quinta-feira, 15 de maio de 2025

Angola | Dores de Parto e de Corno – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda >

O campeão da paz dm África está de volta mas com um prémio mais modesto. João Lourenço venceu a edição deste ano do "Africa Road Builders", que distingue os líderes africanos que desenvolvem infra-estruturas nos seus países. Vou investigar a fundo para vos dizer se o galardão foi comprado com os lucros da fazenda Mato Grosso ou com fundos dos cofres do Estado. Em Angola há dinheiro para tudo menos para pôr o país a funcionar decentemente. Nada que Nossa Senhora da Muxima não resolva. 

O deputado da UNITA Monteiro Renaldo Eliseu entrou no Hospital Geral do Huambo, disse ao pessoal da segurança que ia inspeccionar os serviços e não precisava de autorização de ninguém porque é savimbista. Segundo apurei, o parlamentar do Galo Negro queria começar a inspecção pelo bloco operatório, onde um maninho estava a ser reimplantado porque há muitos anos foi castrado na Jamba, segundo a técnica do Morgado. Foi barrado. Grande maka. Causou sérias perturbações na unidade hospitalar e hoje foi ouvido no âmbito de um inquérito da Comissão de Mandatos, Ética e Decoro Parlamentar da Assembleia Nacional.  

Juristas próximos da direcção da Ordem dos Advogados Já sentenciaram: Isto é uma interpretação excessivamente burocrática do Código de Ética Parlamentar. Quem manda são os direitos constitucionais dos deputados. O Artigo 162.º da Constituição da República diz que os parlamentares têm o direito de fiscalizar a atividade do Executivo. O Renaldo foi visitar o hospital para fiscalizar. Sem autorização de ninguém. Só do Savimbi e do Morgado.

O Presidente da União Africana (João Lourenço) avisa “os promotores de tensões e conflitos em África que vão ser responsabilizados e penalizados com sanções pesadas".  A seguir mostrou que é muito homem e sentenciou: “Devíamos sentir-nos envergonhados como o facto de instituições externas a África, como a União Europeia ou o Conselho de Segurança das Nações Unidas, serem, às vezes, mais rigorosas, exigentes e contundentes nas suas posições do que nós próprios no tratamento de conflitos que se desenrolam no nosso continente”. 

Portugueses em Timor impedidos de votar nas legislativas por não terem boletim de voto

São muitos os portugueses que vivem em Timor-Leste e que se vêem impedidos de votar nas legislativas. O boletim de voto já devia ter chegado pelo correio, mas, a poucos dias das eleições, não há sinal das cartas.

A jornalista Marisa Serafim, correspondente da Agência Lusa em Díli, diz que os imigrantes portugueses têm ido aos correios, em vão, para saber mais informações.

Como os boletins já não vão chegar em tempo útil, estes eleitores, vão ficar excluídos da participação no acto eleitoral.

E não é só em Timor que este problema acontece. A situação é reportada em vários países.

Os imigrantes portugueses reclamam o facto de não terem recebido os boletins de voto, na caixa do correio, ao contrário do que deveria ter acontecido por esta altura.

Ontem, em entrevista à rádio pública, o porta-voz da Comissão Nacional de Eleições admitia ter conhecimento de dificuldades com o voto por correspondência.

RTP | Marisa Serafim - correspondente da Agência Lusa em Timor-Leste | em Timor Agora

TIMOR AGORA É O OUTRO LADO DO PÁGINA GLOBAL

Portugal | André Ventura: É possível ter duas crises de refluxo esofágico na mesma semana?

André Ventura, diagnosticado com uma crise de refluxo gastroesofágico na terça-feira à noite, voltou a sentir-se mal nesta quinta-feira.

O líder do Chega, André Ventura, voltou a sentir-se mal, no regresso à campanha eleitoral, em Odemira.

A situação foi semelhante à de terça-feira à noite: Ventura agarrou-se ao peito, colocou-se de joelhos e os segurança agarraram-no, colocando-o de imediato num veículo, que estava parado no local, com os quatro piscas ligado.

O diagnóstico de terça-feira apontou para refluxo gastroesofágico, uma condição que, de acordo com a Mayo Clinic, acontece quando o ácido do estômago sobe para o esófago, provocando azia.

A condição pode ser pontual ou crónica, e os sintomas incluem uma sensação de ardor no peito, refluxo de alimentos ou líquidos na garganta, dor na parte superior da barriga ou peito, dificuldade em engolir, e/ou sensação de nó na garganta.

Mas será possível ter mais do que uma crise na mesma semana? A resposta é sim.

Aliás, segundo o site Physiopedia, esta doença caracteriza-se por crises de refluxo pelo menos duas vezes por semana.

Segundo a CUF, alguns alimentos podem causar esta condição, como alimentos cítricos, chocolate, ou bebidas com cafeína. Também o tabaco, álcool, e alguns medicamentos podem levar ao refluxo gastroesofágico.

Pessoas com hérnia do hiato, obesidade e gravidez podem também estar em maior risco de desenvolver azia.

Segundo o Physiopedia, os medicamentos utilizados para tratar os sintomas do refluxo gastroesofágico incluem: antiácidos, bloqueadores dos receptores de histamina 2 e inibidores da bomba de protões.

Sofia Robert | Notícias ao Minuto

Leia Também: Refluxo esofágico. O que deve fazer durante uma crise 

Reino Unido | Trabalhistas no banco dos réus por vendas de armas a Israel

Declassified UK | # Traduzido em português do Brasil

Esta semana, o governo do Reino Unido está sendo contestado na justiça por sua decisão de continuar fornecendo componentes do caça F-35 para grupos globais que são usados ​​por Israel.

O caso histórico foi movido pelo grupo palestino de direitos humanos Al-Haq com apoio da Global Legal Action Network (GLAN), Oxfam e Human Rights Watch.

A Al-Haq argumenta que a "exceção" do governo do Reino Unido aos F-35s, o que significa que peças de caças podem ser exportadas da Grã-Bretanha para Israel por meio de terceiros países, viola suas obrigações legais nacionais e internacionais.

Mais de 15% de cada F-35 é produzido na Grã-Bretanha, com mais de 100 empresas contribuindo para a cadeia de suprimentos do caça. Esses aviões de guerra têm sido amplamente utilizados por Israel em seus ataques em andamento em Gaza e foram modificados para transportar e lançar munições de grande porte.

No ano passado, um meio de comunicação dinamarquês revelou que um dos jatos F-35 de Israel foi usado em um ataque devastador em Gaza, na zona segura designada de Al-Mawasi, matando 90 pessoas e ferindo pelo menos outras 300.

Delegação russa já está na Turquia (mas sem Putin). O que fará Zelensky?

Negociações sobre o futuro do conflito entre a Rússia e a Ucrânia devem decorrer hoje, na Turquia. 

A Ucrânia e a Rússia sentam-se esta quinta-feira à mesa para discutir o futuro do conflito entre os dois países. Volodymyr Zelensky desafiou o presidente russo e a estar presente no encontro, mas Putin decidiu enviar apenas uma delegação em representação do país.

Recorde-se que o presidente ucraniano tinha avisado de que a sua posição no encontro dependeria de quem estaria presente. Posto isto, adensam-se as dúvidas sobre o rumo que as relações entre os dois países tomará.

"Estou à espera para ver quem chega da Rússia. Depois decidirei que medidas a Ucrânia tomará. Os sinais nos meios de comunicação social ainda não são convincentes", declarou Zelensky.

Mantem-se também uma incógnita sobre como vai acontecer este encontro, sendo até incerto, até ao momento, as horas a que irá começar. A Rússia terá anunciado esta manhã que as conversações teriam início pelas 10h [8 horas em Portugal], uma informação que foi refutada pela Ucrânia.

AVANÇO

Marian Kamensky, Áustria | Cartoon Movement

Trump liderando o processo de paz.

Merz: "Forças Armadas alemãs serão as mais fortes da Europa"

Perante o parlamento, novo chanceler federal alemão afirma que fortalecer a Bundeswehr é a prioridade de seu governo e reitera apoio "sem reservas" da Alemanha à Ucrânia.

Em sua primeira declaração de governo perante o Bundestag (Parlamento alemão), o chanceler federal da Alemanha, Friedrich Merz, disse nesta quarta-feira (14/05) que quer transformar as Forças Armadas do país (Bundeswehr) nas mais fortes da Europa.

"O governo federal fornecerá todos os meios financeiros necessários para que a Bundeswehr se torne convencionalmente as forças armadas mais fortes da Europa", assegurou. "Queremos estar em condições de nos defender para que não tenhamos de nos defender", enfatizou o chanceler federal alemão, porque a lição da guerra da Rússia na Ucrânia é que "a força dissuade os agressores" e "a fraqueza, pelo contrário, convida à agressão".

Merz ressaltou que fortalecer a Bundeswehr é a prioridade máxima do seu governo, formado por uma coalizão de conservadores e social-democratas.

Merz dispõe de uma nova estrutura legal que permite ao governo gastar como nunca em defesa. Na reforma constitucional aprovada em março, o teto da dívida para todos os gastos militares que excedam 1% do PIB, aproximadamente 43 bilhões de euros, foi removido.

A Alemanha atingiu a taxa de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em gastos com defesa durante o mandato do ex-chanceler federal Olaf Scholz, antecessor de Merz. Essa é a porcentagem mínima exigida pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). O líder do novo governo alemão prometeu mantê-la.

EUA -TRUMP | PRESENTE OU GOLPE? -- entrevista, com vídeo em inglês

Trump sob ataque por conta do plano do Catar de lhe dar um "Palácio Voador" de US$ 400 milhões


Amy Goodman | Democracy Now | Robert Weissman | # Traduzido em português do Brasil

Conversamos com Robert Weissman, copresidente do grupo de defesa Public Citizen, sobre o "acordo corrupto" do presidente Donald Trump para aceitar um jato jumbo de luxo de US$ 400 milhões da família real do Catar — possivelmente o presente mais valioso já oferecido por um governo estrangeiro. Segundo o plano, o Boeing 747, conhecido como "palácio voador", seria adaptado para uso como Air Force One e, em seguida, doado à biblioteca presidencial de Trump ao final de seu mandato, a fim de permitir que ele continuasse a usar o jato mesmo após deixar o cargo. "O primeiro governo Trump foi, de longe, o mais corrupto da história americana. O que está acontecendo agora é literalmente ordens de magnitude pior", diz Weissman.

AMY GOODMAN : O presidente Trump foi recebido pelo príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, ao desembarcar em Riad hoje, na primeira parada de sua importante viagem do segundo mandato. Em seguida, ele seguirá para o Catar e os Emirados Árabes Unidos. Trump está pressionando a Arábia Saudita a investir mais de US$ 1 trilhão nos Estados Unidos e assinar novos acordos de armas. Entre os executivos que viajaram estão o homem mais rico do mundo e conselheiro de Trump, Elon Musk — também seu irmão —, o CEO da BlackRock, Larry Fink, a CEO do Citigroup , Jane Fraser, Alex Karp, da Palantir, e o CEO da OpenAI , Sam Altman.

Antes da viagem, o presidente Trump confirmou relatos de que a família real do Catar pode em breve lhe dar um luxuoso avião 747 de US$ 400 milhões, conhecido como "palácio voador", para substituir temporariamente o Air Force One. A ABC News relata que o avião pode ser o presente mais valioso já dado aos Estados Unidos por um governo estrangeiro. De acordo com diversas reportagens da imprensa, o avião seria inicialmente doado à Força Aérea, que precisará gastar milhões para restaurá-lo. O avião será posteriormente doado à biblioteca presidencial do presidente Trump, o que significa que Trump poderá continuar a usá-lo após deixar o cargo. Na segunda-feira, o presidente Trump defendeu a oferta do Catar.

A populaça anda a perder tudo e mais alguma coisa... Mas alinham no forrobodó. Trouxas!

Bom dia PORTUGAL. A seguir pode ler o Expresso Curto, do simpático tio Balsemão. Saúde, decano do jornalismo e de outras andanças!

Agora nós, em algumas letras e/ou considerações: Sobrevivemos em permanentes campanhas eleitorais. Os tiros aos alvos dos considerados trouxas eleitores da Lusitânia Aparvalhada e Saturada de Mentiras são incessantes. Eis a prova de que temos demasiados Políticos de Merda que o que querem é catar os milhões para eles e seus lobies dos ricalhaços. Quem produz no duro está na fossa em que chafurdamos neste Portugal de Alguns que por via do engano ocupam os poleiros das trafulhices, dos roubos, da corrupções, dos conluios e dos nepotismos. Os portugueses sabem que é assim que esta falsa democracia funciona. Apesar disso alinham nas festas, comícios e arruadas das Campanhas Eleitorais a escutarem mentiras, manipulações, falsas promessas adornadas por saltaricos, músicas e alegrias perenes. Carteiras vazias, sem habitações, sem serviços de saúde, sem quotidianos de dignidade e cumprimento da Constituição da República de Portugal. O que muitos desses candidatos representam é falsidades, incumprimentos golpes e jogadas que nos privam de dignidades assentes nas lavras e cumprimentos constitucionais. Os desfiles das campanhas eleitorais são os enganos, as falsas promessas, as vigarices. Não todos os candidatos e/ou partidos políticos mas sim a maioria abrangente dos ditos de esquerda, do centro ou da direita (democrática?). Além disso o nazifascismo avança. Chega, ou não chega?

Fiquem bem. Votem bem (duvidamos a 90%).

ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS. Agora... Além das Eleições Legislativas eis que surge um Gouveia e Melo perfilado como manda a ordem militarista. A campanha eleitoral desse marinheiro estrelado e cheio de amarelos começou sobre as eleições legislativas. A paródia vem manter-se por meses largos e as mentiras do costume. Os trastes estão a vencer em pleno. A populaça anda a perder tudo e mais alguma coisa... Mas alinham no forrobodó. Trouxas!

A seguir é tempo de ler o Expresso Curto. O a seguir é para já.

Mário Motta | Redação PG

Portugal | A POLÍTICA EM MODO DE BATALHA NAVAL

Rafael Barbosa* | Jornal de Notícias, opinião

1. E de repente, a quatro dias das eleições legislativas, a notícia política mais importante do dia nada tem a ver com a governabilidade do país, com promessas de subir pensões ou baixar impostos ou com garantias de um Serviço Nacional de Saúde sem listas de espera e médicos com fartura. A notícia do dia é que foi oficializada, pelo próprio, a candidatura de Gouveia e Melo à Presidência da República. E pelo menos numa afirmação o almirante foi certeiro, era "um segredo muito mal guardado". Quanto ao resto, foi um desastre de comunicação, esgotando-se na explicação para o anúncio apressado: a necessidade de enviar os convites para a cerimónia oficial, que será a 29 de maio. Se a política fosse um jogo de batalha naval, poderíamos dizer que o almirante acertou na água. É que nem ao menos num submarino.

2. Está a terminar a campanha eleitoral. Um alívio, certamente, para a maior parte dos portugueses. Não deixará saudades pela profundidade, como se confirma pelo tema que domina esta reta final. Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos reivindicam a necessidade de uma vitória, não pelo valor das suas propostas, Deus nos livre, mas em nome da estabilidade, conceito que na verdade não rima com o percurso político recente de nenhum deles. O social-democrata por se ter envolvido numa trapalhada que atirou o país para eleições apenas um ano depois das últimas. O socialista por ter sido figura central das frequentes trapalhadas de um Governo que desperdiçou uma maioria absoluta (com o empurrão final, é verdade, a ser dado pelo Ministério Público). É por isso divertido ouvi-los em pungentes apelos ao voto útil. Porque é difícil perceber a quem é que isso possa ser útil. Dentro de dias saberemos se foram tiros na água, ou se algum acertou por acaso no porta-aviões.

* Diretor-adjunto

Portugal | Vídeos, críticas e "tratamento VIP". O dia de Ventura fora da campanha

André Ventura esteve ausente da campanha na quarta-feira depois de ter tido um episódio de refluxo esofágico durante um comício no Algarve.

O líder do Chega, André Ventura, esteve ausente da campanha eleitoral na quarta-feira depois de, na noite anterior, ter passado por um episódio de refluxo gastroesofágico. No entanto, apesar de ter estado ausente das ruas, continuou a ser um dos temas do dia. Com vários vídeos publicados nas redes sociais para atualizações sobre o estado de saúde, criticou e foi criticado.

Ao final do dia, o líder parlamentar do partido, Pedro Pinto, veio anunciar que Ventura ainda estava em recuperação, mas previam o regresso à campanha esta quinta-feira, ao mesmo tempo que tentavam contrariar a ideia de "partido de um só homem", frisando que, ao manter a agenda sem o presidente, provavam que o Chega "é equilibrado" e "com futuro".

Sobre o "procedimento VIP" acionado pelo Hospital de Faro, que permitiu a André Ventura passar a noite num quarto individual, Pedro Pinto lembrou que o presidente do Chega "é um líder político especial porque é ameaçado e atacado nas ruas" e "é o líder de um partido que é a terceira força política em Portugal".

"Não podem querer que André Ventura vá para uma cama onde ao lado está uma pessoa de etnia cigana", comentou.

Portugal | CONSELHO DO MESTRE


Henrique Monteiro | HenriCartoon

Há truques que rendem muitos votos... Ou não? - Redação PG

quarta-feira, 14 de maio de 2025

ASSISTA: Dia 365 para expor crimes de guerra australianos -- vídeo


Consortium News | # Traduzido em português do Brasil

Impedindo que ele revelasse seus motivos ao júri, um juiz condenou David McBride a 5 anos e 8 meses de prisão, dos quais ele cumpriu seu 365º dia na quarta-feira, por vazar evidências de crimes de guerra australianos no Afeganistão.

14 de maio marca um ano de prisão para o denunciante australiano David McBride.  McBride está preso por vazar  para a mídia evidências de crimes de guerra australianos no Afeganistão. 

Um painel de três juízes na capital australiana analisa o recurso   há dez semanas. A decisão pode determinar se o dever de um soldado é servir ao público ou apenas aos seus superiores, mesmo que isso signifique encobrir evidências dos crimes de guerra de seu país. 

Os juízes também estão, em essência, considerando a questão de se os soldados australianos devem sua lealdade à coroa britânica ou ao povo da Austrália.

Os três juízes do Tribunal de Apelações estão deliberando para decidir se o juiz de primeira instância errou ao não permitir que McBride defendesse o interesse público.

Quando evidências confidenciais foram removidas do tribunal durante seu julgamento, o ex-advogado militar não teve outra escolha a não ser  se declarar culpado  em novembro de 2023 por violar as leis de segurança nacional ao vazar a história de crimes de guerra para a mídia.

Ao bloquear sua capacidade de contar ao júri seus motivos, o juiz de primeira instância condenou McBride a duras cinco anos e oito meses de prisão, dos quais ele passou 12 meses no Alexander Maconochie Centre, no território da capital australiana.    

McBride quer que a decisão do Juiz David Mossop seja anulada e que um julgamento seja realizado perante um júri, que teria permissão para ouvir tal defesa. Como alternativa, McBride está apelando por uma redução da pena para serviço comunitário. 

Um relatório independente sobre os crimes de guerra no Afeganistão, que poderia ter influenciado o resultado do caso de McBride, só foi divulgado pelo Ministro da Defesa australiano, Richard Marles, no dia da sentença. O Relatório do Painel de Supervisão da Implementação do Inquérito no Afeganistão foi concluído em 8 de novembro de 2023 — nove dias antes de o Mossop rejeitar uma defesa de interesse público que levou à confissão de culpa de McBride. 

O relatório do painel independente foi retido pelo ministro da defesa australiano até o dia da sentença de McBride porque, como o ministro escreveu na carta de apresentação, "a divulgação dos documentos por meio dessas ordens prejudicaria, ou poderia razoavelmente ser esperado que prejudicasse, os procedimentos legais — especialmente os atuais e futuros processos por crimes de guerra".

O senador David Shoebridge , do lado de fora do tribunal de Canberra, em 3 de março, dia do apelo de McBride, disse a uma multidão de apoiadores:

Posso dizer agora que houve vários relatos sobre os crimes de guerra no Afeganistão. Como é possível que ninguém em posição de liderança sênior nas Forças Armadas da Índia (ADF) tenha sido seriamente desafiado? Algo está errado. Temos um sistema em que o poder protege o poder neste país. E David tentou... abrir um buraco nesse muro de proteção para os altos tomadores de decisão. E se você quer saber por que ele está preso, é por isso. ... Ele disse que certamente existe um bem maior, certamente existe um interesse público que deveria derrubar esse muro de impunidade.   

[Ver: Juízes avaliam recurso de denunciante que expôs encobrimento de crimes de guerra australianos no Afeganistão]

Shoebridge disse que McBride teve a apresentação de provas negada porque o tribunal afirmou que isso prejudicaria a segurança nacional. "Posso dizer agora o que prejudica a segurança nacional: uma sensação de impunidade na alta liderança... violando leis internacionais e destruindo a reputação internacional da Austrália... é isso que impacta a segurança nacional", disse ele. [Veja: Whitaker Chambers e os Pumpkin Papers ]

Nossa convidada de hoje é a advogada de McBride, Eddie Lloyd . Ela é   advogada principal do escritório Lloyd Criminal Law.

David Shoebridge é senador no Parlamento australiano desde 2022.

Shoebridge é um exemplo raro hoje em dia, ao que parece, de um político que não abandonou sua humanidade ao entrar no Parlamento.   Outro dia, no programa Q&A da ABC, ele disse que valia a pena um golpe político para defender o povo da Palestina e se opor ao genocídio que está sendo imposto a eles.

Ele também é um grande apoiador de David McBride.

E nosso terceiro convidado é John Shipton , que passou os últimos cinco anos fazendo campanha incansável pelo mundo todo pela libertação de seu filho, Julian Assange , da prisão .   John também é amigo e apoiador de McBride. 

Entrevistador: Joe Lauria   Produtor: Cathy Vogan   Tempo: 1:27,13

TIMOR AGORA É O OUTRO LADO DO PÁGINA GLOBAL

Ler/Ver em TA: 

MÉTODOS MAFIOSOS | O habitual em Xanana Gusmão & Associados. A culpa morre solteira?*

Pode haver um método para a loucura de Trump que danifica os laços entre a Índia e os EUA

Andrew Korybko * | Substack | opinião | # Traduzido em português do Brasil >

A “reinicialização total” de Trump com a China contextualiza tudo.

O New York Times publicou um artigo informativo na terça-feira intitulado "Enquanto Trump se gaba de encerrar um conflito, líderes indianos se sentem traídos ". O texto cita ex-funcionários indianos e outros que ocupam o cargo, mas não identificados, que concordam que as repetidas declarações de Trump sobre a mediação do fim do recente conflito indo-paquistanês implicam que os EUA estão mais uma vez equiparando, ou hifenizando, os dois países. Pior ainda, ele alegou ter alcançado esse resultado ameaçando cortar o comércio caso eles se recusassem, o que a Índia negou oficialmente .

Sua intenção declarada de mediar o fim do Conflito da Caxemira também contradiz a posição de longa data da Índia de que a questão é estritamente bilateral, enquanto sua proposta mais recente de organizar um jantar entre seus líderes sugere que Modi e Sharif são iguais, o que é incrivelmente insultuoso para os indianos. Também foi muito decepcionante para eles que seus parceiros do Quad, que incluem Austrália e Japão, além dos EUA, não tenham expressado apoio incondicional ao seu país em relação ao Paquistão, como muitos esperavam até então.

Antes do último conflito, havia relatos de que " O futuro dos laços EUA-Paquistão é incerto em meio a supostas divergências com o Estado Profundo americano ", mas agora eles parecem ter sido resolvidos. Os EUA evidentemente optaram por apoiar os governantes militares de fato do Paquistão em vez de continuar a pressioná-los a ceder o poder a um governo verdadeiramente democrático liderado por civis. O governo Trump também se manteve em silêncio sobre as preocupações oficiais do governo Biden com o programa de mísseis de longo alcance do Paquistão .

Portugal | CORAGEM PARA OLHAR EM FRENTE

João Oliveira* | Diário de Notícias, opinião

Já sentiu a desilusão de ter votado em quem depois acabou por faltar às promessas que tinha feito? Já sentiu que o seu voto foi inútil porque quem o recebeu depois não esteve lá quando precisou? Está hoje a duvidar se vai mesmo votar porque não quer repetir a desilusão ou o arrependimento de ter votado em quem votou? Sente que a sua inclinação de voto deixará tudo na mesma, sem que nada melhore?

Então este texto é para si.

As linhas de hoje escrevo-as para quem está na dúvida se vai votar ou na dúvida em quem vota por saber à partida que a inclinação de voto que tem hoje deixará tudo o que é importante na mesma.

O que marca mais o ambiente político e eleitoral é o sentimento de muita gente que está descontente, desanimada, frustrada com o rumo que a política tem levado.

Muita dessa gente pensa em desistir de votar julgando que assim deixará de lhe pesar a consciência ou de se sentir comprometida com o que resultar das eleições. O risco de uma abstenção elevada nas próximas eleições é grande.

Muita outra gente, não pensando em desistir de votar, não se liberta das amarras que lhe atam o voto a forças políticas que, uma vez após a outra, acabam por ser motivo de desilusão e arrependimento. Pior que tudo, desilusão e arrependimento quando o voto já está dado e não há como o alterar. Repetindo as mesmas opções, o risco de continuar tudo a caminhar no mesmo sentido, ficando tudo pior, é também ele um risco grande.

Que opção há, afinal, a fazer?

Aqueles a quem pesa a responsabilidade de terem conduzido o país à situação em que está e que não querem mudar de caminho dirão que é impossível mudar o que quer que seja. Que mantendo a fé no mesmo rumo a algum sítio diferente havemos de conseguir chegar. Que o melhor com que se pode contar é com alguns pequenos remendos que haja a oportunidade de pôr, já agora, com a cola e os retalhos que têm para oferecer.

Os vendedores da banha da cobra dirão, por seu turno, coisa diferente consoante o tipo da cobra a que foram buscar a banha. Que têm soluções fáceis para tudo e já ao virar da esquina, bastando a tinta da caneta ir parar ao seu quadrado. Que, dando-se-lhe oportunidade para isso, virarão tudo das avessas e com tudo às avessas viveremos, então sim, nos conformes. Que por eles já todos os problemas estariam resolvidos e basta que neles se confie cegamente para que isso aconteça.

No discurso de uns e de outros a mesma dispensa de coragem na opção a fazer.

Ora, é precisamente na coragem que está uma das referências necessárias. Na coragem da opção do voto mas, sobretudo, na coragem de olhar para a frente e pensar no que vem amanhã.

Quando, amanhã, aparecerem as dificuldades, quem terá a coragem de lutar, a coragem de estar ao lado de quem luta?

E com que força poderá contar a gente que luta?

Para tudo na vida é preciso coragem. Sobretudo quando se trata de lutar para mudar de vida, é mesmo preciso coragem.

Para mudar a vida de um país não será suficiente apenas a coragem do voto. É preciso coragem muito para além do voto. Mas a coragem do voto dá uma boa ajuda.

* Eurodeputado

Escreve sem aplicação do novo Acordo Ortográfico

DESDE O APAGÃO, PORTUGAL EXPORTOU 86.000 MWH E VOLTA A ESTAR DEPENDENTE

Depois de nove dias sem precisar de Espanha, rede eléctrica portuguesa volta a ‘pôr-se a jeito’

Pedro Almeida Vieira | Página Um (08/05/2025)

Ainda não existem explicações definitivas nem garantias de que não ocorrerá novo apagão no sistema eléctrico português, causado por uma dependência artificial de electricidade importada de Espanha. Mas hoje regressou o business as usual. Ao décimo dia do colapso da rede eléctrica nacional, registado pelas 12h30 do dia 28 de Abril, Portugal começou a importar electricidade de Espanha, como se nada tivesse ocorrido.

De acordo com os dados consultados pelo PÁGINA UM numa plataforma da Red Eléctrica de España, até às 19 horas de hoje (hora espanhola), o sistema eléctrico português já importara do país vizinho um total de 12.845 MWh, tendo o saldo importador passado a ser favorável a Espanha desde as 8h20. À hora da publicação desta notícia, Espanha estava a exportar para Portugal cerca de 800 MW.

Mas esta “normalização” — que esteve na origem de cerca de dez horas de apagão — levanta uma questão cada vez mais difícil de ignorar: se o sistema eléctrico nacional conseguiu manter-se durante nove dias completamente independente de importações de Espanha, entre 29 de Abril e 7 de Maio, qual foi afinal a necessidade de estar a importar 8.000 MW de potência instantânea no momento do apagão do dia 28 de Abril? Além disso, não se pode sequer afirmar que Portugal estivesse à míngua de electricidade. Também segundo dados da Red Eléctrica de España, durante os últimos nove dias, Portugal ajudou o sistema eléctrico espanhol a estabilizar, através da exportação regular de electricidade.

Hipocrisia | A PREOCUPAÇÃO TARDIA DA EUROPA COM GAZA

VoxEurop | Harm Bengen - Movimento de desenho animado (Amsterdã) | Traduzido por Ciarán Lawless | Imagem: Canal Abierto/Argentina | Imagem Escolhida em PG

Nos dias 7 e 8 de maio, os ministros das Relações Exteriores da União Europeia se reuniram em Varsóvia para uma reunião informal do Conselho. Na pauta: a situação na Faixa de Gaza , devastada pela guerra e esgotada por dois meses de bloqueio humanitário.

Embora os chefes da diplomacia tenham expressado sua indignação com o comportamento de Israel , não conseguiram chegar a um acordo sobre uma declaração conjunta. No entanto, algumas iniciativas foram propostas: Caspar Veldkamp (NSC, centro-direita), o Ministro das Relações Exteriores holandês, pediu uma revisão do Acordo de Associação UE-Israel. A Alta Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Kaja Kallas, já anunciou um aumento na ajuda da UE destinada às ONGs visadas por um projeto de lei atualmente em debate no Knesset.

Mais: Uma Europa fraca reage à guerra entre Israel e o Hamas para deleite dos seus rivais

Para seu antecessor , Josep Borrell , que deixou o cargo em 1º de dezembro, a UE não está fazendo o suficiente para impedir o que ele descreve como "a maior operação de limpeza étnica desde o fim da Segunda Guerra Mundial". As palavras ásperas de Borrell levantam a seguinte questão: a indignação dos diplomatas europeus chegou tarde demais?

Bolívia: PODERÁ ANDRÓNICO SALVAR A ESQUERDA?

A cem dias das eleições presidenciais, um jovem líder cocaleiro sobressai como alternativa a Evo e Luís Arce. Evitou sucumbir à disputa interna no MAS. Preside o Senado e divide a direita. Quais suas chances de vencer e transformar?

Pablo Stefanoni, no Nuso | Outras Palavras | Tradução: Antonio Martins | # Publicado em português do Brasil

Com seu “aceito” no sábado, 3 de maio, Andrónico Rodríguez decidiu intervir de forma mais decisiva na guerra interna entre partidários de Evo Morales (“evistas”) e de Luís Arce (“arcistas”) que ameaça destruir o Movimento ao Socialismo (MAS) e alterar o tabuleiro eleitoral na Bolívia. Usando capacete de mineiro, o jovem presidente do Senado (de 36 anos) disse “sim” às organizações sociais que o ovacionavam em Oruro, em seu ato de proclamação formal. Ele concorrerá à presidência do país em 17 de agosto próximo.

Com o presidente Luis Arce Catacora no chão, nas pesquisas, e Evo Morales inelegível, Andrónico, como todos o chamam, busca se posicionar como a face renovadora de um espaço político enfraquecido pela luta interna, que eclodiu assim que o MAS retornou ao poder em outubro de 2020, cerca de um ano após a derrubada de Evo Morales por um golpe cívico-policial em 2019.

A decisão inicial de Arce de excluir de seu gabinete as figuras mais relevantes do evismo desencadeou uma guerra sem trégua. O governo perseguiu Evo Morales, que acabou «exilado» na região cocalera do Chapare, seu bastião político e territorial, protegido por milícias sindicais camponesas para evitar ser detido. Ao mesmo tempo, Evo buscou enfraquecer ao máximo o presidente por ele indicado, a quem hoje considera a “direita endógena”.

O governo de Arce retomou uma denúncia por abuso e tráfico de pessoas contra Morales, acusado de relacionamento com uma menor de idade, em um processo no qual o Ministério Público agiu de ofício. Trata-se, na verdade, de uma denúncia impulsionada pelo governo [golpista] de Jeanine Áñez, à qual o arcismo recorreu para neutralizar o ex-presidente. Este, por sua vez, organizou uma série de bloqueios de estradas para tentar evitar sua inelegibilidade, mas não obteve sucesso e acabou se enclausurando em sua «zona segura», embora o ataque a tiros contra seu veículo, em outubro de 2024, mostre que não há segurança em meio a tal enfrentamento político.

URUGUAI | Morre "Pepe" Mujica, o presidente mais humilde do mundo

Nicolas Martin | Deutsche Welle | # Publicado em português do Brasil

José "Pepe" Mujica, que faleceu aos 89 anos, começou a vida como agricultor, tornou-se guerrilheiro e passou anos na prisão antes de se tornar presidente do Uruguai.

O ex-presidente do Uruguai José "Pepe" Mujica morreu aos 89 anos. Ele estava em estágio terminal de um câncer de esôfago e recebia cuidados paliativos. Sua morte foi informada nesta terça-feira (13/05) pelo atual líder do país sul-americano, Yamandu Orsi. "Obrigado por tudo que nos deu e por seu profundo amor por seu povo", escreveu ele na postagem.

No auge da carreira como presidente do Uruguai, Mujica recebia um salário de 12,5 mil dólares. Desse valor, escolhera receber apenas um décimo. O restante doava, pois afirma que 1.250 dólares eram "mais do que suficiente" para viver, dividindo seu tempo entre o gabinete do Executivo e o trabalho no campo. Apesar de ter alcançado o posto mais desejado por muitos políticos, Mujica creditava à agricultura a verdadeira liberdade. Sempre a bordo de um fusca azul-claro, o qual ele se recusou a vender mesmo por um milhão de dólares, o líder político carregava na carona a austeridade como símbolo de vida.

Fazendeiro da região oeste da capital uruguaia Montevidéu, Mujica jamais imaginou alcançar tamanha popularidade – e isso provavelmente nunca foi seu objetivo. Contrariando o previsto, tornou-se um dos mais emblemáticos líderes latino-americanos deste século, um personagem que ultrapassou a efemeridade de cinco anos de mandato como presidente e permanece como figura carismática e adorada nas redes sociais até a sua morte.

Presidente do Uruguai entre os anos de 2010 e 2015, Mujica se definiu como um "zoon politikon", um animal político, em entrevista que deu à DW pouco antes do fim do seu governo. "Estou na política desde os 14 anos de idade. E se eu não perder a cabeça, continuarei na política até que me carreguem para fora", afirmou à época, sabendo que a parte mais tumultuada da sua vida já havia ficado para trás. 

Em maio de 2024, Mujica foi diagnosticado com um tumor maligno no esôfago e iniciou um tratamento com radioterapia que, por opção, foi realizado no Uruguai para ficar próximo da esposa, da fazenda e de seus colegas políticos. Tudo começou com um desconforto no trato digestivo. Na época prestes a completar 89 anos, Mujica também convivia com uma doença imunológica e insuficiência renal. "Enquanto aguentar o tranco, estarei aqui. Quero agradecer e transmitir aos jovens deste país que a vida é bela e difícil. E que se houver raiva, que a transformem em esperança. Lutem pelo amor", recomendou Mujica à época.

No início de julho de 2024, a médica pessoal de Mujica, Raquel Pannone, afirmou que um tratamento como o que o ex-presidente fez não permitia que ele estivesse em perfeitas condições de um dia para o outro. Mujica chegou a enfrentar uma infecção respiratória nesse período. Em janeiro, ele revelou que o câncer havia se espalhado por seu corpo e que ele não iria mais se submeter a tratamentos.

MENTIRA COMPARADA -- Direitos Sociais Furtados

J. Bazeza, Luanda >

Futebol é um assunto que Boca Azul discute com o seu amigo Mafioso. Além do campeonato doméstico também falam dos campeonatos português, espanhol e inglês ou italiano, que estão quase a terminar. Até eu que não sou de intrigas, estou a dar as últimas. 

A vida é como uma bicicleta, se paramos de pedalar, ela fica imóvel. E se não a apoiamos, cai estrondosamente. A vida é como o futebol, se não sabemos que a bola salta, corre com corrida e é caprichosa, levamos grandes cabazadas, como o Real Madrid ou o Kabuscorp do Palanca. A vida é como o amor, se não sabemos amar gostosamente, até a luz, almofada e os lençóis atrapalham. 

Mafioso gostou de ouvir a entrevista de um antigo dirigente do meu D’Agosto do coração, para toda a vida, na terra nos céus e se for preciso na Cidade Alta ou debaixo de água. Viva o D’Agosto vi? Viva! O nosso antigo dirigente falou no programa A Voz dos Kotas. Reportou as dificuldades que o meu clube passou, por má gestão. O clube perdeu o rumo e isso descambou na revolta dos adeptos, que muitas vezes não foram pacíficas.

O clube é rico de tradições e adeptos. Tem jogadores competentes. Ganhou de rajada os três primeiros campeonatos nacionais Girabola. Tem até hoje o melhor marcador de golos das provas. A nossa equipa já deu a maioria dos jogadores à Selecção Nacional, os Palancas Negras. Em termos de emoções futebolísticas somos campeões perpétuos. A direcção do D’Agosto tem responsabilidades acrescidas diante dos sócios, adeptos e da Nação Angolana.

Angola | Farsantes e Falsários – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda >

No dia 23 de Março 1988 terminou a Batalha do Cuito Cuanavale que começou em Novembro de 1987. Acabou a Guerra pela Soberania Nacional e Integridade Territorial com a vitória estrondosa de Angola e o esmagamento do regime racista de Pretória.  A capitulação dos racistas aconteceu com a assinatura do Acordo de Nova Iorque entre Angola, Cuba e África do Sul, em 28 de Novembro de 1988. A guerra tinha acabado há oito meses. Confirmada a paz.

Pretória e a Casa do Brancos esconderam Jonas Savimbi no Gabão e outros países africanos, até ver em que paravam as modas. Os militares da UNITA, que serviam de capa à guerra dos racistas de Pretória contra Angola, foram acantonados  na Jamba. A diplomacia dos EUA entrou em acção e convenceu o Presidente José Eduardo dos Santos a estender a mão ao criminoso de guerra Jonas Savimbi. O argumento da Casa do Branco era fortíssimo: “Nós a partir de agora não apoiamos a UNITA. Pretória também não. Há o risco de ficar uma força armada, pária, à solta na África Austral. A paz fica em perigo. O Chefe de Estado aceitou. 

No dia 31 de Maio 1991, três anos depois do fim da Guerra pela Soberania Nacional e a Integridade Territorial, foi assinado o Acordo de Bicesse entre o Governo de Angola e a UNITA. O regime angolano mudou. Da democracia popular e do socialismo passámos para a democracia representativa e a economia de mercado (capitalismo). As primeiras eleições multipartidárias ocorreram em 29 e 30 de Setembro 1992, quatro anos e meio depois da Batalha do Cuito Cuanavale. Angola estava destruída mas vivia em paz.

Ibrahim Traoré -- Líder de 37 anos de Burkina Faso atrai a ira dos EUA

Alan MacLeod* | MintPressNews | em Consortium News | Traduzido em português do Brasil

Ibrahim Traoré assumiu o poder em um golpe militar em setembro de 2022 e, desde então, vem recebendo críticas de governos ocidentais, principalmente dos EUA, escreve Alan MacLeod.

Ibrahim Traoré, de Burkina Faso, está reconstruindo sua nação e, no processo, fazendo inimigos no Ocidente.

Desde que assumiu o poder em 2022, o jovem líder militar expulsou tropas francesas, expulsou corporações ocidentais e alinhou seu país com Rússia, Cuba e Venezuela.

Promovendo a unidade pan-africana e a autossuficiência nacional enquanto sobrevive a tentativas de golpe, Traoré, de 37 anos, posiciona-se como um anti-imperialista radical e tem sido criticado por Washington e Paris. O MintPress News explora o projeto em andamento em Ouagadougou e as forças globais que tentam impedi-lo.

terça-feira, 13 de maio de 2025

O TERRORISMO É “FABRICADO NA AMÉRICA” - EUA

A “guerra global contra o terrorismo” é uma invenção, uma grande mentira

Michel Chossudovsky e Fundação Perdana para a Paz Global | # Traduzido em português do Brasil

[Este artigo foi publicado pela primeira vez pela Global Research em 2015. Você pode lê-lo aqui]

O renomado acadêmico e autor Dr. Michel Chossudovsky alertou que a chamada guerra contra o terrorismo é uma fachada para propagar a hegemonia global dos Estados Unidos e criar uma Nova Ordem Mundial.

O Dr. Chossudovsky disse que o terrorismo é feito nos EUA e que os terroristas não são produto do mundo muçulmano.

Segundo ele, a guerra global dos EUA contra o terrorismo foi usada para promulgar leis antiterrorismo que demonizaram os muçulmanos no mundo ocidental e criaram a islamofobia.

Elaborando seu argumento, o Dr. Chossudovsky disse que a OTAN era responsável por recrutar membros do estado islâmico enquanto Israel estava financiando “elementos da jihad global dentro da Síria”.

O Dr. Chossudovsky, que também é o fundador do Centro de Pesquisa e Globalização, enfatizou ainda que a guerra global contra o terrorismo é uma invenção, uma grande mentira e um crime contra a humanidade.

Ecoando os argumentos do Dr. Chossudovsky, o proeminente cientista político, reformista islâmico e ativista da Malásia, Dr. Chandra Muzaffar, disse que os EUA sempre manipularam a religião para promover sua hegemonia global sobre estados soberanos.

A globalização da guerra: a “longa guerra” dos Estados Unidos contra a humanidade

Michel Chossudovsky

A "globalização da guerra" é um projeto hegemônico. Grandes operações militares e de inteligência secreta estão sendo realizadas simultaneamente no Oriente Médio, Europa Oriental, África Subsaariana, Ásia Central e Extremo Oriente. A agenda militar dos EUA combina tanto grandes operações de teatro de operações quanto ações secretas voltadas para a desestabilização de Estados soberanos.

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Número ISBN: 978-0-9879389-0-9

Também: 2015

Páginas: 240 páginas

Preço: US$ 9,40

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A mediação de terceiros entre a Rússia e a Ucrânia está se aproximando dos seus limites

Andrew Korybko * | Substack | opinião | # Traduzido em português do Brasil >

Trump está prestes a se ver diante de um dilema devido à sua falta de vontade ou incapacidade de coagir a Ucrânia a fazer as concessões exigidas pela Rússia.

A mediação dos EUA entre a Rússia e a Ucrânia cativou o mundo devido à esperança de muitos observadores de que ela levasse a um avanço, mas as expectativas foram amenizadas desde então, inclusive do lado americano, como evidenciado pelo endurecimento de sua posição de negociação em relação à Rússia. Os últimos acontecimentos levaram a Ucrânia e o Ocidente a exigirem da Rússia o cumprimento de um cessar-fogo incondicional, ao qual Putin reagiu oferecendo a retomada incondicional das negociações bilaterais com a Ucrânia.

A resposta de Zelensky foi declarar que visitará Istambul na quinta-feira, o local e o dia sugeridos por Putin para a retomada das negociações bilaterais, embora não esteja claro se o líder russo irá. O processo de paz da primavera de 2022 , mencionado por Putin em seu discurso em vídeo na manhã de domingo, envolveu apenas as delegações, e não conversas diretas entre seus presidentes. Além disso, Putin considera Zelensky ilegítimo neste momento. Também é improvável que ele se encontre com ele, a menos que Zelensky concorde com concessões significativas com antecedência.

É aí que reside o problema, pois Zelensky se recusa a ceder às exigências de Putin de que a Ucrânia restaure sua neutralidade constitucional, desmilitarize, desnazifique e ceda os territórios em disputa, e Trump também não o coage a fazê-lo. O único resultado dos esforços de mediação dos EUA até agora tem sido a discussão sobre uma parceria estratégica com a Rússia, provavelmente baseada na cooperação em energia e terras raras, só isso. Da perspectiva da Rússia, parece que os EUA querem comprá-la, não resolver as questões centrais deste conflito.

Soldados das Notícia Falsas -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda >

A Crimeia foi anexada ao Império Russo, em 1783, há quase 250 anos. Documentos da época descrevem o território como um deserto humano, onde imperava a pobreza extrema. Catarina II entregou o governo ao seu favorito, o príncipe Potemkin, que torrou milhões à Mamã Rússia mas mudou a realidade económica e social em todo o sul da Ucrânia. As cidades de Sebastopol e Odessa são provas dessa mudança. Nikita Kruschev, líder da União Soviética, transferiu a administração da Crimeia para Kiev, em  1954. 

Em 1991 foi declarada a independência da república soviética Ucrânia, mediante um caderno de encargos que foi violado no golpe de estado contra o presidente eleito, Viktor Yanukovych, em 2014. A Crimeia regressou à Mãe Rússia e começou a guerra no Leste do país, entre os independentistas da República Popular de Donetsk (RPD) e da República Popular de Luhansk (RPL) e o poder instalado em Kiev. Hordas nazis iniciaram uma “limpeza étnica” contra os russos. Está escrito em documentos da ONU. O governo ucraniano tomou medidas legislativas contra os russos ucranianos e a cultura russa. 

Moscovo iniciou, em 24 de Fevereiro de 2022, uma operação militar especial para desnazificar e desarmar a Ucrânia. À boleia de um actor de telenovela, Zelensky, a OTAN (ou NATO), a União Europeia, Reino Unido e Casa dos Brancos iniciaram uma guerra contra a Federação Russa com o fim, declarado repetidamente, de lhe infringirem “uma derrota estratégica”. 

Zelensky, o actor feito presidente, diz que a Crimeia é Ucrânia e ponto final. O Donbass sempre foi Ucrânia e mais nada. Luhansk e Donetsk são Ucrânia e conversa acabada. Os batalhões nazis ucranianos foram transformados em brigadas. Milhares de mercenários neonazis foram fazer a guerra contra os russos na Ucrânia. 

Bruxelas, pela voz de Úrsula von der Leyen, declarou o regime nazi de Kiev como defensor da liberdade na Europa! O actor assinou um papel onde entrega todos os recursos naturais da Ucrânia a Donald Trump, líder da internacional fascista. Entregou o país todo à Casa dos Brancos, Bruxelas e Londres mas a Crimeia é linha vermelha. Os russos são para exterminar.

A comédia está neste ponto. Toda a Ucrânia entregue aos amos, de papel passado e assinado. A Crimeia, Luhansk e Donetsk não dá. Ai é? Guerra aos russos até ao último ucraniano e mercenário! 

De Moscovo sopram sinais de que os mísseis ultrassónicos de alta precisão podem começar a rebentar para lá das fronteiras da Ucrânia. A telenovela pode cair na vida real. Em boa verdade já caiu. O mundo assinala o 80º aniversário da queda do III Reich (regime nazi alemão) e aí estão os nazis cheios de força, desde a Casa dos Brancos a Lisboa, Madrid, Paris, Londres, Bruxelas e Berlim. Os canais de televisão alinham no epectáculo. Os jornalistas vão cumprir o serviço militar à Ucrânia por ordem dos donos. Soldados amestrados na guerra da mentira e da desinformação. E como eles se orgulham da farda que ostentam!

O Cronista do Interior – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda >

Do Reino Unido chegou a notícia inesperada nas páginas do jornal “The Economist”. O governo da Faixa de Gaza está enganado quando refere 55.000 mortos entre a população civil no genocídio levado a cabo pelo governo de Israel. Na verdade, afirma o jornal britânico, são mais de 100.000 mortos. E nem todos morreram desfeitos com as bombas dos nazis de Telavive. Muitos palestinos morreram à fome, à sede ou por falta de assistência médica. As autoridades registaram 55 mil óbitos porque viram os cadáveres. Mas outros tantos estão sepultados sob os escombros dos bombardeamentos.

Os nazis de Telavive avançam com o genocídio na Palestina em nome da União Europeia, do Reino Unido, da Casa dos Brancos e seu inquilino que preside à internacional fascista. Estes são os que armam e municiam os genocidas. São igualmente genocidas. O cartel genocida de Bruxelas representa 27 autocracias, países de oligarcas que se enfeitam com eleições circenses. São estes que armam e apoiam politicamente o governo de Israel: 

Bélgica, Bulgária, Chéquia, Dinamarca, Alemanha, Estónia, Irlanda, Grécia, Espanha, França, Croácia, Itália, Chipre, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Hungria, Malta, Países Baixos, Áustria, Polónia, Portugal, Roménia, Eslovénia, Eslováquia, Finlândia e Suécia. 

O Papa Leão XIV falou no domingo aos crentes a partir do Vaticano. Gostei de ouvir isto: “A imensa tragédia da II Guerra Mundial fez 60 milhões de vítimas. Tal como o Papa Francisco, dirijo-me aos poderosos do mundo: Nunca mais a guerra.”

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