domingo, 2 de julho de 2017

Universidade do Porto assina certidão de óbito do Teatro Universitário do Porto





A Universidade do Porto precisa de dinheiro, o edifício onde está o TUP vale muito.

Enteado da Universidade do Porto, para quem o Teatro e toda a sua envolvência social e cultural é descartável, o Teatro Universitário do Porto é o grupo de teatro mais antigo ainda em actividade do Porto e está, como o próprio nome indica, de alguma forma ligado à Universidade do Porto. No TUP nasceram, ou passaram, muitos dos nomes mais sonantes desta nobre arte.

No passado dia 29 de Junho a Universidade do Porto terá dado o primeiro passo oficial para passar a declaração de óbito (há muito pretendida) ao Teatro Universitário do Porto (TUP), instituição fundada em 1948 e com actividade permanente desde então, sendo por isso o grupo teatral mais antigo da cidade do Porto.

Nesse dia o Diário da República publicou o anúncio de um concurso público da venda ou concessão do antigo colégio Almeida Garrett, localizado na Praça Coronel Pacheco, pela Universidade do Porto, por um preço base de 4,768 milhões de euros.

“O procedimento visa a celebração de contrato de compra e venda do espaço denominado ‘ex-colégio Almeida Garrett’, ou a celebração do contrato referente à cedência em direito de superfície por um período máximo de 30 anos”, especifica o anúncio. Localizado na freguesia do centro histórico do Porto, o imóvel tem entrada pela praça Coronel Pacheco e está inserido num terreno com uma área total de 8.520 metros.

A ESTRATÉGIA DE TENSÃO DA OTAN



Manlio Dinucci*

O que aconteceria se o avião do secretário estadunidense da Defesa Jim Mattis, em voo da Califórnia ao Alasca ao longo de um corredor aéreo sobre o Pacífico, fosse interceptado por um caça russo da aeronáutica cubana? A notícia ocuparia as primeiras páginas, suscitando uma onda de preocupadas reações políticas.

Inversamente, não se mexeu sequer uma folha quando em 21 de junho o avião do ministro russo da Defesa Sergei Shoigu, em voo de Moscou ao enclave russo de Kaliningrado pelo corredor sobre o Mar Báltico, foi interceptado por um caça F-16 estadunidense da aviação polonesa que, depois de se aproximar ameaçadoramente, teve que se afastar com a intervenção de um caça Sukhoi SU-27 russo. Uma provocação programada, que faz parte da estratégia da Otan visando a aumentar na Europa, dia após dia, a tensão com a Rússia.

De 1º a 16 de junho se desenvolveu no Mar Báltico, perto da costa russa e com a motivação oficial de defender a região da “ameaça russa”, o exercício da Otan Baltops com a participação de mais de 50 navios e 50 aeronaves de guerra dos Estados Unidos, França, Alemanha, Grã Bretanha, Polônia e outros países como Suécia e Finlândia, não membros, mas parceiros da Aliança.

Enquanto isso, de 12 a 23 de junho, realizou-se na Lituânia o exercício Iron Wolf que viu empenhados, pela primeira vez, dois grupos de batalha da Otan “com presença avançada potenciada”: o da Lituânia sob comando alemão, compreendendo tropas belgas, holandesas e norueguesas e, a partir de 2018, também francesas, croatas e tchecas; e o da Polônia, sob comando estadunidense, incluindo tropas britânicas e romenas.

Blindados Abrams da 3ª Brigada blindada dos EUA, transferida à Polônia em janeiro último, entraram na Lituânia através do Suwalki Gap, um trecho de terreno plano ao longo de uma centena de quilômetros entre Kaliningrado e a Bielorússia, unindo-se aos blindados Leopard do batalhão alemão 122 de infantaria mecanizada. O Suwalki Gap, adverte a Otan exumando o aparato propagandístico da velha guerra fria, “seria uma passagem perfeita através da qual os blindados russos poderiam invadir a Europa”.

Em plena atividade estão também os outros dois grupos de batalha da Otan: o da Letônia sob comando canadense, que inclui tropas italianas, espanholas, polonesas, eslovenas e albanesas; e o da Estônia sob comando britânico, com tropas francesas e, a partir de 2018, também dinamarquesas.

“As nossas forças estão prontas e posicionadas no caso em que seja necessário para enfrentar a agressão russa”, assegura o general Curtis Scaparrotti, chefe do Comando europeu dos Estados Unidos e ao mesmo tempo Comandante supremo aliado na Europa.

Não são apenas os grupos de batalha da Otan “com presença avançada potenciada” que estão por ser mobilizados. De 12 a 29 de junho se desenvolve no Centro da Otan de treinamento das forças conjuntas, na Polônia, o exercício Coalition Warrior cujo escopo é experimentar a mais avançada tecnologia para dar à Otan a máxima prontidão e interoperatividade, em particular no confronto com a Rússia. Participam mais de mil cientistas e engenheiros de 26 países, entre os quais os do Centro da Otan para a pesquisa marítima e experimentação com sede em La Spezia.

Obviamente, Moscou não está com as mãos abanando. Depois que o presidente Trump visitar a Polônia em seis de julho, a Rússia terá no Mar Báltico um grande exercício naval conjunto com a China.

Talvez conheçam em Washington o antigo provérbio: “Quem semeia ventos, colhe tempestade”.


* Geógrafo e geopolítico. Últimas publicações : Laboratorio di geografia, Zanichelli 2014 ; Diario di viaggio, Zanichelli 2017 ; L’arte della guerra / Annali della strategia Usa/Nato 1990-2016, Zambon 2016.

DESNUDANDO VIGARISTAS | A intervenção do banco central serve os Um Porcento



Paul Craig Roberts

Os vigaristas que dirigem o sistema financeiro ocidental configuraram o mercado do ouro de um modo que lhes permite controlar o preço. O ouro não é apreçado no mercado físico do ouro onde as barras são compradas e vendidas O ouro é apreçado num mercado a termo(future market) onde contratos não cobertos que são baseados em cash são comprados e vendidos. Como os contratos futuros não têm de ser cobertos do mesmo modo que uma venda a descoberto tem de ser coberta, os agentes bancários dos bancos centrais para o ouro podem criar ouro papel imprimindo contratos de opção (naked contracts). Por outras palavras, é possível inchar a oferta de ouro no mercado no qual é determinado o preço do ouro despejando contratos futuros no mercado. O aumento enorme na oferta de ouro papel leva à baixa dos preços futuros do ouro. Esta política ocidental é estúpida, porque deita abaixo o preço do ouro real para os principais compradores asiáticos – China, Índia e Turquia. Mas esta política protege o valor do US dólar ao impedir a ascensão do preço do ouro que mostraria a crescente falta de confiança em divisas fiduciárias.

Os bancos centrais europeus, britânico e japonês têm protegido a taxa de câmbio do US dólar em relação a outras divisas de reserva ao entregarem-se eles próprios à facilidade quantitativa. Com todas as divisas fiduciárias a incharem, as taxas de câmbio permanecem relativamente estáveis. Os bancos centrais impedem a ascensão no preço do ouro ao imprimirem ouro papel para o mercado de ouro papel.

A minha opinião é que o bitcoin é o beneficiário desta manipulação dos preços do ouro e das divisas fiduciárias. O bitcoin não pode aumentar a sua oferta e os bitcoins não são apreçados em mercados futuros que permitem vendas a descoberto.

Dave Kranzler explica a demolição do ouro praticada hoje pelo banco central. A fim de se proteger do seu próprio comportamento irresponsável e provavelmente ilegal, os bancos centrais estão comprometidos com uma política que frustra os esforços das pessoas para encontrar no ouro o refúgio para a inflação das divisas fiduciárias em papel. A política dos bancos centrais prova que a elite trabalha perseverantemente contra o interesse do povo.

Por que é que o povo tolera os bancos centrais que serve apenas os Um Porcento? Thomas Jefferson entendia isso tal como o presidente Andrew Jackson, mas no mundo ocidental a indiferença substituiu a inteligência. Os Um Porcento sabem o que estão a fazer. Os 99 Porcento estão trancados na Matrix.

Aqui está uma clara explicação de Kranzler da manipulação dos mercados do ouro por bancos centrais. Naturalmente, nada em absoluto será feito acerca dos crimes, pois são crimes contra os inermes 99 Porcento, uma colecção de deploráveis. Quem se importa com eles? Certamente que não os governos ocidentais.

investmentresearchdynamics.com/central-bank-intervention-slams-paper-gold/ 
26/Junho/2017

Ver também: 
  O assalto do Fed ao ouro , 27/Jun/13 
  O ouro e o "fim do mundo" , 24/Dez/12 

O original encontra-se em www.paulcraigroberts.org/...

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ 

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