Cooperação é para ser mais objetiva, concreta e abrangente - Xanana Gusmão
28 de Agosto de 2012, 10:24
Díli, 28 ago (Lusa) - A cooperação entre Portugal e Timor-Leste é para ser mais objetiva, concreta e abrangente, defendeu hoje o primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, ao refutar o sentido de reforço porque tem uma conotação de vazio que não existe.
"Não é para reforçar porque isso tem um sentido de qualquer coisa para preencher, preencher um vazio. Tem sido contínua e agora é mesmo hora para olharmos para a cooperação em termos mais objetivos, mais concretos, mais largos", afirmou Xanana Gusmão, numa declaração após ter recebido em audiência o ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas.
Xanana Gusmão sublinhou também que a cooperação e as relações entre Timor-Leste e Portugal "não podem estar misturadas com a missão das Nações Unidas".
"A missão das Nações Unidas veio num contexto, esse contexto acabou e agora vamos reforçar as relações que temos não só com os nossos parceiros e aliados da CPLP como com outros", acrescentou o governante.
O chefe do Governo timorense afirmou ainda que a crise que obrigou ao regresso das Nações Unidas a Timor-Leste acabou e recordou que o próprio secretário-geral das Nações Unidas esteve no país onde "todos concordaram que esse capítulo da (nossa) história está fechado".
Recebendo Miguel Relvas no Palácio do Governo, onde estão a ser preparadas as cerimónias de comemoração do 13.º aniversário do referendo que deu a independência a Timor-Leste, Xanana Gusmão aproveitou para se colocar a par das mais recentes notícias do futebol nacional e do "seu" Benfica, num encontro que se prolongou por cerca de 45 minutos.
JCS.
Passos Coelho visita Timor-Leste "brevemente" - Miguel Relvas
28 de Agosto de 2012, 11:46
Díli, 28 ago (Lusa) - O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, visita "brevemente" Timor-Leste, disse hoje em Díli o ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas.
Sem especificar datas, Miguel Relvas, que falava após ter sido recebido no Palácio do Governo pelo primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, salientou ser o quarto ministro português a visitar este ano o país e explicou que chega a Díli para "manter uma relação de grande proximidade".
"Como disse o primeiro-ministro Xanana Gusmão não há nada a preencher porque não há vazios, é uma relação de continuidade", salientou o ministro.
Para Miguel Relvas, Portugal e Timor-Leste estão próximos, não só pela ligação histórica e da língua, mas também pela "ambição de olhar em conjunto no contexto mais vasto da CPLP, dos países de língua portuguesa, mas também deste espaço do mundo" com vista ao desenvolvimento dos dois povos.
Já as diversas visitas feitas por governantes portugueses a Timor-Leste simbolizam, para Miguel Relvas, a "qualidade e a proximidade" das relações entre os dois países, mas salientou haver ainda muita coisa a fazer em conjunto.
"Portugal tem tido aqui um papel importante na área da educação, da área da língua, na área da comunicação social. Há aqui uma relação de povos irmãos em que temos muito a ver uns com os outros", disse.
Sobre o protocolo na área da comunicação social que assina na quarta-feira com o seu homólogo timorense, Hermenegildo Pereira, ministro de Estado e da Presidência do Conselho de Ministros, Miguel Relvas salientou tratar-se de abranger de forma específica as áreas tradicionais nas várias valências da comunicação - da escrita, à rádio e à televisão.
"Portugal e a agência Lusa têm também aqui um papel muito importante na cooperação que pode ser ao nível da formação e essa formação pode ser mais vasta porque aquilo que nos une a todos é a língua e a língua é o petróleo desta relação, é o que nos dá força, é o combustível desta relação e nós temos de continuar nesse caminho", assinalou.
Além do protocolo, Miguel Relvas tem na quarta-feira encontros com os Presidentes da República e do parlamento timorense, respetivamente Taur Matan Ruak e Vicente Guterres.
JCS.
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
- Nota PG: E a Agência Lusa perdeu a cabeça? Foi a Timor-Leste? Anda exclusivamente, atenta, veneranda e obrigada a cobrir o ministro Relvas e os seus chefes Lusa e RTP? Ou ganhou vergonha e vai cumprir o que lhe compete relativamente a um país lusófono passando a estar sempre presente em TL e fazer a cobertura diária dos principais acontecimentos daquele país? É que já lá vão cerca de dois meses que está em falta com o que deve nesse aspeto aos portugueses e a centenas de milhões do mundo da lusofonia.
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