Em mais um debate quinzenal, o primeiro-ministro optou por andar engalfinhado num triste espectáculo em vez de dar respostas concretas sobre os reais planos do seu Governo para destruir o país.
No segundo debate quinzenal do ano, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, foi fiel a si mesmo. Com a ajuda dos partidos da direita, discutiu temas laterais e quando confrontado com os reais problemas do país, procurou fugir.
Este último aspecto foi visível logo na abertura do debate. Luís Montenegro e André Ventura, mais uma vez, protagonizaram um debate que em nada dignifica a Assembleia da República. Casos judiciais e acusações de parte a parte serviram para preencher o espaço e futuras manchetes, mas para trabalhadores, reformados e pensionistas nem uma palavra.
No mesmo sentido esteve o líder da bancada parlamentar do PSD, Hugo Soares, que a cada intervenção procura deixar mais claro qual a táctica do Governo. O parlamentar procurou continuar a alimentar o debate estéril com a extrema-direita, enquanto teceu loas ao executivo liderado por Luís Montenegro, vendendo um país que não existe.
Neste momento, a única coisa que se retirou foi mesmo o anúncio do primeiro-ministro de uma reforma do Regime Jurídico de Instituições de Ensino Superior. Segundo o que foi dito, o novo regime, que será aprovado amanhã em reunião do Conselho de Ministros, visa «dar às Instituições mais condições no seu processo de autonomia». Em termos simples, o Governo procurará dar maior margem às universidades e politécnicos para procurarem mais auto-financiamento com entidades privadas e fazer com que o Estado deixe de assumir as suas obrigações.