sexta-feira, 25 de novembro de 2016

XI JIPING NÃO PERDE TEMPO



Presidente chinês aproveita confusão aberta em Washington, com eleição de Trump, e lança vasta ofensiva diplomática na Ásia, Europa e América do Sul

Pepe Escobar – Outras Palavras

Em capítulo ainda mais espetacular de sua saga reversa à Marco Polo, o presidente Xi Jinping da China fez, em 16/11, uma parada estratégica na Sardenha, Itália, em sua rota para participar da reunião de cúpula da Cooperação Econômica do Pacífico Asiático [ing. Asia-Pacific Economic Cooperation, APEC]) em Lima, Peru.

Por que a bela Sardenha? Com certeza não para cruzeiro em iate pela Costa Esmeralda. Trata-se, mais uma vez e sempre, das Novas Rotas da Seda puxadas pelos chineses.

Huawei está construindo seu maior quartel-general europeu na Sardenha. Os chineses querem comprar o porto de Cagliari. E o fabuloso Pecorino sardo – sério aspirante ao título de melhor queijo de cabra do planeta – oferecido em pó, já está alimentando milhões de bebês chineses.

Como espécie de bônus extra, Xi Jinping, “Marco Polo da China”, exortou seus compatriotas, pela TV nacional chinesa, a investir numa maciça invasão turística na Sardenha. Agora, é disso que trata qualquer pacote de estímulo na Europa.

Enquanto isso, o presidente Obama pato-manco, também a caminho da cúpula da APEC, está na Alemanha passando o bastão de “líder do mundo livre” a Angela Merkel, mais desentendida que veado surpreendido pela luz dos faróis. Os faróis atendem pelo nome de Donald Trump.

TTP enterrado a sete palmos de profundidade

A imagem de um Xi efervescente ao lado de um Obama reduzido a pó de traque, contra o pano de fundo da costa do Pacífico sul-americano, será impagável. Longe vão os anos 1990s, quando Bill Clinton comandava a APEC e lhe aplicava o sinete da agenda dos EUA. Agora o Pacífico Asiático tem de se entender não só com aTrumponomics protecionista, mas também com o fato de que a Parceria Trans-Pacífico (TTP), que Obama tanto prezava – o braço mercantil do “pivô para a Ásia” – está morto e enterrado, para todas as finalidades práticas.

A equipe de transição de Trump, comandada por Mike Pence, aconselhou o presidente eleito a enterrar a Parceria Trans-Pacífico (que reuniria os EUA mais 11 países de todo o anel do Pacífico), sem mais delongas, logo nos primeiros 100 dias de governo. O  mapa do caminho vai ainda mais longe e aconselha Trump a esquecer também o Acordo de Livre Comércio da América do Norte [ing. NAFTA], a menos que uma longa lista de “concessões” sejam atendidas.

Aliados abatidos dos EUA – sobretudo Japão, Cingapura, Austrália e Nova Zelândia – que contavam com a ascensão de Hillary e a entronização da Parceria Trans-Pacífico, estão decididos a trabalhar em reuniões “secretas” no Peru, para construir um artigo revisto. Para isso, será preciso assumir que os republicanos no Congresso podem concordar com que Trump conduza algum tipo de renegociação.

Há também a – distante – possibilidade de uma taxa de corte, excluindo os EUA. EUA e Japão respondem por cerca de 60% do PIB somado dos países da TTP. A TTP sem os EUA vira outro bicho, absolutamente diferente.

E isso nos leva à sutil contraofensiva de Pequim: promover a liga anti-TTP, na linha da Parceria Econômica Regional Compreensiva [ing. Regional Comprehensive Economic Partnership (RCEP). O leste da Ásia, Japão e Malásia, além da Austrália não asiática – três atores chaves – apoiam a RCEP.

Apesar de o relacionamento Trump-China poder sempre acabar nos proverbiais mares tenebrosos, Pequim já pode ter certeza que o braço mercantil do pivô para a Ásia, que excluía a China, já é história.

Aqui, a palavra oficial, do vice-ministro de Relações Exteriores da China Li Baodong: “A China acredita que devemos fixar um plano de trabalho novo e muito prático, para responder positivamente às expectativas da indústria, manter o atual impulso e estabelecer uma área de comércio no Pacífico Asiático, e sem demora.” Nada de TTP; mais parecida com a RCEP.

Todos aqueles resets

Um novo acordo comercial do Pacífico Asiático representará, definitivamente um reset nas relações EUA-China.

Há também aquele outro reset crucial: com a Rússia.

O chefe pato-manco do Pentágono, Ashton Carter, “aconselhou” Trump e a equipe dele a não cooperar com a Rússia na questão da Síria. Foi solenemente ignorado.

O vice-ministro de Relações Exteriores, Sergey Ryabkov, disse que Moscou não quer cooperação. Mas disse também que Moscou não cogita de “persuadir a liderança do Pentágono a modificar qualquer coisa relacionada a isso.”

Tradução diplomática: Vocês – o governo Obama – no que diga respeito à Rússia, estão mortos.

Assim sendo, haverá um reset. Será extremamente complicado, e em bases trumpianas de acordo-a-acordo: expansão da OTAN para as fronteiras da Rússia; Crimeia; defesa de mísseis dos EUA; tentativas de revoluções coloridas. Dirá respeito a toda a Eurásia. E começará com cooperação na Síria.

Pequim e Moscou chegaram à conclusão de que Trump não é ideólogo (à moda dos neoconservadores): é homem pragmático. São inevitáveis os resets. Bem como algumas surpresas.

Trump pode estar inclinado a que os EUA incluam-se no Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (BAII), furiosamente demonizado pelo moribundo governo Obama. O projeto de Trump, 1 trilhão de dólares para infraestrutura é coisa que a China já faz – iniciado no final dos anos 1990s. Ellen Brown tem uma sugestão: imprima dinheiro e construa toda a infraestrutura de que você precisa.

Um eventual acordo EUA-Rússia na Síria beneficiaria, afinal de contas – e quem poderia ser? – a China. Espelhando-se na Rota da Seda original, a China vê a Síria como nodo crucial das Novas Rotas da Seda, atualmente bloqueado. Imaginem um dia, em futuro não muito distante, em que Xi desembarcará em Damasco para assinar acordos comerciais. E requererá pacote de estímulos para que turistas chineses possam visitar uma Palmyra restaurada…

Brasil. MICHEL TEMER ACUSADO DE CORRUPÇÃO POR MINISTRO DEMISSIONÁRIO



Desde que tomou posse após o afastamento de Dilma Rousseff, o Presidente do Brasil já viu três ministros abandonarem o Governo por alegações de corrupção, fraude e subornos

O presidente do Brasil, Michel Temer, foi esta semana acusado de práticas corruptas por um ministro demissionário que diz que o chefe de Governo o pressionou para que aceitasse ajudar um outro ministro do Executivo num negócio privado em São Salvador da Bahia.

Marcelo Calero, ministro da Cultura do governo do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) que apresentou a sua demissão na semana passada, diz que Temer lhe pediu que ajudasse o ministro Geddel Vieira Lima, secretário da presidência, a obter autorização para construir um condomínio de apartamentos de luxo num distrito histórico de Salvador.

Anteriormente, Calero tinha bloqueado esses planos e, ao anunciar a sua demissão há uma semana, disse à polícia federal que sofreu pressões da parte de Lima para que revertesse a decisão quanto a uma propriedade que o ministro da presidência tinha acabado de comprar na Bahia. Temer nega as acusações de corrupção, mas admite que falou sobre o projeto com o seu ex-ministro da Cultura.

Desde que tomou posse interinamente em maio, após o Congresso brasileiro ter suspendido Dilma Rousseff da presidência por 90 dias até uma maioria dos membros da câmara terem votado pela sua destituição em agosto, Temer já perdeu três ministros por suspeitas de corrupção. O novo escândalo envolve uma propriedade comprada por Vieira Lima que Calero diz ser património protegido.

Esta semana, depois de Calero ter denunciado que sofreu pressões de Lima e do próprio Temer, o Supremo Tribunal passou o caso para a procuradoria-geral da república, que decidiu abrir uma investigação formal ao secretário da presidência. Temer tem recusado as exigências para despedir Lima, dizendo que o ministro indiciado vai permanecer no cargo.

Temer tomou posse como Presidente efetivo no final de agosto, depois de uma maioria dos membros do Congresso terem votado pela destituição de Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores, sob acusações de manipulação orçamental que remontam a 2014, quando uma maioria dos eleitores brasileiros a reconduziram na presidência.

A ex-líder e os seus apoiantes acusam Temer e o PMDB de orquestrarem um golpe parlamentar para chegarem ao poder, quando muitos dos membros do partido, incluindo membros do Governo, são suspeitos de fraude, subornos e corrupção no âmbito do caso Petrobras. Temer vai ficar na presidência do Brasil até 2019.

Joana Azevedo Viana – Expresso

Na foto: Marcelo Calero acusa Temer de o pressionar para que aceitasse ajudar outro ministro do Governo um negócio privado / Evaristo Sá

Portugal. O TANTO QUE ESTÁ POR FAZER



Mariana Mortágua* – Jornal de Notícias, opinião

Estamos no segundo processo orçamental em que o tema não são as privatizações, os cortes ou o aumento de impostos sobre o trabalho, mas o aumento das pensões, do salário mínimo e a eliminação da sobretaxa. A Direita está fora de jogo. No seu programa eleitoral defendia o congelamento das pensões e a manutenção dos cortes. Como pode agora dar a cara por esse programa? Na falta de uma Direita parlamentar capaz de ser Oposição, as elites movem-se e organizam-se. Não é tanto o Orçamento que as preocupa, mas o que acontece para lá dele: o aumento do salário mínimo e os avanços no combate à precariedade.

É esta pressão que vemos nas capas dos jornais que anunciam o recuo na intenção de aumentar o salário mínimo já em janeiro. As notícias já foram desmentidas, o acordo entre o PS e o Bloco sobre o salário mínimo é para valer. Mas a preocupação das confederações patronais diz-nos muito sobre o estado a que chegou a nossa economia.

A nossa elite empresarial veste-se com as roupas do sucesso, ganha salários de sucesso, e discursa sobre o segredo do sucesso. Mas o que defende, na verdade, é a mesma economia, velha e ultrapassada, de baixos salários e abuso.

Da EDP à Jerónimo Martins, os exemplos sucedem-se. Lucros avultados, administradores pagos a peso de ouro, e precarização total. De cada vez que fazemos uma chamada para a EDP, do lado de lá está uma das 1500 pessoas que asseguram este serviço desde 1992. São a voz da EDP, mas são contratados pela Randstad por um salário de 655euro.

Da EDP à Jerónimo Martins, passando também pelo próprio Estado, temos o regresso à praça de jorna dos tempos modernos. O "mercado de trabalho" é um museu cheio de novidades. Uma multidão que trabalha uma vida inteira a prazo para empresas que lhes ficam com uma parte do salário para vender os seus serviços a outros.

À nossa elite pouco importa que um em cada dez trabalhadores seja pobre. Ou que a precariedade hipoteque a vida, a família e o futuro. Ou mesmo que as vergonhosas condições laborais sejam a principal causa da emigração.

Quando a nossa elite combate os aumentos salariais e os direitos laborais, o que está a combater é o progresso, a evolução para um sistema económico que sirva a sociedade em vez de a canibalizar. É em nome desse progresso, e da decência, que valorizamos o muito que fizemos, como o acordo para o salário mínimo e para a regularização dos precários no Estado. Mais do que isso, não desistimos do tanto que ainda falta fazer.

*Deputada do BE

OBRIGADO, PASSOS E CAPANGAS, PELA VIDA INDIGNA DE MILHÕES DE PORTUGUESES



A notícia arrepia, apesar de não ser grande novidade. Cerca de quatro milhões de portugueses têm uma vida indigna. Lemos e retirámos do JN, publicado ontem pouco antes das 14 horas.

É evidente que já antes de Passos Coelho se apossar do governo de Portugal graças às monstruosas mentiras que proferiu à laia perfeita de descarado vigarista, já os portugueses andavam a sofrer de muita penúria, de pobreza extrema, inclusive. Passos só veio agravar a situação do país e dos portugueses. Se não fosse ele outro do mesmo jaez o faria, porque a ordem global e na UE era “roubar os povos” para beneficiar os banqueiros e respetivos bancos, o grande capital. Seitas onde se alojam grandes criminosos, grandes vigaristas.

“Obrigado, Passos e capangas, pela vida indigna de milhões de portugueses”, terão dito ou sentido os que após tanta sementeira de miséria ainda foram votar em Passos nas últimas legislativas. Só quase por sorte e discernimento de homens e mulheres de boa-vontade Portugal se livrou do estupor e associados novamente a desgovernar-nos e a governarem as seitas que nos acossam e que nos miserabilizam.

Nada do anteriormente escrito é novidade. Nem a notícia. Que até tem indicativos de números por baixo. A situação real é muito pior. Apesar disso leia e medite, é sempre bom exercitar a “caixa das minhocas” – a que chamam cérebro. (MM / PG)

Um terço dos portugueses não tem dinheiro para ter uma vida digna

Mais de metade dos consumidores portugueses (51%) afirmam que não paga as faturas dentro do prazo por falta de dinheiro, segundo um estudo divulgado esta quinta-feira.

De acordo com o Relatório de Pagamentos Europeu do Consumidor, desenvolvido pela Intrum Justitia, apesar de 94% dos inquiridos considerarem que "é importante pagar sempre" as contas dentro do prazo, 29% afirma que, neste momento, "não tem dinheiro suficiente para ter uma vida digna".

O estudo, feito a partir de dados recolhidos numa pesquisa realizada em simultâneo a 21317 cidadãos europeus de 21 países e que contou com a participação de 1010 portugueses, visou conhecer a situação e saúde financeira das famílias face ao atraso nos pagamentos.

Segundo o trabalho, mais de metade dos consumidores portugueses (51%) dizem que não paga, dentro do prazo, as faturas "por falta de liquidez", ao passo que os restantes 49% referem que não pagam atempadamente por outros motivos, tais como "esquecimento ou vontade".

Cerca de metade dos consumidores portugueses entrevistados referiu ainda que não pagou algumas das suas contas a tempo nos últimos 12 meses, uma percentagem idêntica à média europeia (48%).

O trabalho conclui também que 17% dos inquiridos pediram dinheiro emprestado nos últimos seis meses, um ligeiro aumento face ao ano anterior (15%).

E mais de metade das pessoas que pediram dinheiro emprestado (65%) escolheu a família como principal fonte de financiamento, seguindo-se os amigos (23%), enquanto 14% pediu um empréstimo ao banco.

Apesar de cumprirem a obrigação de pagar as suas contas, 59% afirma que depois de as pagar, "fica preocupado por recear não ter dinheiro suficiente".

Dos portugueses inquiridos, 58% afirmam que não conseguem poupar dinheiro todos os meses.

Entre os 42% que economizam dinheiro mensalmente, afirmam fazê-lo para fazer face a despesas imprevistas, para viajar e para o caso de perderem o emprego.

No entanto, 35% afirmam que poupam algum dinheiro a pensar na reforma e, neste âmbito, 63% investem as suas economias em contas poupança, um valor bastante elevado, quando comparado com o investimento em ações e participações (10%) ou a subscrição de títulos do Tesouro (15%), apesar da atual tendência em baixa das taxas de juro.

Relativamente ao âmbito familiar, 46% dos entrevistados portugueses acreditam que vão precisar de ajudar financeiramente os seus filhos, mesmo quando estes saírem de casa, 29% confessam que por razões financeiras os seus filhos não podem sair de casa tão cedo como desejariam e 27% defendem que os filhos vão ter maiores dificuldades financeiras do que eles.

As finanças também afetam a situação dos casais, pelo que 20% dos inquiridos em Portugal afirmam que as razões económicas são um dos motivos para manterem ou prolongarem o seu relacionamento, um valor ligeiramente menor do que o verificado no ano passado (24%).

Segundo o estudo, 58% dos inquiridos tem cartão de crédito, 26% gasta dinheiro regularmente em compras pela Internet, 33% fez este ano mais compras na Internet e 50% prefere receber as suas contas em formato digital.

No que respeita à emigração verificou-se, este ano, uma diminuição do número de pessoas que pondera sair do país (17%), face aos 40% no ano passado.

No caso de virem a optar por sair de Portugal, a maioria escolhe o Reino Unido (24%), a França (10%) e a Suíça (9%) como países de acolhimento.

Portugal está contemplado nas opções como destino de emigração de 11% dos franceses e de 5% dos suíços, o que se apresenta como novidade nas conclusões deste trabalho.

A Intrum Justitia é uma consultora europeia de serviços de gestão de crédito e cobranças.

Em Portugal. EX-MINISTRA FOGE À JUSTIÇA TIMORENSE. E A CULPA É DOS MAUS EXEMPLOS



A notícia é de há semanas atrás mas será por certo bem aceite pelos que nos visitam e vêem tão pouco sobre Timor-Leste no PG. Para já damos uma sugestão aos interessados por aquele país lusófono: leiam em Timor Agora quase tudo sobre Timor-Leste, em português e em tétum – a língua Pátria timorense.

Sobre a ex-ministra timorense Emília Pires, a ser julgada e agora foragida em Portugal, fique sabendo que depois de ter cumprido o propósito de representar Timor em fóruns internacionais – para isso o tribunal lhe concedeu autorização – alegou que ficaria na Austrália por motivos de saúde e que assim não cumpriria a data de apresentação no tribunal de Díli. E foi ficando na Austrália, talvez duas semanas além do prazo, à revelia do tribunal e da legalidade.

 Não satisfeita veio para Portugal e aqui se foragiu. Já ultrapassa um mês que Emília Pires, a arguida, está em falta para com o tribunal. De salientar que Emília é ex-ministra das Finanças no primado de Xanana Gusmão. É suspeita de ter cometido crimes de índole financeira no desempenho das funções que então exercia. Ela e Madalena Hanjan, também daquele governo do então PM Xanana Gusmão. Madalena cumpre rigorosamente as medidas de coação impostas pelo tribunal. Lá está em Timor à espera do desenrolar dos acontecimentos e decisões judiciais. Emília já não reage assim. Queixa-se da Justiça timorense e de irregularidades processuais. Afirmou pretender ser julgada pela justiça em Portugal… No mínimo esta pretensão é inusitada e caricata. Deixa perceber que Emília quer “queimar” tempo ou ganhar tempo. O que se pergunta é… para quê? Até porque a sua pretensão de ser julgada em Portugal é impraticável. Legalmente nada permite que assim aconteça, como alegam os entendidos.

De salientar também que a versão das suas inocências e irregularidades que a levam a não confiar no setor da Justiça timorense têm por base algumas vertentes de realidade, porém não são bastantes para agir como age. Soi dizer-se: quem não deve não teme… E Emília teme, está demonstrado. Aliado a essa demonstração e ao triste espetáculo que está a exibir podemos acrescentar que Emília ainda foi ministra das Finanças por muito tempo e já se falava em Timor-Leste de ilegalidades por ela cometidas, em corrupção e manobras esquisitoides. Sinais exteriores de riqueza eram exibidos sem explicação, pelo dito e apontado em Díli. Xanana Gusmão, então primeiro-ministro, dizia que não e punha as mãos no lume… O mesmo Xanana Gusmão que ao sentir-se acossado pela Justiça expulsou magistrados do país. A maioria portugueses. E o assunto "morreu". Sim. Porque para os juízes timorenses e outros agentes da Justiça Xanana é a autoridade. Portanto, com esses, Xanana pode bem. Apesar de algumas resistências domina-os. Para muitos que acompanham Timor-Leste e até mesmo para timorenses Xanana está no limbo, não é culpado nem inocente. E lá está, agora simplesmente ministro, num governo composto por elementos dos dois maiores partidos políticos timorenses (FRETILIN E CNRT). Um de Alkatiri e o outro de Xanana, amigos de longa data, quase do berço. Inimigos figadais após a independência... E agora amigos do peito e de governo.

Pois. Cada um sabe de si e Deus Nosso Senhor sabe de todos. Oxalá que sim.

Voltando às peripécias da expulsão dos magistrados: Ao expulsar os magistrados estrangeiros (agora querem que regressem, o que dá para, pelo menos sorrir) os processos e todos os procedimentos judiciários caíram… Com este exemplo nada nem ninguém se deve admirar de a ex-ministra de Xanana fugir à Justiça. Culpados ou inocentes o demonstrado foi e é que os seus comportamentos contrariam o adágio: quem não deve não teme.

Para já deixamos aqui exposta e a notarem a “embrulhada” Emília Pires. Pode ler já a seguir a notícia referente ao jornal macaense Ponto Final, de 25 de Outubro, assim como notícia da Lusa que o Timor Agora reproduziu: Ex-ministra timorense requer delegação de processo judicial de Timor-Leste para Portugal. Exatamente no TA tem muito mais em português, se estiver interessado(a).

Sobre a Justiça em Timor-Leste: Muito de positivo já foi feito mas também muito de negativo assentou arraiais naquele setor. A separação de poderes entre a Justiça e os políticos não existe de acordo com um Estado Democrático. Acontece que não só em Timor-Leste esse facto é realidade e preocupação. Erradicar tais “vícios” e efetivar como realidade a separação desses poderes é meta a atingir. Meta para que os povos devem apontar exigindo sem contemplações a um e outro setor que cumpram a democracia e correspondente separação de poderes. Tarefa árdua por via das ganâncias, das febres de poder, de interesses esconsos e patifes.

AV / MM / PG

TRIBUNAL DE DÍLI FAZ ULTIMATO A EMÍLIA PIRES

A antiga ministra das Finanças recebeu ontem ordem para voltar a Timor-Leste e entregar o passaporte. A antiga governante, que se encontra a ser julgada por participação económica em negócio, devia ter regressado ao país na semana passada.

O Tribunal de Díli deu ontem cinco dias à ex-ministra das Finanças Emília Pires, que se encontra sob julgamento, para regressar a Timor-Leste e entregar o passaporte, recusando estender a autorização que lhe concedeu para sair país.

A decisão foi anunciada esta segunda-feira pelo juiz José Maria Araújo, que preside ao processo que envolve a ex-ministra, e que criticou que Emília Pires não tenha regressado ainda ao país e entregado o seu passaporte, como deveria ter ocorrido a 20 de Outubro.
O juiz considerou que isso constitui uma violação da medida de coacção a que está sujeita e ordenou o regresso da ex-ministra até 29 de Outubro.

Emília Pires, que é acusada, com a ex-vice-ministra da Saúde Madalena Hanjam, de participação económica em negócio e administração danosa, pediu autorização ao Tribunal de Díli para se ausentar do país para realizar uma viagem em representação do Estado timorense.

As duas ex-governantes estão sujeitas a medidas de coação que incluem a proibição de saída do país, mas o juiz autorizou que Emília Pires representasse Timor-Leste em vários encontros nos Estados Unidos da América e na Europa.

No entanto, a autorização era até 19 de Outubro, data em que Emília Pires deveria ter regressado a Timor-Leste, para entregar o passaporte a 20 de Outubro e ser ouvida, nas suas declarações finais no tribunal, no dia seguinte.

A defesa de Emília Pires, porém, apresentou um requerimento a 18 de Outubro para solicitar o adiamento do regresso para 1 de Novembro e para prescindir das declarações finais de Emília Pires, o último passo antes de o julgamento ficar visto para sentença.

O tribunal deferiu a opção de não prestar declarações mas rejeitou o pedido de adiamento e ordenou que a ex-ministra apresente o passaporte em cinco dias.

Na sessão de hoje, o juiz marcou para 4 de Novembro aquela que deverá ser a última sessão do julgamento, data em que previsivelmente será anunciada a data de leitura da sentença.

Emília Pires e Madalena Hanjam são acusadas de irregularidades na compra de centenas de camas hospitalares em contratos adjudicados à empresa do marido da primeira, com um suposto conluio entre os três para a concretização do negócio, no valor de 800 mil dólares.

Nas alegações finais, o Ministério Público deu todas as acusações como provadas e pediu penas de prisão de 10 anos para as duas arguidas.

As alegações finais da defesa ficaram marcadas por críticas ao Ministério Público e à forma como o processo foi conduzido desde o início, em 2012.

Na sua declaração final ao tribunal, Hanjan disse respeitar a justiça, o Ministério Público e os advogados, recordando a sua história de serviço ao país e garantindo que sempre cumpriu todos os procedimentos em todas as funções que cumpriu.

O julgamento começou há um ano e foram ouvidas dezenas de testemunhas, incluindo os ex-Presidentes Xanana Gusmão e José Ramos-Horta e o ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri.


GERINGONÇA E COMANDOS À MISTURA COM O MANGALHO. E O RESTO É CURTO



Bom dia (á tarde). Ora viva e sorva com lassidão este Expresso Curto com abertura quase clandestina de alguém do PG. Para além da chávena, o pires, a colher e o açúcar (ai que vão estragar o café) este Curto vem equipado com uma geringonça e os comandos militares de triste memória. Foi aquilo que inspirou o autor, do Expresso para dar início ao trabalho deste dia. Ainda com ramelas ou sem ramelas o certo é que o jornalista e mais uns pós na nomenclatura do pasquim do tio Balsemão começou a martelar no teclado com inspiração para a abertura dos dois já referidos temas. Geringonça: o governo, a aliança, o acordo que assegura a maioria parlamentar que sustenta o governo PS. Os comandos: aqueles que ficam em sentido nem que lhes passe um mangalho pela boca. Pois. É que há coisas nos militares que são danadinhas para exagerar e querer fabricar super-homens. Ora, sabemos, isso é coisa que não existe na espécie humana, super-homens. Existem de facto uns mais capacitados que outros nisto ou naquilo mas… Superes não há. Avisem as chefias militares. Coitadas, nem sabem que não sabem. A função é admirável mas há naquela espécie de seres humanos certas e incertas “coisas” que nada têm de humanas, de civilizadas, de reconhecimento das limitações dos que chefiam. Por certo que até querem ignorar que uns são capacitados para isto e outros para aquilo. Vai daí decidem mal e depois dão bronca. Quando a bronca causa mortes e põe a vida em risco de subordinados ou outros… Isso é que está muito mal. Se na realidade consideram que os seus militarismos vão ao extremo de ficarem hirtamente em sentido quando lhes passam um mangalho pela boca é lá com eles. Não queiram é que outros aceitem o mesmo trato e se comportem do mesmo modo. Cá por mim usava a baioneta e decepava esse tal mangalho. Ai! Adiante.

Da geringonça - o termo pegou, ou não viesse do erudito ressabiado das letras… Não me lembro do nome. Sim, mas é aquele que tal. Aquele que nasceu com o traseiro virado para a lua. Cheio de sorte.

A coisa, o governo, vai bem e recomenda-se. Portugal está melhor. Ah pois está! Os portugueses mais carenciados estão ainda muito enrascados, contudo estão mais confiantes no futuro, justificadamente. A reversão de políticas e medidas tomadas pelos neoliberais-fascistas Passos-Portas-Cavaco, os estafermos do governo e da Presidência da República anteriores… Dizia, a reversão de políticas e medidas ditadas por esses trastes está a acontecer. Os indicadores estatísticos são perentórios a comprovar isso mesmo. Assim sendo, a coisa vai. Verdade que Costa e Centeno geraram uma grande noia com aquela “coisa” da Caixa Geral de Depósitos. Gestores que resistem a mostrar o que lhes pertence até parece que andaram a adquirir para suas propriedades matérias e eteceteras que não deviam, que não são legais… Tipas e tipas opacos é o que não interessa por lá nem ao país, naqueles cargos de quero, posso e mando. Gestores, administradores, banqueiros e afins… Está provado que não dá para confiar neles. Quem o fizer é trouxa. Olho vivo nos gajos e nas gajas (se houver).

E pronto. Já está. Bom fim-de-semana. Oxalá tenham dinheiro para pagarem as contas de mais gastos no gás e na eletricidade e assim manterem as casas mais quentes. O frio já ataca. Brrrrr.

Fiquem com o escrever de Miguel Cadete, no Expresso dito Curto. Vale o tempo que vão ganhar a ler.

MM / PG

Bom dia, este é o seu Expresso Curto

Miguel Cadete – Expresso

A sexta-feira negra, os Comandos e a geringonça

Termina hoje o 127º curso dos Comandos, o mesmo que vai ficar para a história pela morte de dois instruendos. O balanço, se é possível fazer já um balanço, não é glorioso – lê-se no Expresso Diário, em notícia assinada por Hugo Franco, que terminam o curso “23 instruendos dos 67 iniciais. Até à última semana tinha desistido 26 militares e 16 foram eliminados por incapacidade ou lesão. Dois morreram logo no início do curso.”

O jornalista teve acesso ao despacho da juíza de instrução do processo, Cláudia Pina, que lavrou o seguinte sobre o médico do 127º curso dos Comandos, Miguel Domingues: “não assegurou a Hugo Abreu e Dylan Silva [nome dos instruendos que faleceram] os cuidados médicos que o seu estado de saúde exigia”. E acrescenta: além disso “não prestou atenção ao seu agravamento e desinteressou-se do seu destino, ausentando-se do local vindo o ofendido a morrer 15 minutos depois”. Mais: “permitiu que o resultado morte se viesse a produzir”.

Este despacho da juíza do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa considera algumas acusações do Ministério Público infundadas, não aceitando a tese do “ódio irracional” anteriormente subscrita pela procuradora Cândida Vilar. Ou seja, não põe em causa o “dogma” militar de um curso destinado a preparar os seus instruendos para situações extremas e a escolher os melhores para operações especiais. Operações como as que Portugal realiza, por exemplo, no âmbito da NATO, seja lá o que a NATO é hoje ou possa vir a ser.

Mas não será a morte dos instruendos um limite inultrapassável por mais exigentes que estas provas sejam?

Onde ainda não há vítimas é na Fnac, que ontem se enganou ao enviar uma mensagem aos portadores do seu cartão aderente com um link que os conduzia para a concorrência, ou seja, para a Worten. O caso sucedeu no meio da loucura do Black Friday, uma celebração comercial importada, como outras, dos nossos maiores parceiros na NATO, isto é, os Estados Unidos da Améria.

No pós-Dia de Ação de Graças, o erro podia ser visto como uma desgraça mas a notícia do “Público” cita fonte oficial da Fnac que revela que o episódio foi encarado com “humor” no seu quartel-general.

Nada capaz de esvanecer a alegria consumista que percorre as mais remotas localidades do país e enche as nossas caixas de e-mail. É provável que alguns centros comerciais sejam, hoje e durante o fim de semana, o centro da vida pátria.

Mas não se espera violência como a que ocorre lá do outro lado do Atlântico, onde por estes dias comprar nas lojas da Walmart pode ser mais difícil do que uma exigente prova militar. A loucura está aqui, num vídeo que reúne alguns dos mais épicos confrontos registados no pós-Ação de Graças.

Em Portugal há muitas lojas e muitos shopping centers a oferecer descontos fantásticos: conheça alguns bons negócios que pode fazer aqui, mas tenha cuidado com as fraudes e preste atenção aos alertas da Deco. Nem tudo o que luz é ouro; mas acredite se vir uma vaca a voar.

É que amanhã passam 365 dias sobre a fundação da geringonça: o governo que alia o PS ao Bloco de Esquerda e ao Partido Comunista Português completa um ano de existência no sábado. “Até as vacas podem voar” disse o primeiro-ministro António Costa, em Maio, durante a apresentação do Simplex. O céu é o limite para uma coligação inédita, que muitos julgavam frágil e que quase todos juravam que iria cair.

Não caiu. E cada um dos ministros é avaliado num exame exigente pelos jornalistas do Expresso, num longo trabalho publicado no Diário. Conheças as forças e fraquezas, os ditos e dichotes, os desafios e as marcas de todos e de cada um dos membros deste governo.

Ricardo Costa explica este fenómeno de longevidade. Que vai durar. E porque o Presidente da República (ainda) é o maior aliado do Governo e mantém o PSD em banho maria.

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Começa hoje o festival Vodafone Mexefest, aquele que faz o espectador percorrer várias salas do eixo da Avenida da Liberdade, num corrupio inusitado. Desta vez, há que contar com mais um espaço, o Teatro Capitólio, no Parque Mayer. Eu voto em Talib Kweli, nos Digable Planets (como esquecer “Cool Like Dat”?) e Jagwar Ma. Não ponha as fichas todas em Elza Soares e aposte nos concertos-surpresa de artistas portugueses que serão revelados hoje e amanhã. Na BLITZ encontra tudo o que precisar saber sobre esta edição do Vodafone Mexefest. A SIC Notícias vai transmitir vários momentos em direto.

Há quem considere Justin Bieber uma brincadeira de crianças. Mas pode estar bem enganado. Depois das primeiras 50 datas desta digressão que o traz a Portugal, Bieber, 22 anos, tinha arrecado 70 milhões de euros. Completa hoje, na Meo Arena, em Lisboa, um total de 114 concertos. Claro que por estes dias dá mais pinta passear na Avenida da Liberdade. Mas já há quem desde segunda-feira dorme nas imediações do Pavilhão Atlântico[MC1] à espera do rapaz que já não é rapaz. Em Espanha, ele mostrou que é um duro e espetou um murro num fã. Veja aqui o vídeo.

O Governo estendeu o acordo de comodato com a Fundação Berardo por mais seis anos. A coleção fica pelo CCB durante esse tempo e Elísio Summavielle, em entrevista a Luciana Leiderfarb, diz que não foi para a presidência do Centro Cultural de Belém para alimentar polémicas. E avisa que quer construir o hotel que falta naquele complexo.

Pensões não vão aumentar dez euros. Pelo menos todas as pensões. A proposta do PCP para aumentar todas as pensões em dez euros foi chumbada pelos votos do PS, PSD e CDS. O aumento extraordinário vai suceder apenas para as pensões abaixo dos 628 euros que não foram aumentadas nos últimos anos.

Um terço da população tem ansiedade ou depressão. É a manchete do “Público” que assegura valores surpreendentes. Em 2008, menos de 20% da população tinha problemas de saúde mental. Hoje são (somos!) mais de 30%. O estudo a que se refere a notícia será apresentado hoje por José Caldas de Almeida, presidente do Lisbon Institute of Global Mental Health.

António Guterres com Vladimir Putin. O futuro secretário-geral da ONU esteve ontem em Moscovo com o Presidente da Rússia. No Kremlin, Putin assegurou que espera manter “o mesmo diálogo construtivo” que definia as suas relações com Ban Ki Moon. Guterres segue para Pequim.

Duarte Lima vai ser julgado em Lisboa pelo homicídio de Rosalina Ribeiro. É a manchete do “i” que assinala uma mudança na estratégia do ex-deputado que agora vem dizer que Portugal lhe dá menos garantias de um julgamento justo do que o Brasil.

François Fillon vence Alain Juppé. Os dois candidatos e rivais nas primárias da direita francesa defrontaram-se ontem num debate televisivo onde trataram de vários assuntos ao longo de duas horas, desde o aborto à crise da economia. Fillon foi considerado o vencedor. As eleições têm lugar no domingo.

FRASES

“Vamos ser capazes de convencer Santana”. Carlos Carreiras, sobre a candidatura do PSD à Câmara Municipal de Lisboa

“Hoje eu valia €100 milhões”. Ricardo Quaresma, jogador de futebol

“Não, a França não é uma nação multicultural”. François Fillon, candidato a Presidente, ontem, no debate com Juppé

“O modelo social francês existe e eu quero consolidá-lo”. Alain Juppé, ontem, no debate com Fillon

“As notícias da atuação de Elton John na tomada de posse de Donald Trump não são verdadeiras”. Porta-voz do cantor e compositor inglês

O QUE ANDO A LER

Ossos do ofício: a próxima Revista do Expresso já está fechada. Na capa está Mário Centeno, ministro das Finanças, por conta de um perfil que é escrito por Nicolau Santos. Ou como um técnico, especialista em contas e muito hábil com os números (e pós-graduado em Matemáticas Aplicadas) se tem transformado num político seguro numa geringonça que abana muito para o seu lado (conferir em CGD).

Ana França e Helena Bento contam o que vai pelas Filipinas, descrevendo com minúcia o regime de terrorismo oficial imposto por Rodrigo Duterte. São histórias que metem realmente medo.

Ricardo Marques foi à Suíça saber de uma guerra antiga entre a Organização Mundial de Saúde e as tabaqueiras. As restrições para os fumadores são cada vez maiores. Mas também há formas de tornar o negócio mais saudável.

Júlio Isidro ou Júlio Exílio? Bernardo Mendonça falou com o senhor televisão, o homem que descobriu mais talentos em Portugal. Tudo porque Júlio publicou por estes dias um autobiografia generosa.

Não consta que Isidro tenha descoberto Charles Aznavour. Neste caso foi o correspondente do Expresso em Paris, Daniel Ribeiro, que deu com ele e o entrevistou longamente a propósito do concerto que aos 92 anos traz a Lisboa no dia 2 de dezembro. Com alguma pena, ele confirma que o seu amor por Amália – para quem escreveu uma canção – nunca foi consumado. E critica Calouste Gulbenkian, arménio tal como ele, por ter preferido Lisboa para os seus investimentos.

Por hoje é tudo. Não se perca na Sexta-Feira Negra, no festival Mexefest ou no concerto de Justin Bieber. Amanhã sai mais uma edição semanal do Expresso. Tenha um excelente fim de semana.

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