou insucessos dos vossos clubes de eleição. Sejam felizes ou infelizes ao menos por isso. Passem bem – não fazemos ideia é como tal é possível. Ainda menos depois de os governantes falsamente ditos socialistas terem optado por “comprarem” uma guerra onde cada vez mais se escoam biliões e mais biliões de euros para sustentar a corrupção na Ucrânia e noutras paragens – também lusas. Já agora: acaso conseguem perceber e sentir que Portugal, a União Europeia, muitos outros países são colónias do Império dos EUA? Pois. Mas isso não interessa nada. Não é? Leia a seguir acerca do nacional e mais. Notícias ao Minuto à vossa disposição.

Já agora, imediatamente a seguir o cartoon é de Qino com a celebérrima Mafalda. É acerca de políticos e países de todo o mundo e também de Portugal. Obviamente. Quanto ao nosso título ele não pode escapar a uma referência nossa, sobre um almirante que ainda não é "corta fitas" - como um ido (Thomaz) que muito bem conhecemos - mas é "corta casacas" sem tino descarregando publicamente a bílis em responsos públicos e televisionados onde ele é "a vedeta" emproada e egocêntrica na corrida alucinante para Belém. Lá vai o Almirante das Vacinas a caminho de Belém. Vai? Oh, que desgraça!

Redação PG

Marinha está "velhíssima"; Truques safam contas da TAP

Bom dia! São vários os temas que ganham destaque na imprensa nacional este domingo, 26 de março, e damos-lhe a conhecer alguns deles

"Marinha Portuguesa está 'velhíssima', idade média da frota é de 29 anos", lê-se na primeira página do Público, que faz o "retrato" dos navios da Marinha após a polémica com os 13 militares que se recusaram a embarcar numa missão.

Já o Jornal de Notícias escreve que o "Negócio das motas bate recorde com 100 vendas por dia" e avança ainda: "Médico atropelado perde indemnização por estar alcoolizado".

No Diário de Notícias, destaque para a Justiça. "PJ mobiliza polícias de toda a Europa contra novas restrições à investigação criminal". Por sua vez, na primeira página do Correio da Manhã ganha destaque a TAP, que recentemente anunciou que voltou aos resultados positivos: "Truques safam contas da TAP, Ajuda fiscal do Estado e corte nos salários, Sem redução de ordenados empresa gastaria mais 100 milhões", lê-se.

sábado, 25 de março de 2023

Portugal | LUTAS SALARIAIS DESAVERGONHADAS

Carvalho da Silva* | Jornal de Notícias | opinião

Ontem, o Governo anunciou um novo conjunto de medidas de apoio "às famílias mais vulneráveis e às empresas". No que se refere às famílias (vergonhosamente já temos um milhão e setenta mil famílias com direito a esse "excecional" apoio de um euro por dia), são pequeníssimas "esmolas", algumas delas apenas promessas incertas. Sendo uma resposta insuficiente e tardia, ela só existe porque há um crescendo da luta social. Todavia, a necessidade do aumento dos salários continua ausente dos discursos ministeriais e, sem esse aumento, nos setores privado e público, não se resolvem as carências com que os portugueses se debatem.

Os responsáveis do setor financeiro insistem na necessidade de se manterem as políticas de desvalorização salarial que vêm sendo impostas há longo tempo, em nome de respostas a crises diversas. No setor privado, salvo raríssimas exceções, aqueles que amealham os ganhos vindos da inflação não se dispõem a travar a apropriação de riqueza e a negociar com os trabalhadores e os seus sindicatos a melhoria dos salários. Governo e grandes poderes privados colocam, sem pingo de vergonha, as políticas salariais entregues às sobras que ficarão das apropriações de riqueza a que entendem ter direito, e à sua solidariedade caritativa que, por agora, só é obrigada a chegar até aos mais pobres dos pobres.

Na quinta-feira, foi apresentado, em Lisboa, um livro titulado "A persistência da desvalorização do trabalho e a urgência da sua revalorização", coordenado por Maria da Paz Campos Lima e José Castro Caldas, resultante de um estudo financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, realizado entre 2018 e o final de 2022. Nele participaram 12 investigadores com formações diversas e com focos de investigação em políticas económicas e sociais e da União Europeia.

Da sua leitura decorrem as seguintes constatações: i) a escalada da desvalorização salarial iniciou-se em 2010, disparou com o memorando da troica e com o corte de salários nominais imposto pelo Governo PSD/CDS; ii) teve efeitos prolongados na reconfiguração da estrutura produtiva, a favor do crescimento de setores de baixo valor acrescentado e baixos salários; iii) em 2019 parecia haver um consenso para a valorização salarial, mas a pandemia foi de imediato aproveitada para o prosseguimento da desvalorização; iv) agora, a inflação trouxe o regresso agressivo da retórica falaciosa do sacrifício dos salários.

Castro Caldas, constatando este percurso e ao observar a desfaçatez dos argumentos de banqueiros, de grupos empresariais e do Governo, afirmou que, "contra esta desvergonha, os trabalhadores só têm um caminho a seguir: desenvolverem lutas salariais desavergonhadas". Este tem de ser o caminho. O alojamento, a restauração, os serviços de limpeza e de segurança (e até parte da agricultura), pelas suas caraterísticas limitadoras do crescimento da produtividade, dificilmente incrementarão a melhoria dos salários. O Governo coloca sistemáticos condicionalismos orçamentais, as "contas certas", a justificar a contínua perda salarial dos trabalhadores da Administração Pública. As atuais dinâmicas de emigração e de imigração são causa e efeito de baixos salários.

No presente é bem visível que a degradação do SNS, da Escola Pública, do Sistema de Justiça está profundamente relacionada com a desvalorização salarial e das profissões desses setores. Sem salários dignos e profissões valorizadas, não há direitos fundamentais, não há democracia.

*Investigador e professor universitário

Marinheiros | "Processos arriscam-se a ser uma farsa porque estão pré-decididos"

PORTUGAL

Advogado de defesa dos 13 marinheiros que se recusaram a embarcar no navio patrulha Mondego não reconhece que não tenha havido o cumprimento de uma ordem e critica o que chama de "inaceitável reprimenda" por parte do Chefe do Estado-Maior da Armada.

Rosália Amorim e Pedro Cruz entrevistam Garcia Pereira na TSF - publicada em Diário de Notícias

Advogado da tripulação do Navio da República Portuguesa Mondego, que recusou a missão que lhe estava destinada a 11 de março, também ele um revolucionário, já começou a defesa dos militares partindo para o ataque. Criticou o Chefe do Estado-Maior da Armada, considera que os processos disciplinares são apenas uma fachada e acusa a Marinha de apagar provas das deficiências técnicas que existiam no navio Mondego. Numa altura de águas turvas na Marinha, conversámos com António Garcia Pereira, ex-dirigente do MRPP, advogado.

A ENTREVISTA

O senhor defende a tripulação da guarnição do Mondego, mas estes 13 militares não cumpriram a missão que lhes estava destinada nem a disciplina e os chamados valores militares. Qual é o seu ângulo de defesa?

Antes de mais, devo dizer que sou eu e o dr. Paulo Graça os advogados dos tripulantes. Não reconhecemos nem aceitamos que tenha havido incumprimento de missão. Este é um primeiro facto. Segundo, quero dizer que estou aqui autorizado pelo presidente do Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados a prestar declarações visando a defesa da honra e da dignidade dos meus constituintes. Não me vou pronunciar sobre os factos, mas que posso dizer sobre essa matéria, é o seguinte: até agora, aquilo que o país conhece é a verdade da Marinha. Para ser mais exato, a verdade do sr. almirante Gouveia e Melo.

Não reconhece que tenha havido o incumprimento de uma ordem. É isso?

Não reconheço que tenha havido incumprimento de uma ordem. E não vou adiantar mais sobre essa matéria, não só porque deontologicamente não me é permitido, como também porque estamos perante dois tipos de processos, que estarão neste momento em curso, uns disciplinares e outros criminais, em que o ónus da prova em qualquer deles é da acusação. E, portanto, a defesa aguarda tranquilamente que a acusação em qualquer desses dois processos diga ao que vem e o que exatamente imputa. E, declarações a um órgão de comunicação social ou autos de fé em público filmados pelas televisões que se chamam, não são aquilo que num Estado de Direito se exige que se faça quando não há um processo sancionatório, seja ele de natureza disciplinar ou criminal. Ou seja, investigações, dedução de uma acusação com a indicação das circunstâncias tempo, modo e lugar dos factos que são imputados aos acusados, prazos e oportunidade para estes apresentarem a sua defesa, dizerem o que têm a dizer sobre essa imputação, requererem diligências de prova.

Finalmente, tratando-se de processos disciplinares, a formulação de um relatório final com uma proposta de uma decisão, aplicação, se for o caso, de uma decisão devidamente fundamentada e comunicada formalmente aos acusados. É isto que em matéria disciplinar se exige. Na parte criminal todos sabemos: investigações, dedução de uma acusação, pronúncia sobre essa acusação, eventualmente se houver acusação formal - e isto já no sentido técnico-jurídico -, a possibilidade de requerer a abertura de instrução, pronúncia ou não pronúncia, e depois realização de julgamento que é onde num processo-crime num Estado de Direito democrático se faz verdadeiramente a prova. E, portanto, é isso que aguardamos porque o que aconteceu até agora foi, recordemos, depois dos acontecimentos, quarta-feira de manhã, todos os tripulantes, incluindo estes 13 são chamados a desempenhar uma tarefa de limpar o navio de alto a baixo para parecer depois nas filmagens que foram feitas como um brinquinho. Depois de limpas as paredes, evidentemente, não se foi aos porões, que são um ponto importante nesta matéria, a seguir chama-se duas televisões para o interior do navio e, primeiro o comandante do navio e mais tarde o almirante Chefe do Estado-Maior da Armada produzem declarações que, por um lado, apresentam um pré-juízo e, por outro, representam também a divulgação de matérias que supostamente estariam sob segredo. Vimos o comandante do navio a prestar declarações naquela que seria a sua visão naquele momento. E depois vimos o almirante Gouveia e Melo, primeiro aqui no continente, a prestar declarações que implicavam já um juízo e uma decisão sobre o que se tinha passado, uma ida para uma cena absolutamente inaceitável que é pregar-se uma reprimenda deprimente, humilhante e vexatória, mas chamando-se a imprensa para a filmar e, logo a seguir, embarca na Madeira no avião da Força Aérea, carregado de material que foi destinado às reparações e modificações que tenham sido necessárias. E, entretanto, estes homens foram apresentados como irresponsáveis, amotinados, revoltosos, sem nunca se terem podido defender. E esta é a situação que a defesa tem que começar por rejeitar e rejeita-a duramente porque isto representa uma violação de direitos de defesa fundamentais e é suscetível ela própria de representar infrações disciplinares e criminais.

Portugal | O APOIO ÀS FAMÍLIAS

Henrique Monteiro | Henricartoon

ELEIÇÕES LEGISLATIVAS EM TIMOR-LESTE EM 21 DE MAIO

Tribunal de Recurso timorense valida candidaturas de 17 partidos a legislativas de 21 de maio

Um total de 17 partidos políticos, a grande maioria sem qualquer representação parlamentar, foram validados pelo Tribunal de Recurso em Díli como candidatos às eleições legislativas timorenses de 21 de maio.

A lista final está detalhada num acórdão assinado hoje pelo plenário da mais alta instância judicial do país e a que a Lusa teve acesso.

A decisão foi já notificada a todas as forças políticas bem como aos órgãos judiciais, o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) e a Comissão Nacional de Eleições (CNE).

"As listas de candidaturas que foram apresentadas pelos partidos políticos estão legalmente registadas neste Tribunal de Recurso e os candidatos que constam nestas listas não estão afetados por qualquer circunstância que tornem inelegíveis ou os limite no uso das suas capacidades", refere o acórdão.

A única exceção ao caso, refere, são as listas apresentadas pela Frente Mudança (FM) e pela Aliança Democrata (AD).

No caso da Frente Mudança (FM) os juízes consideram terem sido apresentadas duas listas de candidatos, tendo sido pedidos esclarecimento a ambas e, posteriormente, sido levada a cabo uma "tentativa de conciliação" sem que tenha sido alcançado "qualquer acordo".

ONU coloca Moçambique e Guiné-Bissau entre os 10 países mais pobres de África

A secretária-executiva adjunta da Comissão Económica das Nações Unidas para África afirmou que os dois países fazem parte da lista dos dez países em que 60 a 82% da população é pobre.

A secretária-executiva adjunta da Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA) disse este sábado que Moçambique e Guiné-Bissau estão entre os dez países mais pobres de África, chamando a atenção para a degradação da economia do continente.

“Hoje, 546 milhões de pessoas estão a viver na pobreza, o que é um aumento de 74% face a 1990”, disse Hanan Morsy no final da 55.ª conferência dos ministros das Finanças, Planeamento e Desenvolvimento Económico africanos, que decorreu esta semana em Adis Abeba, e na qual afirmou que Moçambique e Guiné-Bissau estão na lista dos dez países onde entre 60 a 82% da população é pobre, sem dar mais dados.

“Os choques globais têm um efeito de cascata nos mais pobres em África através da inflação que, em 2022, ficou nos 12,3%, o que é muito mais elevado do que os 6,7% registados a nível mundial”, acrescentou a economista.

De acordo com as estimativas da UNECA, as famílias africanas gastam até 40% do rendimento familiar em produtos alimentares, pelo que o impacto da subida dos alimentos tem um “efeito mais severo em África, principalmente nos mais pobres”, afirmou.

Angola | NEGÓCIO DAS OSSADAS CHUMBOU NO EXAME – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Arrogância é excrescência de personalidades doentias, por isso não frequento nem aceito. Desde que enganei as estatísticas e continuei a viver para além da esperança de vida nunca mais fiz marcações para lá de duas horas. Para o dia seguinte, nem pensar. Não sou arrogante. Mas sou um crente incondicional na Ciência. O Professor Catedrático da Universidade de Coimbra Duarte Nuno Vieira, perito em antropologia forense, anunciou que exames de ADN revelaram que as ossadas de Sita Vales e José Van Dúnem entregues aos familiares não batem certo. Creio na Ciência e nos cientistas. Logo, é verdade.

Cuidado com a arrogância! Porque também é possível que os filhos dos golpistas tenham outros pais biológicos, mortos ou vivos. Quanto às mães, nada de dúvidas. Mas os bebés podem ter sido trocados na maternidade. Não comecem já a culpar o antigo ministro da injustiça e dos direitos desumanos, Francisco Queiroz, nem o seu suserano João Lourenço. Ou os seus amos. Sobretudo estes, porque atacá-los pode significar tiroteio nos pés, nas pernas, no coração e nos miolos. Como se sabe, o desalmado negociante de ossadas rastejava aos pés do irmão de Sita Vales e da irmã Francisca de José Van-Dúnem.

Este novo capítulo aberto pelos familiares dos golpistas de 27 de Maio começou antes da época. Costuma ser escrito mais para o fim de Abril. Este ano caiu em cima do 23 de Março, data em que as FAPLA derrotaram os invasores sul-africanos, destruindo o regime racista de Pretória. No Dia da Libertação da África Austral. O George Soros deve ter entrado com muito dinheiro. A nazi que manda na Comissão Europeia igualmente. O genocida Biden, certamente. A flausina que meche os cordelinhos dos fantoches em Luanda na qualidade de embaixadora da União Europeia, está metida no insulto, pelo menos até às cuequinhas de rendas. A embaixada dos EUA nem se fala. 

A operação de ontem meteu uma tal Cândida Pinto, cada vez mais mulher-a-dias engraxada com dinheiros passados por baixo da mesa. E, surpresa das surpresas, o filho de uma vítima, João Saraiva de Carvalho (sobrinho) mostrou-se com os filhos dos assassinos. O pai dele, Gilberto Saraiva de Carvalho (Gigi/Mano Carapau), foi assassinado no Luena. Duvido que existam as suas ossadas. A maka levantada pelo cientista Duarte Nuno Vieira tem a ver com o negócio das ossadas de Luanda. 

Angola | REALIDADE PREOCUPANTE

Kuma | Tribuna de Angola

Para além da ficção de Muangai, ao longo da história da sua existência, concretamente, com factos, a UNITA nunca passou de um grupo restrito dependente alienado, ligado a tibiezas e contradições que marcaram para sempre o seu ADN.

Jonas Savimbi para manter uma liderança totalitária, matou, mandou matar, e nunca teve a confiança de todos os seus seguidores, a selva nunca foi um determinismo político, foi sobretudo uma garantia de segurança, sobretudo depois do assassinato de Moisés Tshombé em Argel.

Lukamba Gato foi o tirano da herança da mais vil traição, efémera mas marcante que até hoje é odiado na militância do Galo Negro.

Isaías Samakuva nunca desfrutou a fidelidade dos notáveis traidores, foi consumido em lume brando, resistiu a Chivukuvuku, e com a UNITA dividida tentou entregar o Partido a uma nova geração.

Mas o ADN está lá, e as purgas seguiram-se de imediato, e a exemplo de Jonas Savimbi, sabendo quem tinha como companhia, mandou todos os filhos estudar para o estrangeiro. Jonas Savimbi, com 28 filhos, nenhum estudou em Angola, foi sempre um tirano solitário que sucumbiu como sempre imaginou.

Chegamos a ACJ, o sacerdote sem batina, ex-seminarista, bacharel, treinado bom parlante nos púlpitos do Vaticano, exemplo do político popularucho, ambicioso, portador de um narcisismo patológico, mas também ele, hoje, cercado de traidores internos que o fazem derivar para a clandestinidade do ativismo arruaceiro para sobreviver.

É aqui que se coloca a irracionalidade com que ACJ afronta a legalidade, é um público fora da Lei, um anarquista anti republicano, que transformou a UNITA num abrigo do terrorismo em Angola, como a proteção ao bandido Gangsta, uma porta aberta comprometida com o narcotráfico com a defesa de Man Gena, e com a subserviência total e completa aos saudosistas do colonialismo em Lisboa, do capitalismo selvagem através de lobbys.

Na realidade os projectos de governo, de sociedade, são generalidades vagas sem que possa ser tido como opção, é um vazio preenchido por um ruído que já se perde no tempo e que tão caro já custou ao país. E se de repente as autoridades descobrirem que a UNITA está dar guarida ao terrorista Gangsta? Pode hoje a UNITA e ACJ, publicamente demarcar-se deste activismo com nomes e condenar as repetidas agressões ao Estado Democrático de Direito?

Povos de Angola, cidadãos da Nação Angolana, Patriotas, NÃO, BASTA, CHEGA, são gritos presos na garganta que devem ecoar pela dignidade da cidadania, não podemos estar prisioneiros de quem quer comprometer o desenvolvimento e cercear a esperança de quem luta todos os dias por um amanhã melhor.

Ler em Tribuna de Angola:

TOP Rádio Luanda – E os vencedores de 2022 são… 

 Sabedoria e determinação

Ato de guerra dos EUA contra a União Europeia... Alta Traição contra o Povo da Europa

Ato de guerra dos EUA contra a União Europeia: o presidente Biden ordenou o ataque terrorista contra o Nord Stream. Alta Traição contra o Povo da Europa

Prof Michel Chossudovsky | Global Research, 23 de março de 2023 | # Traduzido em português do Brasil

Publicado pela primeira vez em 1 de outubro de 2022

Atualização do autor

Em desenvolvimentos recentes, o procurador-geral alemão Peter Frank  confirmou que “não há evidências para culpar a Rússia pela destruição dos gasodutos Nord Stream”:

“Atualmente não foi provado (…) A investigação está em andamento (…) Estamos avaliando tudo isso forense. [A suspeita] de que tenha havido um ato de sabotagem estrangeira [neste caso], até agora não foi comprovada”, disse ele durante a entrevista ao Die Welt.

Nenhuma evidência de sabotagem estrangeira de um ato que criou caos social e dificuldades na União Européia, com o aumento dos preços da energia? As pessoas estão congelando, incapazes de pagar suas contas de aquecimento. A economia da UE, que dependia da energia barata da Rússia, está em frangalhos. 

O chanceler alemão, Olaf Scholz,  recusou-se a comentar a investigação.

Se não foi a Rússia, quem estava por trás disso?

Inequivocamente, este ato de sabotagem foi ordenado pelo Presidente dos Estados Unidos. A seguinte declaração foi feita há exatamente um ano:

“Vamos, prometo a você, seremos capazes de fazer isso”, diz Joe Biden 7 de fevereiro de 2022

Olaf Scholz e Peter Frank são mentirosos.

A sabotagem foi cometida por uma “potência estrangeira”. Isso é confirmado por uma declaração recente de Victoria Nuland no Comitê de Relações Exteriores do Senado.

“Senador Cruz, eu sou como o senhor e acho que o governo está muito satisfeito em saber que o Nord Stream 2 é agora, como você gosta de dizer, um pedaço de metal no fundo do mar.”

Clique Victoria Nuland: vídeo de sua declaração.

Foda-se a UE de novo: “Um pedaço de metal no fundo do mar”

É um ato de guerra contra o povo europeu. E seus líderes são cúmplices desse ato de sabotagem

Michel Chossudovsky , 8 de fevereiro de 2023

BP extraiu £ 15 biliões de petróleo iraquiano após invasão britânica

A Shell, a outra “supergrande” empresa petrolífera do Reino Unido, também reentrou no Iraque em 2009, após uma  invasão em 2003 que foi amplamente denunciada na época como uma guerra por petróleo por parte dos EUA e do Reino Unido, Matt Kennard relatórios.

Matt Kennard* | Declassified UK  | em Consortium News | # Traduzido em português do Brasil 

- A BP retornou ao Iraque em 2009 após uma ausência de 35 anos e recebeu uma participação significativa no maior campo de petróleo do país perto de Basra, ocupada pelos britânicos.

- BP bombeou 262 milhões de barris de petróleo iraquiano desde 2011

- Sir John Sawers, o primeiro representante especial do Reino Unido no Iraque após a invasão, depositou £ 1,1 milhão desde que ingressou no conselho da BP em 2015

- Outro "supermajor" do petróleo do Reino Unido, a Shell, também ganhou um contrato no Iraque em 2009 como operador líder no desenvolvimento do campo petrolífero "supergigante" de Majnoon

A BP extraiu petróleo no valor de £ 15,4 bilhões no Iraque desde 2011, quando iniciou a produção no país pela primeira vez em quase quatro décadas, mostra uma nova análise.

A nova informação veio no aniversário de 20 anos do início da invasão do Iraque, que foi considerada ilegal  pela ONU. No entanto, nem o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, nem o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, os líderes que levaram a guerra adiante , foram objecto de uma investigação criminal.

[Relacionado: Como a Equipe Bush escapou da Justiça sobre o Iraque ]

A invasão começou em março de 2003 e desencadeou um desastre humanitário catastrófico com  cerca de  655.000 iraquianos mortos nos primeiros três anos de conflito, ou 2,5% da população.

Foi  amplamente denunciada  como uma guerra por petróleo por parte dos EUA e do Reino Unido. O Iraque detém a  quinta maior  reserva comprovada de petróleo do mundo. O Iraque não tinha nenhuma conexão com os ataques terroristas de 11 de setembro, que ocorreram 18 meses antes e iniciaram a chamada Guerra ao Terror.

Os dados sobre a produção pós-invasão da BP no Iraque vêm dos  relatórios anuais da empresa  e foram calculados com base no preço médio anual do barril de petróleo para cada ano de produção.

De 2011-22, a BP bombeou 262 milhões de barris de petróleo iraquiano.

A empresa começou  a produzir  31.000 barris de petróleo iraquiano por dia em 2011, mas esse número aumentou  rapidamente  para 123.000 barris por dia em 2015.

Em 2020, a BP  produziu  mais petróleo do Iraque do que toda a sua operação na Europa, incluindo o Mar do Norte da Grã-Bretanha.

Nos meses anteriores à invasão de 2003, a BP havia sido  apelidada  de “Blair Petroleum” devido ao intenso lobby do primeiro-ministro britânico em nome da empresa.

Tanto a BP quanto a Shell têm  histórias  no Iraque que remontam a um século, e a indústria petrolífera do país foi em grande parte dominada pelas duas empresas britânicas durante grande parte do século XX.

A Iraq Petroleum Company, que detinha o monopólio virtual da produção de petróleo do país nas quatro décadas até a década de 1960, tinha  sede  na Oxford Street, em Londres. A BP e a Shell juntas  possuíam  48 por cento, antes de ser  nacionalizada  em 1972 e suas concessões expropriadas.

Próximo fórum de negócios russo-indiano desacredita notícias falsas sobre seus laços

Andrew Korybko* | Substack | opinião | # Traduzido em português do Brasil

Muito claramente, a expansão abrangente dos laços econômicos entre a Rússia e a China está sendo equilibrada pela expansão abrangente dos mesmos entre a Rússia e a Índia, o que desacredita as narrativas complementares de guerra de informação, alegando que cada um se tornou vassalo do outro na semana passada. A Índia não se submeteu a se tornar a dos EUA nem a Rússia se submeteu a se tornar da China, caso contrário, eles não teriam planejado o evento da próxima semana.

A solidificação da Entente Sino-Russo após a última viagem do presidente Xi a Moscou gerou uma enxurrada de narrativas de guerra de informação contra a Parceria Estratégica Russo-Indiana de décadas. Na expectativa desse resultado geoestratégico, os EUA começaram a fabricar artificialmente a falsa narrativa desde meados de março, alegando que a Índia é sua aliada contra a China, com a intenção de retratar erroneamente aquela Grande Potência do Sul da Ásia como tendo se submetido a se tornar vassalo de Washington.

Isso foi seguido pelo giro que foi dado à viagem do primeiro-ministro japonês Kishida a Delhi na mesma época que a do presidente Xi a Moscou, o que contribuiu para a narrativa mencionada ao tentar reforçar essa percepção factualmente falsa. E, finalmente, o resultado descrito anteriormente da visita do líder chinês à Rússia foi então maliciosamente mal interpretado pela intelectualidade liberal globalista da Índia, alinhada com os EUA, para espalhar o medo de que Moscou havia se submetido a se tornar vassalo de Pequim.

Essa última dimensão desta última campanha de guerra de informação de dividir para reinar contra a Índia levou o embaixador russo Denis Alipov a twittar que “Profusão de análises nos dias de hoje sobre os resultados da visita de Xi Jinping à Rússia. A impressão de que vários especialistas indianos respeitáveis quase sonham com os laços Rússia-China prejudicando o alinhamento estratégico Rússia-Índia. Um exemplo de pensamento positivo!” Basta olhar para o próximo Fórum Empresarial Russo-Indiano para ver como suas palavras soam verdadeiras.

No mesmo dia em que seu tweet esclareceu que as relações russo-indianas não seriam afetadas pelo fortalecimento das relações russo-chinesas, foi relatado que o evento da próxima semana em Nova Délhi buscará aumentar astronomicamente o comércio desses dois de um já histórico $ 31 bilhões no ano passado para US$ 50 bilhões este ano. Essas ambições provam que ambos os lados estão fazendo o possível para cumprir o desejo da Índia no final do ano passado de aumentar suas exportações para a Rússia em cinco vezes, a fim de obter esse resultado.

Muito claramente, a expansão abrangente dos laços econômicos entre a Rússia e a China está sendo equilibrada pela expansão abrangente dos mesmos entre a Rússia e a Índia, o que desacredita as narrativas complementares de guerra de informação, alegando que cada um se tornou vassalo do outro na semana passada. A Índia não se submeteu a se tornar a dos EUA nem a Rússia se submeteu a se tornar da China, caso contrário, eles não teriam planejado o evento da próxima semana, muito menos continuariam com isso, como inevitavelmente acontecerá.

Aqueles que alegam falsamente, após o conhecimento de seu próximo fórum de negócios, que um ou ambos são hoje vassalos de uma ou outra superpotência, estão, portanto, vomitando desinformação deliberadamente com o objetivo de enganar seu público-alvo. Não será surpreendente se a maioria dessas mesmas forças por trás da última campanha continuarem a fazê-lo, pois é óbvio que eles têm uma agenda que deve continuar avançando, apesar de terem acabado de ser expostos pelo Embaixador Alipov.

*Andrew Korybko -- Analista político americano especializado na transição sistêmica global para a multipolaridade

sexta-feira, 24 de março de 2023

TIKTOK, TIKTOK, TIKTOK – OS EUA DOENTIAMENTE CONTRA A CHINA

A China denuncia a ameaça de proibição do TikTok dos EUA como 'caça às bruxas xenófoba' e se opõe firmemente a uma possível venda forçada

Ma Jingjing | Global Times, editorial | # Traduzido em português do Brasil

A audiência do TikTok nos EUA é politicamente manipulada para cobrir seu verdadeiro propósito de roubar a empresa lucrativa da China, o que reflete a hegemonia crescente dos EUA e a intimidação contra empresas com origem chinesa, disseram especialistas na sexta-feira, observando que a caça às bruxas dos EUA contra o TikTok pressagia que a inovação tecnológica dos EUA está em declínio e a farsa política contra um pequeno aplicativo abalou seriamente os valores americanos de concorrência justa e sua credibilidade.

O Comitê de Energia e Comércio da Câmara dos EUA realizou uma audiência na quinta-feira (horário dos EUA) intitulada "TikTok: como o Congresso pode proteger a privacidade dos dados americanos e proteger as crianças contra danos online".

Enquanto os legisladores dos EUA agiam como se estivessem buscando uma solução para garantir a segurança dos dados, a audiência acabou sendo um show político projetado para difamar uma empresa internacional de origem chinesa e encobrir seu verdadeiro propósito de roubar a empresa de seu Pai chinês, disseram especialistas.

Quer acabe "matando" o TikTok ou tirando a criança dos braços de seu pai, ByteDance, é uma das cenas mais feias do século 21 em competição de alta tecnologia, disseram eles. "Sua plataforma deveria ser banida", disse a presidente do Comitê de Energia e Comércio da Câmara, Cathy McMorris Rodgers, ao iniciar a audiência, alegando que o aplicativo tem laços com o governo chinês.

Durante a audiência de aproximadamente cinco horas, as tentativas do CEO Shou Zi Chew de ilustrar as operações comerciais da TikTok foram frequentemente interrompidas. Seus pedidos para detalhar as preocupações dos membros do Congresso dos EUA também foram bloqueados.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, denunciou a ação dos EUA na sexta-feira, dizendo que os EUA estão adotando a presunção de culpa e se engajando em uma repressão irracional contra o TikTok sem qualquer prova. 

"Observamos que algum legislador dos EUA disse que buscar uma proibição do TikTok é uma 'caça às bruxas xenófoba'", disse ela, pedindo aos EUA que respeitem a economia de mercado e as regras de concorrência justa, parem com a repressão irracional a empresas estrangeiras e forneçam um ambiente aberto, justo e não discriminatório para empresas de outros países nos EUA.

O governo chinês dá grande importância à proteção da privacidade e segurança dos dados de acordo com as leis. A China nunca pediu e nunca pedirá a empresas ou indivíduos que violem as leis locais para coletar ou fornecer dados e informações armazenados dentro das fronteiras de outros países, enfatizou Mao.

Macau | Reserva Financeira: AMCM recusa divulgar montante investido no Credit Suisse

Ao contrário do que acontece em outras jurisdições, em que as autoridades revelaram as potenciais perdas relacionadas com o Credit Suisse, em Macau a AMCM escuda-se em “acordos de confidencialidade”

A Autoridade Monetária de Macau (AMCM) recusa revelar se houve perdas e qual a dimensão dos investimentos da reserva financeira da RAEM no Banco Credit Suisse. Apesar de ter sido questionada duas vezes pelo HM, a instituição liderada por Benjamin Chan Sau San não respondeu com dados às perguntas.

Na terça-feira, o HM entrou em contacto com a AMCM e colocou questões sobre a existência, ou não, de investimentos no banco suíço, uma avaliação sobre as potenciais perdas desses investimentos, e o tipo de produtos financeiros contratados.

A AMCM devolveu a mensagem de correio electrónico no dia seguinte, sem responder a nenhuma das questões colocadas, limitando-se a repetir princípios gerais, sem qualquer ligação ao caso do banco suíço, e deixando de fora o princípio da “transparência”.

“Segundo as exigências do estatuto da Reserva Financeira, a Autoridades Monetária de Macau segue os princípios básicos de ‘segurança, eficácia e estabilidade’ para optimizar a gestão dos investimentos, equilibrar os riscos e os ganhos e formular estratégias prudentes para melhorar a médio e longo prazo os ganhos com a Reserva Financeira”, pode ler-se no conteúdo da primeira mensagem de correio electrónico.

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