O
Grupo espanhol Avanza venceu o concurso para subconcessão da Carris e do Metro
de Lisboa, disse hoje à agência Lusa fonte do Ministério da Economia.
A
escolha do grupo espanhol implica, de acordo com a mesma fonte, que o Estado
conquiste uma poupança anual superior a 25 milhões de euros e mais de 215
milhões de euros durante o período de concessão, que é de oito anos.
Na
segunda-feira, o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, tinha
anunciado que cinco candidatos apresentaram propostas para as subconcessões do
Metropolitano de Lisboa e da Carris, das quais três eram conjuntas às duas
empresas.
Além
da Avanza, apresentaram também uma proposta conjunta a transportadora
parisiense RATP (Régie Autonome des Transports Parisiens) e a britânica National
Express.
Na
Carris estavam interessados ainda a Barraqueiro - que faz parte do consórcio
que recentemente venceu o concurso para a privaeização da TAP - em conjunto a
TCC (Transports Ciutat Comtal), que integra o consórcio que venceu o concurso
público para a subconcessão da STCP, transportes públicos do Porto.
Para
a gestão do Metro de Lisboa tinha-se candidatado ainda a francesa Transdev.
A
escolha será ainda hoje explicada pelo secretário de Estado dos Transportes,
Sério Monteiro, que marcou uma conferência de imprensa para as 14:30, na qual
deverá apresentar o relatório preliminar do concurso.
Na
quinta-feira, o secretário de Estado assegurou que, através desta subconcessão,
haverá "a eliminação integral das indemnizações compensatórias" e que
não haverá aumento do preço dos bilhetes.
"O
valor dos bilhetes só pode aumentar [indexado] à taxa de inflação, a cada
ano", disse.
No
âmbito do novo quadro jurídico das concessões da Carris e do Metro, o Estado,
na qualidade de concedente, fica com os poderes de estabelecer as tarifas
mínimas e máximas pela utilização do serviço público.
O
presidente da Câmara de Lisboa anunciou na terça-feira que a autarquia irá
apresentar esta semana as ações principais que estão na base das providências
cautelares interpostas para travar os concursos de subconcessão do Metro e da
Carris.
O
Tribunal Administrativo de Lisboa aceitou, em maio, duas providências
cautelares interpostas pelo município para travar os concursos de subconcessão.
Mas, como a Carris e o Metropolitano entregaram ao Tribunal Administrativo uma
"resolução fundamentada" no interesse público, os concursos deixaram
de estar suspensos.
Em
declarações à Lusa feitas no início de junho, o presidente da Transportes de
Lisboa, Rui Loureiro, revelou que os contratos das subconcessões do
Metropolitano de Lisboa e da Carris devem estar assinados e prontos a funcionar
a partir de 15 de julho.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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