Membros
de organizações da sociedade civil marcham hoje na capital moçambicana Maputo
para repudiar a caça furtiva no país e exigir medidas arrojadas contra estas
gangues que estão a dizimar animais como elefantes e rinocerontes.
A
iniciativa de Maputo está enquadrada numa acção global que tem o mesmo
propósito: dizer não à caça furtiva.
O
ponto de encontro para o início da marcha é na Faculdade de Direito da
Universidade Eduardo Mondlane (UEM), na Avenida Kenneth Kaunda, devendo o grupo
de manifestantes percorrer diversas artérias da cidade.
A
ideia dos mentores da iniciativa, que decorre sob o lema “Marcha Global Pela
Protecção de Elefantes e Rinocerontes: Em Prol da Conservação e Protecção”, é
transmitir aos governos africanos e de todo o mundo que mais vale a conservação
ao crime.
E
que todos os esforços para proteger estes animais são importantes, enquanto
olhar-se eles como sendo de extrema importância no equilíbrio ecológico.
Por
outro lado, pretende-se persuadir o Governo a incluir matérias sobre conversação
e protecção destes e outros animais no currículo escolar moçambicano bem como
exigir que haja a implementação e aplicação de leis realmente severas que
possam não somente punir os caçadores furtivos e seus colaboradores e
beneficiários como também desencorajar definitivamente esta prática.
É
intenção dos proponentes da marcha ver concretizado o maior controlo nas zonas
fronteiriças a nível das áreas de conservação, bem como que sejam implementados
projectos educacionais nas comunidades dentro ou próximas das áreas de
conservação.
Atrair
a atenção de potenciais doadores (tal como aconteceu com a Gorongosa), ver
melhoradas as condições dos rangers/guardas florestais, pagamento e equipamento
(para torná-los incorruptíveis) bem como implementar-se, efectivamente,
técnicas de tracking de animais (para melhor posicionamento dos rangers/guardas
florestais/guarda costeira) são as outras razões que levam à realização desta
marcha.
Para
além de Maputo, hoje, 4 de Outubro – Dia da Assinatura do Acordo Geral de Paz
em Moçambique – mais de 100 cidades em todo o Planeta Terra irão realizar a
mesma marcha. O plano é que, a uma só voz, se faça o apelo no sentido de se
salvar elefantes e rinocerontes de futuras chacinas.
Entretanto,
dados oficiais indicam que em África, um elefante é morto a cada 15 minutos e
um rinoceronte a cada 9 a
11 horas.
Moçambique
quase que já perdeu todos os seus rinocerontes, sendo que se a caça furtiva
continuar no mesmo ritmo os elefantes poderão estar extintos em Moçambique e em
todo o Continente Africano num espaço de dez anos.
Notícias
(mz)
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