António Veríssimo, Lisboa
Hoje nas
doze badaladas, em qualquer parte do mundo, inicia-se um novo ano. O novo ano começa primeiro a nascente, acompanhando o movimento solar. A oriente e em todos os fusos horários a nascente já é há algumas horas
2017, Ásia mais a ocidente, África e Europa são as próximas a ser visitadas
pelo sol num novo dia, de um novo ano. Depois, atravessando o Oceano Atlântico, chega a vez do continente americano e de algumas ilhas do Pacífico. E por ali vai
findando o primeiro dia de Janeiro de 2017. Para todos, primeiro, têm de soar
as 12 badaladas, a meia-noite, o novo ano.
Efusivamente,
os humanos, festejam e formulam desejos que gostariam de ver concretizados. Uns
bons desejos, de carácter pessoal e coletivo, outros nem por isso - a
ganância e a maldade nem os deixa ver os parceiros mesmo a seu lado, muito
menos a população mundial, os povos que buscam a paz, a sua libertação,
independência, justiça, democracia de facto.
Num
mundo tão conturbado, já no inverno da vida porque a idade não perdoa, muitos
desejam somente um mundo melhor, apesar de terem por sabedoria que os líderes
atuais deste mundo (grandes potências e governantes lacaios) são
indivíduos maquiavélicos e deformados que têm demonstrado marginalizar a
humanidade em prol das ganâncias que estão a assumir proporções gigantescas nas
suas personalidades.
Por
tudo isso, por tal descalabro, a realidade é que ao desejarmos um bom ano 2017
e a paz no mundo acompanhada de solidariedade, honestidade e bondade,
manifestamos um voto que já não passa de ser somente um tique da humanidade,
porque no mais recôndito de nós sabemos que assim não acontecerá, infelizmente.
Sabemos que o mundo caminha para a destruição e que a esperança de um mundo
melhor para todos é cada vez menor.
Apesar
de quase tal certeza tão derrotista usemos o tique: FELIZ ANO NOVO PARA TODA A
HUMANIDADE!
Neste cenário tão pessimista resta somente uma alternativa: a luta contra os gananciosos. Os 1% e os que lhes servem de lacaios. Tal significa que a luta continuará. Por um mundo melhor. Muito melhor.
-
Na imagem e som: as doze badaladas do Big Ben, Londres.