O
Governo angolano solicitou hoje o apoio do Programa Alimentar Mundial (PAM)
para questões ligadas à nutrição e segurança alimentar, no que diz respeito à
assistência, formação, monitorização de programas, avaliação e controlo de
resultados.
É compreensível.
Por ser um país pobre, paupérrimo mesmo, o regime de José Eduardo dos Santos
não tem meios (para além dos que usa para transformar em milionários os membros
do seu clã) para resolver situações desta natureza.
O
assunto foi abordado num encontro entre a secretária de Estado para a
Cooperação, Ângela Bragança, e o director para África Austral e ilhas do Oceano
Índico do PAM, Chris Nikoi.
No
final da audiência, Ângela Bragança disse à imprensa que Angola quer cooperar
principalmente na área de combate à fome e a pobreza, realçando o programa
angolano de merenda escolar.
Ângela
Bragança referiu que ainda este ano as autoridades angolanas e aquela agência
das Nações Unidas vão elaborar em conjunto um programa, que deverá ser
rubricado durante a visita a Angola da directora executiva do PAM, Ertharin
Cousin, ainda sem data marcada.
A
governante angolana sublinhou que as relações com o PAM, que durante vários
anos apoiou Angola durante a guerra civil, na alimentação de deslocados, são
excelentes e tem havido diálogo permanente com a instituição.
Por
seu turno, Chris Nikoi considerou a nutrição e a segurança alimentar
importantes para o desenvolvimento de um país.
“A
minha conversa com a secretária de Estado focou-se nesta colaboração, que está baseada
mais na história que o PAM fez em Angola por um lado, e, por outro, trazer
lições de experiência obtidas por esta instituição em outras áreas do mundo,
como a América Latina para ajudar o Governo a enfrentar o desafio da segurança
alimentar e subnutrição infantil”, concluiu.
Recorde-se
que o número de milionários em Angola subiu 68% entre 2007 e 2013, situando-se
nos 6,400, de acordo com os dados da consultora New World Wealth.
De
acordo com os dados, havia 3.800 cidadãos angolanos com um valor líquido
superior a um milhão de dólares em bens, nos quais se exclui o valor da
residência oficial.
Neste
período entre 2007 e Setembro de 2013, a subida percentual de Angola (68%) só
foi ultrapassada pela da Etiópia, cujo número de milionários mais que duplicou
em seis anos: de 1.300 para 2.700, segundo os dados desta consultora baseada em
Oxford, Reino Unido, e com uma representação em Joanesburgo, na África do Sul.
Se
Angola está em segundo lugar na curva de crescimento percentual relativa ao
número de milionários, em termos absolutos também aparece no “top ten”
africano, ficando em sexto lugar, atrás da África do Sul (48.700 milionários),
Egipto (22.800), Nigéria (15.700), Quénia (8.300) e Tunísia (6.400).
Segundo
as previsões da consultora NWW, em 2030 Angola passará para o quinto lugar da
lista de milionários em África, subindo 144% para os 15.600, e ficando atrás da
África do Sul, que mantém a liderança da lista, e da Nigéria, Egipto e Quénia,
ultrapassando, assim, a Tunísia.
Folha
8 (ao)
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