domingo, 10 de julho de 2016

PORTUGAL VENCEU O EURO2016 E TRAZEM A TAÇA NO DIA 11. CAMPEÕES!



Portugal campeão da Europa pela primeira vez

Portugal sagrou-se hoje campeão da Europa de futebol pela primeira vez na sua história, ao bater na final a anfitriã França por 1-0, após prolongamento, em encontro disputado no Stade de France, em Saint-Denis.

Um golo do suplente Éder, aos 109 minutos, selou o triunfo da formação das 'quinas', que perdeu por lesão, aos 25, o 'capitão' Cristiano Ronaldo, substituído por Ricardo Quaresma, depois de uma falta dura de Dimitri Payet, logo aos oito.

A seleção lusa tornou-se a segunda na história da competição a vencer a equipa da casa na final, 12 anos depois de ter perdido por 1-0 com a Grécia a do Euro2004, em pleno Estádio da Luz, em Lisboa.

PFO // PFO – Lusa

Presidente condecora jogadores com grau de comendador da Ordem do Mérito

O Presidente da República vai condecorar na segunda-feira os 23 jogadores da seleção nacional com o grau de comendador da Ordem do Mérito, que hoje venceu o campeonato europeu de futebol.

O anúncio foi feito por Marcelo Rebelo de Sousa no final do jogo da final do Euro2016, em Saint-Denis, Paris, em França, em declarações à RTP.

Portugal sagrou-se hoje campeão da Europa de futebol pela primeira vez na sua história, ao bater na final a anfitriã França por 1-0, após prolongamento, em encontro disputado no Stade de France, em Saint-Denis.

NS (PFO) // SB - Lusa

Pepe eleito melhor jogador da final

O defesa central português Pepe foi eleito o melhor jogador da final do Euro2016 de futebol, que Portugal venceu por 1-0, frente à anfitriã França, após prolongamento.

Pepe foi o quinto jogador da seleção portuguesa a ser eleito o melhor jogador de um jogo do Euro2016, depois de Nani, João Moutinho, Cristiano Ronaldo e Renato Sanches, estes dois últimos em duas ocasiões.

A formação das 'quinas' venceu o Euro2016, ao bater na final a França por 1-0, após prolongamento, graças a um tento do suplente Éder, aos 109 minutos.

NF // JP - Lusa

Lesionado Cristiano Ronaldo levantou a Taça de campeão da Europa

O 'capitão' da seleção portuguesa de futebol, Cristiano Ronaldo, levantou hoje a taça de campeão da Europa, pelas 23:48 locais (22:48 em Lisboa), no Stade de France, em Saint-Denis.

Dezasseis minutos depois do último apito do árbitro inglês Mark Clattenburg, o jogador com mais jogos e golos pela seleção das 'quinas' ergueu o troféu, após um jogo em que saiu aos 25 minutos, por lesão.

A formação das 'quinas' venceu o Euro2016, ao bater na final a França por 1-0, após prolongamento, graças a um tento do suplente Éder, aos 109 minutos.

PFO // PFO - Lusa

Euro2016. PORTUGAL-FRANÇA: VOLTAR DIA 11 NÃO CHEGA. É PRECISO TRAZER A TAÇA




Portugal está pela 2ª vez na final de um grande torneio de futebol e à procura de conquistar pela 1ª vez um Campeonato Europeu. Siga todos os detalhes do jogo na emissão especial desporto.

Com todos os jogadores à disposição de Fernando Santos, incluindo Pepe, que parece restabelecido de problemas musculares, a seleção portuguesa vai tentar arrebatar o primeiro troféu da sua história, depois de ter perdido a final de há 12 anos para a Grécia, em Lisboa.

A final do Euro2016 será apenas a segunda vez que a 'equipa das quinas' disputa a decisão de um Europeu, após ter caído nas meias-finais de 1984, 2000 e 2012.

Contudo, Portugal terá pela frente uma seleção francesa que não só é a anfitriã, como tem um registo claramente favorável nos embates com a equipa lusa.

Jorge Garcia – TSF – Foto:  Gerardo Santos/Global Imagens


Por que a invasão do Iraque foi o maior erro da história da política externa americana



Peter Van Buren - The Nation – Carta Maior

Eu estava lá. E esse lugar era onde se deve estar se você quiser ver os sinais do fim dos tempos para o império americano. Era o lugar para se estar se você quiser ver a loucura e, oh, sim, foi uma loucura, não filtrada através de uma mídia complacente e sonolenta que fez a política de guerra de Washington parecer, se não sensível, pelo menos sensata e séria o suficiente. Eu estava no Ground Zero, que era para ser a peça central de uma nova Pax Americana no Grande Oriente Médio.

Não querendo estigmatizar, mas a invasão do Iraque acabou por ser uma piada. Não para os iraquianos, claro, e nem para os soldados americanos. E aqui a mais triste verdade de tudo: no dia 20 de março, que marca o décimo aniversário da invasão infernal, nós ainda não entendemos seu propósito. No caso de você querer ir para o cerne da questão, ao invadir o Iraque os Estados Unidos fizeram mais para desestabilizar o Oriente Médio do que nós poderíamos ter imaginado àquela altura. E nós - e muitos outros - iremos pagar o preço por isso por muito, muito tempo.

A loucura do Rei George

É fácil esquecer quão normal a loucura pareceu naquela época. Em 2009, quando eu cheguei no Iraque, já estávamos no momento do último suspiro da possibilidade de salvar algo que já podia ser entendido como o maior erro da história da política externa americana. Foi então que, como um oficial do Departamento de Estado designado para liderar duas equipes de reconstrução provincial no leste do Iraque, eu entrei pela primeira vez naquela fábrica de processamento de frango que ficava no meio do nada.

Até então, o plano de resconstrução americano estava afundando em rios de dinheiro mal gasto. No centro dos esforços americanos - pelo menos depois de os Estados Unidos abandonarem a ideia de um governo interino para o Iraque, e de que nossas tropas invasoras seriam recebidas com doces e flores como libertadores - nós não tinhamos conseguido reconstruir nada de significante. Primeiramente concebido como um Plano Marshall para o novo século americano, seis longos anos depois tudo tinha se desenvolvido em uma farsa.

Na meu período de atuação, os Estados Unidos gastaram algo entorno de 2,2 milhões de doláres para construir uma enorme instalação no meio de nada. Ignorando a dura realidade dos iraquianos que nasceram e vendiam frangos ali há cerca de 2000 anos, os Estados Unidos decidiram financiar a construção de uma unidade central de processamento (tendo os iraquianos como gerentes de compras locais) que cortará os frangos com máquinas complexas trazidas de Chicago, empacotaria os peitos e asas em filme plástico e, em seguida, transportaria tudo para supermercados locais. Talvez tenha sido o calor do deserto, mas isso fazia sentido na época, e o plano foi apoiado pelo Exército, o Departamento de Estado e a Casa Branca.

Elegante na concepção, pelo menos para nós, mas não se conseguiu lidar com algumas deficiências simples, como a falta de energia elétrica regularmente, um sistema logístico para levar as frangos para a fábrica, capital de giro, e... mercearias. Como resultado disso, os reluzentes 2,2 milhões investidos na fábrica não processaram nenhum frango. Para usar algumas das palavras de ordem do momento, nada foi transformado, não qualificou ninguém, não estabilizou nem promoveu economicamente nenhum iraquiano. Ele apenas ficou lá vazio, escuro e não utilizado no meio do deserto. Como os frangos nós fomos depenados.

De acordo com a loucura da época, no entanto, o simples fato que a fábrica não ter cumprido nenhum de seus reais objetivos não significa que o projeto não foi um sucesso. Na verdade, a fábrica foi um sucesso na mídia dos EUA. Afinal, para cada visita monitorada, com fins de propaganda, à fábrica, meu grupo abastecia o local às pressas com frangos comprados, preparávamos as máquinas e faziamos uma apresentação fantasiosa.

No humor negro daquele momento, nós batizamos o lugar de Fábrica de Frango Potemkin. Entre visitas públicas e privadas, tudo ficava às escuras, apenas ressurgindo com o cantar do galo a cada manhã que alguma equipe de filmagem vinha para uma visita. Nossa fábrica foi, portanto, considerada um grande sucesso. Robert Ford, então na embaixada de Bagdá e agora embaixador dos EUA para a Síria, disse que sua visita foi o melhor dia que ele esteve no Iraque. O general Ray Odierno, então comandante de todas as forças dos EUA no Iraque, enviou blogueiros e civis, que acompanhavam os militares, para ver o projeto da vitória. Algumas das propagandas proclamavam que "ensinando os iraquianos a florescer sozinhos dá a eles a capacidade de fornecer a sua própria estabilidade, sem necessidade de contar com os americanos".

A fábrica de frangos era uma história engraçada no começo, o tipo da piada interna que você precisa saber o que realmente ocorre para entender. É, nós desperdiçamos algum dinheiro, mas 2,2 milhões de dólares é uma quantia pequena numa guerra que um dia irá custar trilhões. Realmente, ao final das contas, qual foi o prejuízo?

O dano foi este: nós queríamos deixar o Iraque (e o Afeganistão) estáveis para avançar nos objetivos americanos. Fizemos isso gastando nosso tempo e dinheiro em coisas obviamente inúteis, enquanto a maioria dos iraquianos não têm acesso a electricidade, água limpa, regular e assistência médica ou hospitalar. Como poderíamos ajudar a estabilizar o Iraque se nós agíamos como palhaços? Como um iraquiano me disse, "é como se eu estivesse pelado em uma sala com um grande chapéu na minha cabeça. Todo mundo entra e ajuda a botar flores e fitas no meu chapéu, mas ninguém parece reparar que eu estou pelado".

Por volta de 2009, é claro, tudo isso deveria estar muito óbvio. Nós não estávamos mais dentro do sonho neoconservador de uma superpotência mundial incomparável, estávamos apenas atolados no que aconteceu neste sonho. Nós éramos uma fábrica de galinhas no deserto que ninguém queria.

Viagem no tempo para 2003

Aniversários são tempos de reflexão, em parte, porque é muitas vezes só retrospectivamente que reconhecemos os momentos mais significativos em nossas vidas. Por outro lado, em aniversários muitas vezes é difícil lembrar o que era tudo, realmente, quando tudo começou. Em meio ao caos do Oriente Médio hoje, é fácil, por exemplo, esquecer como as coisas pareciam no começo de 2003. O Afeganistão pareceu ter sido invadido e ocupado de forma rápida e limpa, de forma que os soviéticos (os britânicos, os gregos antigos...) jamais poderiam ter sonhado. O Irã estava assustado, vendo o poderoso exército americano na sua fronteira oriental e em breve na ocidental também, e estava pronto para negociar.

A maioria do resto do Oriente Médio foi enfiado em um longo sono com ditadores confiáveis o suficiente para manter a estabilidade. A Líbia era uma exceção, embora as previsões eram de que em pouco tempo Muammar Kadafi iria fazer algum tipo de acordo. E ele fez. Tudo o que era necessário era um golpe rápido no Iraque para estabelecer uma presença militar americana permanente no coração da Mesopotâmia. Nossas futuras guarnições militares lá, obviamente, supervisionariam as coisas, fornecendo os músculos necessários para derrubar todos os futuros elementos desestabilizadores. Isso fazia tanto sentido para a visão neoconservadora do começo da era Bush. A única coisa com a qual Washington não contava era que nós fossemos o primeiro elemento desestabilizante.

De fato, o grande plano estava se desintegrando até durante o período em que ele estava sendo sonhado. Com vontade de ter tudo em seus termos, a equipe de Bush perdeu uma oportunidade diplomática com o Irã que poderia ter feito o barulho de hoje desnecessário. Como parte do desastre, homens desesperados, blindados pela história, aumentaram o volume de medidas desesperadas: tortura, gulags secretos, dissimulações, uso de drones para assassinatos, e ações extraconstitucionais em casa. O mais frágil do acordos foi aparado para tentar salvar alguma coisa, incluindo ignorar a rede de proliferação nuclear paquistanesa A.Q Khan em troca de uma aproximação com Líbia, e uma foto brega da Condoleezza Rice com o Kadafi.

Dentro do Iraque, as forças do conflito sectário entre sunitas e xiitas foram desencadeadas pela invasão dos EUA. Isso, por sua vez, criou as condições para um confronto entre os Estados Unidos e o Irã dentro da política interna iraquiana, similar à crescente guerra na política interna do Líbano entre Israel e Irã.

Nada disso terminou. Hoje, de fato, a guerra na política interna desses países simplesmente achou um novo palco, a Síria, com várias forças usando "ajuda humanitária" para empurrar e impulsionar os seus alidados sunitas e xiitas.

Descontentando as expectativas neoconservadoras, o Irã emerge da década americana no Iraque economicamente mais poderoso, com o comércio não oficial entre os dois vizinhos sendo avaliado agora em cinco bilhões de dólares por ano, valor que continua crescendo. Nessa década, os Estados Unidos também conseguiram remover um dos contrapesos estratégicos do Irã, Saddam Hussein, substituindo-o por um governo dirigido por Nouri al-Malaki, que já encontraram apoio em Teerã.

Enquanto isso, a Turquia está agora envolvida em uma guerra aberta com os curdos do norte do Iraque. A Turquia é, naturalmente, parte da Otan, então imagine o governo dos EUA sentado em silêncio enquanto a Alemanha bombardeava a Polônia. Para completar o círculo, o primeiro-ministro do Iraque advertiu recentemente que uma vitória dos rebeldes da Síria vai desencadear guerras sectárias em seu próprio país e vai criar um novo refúgio para a Al Qaeda, que iria desestabilizar ainda mais a região.

Enquanto isso, militarmente queimado, economicamente sofrendo com as guerras no Iraque e no Afeganistão e sem qualquer moral no Oriente Médio pós-Guantánamo e Abu Ghraib, os Estados Unidos sentam sobre suas próprias mãos, com a faísca regional do que veio a ser chamada de Primavera Árabe se apagando, para ser substituída por desestabilização ainda maior dentro da região. E mesmo assim Washington não parou de procurar a versão mais recente da (agora sem nome) guerra global contra o terror em regiões cada vez mais novas que precisam de desestabilização.

Tendo notado a facilidade com que o entorpecido público americano patrióticamente olhou para o outro lado, enquanto nossas guerras seguiram seus caminhos específicos para o desastre, nossos líderes nem sequer piscam mais ante a possibilidade de mandar caças americanos não tripulados e forças de operações especiais para lugares cada vez mais distantes, notavelmente mais para dentro da África, criando das cinzas do Iraque uma versão do estado de guerra perpétua que George Orwell uma vez imaginou em seu romance não-utópico 1984. 

Feliz aniversário

No décimo aniversário da Guerra do Iraque, o Iraque continua, em qualquer nível, um lugar perigoso e instável. Até mesmo o sempre otimista Departamento de Estado aconselha viajantes americanos que vão para o Iraque, posto que esses cidadãos "continuam correndo risco de serem sequestrados... porque grupos rebeldes, incluindo Al Qaeda, ainda estão ativos", além de notar que "a norma do Departamento de Estado para negócios americanos no Iraque aconselha o uso de 'Detalhes de Segurança'".

Numa perspectiva mais ampla, o mundo está muito mais inseguro e perigoso do que estava em 2003. De fato, para o Departamento de Estado, que me enviou para o Iraque para testemunhar as leviandades do imperialismo, o mundo tornou-se ainda mais assustador. Em 2003, no momento infame do "missão cumprida", só a embaixada em território afegão foi considerada "extremamente perigosa" na lista de embaixadas além-mar. Não muito mais tarde, ainda, Iraque e Paquistão foram adicionados nesta lista. Hoje, Iemêm e Líbia, antes seguros para embaixadas, agora estão categorizadas como "extremamente inseguras". 

Outros lugares antes considerados tranquilos para diplomatas e suas famílias, como Síria e Mali, foram esvaziadas e não contam com nenhuma presença diplomática americana. Até mesmo a sonolenta Tunísia, uma vez calma o bastante para que uma escola de árabe fosse estabelecida na embaixada, conta agora com uma equipe reduzidíssima com nenhum familiar residente. No Egito isso é oscilante. 

Explicitamente o grande apologista da estratégia adotada no Iraque, com a ausência de George W. Bush e dos altos funcionários de seu governo, o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair lembrou-nos recentemente de que há mais no horizonte. Admitindo que há "muito tempo desistiu de tentar persuadir as pessoas do Iraque que foi a decisão certa", Blair acrescentou que novas crises estão se aproximando. "Você tem uma crise hoje na Síria, você terá uma outra no Irã em breve", disse ele. "Estamos no meio dessa luta, que vai levar uma geração, e vai ser muito árduo e difícil. Mas acho que estaremos cometendo um erro, um erro profundo, se pensarmos que podemos ficar fora dessa luta".

Pense nesse comentário como um aviso. Depois de algum modo ter transformado todo o Islã em um inimigo, Washington simplesmente atrelou-se a intermináveis crises nas quais não tem nenhuma chance de vencer. Nesse sentido, o Iraque não foi uma aberração, mas o auge histórico de um modo de pensar que agora está lentamente ruindo. Por décadas, os Estados Unidos terão uma força militar grande o suficiente para garantir que a nossa queda seja lenta, sangrenta, feia e relutante, embora inevitável. Um dia, porém, mesmo os caças não tripulados terão que aterrisar. Assim, feliz 10 anos de aniversário, Guerra do Iraque! Uma década depois da invasão, um caótico e instável Oriente Médio é o legado não terminado da nossa invasão. Eu acho que o alvo da piada somos nós ao final, embora ninguém esteja rindo.

Tradução: Mailliw Serafim e Caio Sarack

OLHA QUE DOIS – BARROSO E RELVAS, DOUTORES DA MULA RUSSA




Mário Motta, Lisboa

Segundo o Correio da Manhã os “canudos doutorados" de Miguel Relvas e de Durão Barroso foram obtidos de modo similar, típicos de calaceiros, oportunistas, trapaceiros, chicos-espertos e todos os outros epítetos associados aos vigaristas que vingam na política em Portugal e fora de portas ao serviço de quem lhes dá mais, indiferentes à baixeza de caráter que protagonizam.

O CM deixa em título e saliência: “Oito cadeiras com passagem administrativa”. Seguindo-se o aperitivo: “Presidente da Comissão Europeia fez cadeiras ao estilo de Miguel Relvas.” Depois vem o convite: “Leia mais no CM.” Isso porque é “Notícia Exclusiva para Assinantes. Saiba mais aqui.”

E assim acontece em Portugal. País pejado de políticos feios, porcos e maus. Em que o odor a vigarista se sobrepõe a tudo e a todos. No PSD, pelo conhecido, encontramos bastantes deste jaez. Prova está na ascenção meteórica de Durão Barroso depois da Cimeira dos Açores que havia de decidir sobre a invasão do Iraque. Num pulo ao estilo de ginasta chernoso Durão abandonou o desempenho de primeiro-ministro de Portugal para se acoitar como presidente da Comissão Europeia… E agora passou a homem forte da conhecida firma alcaponesca da globalização chamada Goldman Sachs. Mais uns milhões para engordar as suas contas bancárias, talvez também em paraísos fiscais. Os vigaristas são tantos que nunca se sabe se assim será ou não.

Enquanto isso o seu partenaire de partido e de métodos, Miguel Relvas, anda por aí, decerto com menos milhões (em paraísos ou não), mas sempre com um historial de trapaça que, como o leão publicitário, mostra a sua raça. Geminada com tantos outros em Portugal e pelo mundo, de que Barroso é um exemplo.

São as elites compostas por javardos da humanidade intrinsecamente associados numa máfia para quem os valores se resumem às suas insaciáveis gulas avaras e egoístas. Criminosas. Salafrários de alto gabarito que massacram tudo e todos à sua volta e/ou à distância. São a rataria que abunda nos esgotos da política global imposta aos povos para benefício de somente uns quantos, os amos de Barroso, de Relvas e de muitos outros em Portugal e no mundo.

Adeus mundo, cada vez a pior. Quanto a Portugal resta abonar à curta prosa o que já se sabe: Olha que dois. Barroso e Relvas, doutores da mula russa. Muitos outros existem. Impunes nas suas falcatruas. Beneficiando por prémios das suas vigarices com vidas de leite e mel, deixando para os outros vidas de sofrimento, de vinagre e fel.

TÁTICA PARA FRANCESES



Afonso Camões* – Jornal de Notícias, opinião

Têm fama de quem se lava pouco, pelo que cultivam em perfumaria, para além de inventores do champô seco e do bidé. Inspirados num tal Chauvin, soldado de Napoleão que 10 vezes tombou e outras tantas se levantou, os franceses inventaram para si próprios a palavra chauvinismo, a que os dicionários associam a ideia de um patriotismo tão grande quanto o desprezo pelos outros, a quem olham por cima da burra.

Descontando isso, devemos ao general Loison, que também alinhava na equipa de Napoleão quando os franceses tentaram tomar-nos conta do campo, uma das nossas piedosas expressões do falar. Era, na 1ª invasão, o braço-direito de Junot, porque já perdera o esquerdo, era maneta. E de tão temerário, com rasto e cadastro de pilhagens e violações, o perpetuamos na memória, quando, por condenação, mandamos alguém para o maneta!

E já que falamos mal deles, a quem temos de ganhar mais logo, atravessa-se-me o chinês Sun Tsu, dotado nas artes da guerra e em dar bitaites para crónicas de domingo: "Se conheces o adversário e te conheces a ti próprio, não temas o resultado de 100 batalhas. Se te conheces mas não conheces o adversário, por cada vitória ganha sofrerás também uma derrota. Se não conheces nem o adversário nem a ti mesmo, perderás todas as batalhas".

Conhecemo-los bem e, em campo, são 11 como nós. De um lado e outro há sangue português e francês. Mas hoje é para lhes ganhar, e na França que também amamos, mesmo à boca pequena, esse berço e farol do iluminismo e da modernidade, nas artes, na ciência, na cultura. Mas também colo imigrante e multirracial que abriu as portas da Gare de Austerlitz a milhões dos nossos, mesmo que na banlieue e nós de porteiros.

Enquanto tal, no balneário português reina a confiança, palavra de capitão Cristiano. Quanto ao outro, Marcelo, sei de boa fonte que o nosso presidente passou as últimas horas a recato, confiante na sorte do jogo e a descansar destes dias turbulentos. É bom augúrio senti-lo tranquilo. Os folhetins do défice, das sanções, do Brexit hão de esperar por terça-feira, depois da bola e das festas que precisamos.

A história da final de hoje só há de lembrar o vencedor. Pois é preciso ganhá-la, nem que seja com a mão, mandá-los para o maneta! A UEFA calcula que mais de 300 milhões de telespectadores estarão a ver o desafio, mas há outra coisa que sabemos. Logo mais, há uma pátria parada em todas as latitudes onde se fala a língua portuguesa. Um Mundo que sabe o que significa "anda, tu bates bem!"

*Diretor

UE-Goldman Sachs. Durão Barroso "tem a lata de se portar como uma virgem ofendida"




Durão é "o retrato da mediocridade confrangedora da generalidade dos políticos", acusa Alfredo Barroso

Alfredo Barroso não ficou indiferente ao novo cargo de Durão Barroso na Goldman Sachs, instituição que acusa de ser “responsável, entre outras patifarias, por ter ajudado um governo grego de Direita a mascarar as contas públicas, para a Grécia poder ser admitida na zona euro”.

Para o ex-deputado, Durão Barroso “foi um mau primeiro-minsitro”, constatação que o deixa revoltado porque “apesar desta estrondosa derrota, foi ‘premiado’ pela direita europeia (PPE) com o cargo de presidente da Comissão Europeia, durante 10 anos de crise e decadência cada vez mais acentuada da União Europeia”.

Acusando o antigo presidente da Comissão Europeia de ter sido “um sabujo de Angela Merkel e Nicolas Sarkozy”, que vai agora “ganhar pipas de massa”, Alfredo Barroso diz ser surpreendente a forma como Durão está a reagir às críticas de que está a ser alvo.

“Tem a lata de se portar como uma virgem ofendida e de pôr-se a fazer de Calimero - "it's an injustice, it's an injustice!" [é uma injustiça, é uma injustiça] - perante as críticas inteiramente justas que lhe são feitas pelos que o acusam de promiscuidade entre política e negócios”, escreve na sua página de Facebook.

A crítica mais assertiva fica para o final: “Durão ‘Calimero’ Barroso é o perfeito e lamentável retrato da mediocridade confrangedora da generalidade dos dirigentes políticos que fingem mandar na Europa e no Mundo, mas que, na realidade, não passam de cães de guarda e serventuários da plutocracia, sobretudo da alta finança que suga a riqueza dos povos”.

Andrea Pinto – Notícias ao Minuto

Durão Barroso na Goldman Sachs "mais um exemplo da UE dos dias de hoje" - Jerónimo de Sousa




Moita, Setúbal, 09 jul - O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou hoje que a nomeação de Durão Barroso para o Goldman Sachs é "mais um exemplo da União Europeia dos dias de hoje", referindo que demonstra que o objetivo tem sido "servir o grande capital".

"É mais um exemplo da União Europeia que temos hoje, neste corrupio em que um grande grupo económico envia quadros para a União Europeia e a União Europeia depois devolve quadros para esse grupo económico. Sem pretender fulanizar, é demonstrativo que esta União Europeia serve o grande capital e que os dirigentes colocados nas instituições têm esse objetivo", disse o lider do PCP, durante uma visita às festas da Baixa da Banheira, na Moita.

O grupo Goldman Sachs International (GSI) anunciou, na sexta-feira, a nomeação de José Manuel Durão Barroso para seu presidente não executivo e consultor do banco de investimento.

Jerónimo de Sousa referiu que esta nomeação é "mais um caso dos muitos que temos vindo a verificar", explicando que não vê nenhuma vantagem para Portugal.

"Durão Barroso já tinha um cargo, e Portugal foi fustigado com as imposições da União Europeia, não foi por ser português que tivemos a vida facilitada. Lembro-me de uma expressão de outros tempos, em que se dizia que Roma não paga a traidores, mas Roma pagou sempre a quem os serve. É apenas uma imagem, sem fulanizar, mas estas opções e esta fusão entre altos cargos e a direção da União Europeia não ajudam a ética e a transparências nesses processos", concluiu.

Lusa, em Notícias ao Minuto

Euro2016. Final. Bastam 90 minutos para reescrever a história e procurar o sonho




Portugal joga este domingo a grande final do Euro’2016, frente à França, naquela que é a sua segunda final da história em Campeonatos da Europa.

Que não se apague 2004 da memória. Que se aprenda com os erros do passado para fazer brilhar o presente e também o futuro. Hoje é o grande dia para a Seleção Nacional, que este domingo defronta um velho 'carrasco' na sua segunda final em Campeonatos da Europa: a França.

Se em 2000, nas meias-finais do Euro, Portugal tombou diante da ‘gigante’ seleção gaulesa da altura, cujas tropas eram comandadas por Zinedine Zidane, em 2016 é tempo de vingar o passado. Que se esqueçam os fantasmas, que se esqueça o favoritismo. Nesta final, Cristiano Ronaldo e companhia não vão querer desperdiçar a oportunidade de uma vida.

O capitão da formação portuguesa disse já, aliás, que o seu sonho "é ganhar algo por Portugal" e milhões de portugueses esperam que hoje seja o dia em que o jogador com mais internacionalizações pela equipa das quinas possa cumprir esse desejo.

Em 2004 viveu-se uma verdadeira ‘tragédia grega’ no Estádio da Luz, mas este domingo, em Paris, no Stade de France, a história poderá ser escrita com outra tinta e esperemos que este seja indelével.

Os corações vão palpitar, o país vai parar e, não só os milhares que irão estar em Paris, como os 16 milhões de portugueses que estão por todo o mundo, vão estar com a sua força centrada no Saint-Denis à espera que história seja feita.

Fernando Santos terá todas as ‘armas’ disponíveis para a grande luta contra os ‘canhões franceses’, portanto os heróis portugueses só têm de marchar por toda uma nação valente que espera ansiosamente pelo troféu deste Europeu.

Ruben Valente – Notícias ao Minuto

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