O
ministro do Interior de Angola, disse em Luanda, que os processos envolvendo a
detenção de jovens ativistas suspeitos de promoverem alteração à ordem e
segurança pública, foram já entregues ao Ministério Público.
Os
cerca de 20 ativistas angolanos detidos no último sábado (20.06), em Luanda,
por agentes do Serviço Nacional de Investigação Criminal em colaboração com os
Serviços de Inteligência e Segurança do Estado, realizavam na altura um
seminário sob o tema "As 180 técnicas pacíficas para derrubar um
ditador" que tem como base as técnicas apresentadas no livro do jornalista
Domingos da Cruz ''Ferramentas Para Destruir o Ditador e Evitar uma Nova
Ditadura''.
A
polícia não revela o número exato de detidos, mas de acordo com dados não
oficias estão entre os envolvidos: Luaty Beirão, Manuel Nito Alves, Nuno Álvaro
Dala, Mbanza Hanza e o jornalista e ativista cívico Sedrik de Carvalho.
As
detenções aconteceram na residência do político António Alberto Neto, sobrinho
do primeiro Presidente de Angola e líder histórico do partido MPLA (Movimento
Popular de Libertação de Angola).
Emílio Catumbela, um dos ativistas que se encontrava no local e que escapou à detenção contou à DW África que não foi detido porque se escondeu numa das dependências da casa e não foi visto. Entretanto, informações ainda não confirmadas dão conta que o jornalista Domingos da Cruz teria sido igualmente detido numa das províncias do interior.
Detidos sem contato com familiares
A DW África procurou - durante toda tarde desta segunda-feira (22.06) - entrar em contato com o jornalista e ativista dos direitos humanos, mas sem sucesso. Contudo, um dia depois da detenção dos ativistas em Luanda, Domingos da Cruz falou de um desespero em que se encontra o regime angolano, tendo, por outro lado, denunciado um conjunto de ''ações do regime que visam calar todas as vozes contestárias à governação de José Eduardo dos Santos''.
Emílio Catumbela, um dos ativistas que se encontrava no local e que escapou à detenção contou à DW África que não foi detido porque se escondeu numa das dependências da casa e não foi visto. Entretanto, informações ainda não confirmadas dão conta que o jornalista Domingos da Cruz teria sido igualmente detido numa das províncias do interior.
Detidos sem contato com familiares
A DW África procurou - durante toda tarde desta segunda-feira (22.06) - entrar em contato com o jornalista e ativista dos direitos humanos, mas sem sucesso. Contudo, um dia depois da detenção dos ativistas em Luanda, Domingos da Cruz falou de um desespero em que se encontra o regime angolano, tendo, por outro lado, denunciado um conjunto de ''ações do regime que visam calar todas as vozes contestárias à governação de José Eduardo dos Santos''.
"Deter
os jovens só porque estão a discutir um livro mostra que afinal a oposição está
com o controle da situação e o governo com medo de perder algo", acredita
Domingos da Cruz.
No
entanto, todos os contatos efetuados pela DW África para ouvir a versão das
autoridades não foram bem sucedidos. Em declaração à estação pública Rádio
Nacional de Angola, o ministro do interior Ângelo Tavares revelou que os
ativistas foram detidos por "procurarem alterar a ordem
estabelecida", sem nunca referir sobre o quê exatamente, alegando o
segredo de justiça.
Três
dias após terem sido detidos, as autoridades ainda não permitiram o contato das
famílias com os jovens presos. Salvador Freire, presidente da Associação Mãos
Livres, adiantou à DW África que a organização está profundamente preocupada
com a situação e que a qualquer momento irá tomar uma posição.
Nelson
Sul d'Angola, de Benguela – Deutsche Welle
Sem comentários:
Enviar um comentário