Com data de hoje, 15.04, o ex-PR
vagueante, Cavaco Silva, disse mais umas coisas na eventual posição bicos dos pés
– para ser ouvido e notado. Pela parte do PG conseguiu, quase de além túmulo
vislumbramos a figura e do que disse acorremos ao Expresso para divulgar as
preciosidades das palavras ditas naquele tom esganiçado e algumas vezes
dislexas, talvez devido a cordas vocais semelhantes às de Oliveira Salazar, o
famigerado ditador português oriundo de Santa Comba Dão. No espaço democrático
e inclusivo do PG incluímos os ditos do referido figurão. Ficámos, como quase
sempre, com a mesma opinião: Já mete nojo. E, por bem, colocamos a questão: Por que
não te calas? Parafraseando os dignos do Alentejo: Tá bem, dêxa. Oh ome,
pranta-te mudo e quedo!
Redação PG
Cavaco Silva diz que idade da
reforma pode passar para os 80 anos em 2050
Declarações do ex-chefe de Estado
baseiam-se em previsões.
Em entrevista à Rádio Renascença, Cavaco Silva manifesta-se
ainda preocupado com o facto de o crescimento português estar a ficar aquém de
outros países da zona euro.“Este devia ser o tema central do debate das forças
políticas em Portugal”, defende o antigo Presidente da República
Cavaco Silva alerta que a idade
da reforma pode progredir gradualmente para níveis muito superiores ao atual.
Em entrevista à Rádio Renascença, a propósito das eleições europeias, o antigo
Presidente da República diz mesmo que em 2050 as pessoas poderão reformar-se
aos 80 anos.
“No futuro existirão mais ciclos
de atividade na vida de uma pessoa e a previsão é de que daqui a não muitos
anos, mas com certeza depois de 2030 que as reformas passem a situar-se a um
nível bastante superior aos 65 anos, que até aqui se conheciam. Fala-se mesmo
que perto de 2050 as reformas possam situar-se não muito longe dos 80 anos”,
afirma Cavaco Silva.
Segundo o antigo chefe de Estado,
o país deve apostar numa política de apoio da natalidade para resolver o
problema do envelhecimento da população e o desequilíbrio na Segurança Social.
“O nosso problema tem que ser resolvido através de uma política muito forte de
apoio à natalidade. Políticas que sejam capazes de convencer os casais a ter
mais filhos. Tem que ser esse o caminho a seguir por um país como Portugal”,
acrescenta.
O economista manifesta-se ainda
preocupado com o facto de o crescimento português estar a ficar aquém de outros
países da zona euro, alguns dos quais que também foram alvo de programas de
ajustamento. “Se olharmos à taxa de crescimento de Portugal e dos países da
zona euro, que fazem parte do nosso pelotão – que são a Estónia, Letónia,
Lituânia, Eslováquia, Eslovénia e a Grécia –, verifica-se que a taxa de
crescimento de Portugal é muito inferior à de todos esses países, mas não é de
uma décima, nem duas décimas, é muito muito inferior. Este devia ser o tema
central do debate das forças políticas em Portugal”, defende o antigo
Presidente da República
Caso se concretizem as previsões
avançadas pelo FMI, Portugal “dá mais um passo para chegar a ser a lanterna
vermelha dos países da UE”, insiste Cavaco.
Sobre a moeda única, o antigo
chefe de Estado é perentório e diz que considera que “o euro é o ativo mais
precioso” que a sua geração deixa aos jovens europeus. “O que eu peço é que
aproveitem bem todos os benefícios que resultam de terem uma moeda de
referência internacional, que é o euro.”
No final, Cavaco Silva dirigiu
ainda elogios ao ministro das Finanças, Mário Centeno, frisando que “foi um
prestígio para Portugal que ele tivesse sido escolhido” para líder do Eurogrupo
e uma crítica aos comentadores políticos. “Há muitos políticos, neste momento,
a serem comentadores na televisão, mas eu nunca fui comentador televisivo e
acho que é um dos grande males neste momento, em Portugal”, conclui.
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