Dacar, 26 out - O
primeiro-ministro cabo-verdiano garantiu sábado que a cimeira extraordinária da
CEDEAO, que decorreu na sexta-feira em Dacar, manteve 24 de novembro como a
data das eleições gerais na Guiné-Bissau.
Em declarações à
agência Inforpress em Dacar, José Maria Neves indicou também que os chefes de
Estado e de Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental
(CEDEAO) exortaram as autoridades de transição guineenses, no poder desde o
golpe de Estado de 12 de abril de 2012, a empenharam-se nos preparativos do
processo eleitoral.
Segundo José Maria
Neves, apesar das dúvidas quanto à existência de condições para a realização
das eleições, já que a menos de um mês do escrutínio, o processo de
recenseamento eleitoral ainda não arrancou, a CEDEAO continuou a pressionar a
realização das eleições para o mais breve quanto possível.
"Há sempre
dúvidas se estarão reunidas todas condições, até porque ainda não se começou o
processo de recenseamento eleitoral. Mas a data mantém-se, para continuar a pressionar
as autoridades de transição e os partidos políticos para a realização da votação
o mais rapidamente possível", referiu.
José Maria Neves
lembrou a disponibilidade de Cabo Verde para apoiar tecnicamente o ato
eleitoral, mas assegurou, que a questão vai ser acompanhada de perto pela
CEDEAO e que os recursos financeiros estão a ser mobilizados.
José Maria Neves
indicou que, durante a cimeira, teve oportunidade de falar com o presidente de
transição guineense, Serifo Nhamadjo, a quem manifestou a disponibilidade para
apoiar as eleições, mas apenas do ponto de vista técnico.
A CEDEAO já
conseguiu mobilizar para a realização de eleições na Guiné-Bissau cerca de 16
milhões de dólares (perto de 11,7 milhões de euros), que se juntam aos dois
milhões de dólares (1,47 milhões de euros) disponibilizados pela Nigéria para
apoio logístico.
JSD // JMR
Noticias Ao
Minuto/Lusa
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