O acordo de pesca
entre Cabo Verde e a União Europeia (UE) é “mais do que satisfatório”, devido
ao nível elevado das capturas de peixe nas águas territoriais cabo-verdianas,
indica um relatório da Comissão Europeia divulgado no fim-de-semana em
Bruxelas. A UE agora quer um acordo para vigorar durante seis anos.
Este acordo, que
vigora desde 1 de Setembro de 2011 e vai prevalecer até 31 de Agosto de 2014,
autoriza 28 atuneiros europeus (16 da Espanha e 12 da França) e 35 palangreiros
de superfície (26 da Espanha e nove de Portugal) a operarem nas águas territoriais
de Cabo Verde.
Segundo este
relatório de avaliação, o valor acrescentado criado por este acordo é de três
milhões e 400 mil euros, dos quais 71 porcento cabem à UE, 17 porcento a Cabo
Verde e 13 porcento aos outros países da África Ocidental essencialmente devido
a desembarques, transportes e abastecimentos nos portos de Dakar (Senegal) e de
Abidjan (Côte d’Ivoire).
O relatório
sublinha, no entanto, que o acordo pode chocar a opinião pública na Europa e em
África devido à captura de tubarões (espécie ameaçada) pelos palangreiros da
UE, em vez do peixe-espada e atum acordados entre as partes.
Está próxima a
abertura das negociações entre a UE e Cabo Verde com vista a um novo acordo de
pesca, por isso, o relatório sublinha a importância de concluir um novo protocolo
com duração de seis anos.
A Semana (cv) com Panapress
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