sexta-feira, 30 de março de 2018

Expulsão de diplomatas russos anuncia tempos perturbados


M K Bhadrakumar [*]

expulsão em massa de diplomatas russos por alguns países da União Europeia e América do Norte na segunda-feira é um desenvolvimento sem precedentes e intrigante. Em primeiro lugar, os EUA sozinhos representam cerca de dois terços das expulsões – 60 diplomatas. Curiosamente, mesmo a Grã-Bretanha, a qual aparentemente é a parte agravada no caso Skripal, expulsou menos da metade desse número – 23. Em termos amplos, entretanto, isto é um movimento anglo-americano com o qual um certo número de países da UE e Canadá manifestou solidariedade.

Em segundo lugar, o presidente Trump é aparentemente mais leal a Sua Majestade no Buckingham Palace do que à primeira-ministra Theresa May. Isto dá um contorno intrigante à narrativa. Por que é que há um interesse tão excessivo por parte de Washington, especialmente num momento em que o fervor da ligação anglo-americana esmoreceu significativamente na era Trump? (O presidente Trump ainda está para visitar o Reino Unido.)

Será uma táctica diversionista maciça da Casa Branca depois de a actriz porno Stormy Daniels ter tirado as cuecas de Trump na sua entrevista à TV no programa "60 minutos" ? Ou é ainda uma outra tentativa de Trump para alardear que não é "mole" com a Rússia? Ou será o Estado Profundo em acção – como o encerramento do consulado russo em Seattle pode bem sugerir? Não há respostas fáceis.

Em terceiro lugar, só menos da metade dos 28 países membros da UE manifestaram apoio à campanha anglo-americana cerca do incidente do espião. Há muita relutância ou cepticismo dentro da UE acerca do que está em curso. Surpreendentemente, contudo, a Alemanha, a qual exprimira cepticismo numa etapa inicial, agora juntou-se ao bando. O que provavelmente mostra que houve imensa pressão de Washington e Londres.

No entanto, curiosamente, a generalidade dos países da UE fizeram apenas expulsões "simbólicas". Sete países da UE simplesmente mexeram-se para expulsar um diplomata russo cada um. Dito isso, a campanha pressão continua e a probabilidade de mais países da UE aderirem à expulsão não pode ser descartada. A Áustria recusou-se sem rodeios a aderir. (Assim o fez a Turquia, a qual virtualmente descartou uma posição da NATO, a qual exige apoio unânime de todos os países membros.)

O que é verdadeiramente extraordinário é que as circunstâncias que cercam o alegado envenenamento de um agente duplo do MI6 de extracção russa ainda estão envoltas em mistério. O líder do Partido Trabalhista britânico, Jeremy Corbun, acautelou abertamente contra um julgamento apressado em artigo no jornalGuardian, aqui . A propósito, mesmo a primeira-ministra May afirma apenas ser "altamente provável" que houvesse envolvimento russo (não excluindo outros patifes.) Contudo, um princípio fundamental na jurisprudência anglo-saxónica é de ninguém ser considerado culpado a menos que a culpa seja provada.

Na verdade, é possível um conjunto de explicações do que realmente pode ter acontecido em Salisbury. Ler uma análise excelente do respeitado académico britânico Richard Sakwa, professor de política russa e europeia na Universidade de Kent e investigador associado da Chatham House, intitulado The Skripal Affair,aqui .

Mesmo na América, há vozes de cepticismo. Um arrojado colunista formulou 30 perguntas que exigem resposta. (Ver a coluna de Bob Slane apresentada no sítio web do Ron Paul Institute for Peace and Prosperity, intitulada 30 perguntas que jornalistas deveriam fazer acerca do caso Skripal .)

Na minha opinião, toda esta controvérsia projecta-se como um teste decisivo da parceria euro-atlântica – em particular, da liderança transatlântica dos EUA – num momento de definição em que a Grã-Bretanha está a abandonar a condição de membro da UE. Isto por um lado. Mas, o mais importante, será que anuncia a construção de algo muito mais sinistro do que se poderia antecipar? Uma passagem particular do ensaio do Prof. Sakwa constitui um recordatório gélido do que pode estar a gestar o útero do tempo:

"A única questão é se a confrontação se dissipará, como aconteceu em relação a Agadir em 1911, ou se isto é a crise em câmara lenta de Sarajevo que poderia explodir em chamas em algum momento posterior... Será isto um outro caso do afundamento do Maine em 1898, onde a histeria pública subsequente provocou a guerra contra a Espanha só para se descobrir posteriormente que os paióis de munição do navio haviam explodido acidentalmente; ou um incidente do Golfo de Tonquim em 1964, o qual foi também uma operação de falsa bandeira mas provocou a escalada da Guerra do Vietname. O ocidente pode estar a "unir-se" contra a Rússia, como disse The Times em 16 de Março, mas para que propósito?".

27/Março/2018

[*] Diplomata e analista político, indiano. 

Ver também: 
  Is Trump Assembling a War Cabinet? , Patrick Buchanan
  'Skripal case is a carefully-constructed drama' , John Pilger (vídeo)

O original encontra-se em blogs.rediff.com/mkbhadrakumar/...

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ 

MOÇAMBIQUE | Um país indecente


@Verdade | Editorial

Os acontecimentos, que marcaram esta semana, relacionados com o acidente de viação que vitimou 26 pessoas e deixou outras com ferimentos graves no bairro Luís Cabral, em Maputo, e o sequestro do jurista, jornalista e comentador da STV, Ericino de Salema, são sintomáticos da precariedade da sociedade que temos estado a erguer.

Em menos de uma semana, os moçambicanos foram surpreendidos com dois factos bastante chocantes e indignantes. A primeira situação deu- -se no domingo último (25), quando um cidadão, com perfil desses novos endinheirados moçambicanos que despoletam como cogumelo depois da chuva, fazendo-se transportar numa viatura de alta cilindrada e fugindo da Polícia de Trânsito, colheu um grupo de pessoas que participava numa festa organizada na via pública, no bairro Luís Cabral, na cidade de Maputo. A segunda foi o sequestro de Ericino de Salema no início da tarde de terça-feira (27) defronte do Sindicato Nacional de Jornalistas (SNJ) por desconhecidos que o amarraram e violentaram antes de o abandonarem nos arredores do distrito de Marracuene, na cidade de Maputo.

Embora se trate de dois acontecimentos distintos, ambos chamam atenção sobre o estado decadente da nossa sociedade e do nosso Estado. Enquanto um revela a imprudência e irresponsabilidade no volante, o outro mostra o quão podre anda a nossa liberdade de expressão. Fazer-se ao volante embriagado e ignorar a Polícia de Trânsito vai-se tornando numa prática comum pelo país e as autoridades competentes continua a fazer vista grossa a essa realidade.

Em relação aos sequestros e tortura física e psicológica aos cidadãos por expressarem publicamente as suas opiniões, esta é mais uma prova de que ainda estamos longe de nos tornarmos efectivamente um Estado democrático. Hoje, os moçambicanos vivem intimidados por quem controla os meios do Estado. Infelizmente, a falta do bom senso e a violação dos direitos humanos continua ai, aparentemente sem rosto, a decidir sobre os destinos dos moçambicanos e da pátria. E graça aos meios de comunicação social, especificamente os independentes, que fazem com que todos os moçambicanos estejam a par dos acontecimentos, dos passos dados por um e por outro e que têm contribuído de forma significativa para colocar no debate toda essa imoralidade que grassa no país.

Portanto, toda essa situação é reflexo do descaso do Estado moçambicano e falta de princípios e valores dos seus cidadãos. Mas, diga-se em abono da verdade que, vale a pena lutar, para que, um dia, tenhamos um país decente.

ANGOLA | As terras e o combate à pobreza


Jornal de Angola | editorial

É uma boa notícia o facto de as autoridades estarem a tomar medidas para que se erradique a pobreza no país, por via do aumento dos rendimentos das famílias, integrando-se muitos milhares de pessoas em projectos produtivos, nos domínios das pescas, agricultura, comércio rural e pequenos negócios.

Angola é um país com muitas oportunidades em termos de actividade produtiva e era bom que o Estado continuasse a ajudar muitos angolanos a ter acesso a crédito para desenvolverem negócios que pudessem garantir-lhes uma vida digna.

Importa entretanto que o financiamento da actividade produtiva beneficie pessoas que estão realmente interessadas em, por exemplo, trabalhar a terra para que se produzam bens para serem comercializados, com vista a torná-los mais baratos no mercado. Não se deve dar dinheiro a pessoas que não estão vocacionadas para a actividade agrícola.  

É importante que haja muitos produtores no campo para que haja uma elevada procura de bens agrícolas, a fim de os preços destes baixarem consideravelmente. Há angolanos que sabem realmente tratar das terras e que podem fazer um bom aproveitamento delas. Não queremos que haja apenas ocupações de terrenos, sem que haja actividade produtiva quando há angolanos que estão dispostos a produzir o que todos nós precisamos. Não é justo que um pequeno grupo de pessoas ocupe largas extensões de terrenos sem nada lá fazer, quando há camponeses que estão em condições, pela sua experiência, de os potenciar, em benefício da economia. 

Temos de apostar na economia agrícola. Uma parte considerável da nossa população vive no campo, pelo que faz sentido que as autoridades prestem atenção aos projectos produtivos nas zonas rurais, no quadro do combate à pobreza.

Há felizmente em Angola recursos hídricos para se desenvolver a agricultura. Temos também cidadãos que são capazes de desenvolver projectos produtivos se lhes forem dadas oportunidades, sobretudo em termos financeiros.

É necessário que se preste atenção às competências dos angolanos que desenvolvem actividades agro-pecuárias. As terras devem ser exploradas por quem delas pode tirar o melhor proveito e deste modo contribuir para o desenvolvimento da economia. As terras constituem uma importante riqueza do nosso país. No momento de crise que atravessamos, devemos tirar melhor proveito das nossas principais riquezas.

LIVRO DE CONDOLÊNCIAS NA EMBAIXADA DA VENEZUELA


Maestro José António Abreu

Martinho Júnior | Luanda 

Um ignoto músico da cor do silêncio inclina-se perante teu exemplo e tua obra, que te transcende e terá, garantidamente fulgor vital, geração após geração, na mais universal das partituras.

O Sistema ampliar-se-á com a Revolução Socialista Bolivariana e é já um poderoso farol que inspirará outros estados, outras nações, outros povos e outros músicos, por que é indelével nas mais legítimas aspirações da própria humanidade.

Alguns maestros, alguns músicos, poderão abandonar a Venezuela Bolivariana, a pátria das mil orquestras, inebriados pelos becos atractivos da fama, dos aplausos, dos grandes salões e das elites.


Podem partir sem lástima e sem dano, para esses becos da ribalta, por que todos eles com teu Sistema terão certamente inesgotáveis substitutos, por que ribalta alguma poderá ofuscar a luz de teu legado imprescindível, um legado de vida muito para além de tua própria vida!

Por isso Maestro, todos nós músicos do silêncio, cidadãos do mundo, temos uma dívida imensa de gratidão, pois quem nos ensina uma avenida tão ampla, tão digna, tão solidária, tão prodigiosa, a memória não chega, o amor não chega: é a Terra por inteiro que estremece na harmoniosa, e cintilante luz de tua intemporal emoção!

“Martinho Júnior” = Vítor Manuel Guerreiro Viegas - Luanda, 29 de Março de 2018.

Fotos: Maestro José António Abreu e a Orquestra Kposoka de Angola (3 instantes da pequena cerimónia de apresentação de condolências na Embaixada da Venezuela em Luanda).

CATALUNHA E NOVICHOK | Cego, surdo, mudo


Pedro Carlos Bacelar de Vasconcelos* | Jornal de Notícias | opinião

Carles Puigdemont foi preso graças a uma operação policial desencadeada, em estreita colaboração, pelos governos de Espanha e da Alemanha. Mas a partir de agora o seu destino não está nas mãos dos polícias nem dos governantes dos dois países. Depois do tribunal belga - que não encontrou motivo para deter os exilados catalães - chegou a vez dos juízes alemães apreciarem o pedido de extradição do ex-Presidente do governo regional da Catalunha e decidirem se o vão entregar ou não. Vão acusados do crime de "sedição" que consiste no apelo ao derrube violento das autoridades legítimas de um estado soberano. Porque se trata de um "crime" tradicionalmente utilizado pelas ditaduras para perseguir a oposição e os dissidentes em nome da "segurança do estado", este crime foi apagado das constituições democráticas mais recentes, tal como fez a Constituição portuguesa de 1976, e naquelas onde se manteve - como, por exemplo, na Espanha ou na Alemanha - a sua interpretação é necessariamente limitada pela garantia dos direitos fundamentais e ponderada com a maior prudência no quadro dos valores do pluralismo democrático e do Estado de direito. É uma evidência permanentemente reiterada que os dirigentes catalães condenam a violência como instrumento da luta pela autodeterminação. Bem pelo contrário, continuam a reclamar com inabalável determinação o diálogo com as autoridades espanholas. Transformar as divergências políticas em crime é indício de uma deriva perigosa e antidemocrática. Entretanto, o Comité de Direitos Humanos das Nações Unidas já recebeu as queixas de Puigdemont e outros dirigentes catalães presos ou exilados. Em consequência, o Governo espanhol foi notificado para responder às acusações de violação das obrigações que assumiu ao subscrever o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, cujo cumprimento é fiscalizado por aquele órgão das Nações Unidas. Puigdemont acusa as autoridades espanholas de tentarem contrariar a vontade democrática expressa pelos eleitores e denuncia a violação do direito à liberdade de expressão, "sem consideração de fronteiras" (artigo 19.º do Pacto Internacional), de "reunião pacífica" (artigo 21.º) e da "liberdade de eleger e ser eleito", e de "aceder, em condições gerais de igualdade, às funções públicas do seu país" (artigo nº 25.º). A Europa que tudo fez para evitar suspeitas de intrusão nos assuntos internos de um estado membro, por quanto tempo se vai manter silenciosa? A situação dos presos políticos catalães não é compatível com a proteção internacional dos direitos humanos nem com a Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia. Aguardemos, pois, a sentença dos tribunais alemães.
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As vidas de um espião russo e da sua filha estão em perigo, em consequência de um atentado em Inglaterra. A primeira-ministra britânica acusa os russos e os russos negam e dizem que a origem do veneno só poderá ser estabelecida quando se conhecer a fórmula usada. Entretanto, um deputado do PSD indignou-se nas redes sociais contra o Governo português por não ter imitado os estados que expulsaram diplomatas russos, apesar de o Ministério dos Negócios Estrangeiros ter manifestado a sua solidariedade com a Inglaterra e com os parceiros europeus. E o deputado foi mais longe, invocando a coragem de Sá Carneiro, numa crise dos anos 80, para qualificar como cobarde a "moderação" do Governo do PS que, até agora, se limitou a chamar o nosso embaixador em Moscovo. O deputado não explica porque devia Portugal seguir o exemplo dos governos que expulsaram diplomatas russos ao contrário dos estados europeus e dos membros da NATO que não o fizeram. O deputado também não explica quantos diplomatas devia Portugal expulsar para fazer boa figura. Sessenta seria suficiente? Tal como fez Donald Trump, depois de felicitar Putin pela sua reeleição? Ou bastaria expulsar um, imitando a Irlanda? Mas se o deputado nem sequer distingue entre a União Soviética, extinta em 1989, e a Federação Russa, nascida muito depois da morte de Francisco Sá Carneiro, que mais se lhe pode exigir? Que estude!

* Deputado e professor de direito constitucional

PORTUGAL | O alerta britânico e o possível apoio logístico a 'jihadistas'


Ataques terroristas em Portugal "não podem ser descartados", avisou o Reino Unido, no mesmo dia em que o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) relembrou a possibilidade de Portugal ser usado como ponto estratégico para 'jihadistas'.

OReino Unido alertou, esta quinta-feira, para a possibilidade de ataques terroristas em Portugal, especialmente durante a Páscoa, pedindo nas suas recomendações aos cidadãos britânicos que pensem visitar Portugal que estejam particularmente atentos e "vigilantes nesta altura".

"Os ataques podem ser indiscriminados, incluindo lugares visitados por estrangeiros",  pode ler-se na nota publicada no portal do Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico.

O Reino Unido deixou mesmo uma lista de recomendações  para tentar minimizar o risco de ser apanhado no meio de um atentado. Entre elas, o governo recomenda que os cidadãos britânicos estejam atentos "às notícias sobre o país e a região", e que tenham atenção quando estiverem em "zonas religiosas". 

Recorde-se que esta chamada de atenção ocorreu no mesmo dia em que o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), referente a 2017, apesar de ter classificado a ameaça terrorista em Portugal como moderada, recordar que o país pode ser utilizado como plataforma de apoio para os 'jihadistas', quer como forma de passagem, quer como apoio logístico.

O relatório refere, no entanto, que "continuam a não ser identificadas referências específicas" ao país na propaganda difundida por organizações terroristas, mas recorda que Portugal enfrenta riscos semelhantes aos de um conjunto de países da Europa, pois não é imune ao terrorismo.

Já antes do relatório ter sido divulgado também o ministro dos Negócios Estrangeiros tinha chamado a atenção dos portugueses para o terrorismo. "Todos os portugueses" estão sujeitos à ameaça terrorista, alertou Augusto Santos Silva.

Sara Gouveia | Notícias ao Minuto | Foto Global Imagens

Sábado na Luz | "É um jogo difícil para o Vitória mas o Benfica não pode escorregar"


Antigo capitão do Vitória SC garante que o jogo será difícil para os vitorianos mas alerta para o facto de o Benfica não poder perder pontos.

Cafú mudou-se para a Polónia em fevereiro mas continua a acompanhar bem de perto aquilo que se passa em Portugal e no campeonato. O médio de 25 anos não tem dúvidas que o jogo entre Benfica e Vitória SC, agendado para sábado (18h15), será um jogo intenso e importante. 

Em declarações ao Desporto ao Minuto, Cafú diz acreditar que o Vitória vai ter pela frente uma partida complicada, mas refere também que o Benfica não pode "escorregar". 

"No sábado também tenho jogo, mas espero uma partida difícil, como é natural quando o Vitória vai à Luz. É um jogo contra um candidato ao título, mas o Benfica também não pode escorregar. O Vitória está a fazer uma época um pouco irregular, mas eu espero que possa ganhar", começou por dizer, prosseguindo.

"Espero que seja um grande jogo. O campeonato está a acabar e todas as equipas querem ganhar pontos e prevejo um jogo difícil também para o Benfica", vincou. 

Questionado sobre o caso de Junior Tallo, jogador que esteve afastado depois de ter feito um gesto obsceno na direção dos adeptos, o antigo capitão do Vitória SC repudia o ato, mas não deixa de referir que os jogadores, por vezes, reagem de cabeça quente. 

"Assim que vi aquilo, eu sabia que ia ser assim. Quem não tem um bom comportamento com aquela massa associativa, já sei que será difícil. Eu também estou numa posição difícil. Às vezes agimos de cabeça quente. Eu não me revejo naquele gesto, mas pode acontecer a qualquer um. Foi ele, amanhã posso ser eu", começou por referir sobre o tema.

"Tenho um carinho muito especial por aquela gente. Acredito que os dirigentes geriram a situação da melhor maneira e agora vai depender do empenho dele daqui para a frente. Li o comunicado do pedido de desculpas dele e depois a resposta da claque [White Angels]. Eu já sei como funciona aquela casa, é um problema particular. O jogador tem de dar o máximo em campo e se for criticado tem de saber lidar com isso. Se tudo correr bem, ele será perdoado", explicou Cafú, deixando, para último lugar, um desejo para o que falta da temporada. 

"Otimista como sou, acho que o Vitória vai fazer um bom final de época. Há jogadores com quem joguei, sei que o clube tem qualidade, mas concorrência é forte. Houve Liga Europa, eleições, muitas coisas ao mesmo tempo. Mas acredito que a época vai terminar da melhor forma e o Vitória vai deixar uma boa imagem no campeonato", rematou Cafú. 

Francisco Amaral Santos | Notícias ao Minuto | Foto Global Imagens

Fruta podre | SUSPEITAS DE CORRUPÇÃO NO BELENENSES-FC PORTO


DENÚNCIA ANÓNIMA NO MINISTÉRIO PÚBLICO POR SUSPEITAS DE CORRUPÇÃO NO BELENENSES-FC PORTO

Partida está agendada para a próxima segunda-feira

Foi feita esta quinta-feira uma denúncia anónima no Ministério Público (MP) por suspeitas de corrupção no Belenenses-FC Porto da próxima segunda-feira, referente à 28.ª jornada da Liga NOS. No documento, os alegados factos denunciados envolvem os nomes de Luís Gonçalves (diretor-geral da SAD portista), Joaquim Pinheiro (delegado em partidas do FC Porto B) e Luís Alves (agente).

Em causa, segundo a denúncia anónima feita junto do MP, está uma suposta confissão de Luís Alves onde este revela que esteve reunido com Luís Gonçalves e Joaquim Pinheiro, tendo-se comprometido a contactar dois ou três jogadores do Belenenses antes da referida partida com os dragões. Na mesma denúncia é feita ainda referência ao facto de Alves ter sido o empresário de Kadu na transferência do jogador do Restelo para o Dragão, em 2006/2007, e de supostamente ser dono do Café Varanda Azul.

O MP irá agora investigar a denúncia, seguindo o procedimento habitual nestes casos.

Record | Foto: Movenotícias

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