quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

A PROPÓSITO DE ALGUNS FUNDAMENTALISMOS CORRENTES E "TRANSVERSAIS"...



A fronteira entre progresso em benefício de toda a humanidade e o que pertence ao fascismo, ao colonialismo, ao "apartheid", aos mais diversos fundamentalismos étnicos ou religiosos e às respectivas sequelas (inclusive restos de escravatura um pouco por todo o mundo, mas em especial onde há africanos, ou afro-descendentes), mereceu de minha parte uma opção claramente contraditória desde quando fui preenchendo o estatuto de maioridade...

... Depois aprendi que em relação a África, todos estamos em dívida, conforme o pensamento justo do Comandante Fidel e, por isso, necessário foi e é dar meu contributo em função dos resgates que se impõem a África nos termos de sua libertação, de arma na mão ou por outras vias que me tem sido possível utilizar, entre elas esta mesmo, onde tenho "aberto o livro" do choque e da terapia neoliberal, confirmando as conclusões de Naomi Klein sobre outras paragens (ela desconhece ou tem menos informação sobre o que se passa em África)!...

... É evidente que as provocações se inscrevem em procedimentos próprios da terapia neoliberal e correspondendo, com todos os indícios de "reflexos de pavlov", à "voz do dono"!...

Os argumentos retrógrados têm mais que tempo e espaço para explanar fundamentando, mas desperdiçam-nos com as razões ideológicas que definem e se enquadram perfeitamente no âmbito da terapia neoliberal que, é preciso evidenciar, se nutre também de linhas, comportamentos e atitudes neo conservadoras, ou ultra-reaccionárias, ao nível de fascismo, colonialismo, nazismo e todo o tipo de fundamentalismos!...

... Conforme dizia de forma esclarecida o Presidente Agostinho Neto: AO INIMIGO, NENHUM PALMO DA NOSSA TERRA, posso-o acrescentar, em abono da visão global de que PÁTRIA É HUMANIDADE!...

Martinho Júnior. Luanda, 17 de Dezembro de 2016.


- Fotos de alguns dos encontros do Presidente Agostinho Neto, com o Comandante Fidel.

MARTINHO JÚNIOR. FACEBOOK, UMA NINHADA DE RATAZANAS FASCISTAS MADE IN EUA


O FACEBOOK BLOQUEOU A CONTA DE MARTINHO JÚNIOR!

... Com o seguinte argumento:

Por que é que a minha conta foi desativada?

A tua conta foi desativada por desrespeitar a Declaração de direitos e responsabilidades do Facebook.

As nossas políticas

Uma das principais prioridades do Facebook é o conforto e a segurança dos nossos membros. As seguintes ações não são permitidas no Facebook:

• Apoio a uma organização ou grupo violento ou criminoso 

• Ameaças credíveis de violência contra outras pessoas ou a promoção de comportamentos autodestrutivos

• Atacar outras pessoas no site

• Discurso que incentive o ódio ou ataque pessoas específicas com base na sua raça, etnia, nacionalidade, religião, sexo, orientação sexual, deficiência ou doença

• Conteúdo gráfico, incluindo demonstrações sádicas de violência contra pessoas ou animais, ou ofensas sexuais

• Vender medicamentos ou drogas de uso recreativo

AO QUAL EU RESPONDI:

Todo o argumento do que coloquei foi contra a incitação ao caos, à desestabilização e ao golpe no meu país e em qualquer outro país no mundo, denunciando a filosofia de Gene Sharp, o caos e o terrorismo.

Nota PG

E porque não cortam as contas de Luaty Beirão e de outros opositores do regime angolano? O Facebook protege ou não os que pretendem consumar a desgraça de uma "primavera árabe" em Angola? Luaty ou outros trabalham para a CIA/NSA, a exemplo do Facebook?

Os argumentos explicados sobre as "políticas facebookianas" assim demonstram. Como demonstram que não são mais nem menos que uma agência da CIA, da NSA e o mais que os EUA contêm nos seus antros de ratazanas pestilentas para continuarem a contaminar o mundo e salvar o império maligno que globalmente nos pretende dominar. Com esta atitude censória e injustificável o Facebook, mais uma vez, desmascara-se e expõe publicamente a quem serve em exclusivo e que tipo de liberdade de expressão defende: a que lhe convém e é censória. Assim como que despreza a democracia de facto na verdadeira acessão da palavra e dos procedimentos.

Notícia em desenvolvimento no PG

MARTINHO JÚNIOR, MAIS UM LIVRO: “SÉCULOS DE SOLIDÃO”


Martinho Júnior, um companheiro que jorra prosa com a clarividência exposta também aqui no Página Global. Um angolano de todos os costados. Um patriota que deu a sua parte do couro e o cabelo na luta pela libertação de Angola. 

Martinho Júnior, um apreendedor de registos de muitas das fases da luta de libertação dos povos de África, dos povos de todo o mundo e da luta contra o capitalismo, contra o neocolonialismo e as atuais estratégias em curso do neoliberalismo. A maioria documentada e também incluídas no Página Global e no Página Um (agora inerte) – já lá vão cerca de 10 anos que estamos ligados a MJ. Temos essa honra e orgulho.

De Martinho Júnior mais um livro: “Séculos de Solidão” (dos anteriores teremos de um dia fazer o que devemos no PG, apresentá-los)

Tome nota e não perca mais este trabalho literário e histórico da dupla Martinho Júnior/Leopoldo Baio.

MM / PG

MAIS UM LIVRO EM QUE MARTINHO JÚNIOR É CO-AUTOR (1ª EDIÇÃO EM PREPARAÇÃO, A CARGO DO CAMARADA LEOPOLDO BAIO)

SÉCULOS DE SOLIDÃO

Da longa noite colonial à democracia multipartidária

Cronologia histórica baseada numa pesquisa analítica

Martinho Júnior/Leopoldo Baio

APRESENTAÇÃO

O “Actual” publicou, desde o ano 2002, uma série de artigos em que, fruto de investigações, abordavam temas que mantém – se historicamente actuais e manter-se-ão em aberto, pois de acordo com a nossa óptica, para muitos pouco ortodoxa, mas “actualizada” e verificável, de abordarmos a conjuntura Global, parece-nos justo realçar que, os vínculos multifacetados da aristocracia financeira Mundial, em direcção à conjuntura da África Austral e Central, estão longe de esgotarem o espaço crítico de opinião que merecem, pelo rasto que eles têm deixado na vida, na morte e na sorte de milhões de seres de toda a vasta Região da África Sub Sahariana e em nós próprios.

O Estado Angolano, particularmente após o enfraquecimento dos seus instrumentos de poder, a partir de 1985, começando pela desarticulação dos seus serviços de segurança, não pôde escapar à regra e tem sido alvo das mais variadas manipulações e ingerências, agravadas durante praticamente toda a década de 90 do século XX, pela lógica da guerra em que não teve outra alternativa senão envolver-se, de que muito dificilmente tem encontrado saída, à custa de cedências de que ainda se nos afigura prematuro completamente avaliar.

Saliente-se que uma das mais comoventes e impressionantes memórias das Nações e dos Povos, são aquelas que se referem à consolidação de sua identidade e soberania, quase sempre interligadas com feitos que marcaram indelevelmente a sua História, por vezes também, a História da própria Humanidade.

De facto, a história Contemporânea deste País, é pródiga de momentos extraordinariamente marcantes, também para se levar por diante o sentido de liberdade que beneficia a própria História da Humanidade, não só se levarmos em conta os antecedentes remotos da História de África, como também o significado dos últimos anos, do que o Ocidente convencionou chamar de “Guerra Fria”, no que isso pesou para o fim de regimes retrógrados, racistas e sanguinários brancos, conforme aquele que se havia instalado na África do Sul.

Para muitos daqueles que não viveram, pelas mais variadas razões, o conturbado processo Angolano, “é esse o preço da Democracia”, um preço que não nos parece nem justo, nem corresponder inteiramente à verdade: de facto, é esse o preço imposto em parte por “lobbies” muito especiais, que se ligam à exploração das riquezas do Continente, no caso de Angola do petróleo e dos diamantes.

Esta obra que chega às suas mãos e que dividida em 13 Capítulos procuramos tornar extremamente prática e de fácil leitura, em que factos históricos são apresentados acoplados de pequenas análises dos autores e que acreditamos necessitar de uma mente aberta para que não se caia na ladainha das teorias de conspiração, mas sim, deve ser estudada com boa vontade, tratando-se da busca da nossa contribuição ao entendimento das história recente de Angola.

Os Autores

Imagens: 
1 - Martinho Júnior, na Embaixada de Cuba em Luanda, assinando o livro de honra das condolências pelo falecimento do companheiro Fidel Castro.
2 - Actual nº 398, de 05-06-2004.

Angolanos sonham com mudanças em 2017


Por causa da quebra do preço do petróleo, o ano em Angola foi marcado pela falta de divisas e pela subida de preços de produtos básicos. Angolanos ouvidos pela DW África esperam agora mudanças económicas e sociais.

Muitos angolanos já não querem falar sobre os acontecimentos de 2016. Angola tem sido assolada por uma crise económica e financeira resultante da queda de preço do petróleo no mercado internacional. Por isso, o ano ficou marcado pela falta de divisas para importar produtos. E os preços de alimentos básicos, como o arroz, continuam altos.

Cidadãos como Domingos Simão só querem pensar agora no ano de 2017. Esperam mudanças e diversificação das receitas do Estado. "Angola, enquanto colónia de Portugal, usava mais o campo. Hoje, Angola já não produz café, algodão, batata. Não produz nada para o consumo interno", lamenta Domingos Simão. "É com os dólares que se compra tudo para comer. E hoje esses dólares não estão a aparecer", acrescenta.

Gaspar Fernandes é outro angolano que pede mudanças. Espera, por exemplo, que os programas nacionais do Governo de Luanda sejam inclusivos. Ou seja, que sejam prestados serviços públicos sem se olhar à filiação partidária.

"Esperamos que isso não volte a acontecer, porque Angola é de todos e todos nós sonhamos e queremos uma Angola melhor", sublinha Gaspar Fernandes. Explica que para que Angola seja melhor é necessário "o esforço de todos" e "inclusão de todos" para que se consiga "uma Angola diferente e melhor" que "marque passos para o desenvolvimento".

Ano de eleições

O país vai a eleições em 2017. A primeira fase do registo eleitoral terminou a 20 de dezembro e a segunda arranca a 5 de janeiro. Desde terça-feira (27.12) realiza-se em todas as capitais provinciais do país aquilo a que o Governo chama de "Campanha Especial de Registo".

O objectivo é cadastrar os cidadãos angolanos residentes no estrangeiro, que estão a passar a quadra festiva em Angola. Benedito Daniel, do Partido de Renovação Social (PRS), diz que o assunto levanta interrogações. "Terão a mesma possibilidade de, em agosto, virem votar em Angola?", pergunta, lembrando que a atual lei omite a eleição dos três deputados no círculo do exterior.

A oposição angolana queixou-se sempre de falta de transparência nas eleições em Angola. O líder parlamentar do PRS espera que as eleições do próximo ano sejam "livres e justas". Mas é preciso "começar a trabalhar agora", frisa.

Lei de 2012

O Parlamento angolano aprovou, este mês, um projeto de resolução que prevê que as eleições gerais marcadas para agosto de 2017 sejam reguladas pela lei que coordenou as de 2012. O documento foi aprovado com os votos favoráveis do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, no poder), da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) e da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e com os votos contra das bancadas parlamentares da Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE) e do Partido de Renovação Social (PRS). 

Em declarações à imprensa, Isaías Samakuva, presidente da UNITA, o maior partido da oposição, justificou o voto favorável do seu partido alegando que a lei de 2017 reúne melhores condições que a proposta do MPLA.

"O MPLA veio com uma proposta muito feia que previa, por exemplo, uma votação antecipada, de dias, de militares, polícias, pessoal da saúde. Nas nossas contas, aqueles que votariam antecipadamente iriam acima de um milhão e quinhentos mil cidadãos", explicou Samakuva.

Manuel Luamba (Luanda) – Deutsche Welle

Sindicato angolano acusa empresas chinesas de maus-tratos


Na província de Benguela, o Sindicato da Construção e Habitação acusa empresas chinesas de maus-tratos a trabalhadores angolanos em casos que "se assemelham a escravatura", diz a instituição.

As autoridades angolanas conhecem muitas dessas irregularidades, mas pouco têm feito. Segundo o Sindicato da Construção e Habitação, trabalhadores de empresas chinesas estão a ser sujeitados a condições desumanas. 

Para o secretário-geral do sindicato, Albano Calei, "há maus-tratos, não há observação dos equipamentos de protecção e higiene de trabalho. O salário que eles praticam é semanal e não vai para além de 2.500 kwanzas [cerca de 15 euros] por semana. Isso é desumano", disse em entrevista à DW.

Empresas

O sindicato não nomeia nenhuma empresa em concreto. Mas não é a primeira vez que órgãos que actuam na defesa dos direitos do trabalhador denunciam empresas chinesas de construção por trabalho precário e violação das normas laborais em Angola.

Na província de Benguela, as denúncias multiplicam-se. De acordo com o secretário-geral do Sindicato da Construção e Habitação na província, trabalhadores são recrutados no interior da província de Benguela e mantidos numa espécie de cativeiro para não denunciarem as violações enquanto estão a trabalhar nas empresas.

Segundo informa o secretário-geral, as empresas "recrutam mão-de-obra no interior, porque no litoral os jovens já não aceitam trabalhar com estes empregadores. Contudo, no interior é possível. E quando chegam ao litoral, eles [chineses] arranjam uma forma de colocar esses camaradas [trabalhadores] em cercos fechados, para que não descubram aquilo que deve ser a manifestação dos seus direitos. Em alguns casos, esses trabalhadores, quando fogem, procuram os órgãos que devem defender os seus interesses".

Autoridades

Muitas irregularidades chegam ao conhecimento das autoridades angolanas, mas pouco tem sido feito, segundo os críticos. Ao que a DW apurou, quando interpelados por autoridades locais, vários trabalhadores chineses costumam pronunciar o nome ou mostrar uma fotografia do general Manuel Hélder Vieira Dias "Kopelipa", ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República.

Ainda assim, contactado pela DW África, o diretor da Administração Pública, Emprego e Segurança Social em Benguela, Jorge Dambi, confirma que tem havido uma violação sistemática da Lei do Trabalho por parte de operadoras chinesas e garante que as empresas têm sido punidas.

Segundo Dambi, "são vários os casos que vão ocorrendo. Relativamente a empresas chinesas, muitas situações foram resolvidas. Agora, pode ser que neste momento existam outras empresas, ou as mesmas, a violarem novamente".

No entanto, o responsável acrescenta que é "preciso que isso chegue ao conhecimento da Inspecção-Geral do Trabalho e as pessoas têm de ter coragem de, nas denúncias, ser o mais concretas possível. Ou, então, enviem-nos as pessoas lesadas e nós vamos dar tratamento de acordo com as normas disponíveis", afirmou Dambi.

Nelson Sul d'Angola (Benguela) – Deutsche Welle

BOM ANO DE 2017!



Para Angola, o Ano de 2017 será um pouco melhor que os dois anos de 2015 e 2016...

… de facto pela primeira vez há a oportunidade de se desfazerem algumas das amarras que prendiam o país ao USD e ao Euro, que espero ser um facto capaz de abrir outros caminhos de que Angola bem precisa trilhar!...

Há demasiado egoísmo, há demasiado "deslumbramento", há demasiada alienação, há demasiadas injustiças sociais, há desequilíbrios humanos que são insustentáveis, há assimilações incomportáveis e algumas castas retrógradas, mercenárias e anti-patrióticas...

… e o MPLA, perdendo a qualidade de vanguarda está, com a sociedade angolana, a ser pasto dos impactos da terapia neoliberal, tornando-se intestinamente vulnerável em função das massivas ingerências e manipulações dum capitalismo voraz, dum imperialismo matriz da mais perversa das globalizações, que tornam África num corpo inerte onde cada abutre vem depenicar o seu pedaço!...

Tenho notícias de que há governadores provinciais que cobram 50% sobre novos investimentos, sobre terras, sobre a venda de gado...

... pode ser que sim, pode ser que não...

Todavia, como os "deslumbramentos" já vinham detrás dos tempos dos golpes neoliberais, é necessário reconhecer que estamos num paraíso em que até os bois podem voar!...

... e em relação a isso os militantes honestos do MPLA devem claramente dizer BASTA...

… sob pena de, de voragem em voragem, um dia o próprio MPLA poder vir a desaparecer!...

É necessário redescobrir o significado do que ao desenvolvimento sustentável diz respeito, é necessário encontrar a geoestratégia capaz de levar Angola a um progresso que signifique muito mais que crescimento, é necessário equacionar melhor a luta contra o subdesenvolvimento tornando-a extensiva, com toda a sua intensidade, a todo o povo angolano, é necessário respeitar muito mais a Mãe Terra!... 

Para os patriotas, em consciência, a Luta Continua! 

Foto: Bandeira no Museu Nacional da História Militar de Luanda (fortaleza de S. Miguel).

Mais lidas da semana