segunda-feira, 8 de julho de 2024

PÁGINA GLOBAL EM FÉRIAS

PÁGINA GLOBAL INICÍOU NO PASSADO DIA 5 DE JULHO UM PERÍODO DE FÉRIAS QUE MANTERÁ ATÉ 23 DESTE MÊS.

SAÚDE E BOAS FÉRIAS PARA  OS NOSSOS LEITORES

 Redação PG

quinta-feira, 4 de julho de 2024

Impedir a Terceira Guerra Mundial é o "trunfo" de Donald para ganhar a Casa Branca?

Finian Cunningham* | Strategic Culture Goundation | # Traduzido em português do Brasil

O “trunfo” de Donald para a paz na Ucrânia é outro trunfo inútil, escreve Finian Cunningham.

Donald Trump parece ter acertado em cheio em seu plano de retornar à Casa Branca: convencer os eleitores de que ele é o candidato que evitará a Terceira Guerra Mundial.

O candidato republicano tem enfatizado ultimamente a importância de acabar com “a guerra horrível” na Ucrânia para evitar que os Estados Unidos deslizem em direção a uma conflagração nuclear com a Rússia.

Trump está criticando o rival democrata Joe Biden por alimentar o conflito ao fornecer armas imprudentemente aos EUA que estão provocando a Rússia e arriscando o início da Terceira Guerra Mundial. Isso é verdade.

Após o desastroso debate televisivo de Biden com Trump na semana passada, as pesquisas mostram Trump ligeiramente à frente. A campanha democrata está em pânico após o desempenho instável do presidente em exercício confirmar as dúvidas públicas sobre sua saúde mental em deterioração.

Ainda assim, no entanto, Trump não capitalizou em assumir uma liderança decisiva nas pesquisas. O republicano está no máximo alguns pontos à frente de Biden – mesmo depois do debate em câmera lenta sobre o acidente de carro na TV.

Trump poderia ganhar muitos votos entre um grande número de eleitores indecisos e impulsionar seu retorno à Casa Branca se passando por "candidato anti-guerra".

A Europa deve ver através do "jogo dos tronos" dos EUA na crise da Ucrânia

Global Times | opinião | # Traduzido em português do Brasil

Na mente dos EUA e de alguns países europeus, a China se transformou em um "controlador" que pode manipular o conflito Rússia-Ucrânia devido às suas relações com a Rússia. Alguns países europeus caíram na armadilha do discurso dos EUA, seguindo cegamente a narrativa de que a China é "responsável" pela crise da Ucrânia. Mas isso só levará a Europa a se atolar profundamente no conflito e mergulhar em uma crise ainda maior. 

O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que a China está ajudando a alimentar "a maior ameaça à segurança... desde o fim da Guerra Fria" para a Europa e está ajudando a Rússia a "sustentar a guerra" na Ucrânia. As observações de Blinken recentemente encontraram alguma ressonância na Europa. De acordo com a Bloomberg, algumas autoridades europeias disseram que "empresas chinesas e russas estão desenvolvendo um drone de ataque semelhante a um modelo iraniano implantado na Ucrânia", o que sugere que este é "um sinal de que Pequim pode estar se aproximando de fornecer o tipo de ajuda letal contra a qual as autoridades ocidentais alertaram". Alexander Stubb, o presidente da Finlândia, até declarou em uma entrevista na terça-feira que um telefonema da China "resolveria esta crise".

Tais exageros sobre a "responsabilidade" da China na crise ucraniana são apenas um truque dos EUA para continuar a exacerbar o conflito Rússia-Ucrânia. No entanto, alguns países europeus não só não têm defesas contra as intenções dos EUA, mas, em vez disso, seguem o exemplo sensacionalizando a retórica. É triste ver que eles estão sendo levados pelo nariz pelos EUA e não conseguem reconhecer o verdadeiro cérebro por trás de arrastar a Europa para um desastre causado pelo homem.

A Europa parece ter esquecido que a crise na Ucrânia já deixou a Europa em um estado de caos. Uma grande quantidade de capital deixou a Europa, e os custos econômicos cada vez mais altos se tornaram insuportáveis. Os fundos e armas que eles forneceram à Ucrânia sob a pressão dos EUA só pioraram a situação. A Europa é impotente interna e externamente diante de crises.

Xi elogia base sólida da OCS e alerta sobre ameaças e riscos reais

A expansão do número de membros da organização aponta para uma grande importância global 

Por repórteres da equipe do Global Times no Cazaquistão e no Tajiquistão | # Traduzido em português do Brasil

O presidente chinês Xi Jinping pediu na quinta-feira aos membros da Organização de Cooperação de Xangai (SCO) que garantam a segurança diante de ameaças reais da mentalidade da Guerra Fria e salvaguardem o direito ao desenvolvimento diante de riscos reais da mentalidade de "quintal pequeno, cercas altas", ao mesmo tempo em que elogiou a base sólida da SCO em meio ao aumento de membros. 

Xi fez os comentários ao discursar na 24ª Reunião do Conselho de Chefes de Estado da SCO realizada em Astana, Cazaquistão. Entre os destaques da reunião, Belarus se tornou oficialmente um membro da associação, ressaltando ainda mais a crescente atratividade e importância da SCO nos cenários regional e global em meio às crescentes tensões geopolíticas e ao protecionismo liderado por alguns países ocidentais. 

Após a cúpula em Astana, a China assumirá a presidência rotativa da SCO para 2024 e 2025. Especialistas estrangeiros elogiaram a China por seu importante papel dentro da família SCO e globalmente, dizendo que a China contribuiu muito não apenas para a cooperação dentro da SCO, mas também para a paz e o desenvolvimento na região e em toda a comunidade internacional mais ampla.

Ao participar da reunião expandida da SCO, ou SCO+, também realizada na quinta-feira, Xi pediu pela construção de um lar compartilhado com solidariedade e confiança mútua, paz e tranquilidade, prosperidade e desenvolvimento, boa vizinhança e amizade, bem como justiça e equidade. 

Ele pediu aos membros da SCO que fortalecessem as trocas sobre a experiência de governança e realizassem um fórum do partido político da SCO em um momento adequado.

Angola | Saudades da Kikuanga e Alienações – Artur Queiroz

Samakuva

Artur Queiroz*, Luanda

Isaías Samakuva pôs a boca no trombone mas ficou logo sem folego. O primeiro sopro ainda deu para denunciar Adalberto da Costa Júnior como mentiroso compulsivo. O antigo líder da UNITA denunciou que o actual chefe do Galo Negro nunca solicitou uma audiência ao Presidente da República. Mas queixa-se que não é recebido!

Assim falou Samakuva: “O Presidente da República disse-me que nunca recebeu qualquer pedido de audiência do líder da UNITA. Se esse pedido chegasse ao seu gabinete ele seria recebido. O Presidente João Lourenço disse que as portas da Presidência da República estão abertas a todos”. 

A direcção da UNITA e seus serventes nos Media andam há anos repetindo que o Presidente João Lourenço não recebe o líder da oposição. Mentira. O líder da Oposição não quer ser recebido pelo Presidente da República. A política de Adalberto da Costa Júnior é sabotar, destruir, inviabilizar, confundir. Isso faz-se nos Media e na rua. 

Samakuva, muito falador, contou como conheceu João Lourenço. Amizade de infância. Foram vizinhos na cidade do Cuito. Eram amigos. Dona Josefa fazia kukuanga que distribuía pelas crianças. O antigo líder da UNITA até ia colher folhas de bananeira para Dona Josefa fazer kikuanga. Ai que saudades da kiluanga! Samakuva ficou por aí. Memória agradável e saudosa da Família Lourenço. Eu tenho saudades da kikuanga do meu amigo Orlando Banhas.

A entrevista que concedeu, para explicar o seu papel na fundação cujo patrono é o assassino e criminoso de guerra Jonas Savimbi, ficou pela kikuanga e pela denúncia das aldrabices de Adalberto da Costa Júnior. Mas o antigo cabo da tropa portuguesa podia aproveitar o momento para pedir perdão ao Povo Angolano, por ter colaborado na operação que consistiu em esconder 20.000 homens e as melhores armas, inclusive os misseis Stinger, em bases secretas no Cuando Cubango, apenas cinco dias depois da assinatura do Acordo de Bissse. Governo de Angola e UNITA acordaram desarmar as suas forças.

Angola | Zero a Zero Dá Vitória – Artur Queiroz


 Artur Queiroz*, Luanda

O governo criou reservas fundiárias na província de Luanda para responder ao problema da habitação e ao mesmo tempo afastar a especulação imobiliária. Nesta fase aconteceu o primeiro grande desafio à autoridade do Estado. David Mendes, “actrivista dos direitos humanos”, criou um esquema expedito para inviabilizar a política governamental. Do dia para a noite nasciam casebres nas zonas demarcadas e depois vinha a Associação Mãos Livres “defender” os direitos dos salteadores!

Na Praia do Bispo arrancou um projecto de requalificação urbana que impunha a demolição dos casebres ali existentes. Foi criado um bairro para realojamento. Mas no dia seguinte apareciam novos casebres. As mãos livres da extorsão e da chantagem cozinhavam tudo na sombra. David Mendes fundou um partido, foi apanhado no aeroporto com divisas e mudou as suas mãos para outras liberdades. Virou deputado da UNITA, como não podia deixar de ser.

O seu exemplo frutificou e hoje o Presidente da República fez uma denúncia que não teve qualquer reacção nos Media públicos e privados. Milhões de habitantes de Luanda continuam a sofrer com quebras no abastecimento de água, porque os terrenos por onde vão passar as condutas e instalados equipamentos são ocupados pelos construtores de casebres, para depois os seus mentores extorquirem dinheiro ao Estado. Os David Mendes e suas tropas de choque é que sabem viver. 

Um dia destes os casebres vão ser demolidos, os terrenos resgatados e os projectos de abastecimento de água concluídos. Mas aí não vão faltar os David Mendes, os Rafael Marques e outros artistas na arte da chantagem denunciando a repressão policial. O “roubo” dos terrenos vai estar na ordem do dia. Para calar o banditismo mediático alguém vai pagar. 

O nosso campeão da paz em África está em grandes dificuldades. No domingo passado o M23 (Movimento 23 de Março) ocupou a cidade de Kirumba, Lesta da República Democrática do Congo. Na sexta-feira à noite já tinha caído a cidade de Kanyabayonga, considerada estratégica porque está na rota de grandes centros, Beni e Butembo. O Presidente João Lourenço sabe que a maka é entre as potências ocidentais, predadoras, praticantes do latrocínio, e o povo que quer libertar-se dos ladrões.

BIDEN NÃO COMANDA O ESPECTÁCULO – Caitlin Johnstone

Caitlin Johnstone* | Caitlin Johnstone.com.au | # Traduzido em português do Brasil

Toda a conversa pós-debate sobre se Biden tem tudo para ser presidente – quando já o tem – sugere que as pessoas sabem que ele não está no comando.

É muito revelador como todos estão se concentrando no que Joe Biden desempenho de debate confuso com demência diz sobre sua capacidade de vencer a reeleição, e não sobre o fato de que o atual presidente em exercício dos Estados Unidos tem demência.

Se você teve a sorte de perder o debate, Biden foi tão confuso e zoneado que não só a audiência da CNN esmagadoramente dizem que o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, venceu enquanto a palavra “demência” foi enviado como tendência no Twitter, mas também foi uniformemente reconhecido ter sido uma catástrofe horrível por Agentes do Partido Democrata e especialistas da mídia liberal, quem são agora largamente sugerindo que o presidente deveria se retirar da corrida.

Mas a conversa girou quase inteiramente em torno de Biden como candidato presidencial, com relativamente pouca atenção dada ao facto de esta pessoa ser o presidente neste momento. Todo mundo está falando sobre se Biden pode garantir aos eleitores americanos que ele tem tudo para ser presidente, e ninguém parece muito preocupado com o fato de que ele já é presidente e assim permanecerá por meio ano.

O que isto sugere é que as pessoas já sabem, em algum nível, que o presidente dos Estados Unidos não governa realmente os Estados Unidos, mas ainda estão mentalmente compartimentadas longe desta realidade o suficiente para se preocuparem com quem ganha as eleições presidenciais. 

Se as pessoas realmente acreditassem que o presidente governa o país, estariam assustadas com a possibilidade de Biden, na sua névoa demente, ordenar um ataque ao que ele pensa que ainda é a União Soviética ou atacar a Líbia com armas nucleares para matar Muammar Gaddafi ou algo assim.

EUA | A LONGA TRAVESSIA

Henrique Monteiro | HenriCartoon

Proposta do Governo para polícias representa despesa de mais 210 milhões por ano

PORTUGAL

A proposta governamental de um aumento faseado, até 2026, de 300 euros mensais no suplemento de serviço e risco das forças de segurança, pago 14 vezes ao ano, representaria, no terceiro ano, um acréscimo de 210 milhões de euros brutos na despesa anual do Estado com a remuneração de polícias e guardas.

O aumento significaria um incremento de quatro salários num ano para 21 mil profissionais que têm uma remuneração-base de até 1300 euros/mês, cerca de metade do total de polícias e guardas do país.

Na terça-feira, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmou que o Governo não vai adicionar “nem mais um cêntimo” à proposta apresentada há um mês às estruturas sindicais da PSP e GNR, frisando que a tutela já fez “um esforço medonho” e não está disponível para "trazer de volta a instabilidade financeira".

O tema é debatido amanhã, quinta-feira, na Assembleia da República, por iniciativa do Chega, e a expectativa é de que seja acompanhado de protestos no Parlamento. Em discussão, estão projetos de lei de diversas forças políticas que, com contornos distintos, visam dar resposta à reivindicação da maioria das estruturas sindicais da PSP e GNR para que o aumento faseado do subsídio seja de 400 euros.

A polémica surgiu no final de 2023, depois de o Governo anterior ter atribuído aos inspetores da Polícia Judiciária um suplemento de missão – que incorpora a componente de risco – de 1026 euros/mês, mais 548 do que o valor auferido até então por aqueles profissionais.

Inicialmente, as estruturas sindicais da GNR e PSP exigiram um montante similar, mas foram progressivamente baixando o patamar para existir um acordo.

Atualmente, o suplemento de serviço e risco das forças de segurança é composto por uma componente fixa, de 100 euros, e uma variável, correspondente a 20% da remuneração-base. Quer a tutela quer as estruturas sindicais querem mexer somente na componente fixa, mantendo a variável nos seus atuais moldes.

Tal significaria que qualquer polícia, militar da GNR ou guarda prisional ficaria, no caso da proposta do Governo, com um subsídio mensal bruto de 400 euros mais 20% da remuneração-base e, no exigido pela maioria das estruturas sindicais, de 500 euros mais 20% da remuneração-base 

Inês Banha | Jornal de Notícias | Imagem: Polícias rejeitaram proposta do Governo para aumento faseado de 300 euros mensais - Foto: Paulo Spranger / Global Imagens

quarta-feira, 3 de julho de 2024

"Tivemos um golpe de Estado em Portugal, mas de uma natureza nova"

Para Pedro Adão e Silva, o golpe de Estado foi sustentado através da "remoção de um primeiro-ministro, perpetrada por meios não violentos".

O antigo ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, considerou que a queda do Governo socialista teve por base um golpe de Estado “de uma natureza nova”, já que foi levado a cabo “por meios não violentos”.

“’Se se parece com um pato, nada como um pato e grasna como um pato, então o mais provável é tratar-se de um pato.’ Da mesma forma, se se parece com um golpe de Estado e se age como um golpe de Estado, então o mais provável é tratar-se de um golpe de Estado”, escreveu, num artigo de opinião publicado no jornal Público, esta quarta-feira.

Uma vez que “golpes de Estado não têm de ser conduzidos por militares em chaimites”, Pedro Adão e Silva equacionou que “tivemos um golpe de Estado em Portugal, mas de uma natureza nova”.

O ex-ministro foi mais longe, tendo apontando que, desta feita, o golpe foi sustentado através da “remoção de um primeiro-ministro, perpetrada por meios não violentos”.

“Entretanto, o Governo mudou; passámos a estar preocupados com as condições de governabilidade e com o sempiterno ímpeto reformista; o anterior primeiro-ministro foi para outras paragens, o que tranquilizou os espíritos e gerou comoção nacional. E fingimos que não se passou nada”, acusou.

Pedro Adão e Silva recordou ainda o manifesto pela reforma da Justiça, que já foi subscrito por mais de 100 personalidades, tendo indicado que o problema desta área “não é nem a autonomia, nem a independência, mas, sim, o funcionamento e a responsabilidade hierárquicos no Ministério Público”.

“Qualquer intenção de aumentar o controlo político sobre o sistema judicial é mesmo uma emenda pior do que o soneto”, disse.

O antigo ministro terminou da mesma forma que começou, voltando a recorrer à metáfora do pato para lançar que, na realidade, o grande problema da Justiça passa por ter deixado de provar “que é de um pato que se trata”.

“Em matéria de justiça, ao contrário de outras esferas, há que provar objetivamente, em tribunal, que é de um pato que se trata. O que há muito deixou de ser a prioridade. No fundo, é esse o problema”, disse.

Recorde-se que a Operação Influencer levou à detenção de Vítor Escária, chefe de gabinete de António Costa, assim como do advogado, consultor e amigo do ex-primeiro-ministro Diogo Lacerda Machado, dos administradores da empresa Start Campus Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, e ainda do presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, que o juiz colocou em liberdade após interrogatório judicial.

Além destes, há outros quatro arguidos no processo, incluindo o ex-ministro das Infraestruturas João Galamba, o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, o advogado, antigo secretário de Estado da Justiça e ex-porta-voz do Partido Socialista (PS) João Tiago Silveira e a empresa Start Campus.

O processo está relacionado com a produção de energia a partir de hidrogénio em Sines, Setúbal, e com o projeto de construção de um centro de dados na zona industrial e logística de Sines pela Start Campus. António Costa surgiu associado a este caso e foi alvo da abertura de um inquérito no Ministério Público junto do STJ, situação que o levou a pedir a demissão e à realização de eleições antecipadas, no dia 10 de março.

Ainda assim, em fevereiro, o juiz da Operação Influencer considerou contraditória e vaga a tese do Ministério Público de que os arguidos Diogo Lacerda Machado e Vitor Escária tentaram pressionar António Costa para aprovação de um decreto-lei favorável à sociedade Start Campus, argumentação constante da resposta do magistrado Nuno Dias Costa ao recurso do Ministério Público de contestação às medidas de coação, nenhuma das quais privativa de liberdade.

Notícias ao Minuto 

Mísseis russos de última geração tornam os F-16s da Ucrânia alvos fáceis como os Su-27s

Um ataque cirúrgico em um campo de aviação destruiu cinco caças Su-27 ucranianos e danificou outros dois, informou o Ministério da Defesa russo na terça-feira. Ele acrescentou que mais dois jatos ucranianos, um MiG-29 e um Su-27, foram abatidos por sistemas de defesa aérea russos.

Os jatos F-16 da OTAN prometidos à Ucrânia serão caçados e destruídos por ataques cirúrgicos da Rússia semelhantes aos que destruíram cinco caças Su-27 recentemente, disse Dmitry Kornev , fundador do portal Military Russia, à Sputnik .

Se o campo de pouso que abriga a aeronave entregue pelo Ocidente estiver muito longe do alcance dos mísseis Iskander da Rússia, a Rússia poderia usar seu míssil balístico hipersônico lançado do ar Kinzhal , Kornev destacou. Ele acrescentou que o Kinzhal ostenta um alcance maior do que o míssil Iskander e está sendo usado com grande sucesso para atingir alvos de alto valor na zona de operações especiais.

Um ataque em grupo usando o sistema de defesa antimísseis Iskander-M destruiu cinco caças multifuncionais Su-27 ativos e danificou duas aeronaves que estavam em reparos no campo de aviação de Mirgorod, na região de Poltava, informou o Ministério da Defesa russo em 2 de julho.

O ataque ao campo de aviação de Mirgorod foi descrito pela Forbes como possivelmente “ um dos dias mais custosos ” para o regime de Kiev. A publicação apontou para uma onda de blogueiros ucranianos que inundaram as mídias sociais, correndo para culpar os oficiais da força aérea do país que permitiram que as equipes estacionassem os Su-27s ao ar livre tão perto da linha de frente. O veículo também lembrou que drones russos Lancet realizaram uma série de ataques em bases aéreas ucranianas “ vulneráveis ”.

Os sistemas de defesa aérea russos atingiram nove jatos da Força Aérea Ucraniana, incluindo sete Su-27s, informou o Ministério da Defesa Russo na terça-feira. "Mais duas aeronaves ucranianas, um MiG-29 e um Su-27, foram abatidas pelos sistemas de defesa aérea russos", disse a declaração do ministério.

APONTAR, FOGO! IMPRENSA PALESTINA NA MIRA

Mais de cem jornalistas palestinos foram mortos em Gaza, aponta relatório. Muitos vestiam coletes de imprensa quando atacados pelas forças israelenses. Seis redações foram destruídas. É outra face do genocídio: cercear o direito humano básico à informação

Sergio Ferrari | Outras Palavras | Tradução: Rose Lima

Na última semana de junho, o Forbidden Stories (Histórias ou Investigações Proibidas) divulgou amplamente os resultados do que chamou de “Projeto Gaza”, uma investigação exaustiva sobre o assassinato de mais de cem jornalistas na Faixa de Gaza, hoje o epicentro da guerra no Oriente Médio.

Essa plataforma e rede de investigação, com sede em Paris, sustenta, com base em vários relatórios, que “desde o início da guerra de Israel em Gaza em resposta ao ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro de 2023, mais de 100 jornalistas e pessoal dos meios de comunicação foram mortos”. Durante quatro meses, o Forbidden Stories e vários parceiros de mídia investigaram as circunstâncias desses assassinatos, bem como inúmeros casos de jornalistas sendo atacados, ameaçados ou feridos na Cisjordânia e em Gaza. “Essas investigações”, denuncia a rede, “apontam para um padrão assustador e sugerem que alguns jornalistas podem ter sido atacados, embora tenham se identificado como tal”.

Importantes meios de comunicação contribuíram para o Projeto Gaza, como o Le Monde, da França; The Guardian, do Reino Unido; o semanário alemão Der Spiegel; o grupo Tamedia, da Suíça; Rádio França; a agência de notícias francesa AFP; a rede de televisão alemã ZDF; a revista independente +972; Local Call (Chamada Local); o alemão Der Standard, Associação de Repórteres Árabes para Jornalismo Investigativo (ARIJ) e Paper Trail Media, entre outros, com o apoio e a colaboração do Sindicato dos Jornalistas Palestinos. Cinquenta jornalistas investigaram a morte de vários colegas em Gaza e as prisões e ameaças contra outros na Cisjordânia. Eles também contabilizaram ataques direcionados/seletivos, bem como a destruição de infraestruturas devidamente classificadas como sedes de veículos de comunicação (como aconteceu em 3 de novembro de 2023 com o escritório da agência francesa AFP correspondente em Gaza), após apresentação de provas condenatórias contra o governo israelense.

Irá Israel atacar o Líbano e levar os Estados Unidos a lançar bombas atómicas sobre o Irão?

Os acontecimentos encadeiam-se sem que os compreendamos claramente. Os Estados Unidos nada têm contra o Líbano, mesmo que não gostem do Hezbolla. No entanto, apoiarão Israel se Telavive se envolver numa guerra. Correm então o risco de meter o dedo numa engrenagem fatídica. Sendo o Hezbolla militarmente superior a Israel, serão forçados a vir esmagá-lo. O Irão defenderá o Líbano e os Estados Unidos, que negoceiam actualmente em segredo com Teerão, achar-se-ão em guerra contra ele. Benjamin Netanyahu afirmará, como nos últimos catorze anos, que Teerão está a ponto de finalizar bombas atómicas para acabar com os judeus. Washington seria então convidado a atirar bombas nucleares sobre o Irão.

Este cenário choca com os pontos de vista da Rússia e da China, duas super-potências que participaram nas negociações de Viena sobre o JCPOA, e em que, tanto uma como a outra, estão convencidas que já não há qualquer programa nuclear militar iraniano desde 1988.

 O General Charles Q. Brown, Chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, advertiu que uma ofensiva israelita contra o Líbano « pode aumentar o risco de um conflito mais amplo » . « O Hezbolla tem mais capacidade que o Hamas de forma global, em número de foguetes, etc. E diria simplesmente que vejo o Irão a mais inclinado a fornecer um apoio maior ao Hezbolla », confidenciou aos jornalistas durante uma viagem a Cabo Verde. Ele sublinhou que os Estados Unidos apoiaram Israel face ao Irão, em Abril passado, mas não estariam à altura de o fazer desta vez.

• No entanto, num vídeo publicado no X, o Primeiro-Ministro Benyamin Netanyahu, revelou o que tinha dito ao Secretário de Estado Antony Blinken : « É inconcebível que no decurso dos últimos meses a Administração (Biden) tenha recusado armas e munições a Israel. O aliado mais próximo da América, combatendo pela sua vida, lutando contra o Irão e os outros nossos inimigos comuns (…) Durante a Segunda Guerra Mundial, Churchill disse aos Estados Unidos : «Dêem-nos as ferramentas, nós vamos fazer o trabalho ». E, eu digo: « dai-nos as ferramentas e terminaremos o trabalho muito mais rápido ».

Amos Hochstein alertou Benjamin Netanyahu que tinha «exagerado» ao publicar este vídeo.

• A Casa Branca anulou uma reunião estratégica com o Estado hebreu. Ela devia estudar o avanço do programa nuclear iraniano, sob a presidência do Conselheiro de Segurança Nacional Jake Sullivan e na presença de Ron Dermer, Ministro israelita de Assuntos Estratégicos. No fim, apenas Tzachi Hanegbi, Director do Conselho de Segurança israelita, será recebido.

Portugal | CAVACO NÃO CONTOU TUDO A MONTENEGRO


Ângela Silva, jornalista | Expresso (A vida é vil)

Caro leitor,

temos que agradecer a António Costa a alegria com que vaporizou a pátria enquanto a Seleção do Senhor Martinez só nos angustia. Ter um português à cabeceira do Conselho Europeu não sobe salários, não baixa rendas, não insufla o PIB, nem garante médicos, mas nós contentamo-nos com pouco, ficamos sempre animados com orgulhos e sentimos sempre muito orgulho quando um dos nossos ergue a taça. O grito de guerra de Marcelo Rebelo de Sousa - "somos todos Ronaldo!" - envelheceu, mas o estímulo Costa (não o maravilhoso Diogo dos penáltis mas o inesquecível António das vacas que voam) foi providencial, até para nos aliviar do teimoso Cavaco, que não para de nos convencer que temos que ir outra vez para eleições.

Ninguém quer eleições. Se espreitássemos ao virar da esquina uma solução estável, moderada com rasgo, arrojada com visão e globalmente com esperança de vida, ainda vá. Mas o que aí está é péssimo para aventuras. O PS ainda não se recompôs da saída de Costa e chega a parecer impercetível; a esquerda à sua esquerda está disforme; Montenegro surpreendeu, está a ganhar na iniciativa política com passos certos em frentes há muito adiadas, mas com restrições nas contas onde não pode dar argumentos nem a Bruxelas nem ao Partido Socialista (conclusão: é cedo); e a direita à sua direita são duas empresas muito concorrenciais a merecer opas hostis, mas sem lucros garantidos de um dia para o outro.

Não sabemos se os que se cansaram do Chega, ao olharem para o que se passa em França, tendem a voltar para o amigo de Marine Le Pen ou se fogem de vez, dispostos a dar força aos moderados; não sabemos se o galope da família europeia de Ventura assusta ou se até ajuda a perder medo (Meloni cada vez assusta menos e mais dia, menos dia, está amiga de Costa); e também não sabemos se os liberais sem Cotrim se aguentam e se vão querer alinhar com a AD ou continuar a fazer músculo. Sorry, Professor Cavaco, mas desta vez o Professor Marcelo ganha – Montenegro mandar-se para eleições assim seria como inscrever-se numa aula de desportos radicais.

Portugal | CARGA POLICIAL

Henrique Monteiro | HenriCartoon

Portugal | CHEGA dos da segurança quererem mundos e fundos inexistentes. Não CHEGA?*

O preço do “esforço medonho” de não meter “nem mais um cêntimo” no bolso dos polícias

Pedro Candeias, editor-executivo | Expresso (diário) em 2 julho

Cara leitora, caro leitor

Os protestos e as pretensões dos polícias e de outras forças são um caldinho especialmente apetitoso para o glutão da direita radical, para quem o tema da segurança é tão saboroso como o da imigração e o do género.

André Ventura não é diferente dos outros, segue o mesmo menu: aproveita frinchas, acentua divergências e rasga divisões.

Contextualizando: o líder do Chega apelou a uma manifestação dos agentes no Parlamento na quinta-feira, dia da votação da proposta governamental para os aumentos destes funcionários públicos. Um número cénico cuja dimensão só será mensurável no próprio dia.

Depois, o Movimento Zero respondeu ao chamamento de Ventura e disse que sim, que iria aderir ao ajuntamento; o principal sindicato, teoricamente mais responsável e conscientes do impacto mediático que uma mancha uniforme junto à Assembleia da República tem na sociedade, também promete lá estar.

O momento é delicado, o tema está quente e promete sobreaquecer com o “não é não” de Luís Montenegro a uma revisão da proposta do Governo. O primeiro-ministro garantiu esta terça-feira que não iria “meter nem mais um cêntimo” além dos 300 euros de aumento em negociação entre as partes - e que chegar a este número já representava um “esforço medonho” governamental.

“Já sei que estas palavras vão ser descritas como ultimato ou chantagem”, mas “o Governo não pode perder a autoridade de se preocupar com toda a sociedade”, disse Montenegro. Além disso, o MP alertou para o risco de se comprometerem as contas públicas do Estado se as Finanças cedessem aos pedidos dos polícias.

Angola | Os Reféns da Guerra Civil – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

António de Oliveira Cadornega escreveu a “História Geral das Guerras Angolanas”, em 1680, já lá vão 344 anos. Em nenhuma página fala de guerra civil. Outras guerras aconteceram contra os ocupantes estrangeiros. A mais longa foi a Guerra dos Dembos. Rebentou em 1872 e só terminou em 1919 quando as tropas portuguesas assaltaram a cidadela real do Dembo Kazuangongo, na Pedra Verde. Nenhum historiador fala em guerra civil. As guerras de ocupação do Planalto Central e do Sul de Angola aconteceram há mais de cem anos. Os vários historiadores desses acontecimentos não falam em guerra civil.

Em 1961 começou a guerra colonial. Luta armada de libertação nacional. Não se atrevam a chamar-lhe uma guerra civil, ainda que os sicários da UNITA tenham lutado ao lado dos colonialistas contra as forças libertadoras do MPLA. 

Em 1974 começou a guerra contra a liberdade. De um lado as forças de libertação e do outro os independentistas brancos, apoiados pela mais agressiva e reaccionária aliança que alguma vez se formou na Terra: EUA, Reino Unido, França, Alemanha Federal, África do Sul, Rodésia de Ian Smith (Zimbabwe), Zaire do ditador Mobutu, UNITA de Jonas Savimbi, fascistas portugueses e mercenários de várias nacionalidades. Não foi uma guerra civil. 

A coligação continuou após a Independência Nacional para destruir a República Popular de Angola. Os racistas de Pretória invadiram Angola usando como escudo os sicários da UNITA. Nunca foi uma guerra civil. 

Após as eleições de 1992 Jonas Savimbi e a UNITA levantaram armas contra a democracia. Uma rebelião armada que furou dez anos e fez milhares de mortos. Milhões de deslocados e refugiados. Destruições em todo o país. Liquidação da autoridade do Estado. A rebelião foi derrotada em 22 de Fevereiro de 2002. Não foi uma guerra civil. Foi um assalto armado ao poder. A expressão mais sangrenta da traição. Não falem em guerra civil. O banditismo armado não tem dimensão política.

Angola | Zero Oposição e Duas Luandas – Artur Queiroz

Clicar foto para ampliar

Artur Queiroz*, Luanda

Entre o ano de 1960 e o 25 de Abril (1974) o Serviço de Geologia e Minas de Angola publicou 25 boletins. Os geólogos e engenheiros que trabalhavam na instituição revelaram nessas publicações trabalhos científicos sobre a Geologia, os Recursos Minerais, Terras e Pedras, Mineralogia e Estatística. Entre 1946 e 1975 existiam os Serviços Geográficos e Cadastrais. Os seus técnicos fizeram levantamentos exaustivos de todos os distritos (províncias) de Angola. Informação preciosa para quem hoje governa o país. Como Angola só existe desde 2017, todo esse manancial de sabedoria é simplesmente ignorado.

Há 50 anos Luanda estava a ferro e fogo. Os esquadrões da morte, ao serviço dos independentistas brancos, matavam dezenas de civis todos os dias, nos musseques da capital. Graças aos militantes do MPLA, o projecto que visava a independência unilateral de Angola foi derrotado. A UNITA estava ao serviço dessas forças. Dava cobertura à instauração de um regime racista igual ao da África do Sul e Rodésia (Zimbabwe).

No mês de Julho de 1974, centenas de jovens angolanos que prestavam serviço militar obrigatório na tropa portuguesa decidiram colocar as suas armas na defesa dos angolanos. Foi um passo importante rumo à Independência Nacional. O líder dessa rebelião foi o alferes América de Carvalho. Com ele estavam muitos combatentes que mais tarde foram chefes militares e dirigentes políticos. Nessa altura os sicários da UNITA estavam a colaborar na invasão das tropas sul-africanas.

O MPLA vai fazer um congresso extraordinário em Dezembro. Na ordem de trabalhos está o balanço dos 50 anos de Independência Nacional. Em meia hora fica tudo resolvido. Ponto número um, refundação do MPLA no interior em apoio à liderança de Agostinho Neto. Ponto número dois, resistência popular generalizada e fundação das FAPLA. Ponto número três, vitórias nas Grandes Batalhas de Luanda, Ntó, Kifangondo, Ebo e Luena. Ponto número quatro, admissão da República Popular de Angola na OUA e ONU. Final: Vitória na Guerra pela Soberania Nacional e a Integridade Territorial em 23 de Março de 1988, Dia da Libertação da África Austral. Fim da rebelião de Jonas Savimbi em 22 de Fevereiro de 2002.

Luta armada de libertação nacional. Vitória do MPLA e derrota de Portugal, todos os países da OTAN (ou NATO) e da UNITA que lutou desde a sua fundação contra a Independência Nacional. Guerra da Transição, entre 25 de Abril de 1974 e 11 de Novembro de 1975, vitória do MPLA e derrota do federalismo defendido pelos presidentes Spínola, Nixon e Mobutu com o apoio da UNITA. Savimbi fez tudo para que Angola fosse um satélite da África do Sul. Guerra pela Soberania Nacional e a Integridade Territorial, vitória esmagadora do MPLA. Derrota do regime racista de Pretória e dos sicários da UNITA.

terça-feira, 2 de julho de 2024

‘Cessar-fogo agora’ – Generais israelenses revelam extensão da crise do exército em Gaza

Por Equipe do Palestine Chronicle | # Traduzido em português do Brasil

O total apoio do exército israelense ao cessar-fogo, de acordo com o relatório, reflete uma grande mudança em seu pensamento nos últimos meses.

Os principais generais de Israel estão defendendo um cessar-fogo em Gaza, mesmo que isso signifique que o movimento palestino Hamas permaneça no poder, informou o New York Times na terça-feira. 

Essa postura teria criado uma cisão entre os militares e o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, que se opõe a uma trégua que permitiria ao Hamas sobreviver à guerra.

Os generais acreditam que uma trégua é a melhor maneira de garantir a libertação dos cerca de 120 israelenses ainda detidos em Gaza, vivos e mortos, de acordo com entrevistas com “seis atuais e antigos oficiais de segurança”. 

“Despreparados para mais combates após a mais longa guerra de Israel em décadas, os generais também acham que suas forças precisam de tempo para se recuperar caso uma guerra terrestre ecloda contra o Hezbollah”, acrescentou o relatório, citando diversas autoridades.

De fato, uma trégua com o Hamas também poderia facilitar um acordo com o Hezbollah, de acordo com as autoridades, a maioria das quais falou sob condição de anonimato.

O Fórum do Estado-Maior, a liderança militar de Israel, é composto por cerca de 30 generais seniores, incluindo o chefe do Estado-Maior Militar, Tenente-General Herzi Halevi, e os comandantes do Exército, Força Aérea, Marinha e inteligência militar. 

O apoio dos militares ao cessar-fogo, de acordo com o relatório, “reflete uma grande mudança em seu pensamento nos últimos meses, à medida que ficou mais claro que o Sr. Netanyahu estava se recusando a articular ou se comprometer com um plano pós-guerra”.

Eyal Hulata, que serviu como conselheiro de segurança nacional de Israel até o começo do ano passado, e que fala regularmente com oficiais militares seniores, teria dito, “os militares apoiam totalmente um acordo de reféns e um cessar-fogo. Eles acreditam que sempre podem voltar e engajar o Hamas militarmente no futuro.”

Hulata também teria indicado que os militares têm “menos munições, menos peças de reposição, menos energia do que antes — então eles também acham que uma pausa em Gaza nos dá mais tempo para nos prepararmos caso uma guerra maior ecloda com o Hezbollah”.

O NYT disse que “não está claro quão diretamente a liderança militar expressou suas opiniões ao Sr. Netanyahu em particular, mas houve vislumbres de sua frustração em público, bem como da frustração do primeiro-ministro com os generais”.

Netanyahu rejeitou firmemente qualquer proposta de cessar-fogo, “porque esse resultado poderia derrubar sua coalizão”, de acordo com o relatório. 

Portanto, os militares temem um conflito prolongado em que seus recursos sejam gradualmente esgotados enquanto os cativos permanecem cativos e os líderes do Hamas permanecem soltos. Nesse cenário, manter o Hamas no poder temporariamente em troca da libertação de reféns parece ser a opção menos pior para Israel, disse Hulata. Quatro altos funcionários que falaram sob condição de anonimato concordaram.

Em 19 de junho, Daniel Hagari, o porta-voz chefe do exército israelense, disse em uma entrevista na TV que “aqueles que pensam que poderíamos fazer o Hamas desaparecer estão errados. O Hamas é uma ideia. O Hamas é um partido político. Ele está enraizado no coração das pessoas.” 

De sua parte, o chefe do Estado-Maior do Exército israelense, Herzi Halevi, recentemente “tentou enfatizar as conquistas militares, no que alguns analistas disseram ser um esforço para criar um pretexto para acabar com a guerra sem perder prestígio”, declarou o NTW.

O relatório acrescentou que o gabinete de Netanyahu se recusou a comentar. Ele disse em uma declaração na segunda-feira que Israel está perto de desmantelar as capacidades militares do Hamas, mas não indicou que isso permitiria que a guerra em Gaza acabasse.

GAZA BLOG: Soldados mortos e feridos em Netzarim | Massacres em Khan Yunis, Nuseirat

Ben Gvir entra em conflito com Shin Bet – Dia 270

Equipe doPalestine Chronicle | # Traduzido em português do Brasil

O exército israelense admitiu que um oficial e um soldado foram mortos e outros 11 ficaram feridos em um ataque lançado pela resistência no eixo Netzarim, na Faixa de Gaza central.

As forças de ocupação israelenses realizaram novos massacres no campo de refugiados central de Nuseirat e na cidade de Khan Yunis, no sul, para onde 250.000 palestinos foram forçados a fugir novamente.

O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, acusou o diretor do Shin Bet de ameaçá-lo, enquanto a agência de segurança interna disse que a superlotação das prisões é um problema de Ben-Gvir. 

De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza,  37.925 palestinos foram mortos e 87.141 ficaram feridos no genocídio israelense em Gaza, iniciado em 7 de outubro.

Clique aqui para ver os blogs anteriores.

ULTIMAS ATUALIZAÇÕES

Terça-feira, 2 de julho, 17h30 (GMT+2)

MÍDIA PALESTINA: O número de mortos resultantes do bombardeio israelense que teve como alvo uma casa em Deir al-Balah, no centro da Faixa de Gaza, subiu para nove.

FONTES MÉDICAS: 31 palestinos, incluindo crianças e mulheres, foram mortos em bombardeios israelenses na Faixa de Gaza desde o amanhecer de terça-feira.

BRIGADAS AL-QUDS: Nossos combatentes atacaram uma força especial israelense entrincheirada dentro de um prédio no bairro de Shejaiya com um projétil TPG, matando e ferindo seus membros.

FORÇA AÉREA UCRANIANA PERDEU 7 AERONAVES EM ATAQUES RUSSOS EM MIRGOROD

South Front | # Traduzido em português do Brasil -- com vídeo

O Ministério da Defesa comentou sobre o ataque ao campo de aviação militar ucraniano em Mirgorod, na região de Poltava. O ataque ocorreu na tarde de 1º de julho. LINK Os ataques foram coordenados por UAV de reconhecimento russo. Suas filmagens confirmaram pesadas perdas da Força Aérea Ucraniana.

O Ministério da Defesa russo confirmou o ataque bem-sucedido e a destruição de aeronaves ucranianas. O número oficialmente declarado de aeronaves destruídas acabou sendo maior do que o relatado anteriormente.

De acordo com dados publicados anteriormente, 2 caças foram destruídos e mais 4 foram danificados durante o ataque, enquanto, de acordo com o Ministério da Defesa, 5 caças Su-27 foram destruídos e mais 2 foram danificados.

'Os sistemas de mísseis Iskander-M das Forças Armadas Russas lançaram um ataque de mísseis em grupo no estacionamento da aeronave AFU. O controle objetivo confirmou a destruição da aeronave militar. Como resultado do ataque, 5 caças multifuncionais Su-27 ativos foram destruídos e 2 em reparo foram danificados', relata o Ministério da Defesa Russo.

O lado ucraniano confirmou o ataque, mas tentou esconder as perdas, culpando Moscou hipocritamente por mentiras. O ex-presidente da Força Aérea Ucraniana Yuri Ignat confirmou a perda de aeronaves, mas pediu para não acreditar no exército russo.

EXÉRCITO RUSSO AVANÇA ESMAGANDO RESERVAS UCRANIANAS

South Front | # Traduzido em português do Brasil -- ver vídeo

As Forças Armadas da Ucrânia continuam com ataques massivos de drones em uma tentativa de danificar as instalações de retaguarda russas. As forças de defesa aérea russas repeliram dezenas de UAVs ucranianos sobre as regiões de fronteira pela terceira noite consecutiva. Em 1º de julho, 36 drones ucranianos foram destruídos sobre a fronteira russa. Não houve relatos sobre quaisquer danos no solo.

Ontem à noite, outro ataque à península da Crimeia foi supostamente repelido. As forças russas destruíram alguns alvos aéreos na região de Kherson e alguns a caminho da parte ocidental da península. Os militares ucranianos supostamente usaram iscas para revelar as posições dos sistemas de defesa aérea russos perto da Ponte da Crimeia. Outro ataque massivo deve ser esperado nos próximos dias.

Em resposta, ataques russos supostamente miraram o campo de aviação de Kanatovo, na região de Kirovograd. Mísseis russos provavelmente estavam caçando a aeronave ucraniana que lançou o ataque na península.

As forças russas estão atacando instalações militares ucranianas tanto perto da frente quanto na retaguarda estratégica. As filmagens dos UAVs de reconhecimento que estão coordenando os ataques confirmaram que grandes reservas militares ucranianas foram destruídas a caminho dos campos de batalha nos últimos dias.

Em 29 de junho, um ataque de precisão de um míssil russo Iskander destruiu um escalão militar das Forças Armadas da Ucrânia na vila de Ukrainka, perto de Zaporozhie. Logo depois, mais dois trens com equipamento militar foram destruídos a caminho das linhas de frente na região de Kharkiv. De acordo com relatos não confirmados, os trens estavam transferindo tanques Leopard de fabricação alemã para o campo de batalha.

Alemanha expande serviços de inteligência e sua “preparação para a guerra” com a Rússia

Lucas Leiroz* | Infobrics | # Traduzido em português do Brasil

A Alemanha continua sua irracional "preparação para a guerra" contra a Rússia. Relatos recentes da mídia indicam que o serviço de contrainteligência militar do país está prestes a receber suporte adicional para se preparar contra ameaças estrangeiras no caso de um conflito com a Rússia. Berlim parece estar pronta para tomar todas as medidas possíveis em direção a uma guerra aberta com Moscou, embora não haja obviamente nenhuma possibilidade de a Alemanha ser vitoriosa em tal conflito.

O Serviço de Contrainteligência Militar (MAD) da Alemanha  está aparentemente se preparando para um cenário de conflito. De acordo com o jornal alemão Welt, o MAD está buscando expandir sua capacidade operacional, não apenas em territórios domésticos, mas também no exterior. O objetivo é tornar as forças armadas alemãs capazes de lidar com os desafios que um cenário de guerra apresenta. O MAD planeja se tornar capaz de monitorar não apenas as atividades de soldados alemães - o que é típico de serviços de contrainteligência - mas também espionar tropas estrangeiras e inimigas.

“A emenda concede ao Serviço de Contrainteligência Militar os poderes necessários para proteger a Bundeswehr contra espionagem e sabotagem por potências estrangeiras, bem como contra tentativas extremistas de infiltração de dentro de suas próprias fileiras, mesmo durante missões estrangeiras”, disse um porta-voz do Ministério da Defesa alemão durante uma declaração oficial.

A agência planeja usar tanto tecnologia avançada quanto pessoal infiltrado para obter informações estratégicas de forças armadas estrangeiras. Welt relatou que expandir os poderes da MAD é atualmente uma prioridade para o Ministério da Defesa alemão, que está apostando na inteligência como uma ferramenta eficiente para dar a Berlim uma vantagem estratégica em caso de guerra. O plano do Ministério está em linha com a política de Olaf Scholz de inimizade aberta com a Federação Russa, sendo Moscou vista pela Alemanha como uma ameaça não apenas à segurança nacional, mas também à estabilidade da Europa como um todo.

EUA e OTAN jogam a carta do terror contra a Rússia

Perdendo a guerra por procuração na Ucrânia, os cúmplices dos EUA e da OTAN jogam a carta do terror contra a Rússia

Sonja van den Ende | Strategic Culture Foundation | # Traduzido em português do Brasil

A Rússia tem sido alvo dos EUA para mudanças de regime há muitos anos, devido à sua incrível riqueza natural e resistência à hegemonia dos EUA.

Recentemente, dois senadores dos EUA, Lindsey Graham e Richard Blumenthal, apresentaram um projeto de lei para designar a Rússia como um estado patrocinador do terrorismo.

“Vamos pressionar por uma votação, e a melhor coisa que podemos fazer, eu acho, para moldar o futuro é rotular Putin como um líder terrorista, porque é isso que ele é”, disse Graham.

Graham pode ser comparado a um cowboy criminoso (bastante estúpido). Há muitos senadores com a mesma mentalidade criminosa no governo dos EUA. Graham é republicano, Blumenthal é democrata. Não importa quem governa os EUA, ambos os partidos políticos estão em pé de guerra e ambos estão sob a influência do estado profundo dos EUA (lobbies como a indústria de armas, complexo militar, etc.). As eleições são uma farsa, assim como na Europa.

Os EUA, juntamente com seus parceiros na União Europeia e na OTAN, instigaram e prolongaram todos os tipos de guerras ilegais por muitos anos, com o fornecimento irresponsável de armas e dinheiro.

GRÃ-BRETANHA GASTA £ 12.000 POR MINUTO EM ARMAS NUCLEARES

Os gastos extravagantes continuarão sob o governo trabalhista

RICHARD NORTON-TAYLOR* | Declassified UK | # Traduzido em português do Brasil

A Grã-Bretanha gasta uma parcela maior de seu orçamento militar em armas nucleares do que qualquer outro estado, revela um importante relatório publicado hoje.

O governo de Rishi Sunak está destinando 12 por cento dos gastos com defesa – o equivalente a £ 12.000 por minuto – ao arsenal do Reino Unido de pelo menos 225 ogivas.

Sunak aumentou os gastos com armas nucleares no ano passado em 17 por cento, para £ 6,5 bilhões — um aumento maior do que qualquer outra potência nuclear, exceto os EUA. 

Nos últimos cinco anos, as despesas do Reino Unido aumentaram em impressionantes 43%.

Os números alarmantes aparecem em uma nova pesquisa da Campanha Internacional para Abolir Armas Nucleares (ICAN), um grupo amplamente respeitado que recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2017.

O ICAN calcula que a Grã-Bretanha é o quarto país que mais gasta em armas nucleares no mundo, depois dos EUA, China e Rússia.

Contra a França “navegar, navegar”!... -- curto do Expresso

FAUSTO PRIMEIRO, FAUSTO SEMPRE!*


Lembra-me um sonho lindo”, cantava-nos Fausto a falar de coisas mais sérias, tão séria quanto pode ser a sua música, tão séria quanto pode ser uma vida que fará falta a um país inteiro. Fausto Bordalo Dias, o criador dessa obra única que foi “Por Este Rio Acima” e de outros álbuns marcantes da música popular portuguesa, morreu ontem aos 75 anos. 

Vítor Matos, jornalista | Expresso (curto)

Bom dia!

Antes de mais, um convite: amanhã, às 14h00, Junte-se à Conversa com David Dinis e Hélder Gomes. Desta vez sobre se "Teremos Le Pen e Trump? ". Inscreva-se aqui.

Um alívio… um carrossel de emoções até ao fim da noite. O futebol é assim (perdão pelo lugar comum), mas é por ser assim que gostamos de sofrer com o futebol, embora dizer “gostar de sofrer” talvez seja demais, porque só gostamos de sofrer quando a catarse se completa porque ganhámos. Assim tudo parece fácil, como sofrer ontem nos pareceu fácil e agora até nos parece ter sido bom.

Ronaldo falhou e chorou. E no fim do jogo pediu desculpa por ter falhado. No fim de contas, até ajuda ao nosso consolo o pior momento daquele que já foi o nosso melhor. Nada como um final feliz, ou como ir “do inferno ao céu” em poucos minutos. Bruno Vieira Amaral escreve que ele voltou “à estaca zero”.

Ontem, o homem grande que encheu a baliza e a noite foi o guarda-redes, Diogo Costa: com três defesas inéditas nos penáltis, foi MVP, salvador da partida e herói da Pátria com uma mancha perfeita em espargata perante um avançado estónio isolado, que teria eliminado Portugal sem agravo, e que nos deixaria a carpir um sofrimento incompreensível nas próximas semanas. Perante a malha apertada da Estónia, o nosso guarda-redes valeu por quatro pontas de lança, por cinco golos do Ronaldo, e por todos os alegados erros do selecionador, sobretudo quando tirou Vitinha, decisão criticada pela maioria dos comentadores televisivos.

“A relva não ajudou”, justificou o treinador Roberto Martínez no fim da partida. Valeu-nos Diogo Costa, que “atirou água benta para cima de todos os pecados de Portugal”, escreveu a nossa enviada à Alemanha, Lídia Paralta Gomes, na crónica do jogo. “Diogo limpou uma série de equívocos cometidos pela seleção nacional e quando foi preciso um herói, ele apareceu a fechar a baliza”. O próprio guarda-redes definiu o indefinível, a intuição com que o cérebro de um desportista lhe comanda o corpo: “Segui o meu instinto, e ainda bem. Mato-me a trabalhar e a acreditar em mim”, disse aos jornalistas.

Isto é tudo pahtos, tudo isto é emoção, não há qualquer tipo de racionalidade nestes momentos, pois então levantemos o ferro que “o barco vai de saída” para mares mais difíceis nos quartos de final contra os franceses, que eliminaram os belgas.

Lembra-me um sonho lindo”, cantava-nos Fausto a falar de coisas mais sérias, tão séria quanto pode ser a sua música, tão séria quanto pode ser uma vida que fará falta a um país inteiro. Fausto Bordalo Dias, o criador dessa obra única que foi “Por Este Rio Acima” e de outros álbuns marcantes da música popular portuguesa, morreu ontem aos 75 anos.

“Encostado aos cenários da História, eu falo do presente. É importante lembrar isso... Como hoje continuam fenómenos da escravatura, da guerra, das lutas tribais, da exploração, da incompreensão do outro ou da cooperação entre os povos. O meu trabalho não se quer passadista”, disse ao Expresso em 2011, ao jornalista António Loja Neves. Nessa entrevista, ele que não gostava de dar entrevistas à imprensa por causa da edição das respostas, respondia com o sonho dos portugueses que sonharam: “Privilegiei os sonhadores, os viajantes da descoberta e as gentes do negócio, que vinham para a troca. Procurei esquecer os expedicionários”.

Fausto “ocupa um justo lugar de destaque no panteão da música popular portuguesa”, constatou Rui Miguel Abreu no obituário que escreveu no Expresso, “juntamente com os também já desaparecidos José Afonso e José Mário Branco”, que morreu em novembro de 2019 (e cuja morte também me apanhou de turno a escrever um Curto, há notícias que um jornalistas prefere não dar).

Companheiro do espetáculo dos “Três Cantos” com José Mário Branco e Sérgio Godinho, o último, o sobrevivente, reconhece-lhe um “legado muito grande porque construiu um corpo de canções, com um estilo tão vincado e com uma personalidade tão própria, que, embora muita gente tenha sido influenciada por ele, o Fausto é único”, afirmou Godinho ao Expresso. João Pedro Pais, um autor de outro género e geração, participava por vezes numa tertúlia que ele tinha às quartas-feiras no Museu do Traje, recordando que “era um homem muito assertivo nas suas observações e nas suas intervenções. Quando o Fausto falava, toda a gente se calava para o ouvir".

Agora toda a gente se calará de novo para voltar a ouvi-lo.

segunda-feira, 1 de julho de 2024

O líder indiano não é o 'Modi operandi' americano e isso é um problema para Washington

Finian Cunningham* | Strategic Culture Foundation | # Traduzido em português do Brasil 

Espere mais pressão de Washington para que o líder indiano adote o modus operandi da Guerra Fria.

O primeiro-ministro indiano Narendra Modi visitará Moscou nos próximos dias, onde será recebido pelo presidente russo Vladimir Putin. Modi e Putin estabeleceram relações cordiais ao longo dos anos e os dois líderes estão prontos para discutir o fortalecimento dos laços estratégicos bilaterais.

Washington está irritado porque Modi está visitando a Rússia em sua primeira viagem oficial ao exterior desde que foi empossado no início deste mês como primeiro-ministro para um terceiro mandato consecutivo.

Mais do que isso, com sua mentalidade típica de soma zero da Guerra Fria, os Estados Unidos querem e esperam que Modi fique do lado americano na crescente hostilidade em relação à Rússia e à China.

Na semana passada, Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional dos EUA do presidente Joe Biden, voou para Nova Deli para se encontrar com Modi. A dupla teria discutido propostas para uma defesa militar mais estreita e compartilhamento de tecnologia. Mas o momento da visita de Sullivan sugere que foi um spoiler para a próxima viagem a Moscovo.

A administração Biden tem tentado vigorosamente persuadir a Índia a seguir a sua política ao estilo da Guerra Fria de isolar a Rússia e a China. Quando Modi foi generosamente recebido na Casa Branca no ano passado, ficou claro que a contrapartida de Washington era que a Índia adoptasse o modus operandi americano de aderir ao confronto do bloco com os dois principais adversários geopolíticos designados pela América.

Modi não atendeu aos americanos. Ele manteve a tradicional política externa indiana de não-alinhamento. Enquanto a Índia é membro do grupo Quad liderado pelos EUA na Ásia-Pacífico, que inclui o Japão e a Austrália – e que provocou a China – por outro lado, a Índia é um membro proeminente do grupo BRICS que inclui Rússia, China, Brasil e outros do Sul Global que desafiam diretamente a hegemonia dos EUA.

Mais lidas da semana