quarta-feira, 17 de julho de 2019

#Filhadeputice ou Lava Jato?


Nem o Redentor Corcovado conseguiria encontrar outro título justo para o que se relaciona com a trama de hiperbaixeza em que enredaram o nome e a pessoa de Lula da Silva. Trazemos à vossa consideração o que segue, com consulta para a ligação que disponibilizamos. Vá em frente. Saiba mais sobre a filha de putice apelidada de Lava Jato. (PG)

"Ex-diretor da Odebrecht diz ter sido "coagido" a denunciar Lula no caso do "sítio" de Atibaia. A "delação premiada" de Carlos Armando Paschoal na Lava Jato foi decisiva para que o ex-Presidente fosse condenado a 12 anos e 11 meses de prisão. Uma das testemunhas-chave de um dos processos contra o ex-Presidente Lula, pelo qual foi condenado a quase 13 anos de prisão, admitiu ter sido 'coagido' a construir um relato incriminatório. (Público, Portugal)

Carlos Eduardo Silveira | Carta Maior

Brasil | As revelações Intercept: Plano dos EUA para desmontar a soberania nacional


Neste episódio José Álvaro Cardoso interliga as recentes revelações do The Intercept Brasilcomo plano nefasto estadunidense para desmontar a soberania nacional.

#CrimesNeoliberais é um programa semanal com o economista José Álvaro Cardoso e tem o Sintrajusc Sindicato Dos Trabalhadores e o Sintrasem Florianópolis como Apoiadores Culturais.

Todas as quartas, às 10h da manhã, um novo crime.

Desacato.info e Redes Sociais

Apresentação: José Álvaro Cardoso
Imagens e edição: James Ratiere
Apoio: Bibiana Magnabosco
Realização: Desacato.info e DIEESE-SC

A Farsa das Relações com a Rússia


Manlio Dinucci*

Manlio Dinucci relata a viagem de Vladimir Putin a Roma. Não há nada de novo em comparação com as outras viagens nos países da União Europeia, salvo a grande diferença retórica do governo de Giuseppe Conte: ele apresenta-se como um “soberanista,” se bem que obedeça aos desejos da NATO, como fazem os outros.

O estado das relações entre a Itália e a Rússia é “excelente”: afirmou o Primeiro Ministro Conte, ao receber em Roma, o Presidente Putin. A mensagem é reconfortante, na verdade, soporífera em relação à opinião pública. Limitamo-nos, fundamentalmente, ao estado das relações económicas.

A Rússia, onde funcionam 500 empresas italianas, é o quinto mercado extra-europeu para as nossas exportações e fornece 35% da procura italiana de gás natural. O intercâmbio - Putin especifica - foi de 27 biliões de dólares em 2018, mas em 2013 chegou a 54 biliões. Portanto, reduziu para metade o que Conte designa como a “deterioração das relações entre a Rússia e a União Europeia, que conduziu às sanções europeias” (decididas, na realidade, em Washington).

Porém, existe um “relacionamento intenso a todos os níveis” entre os dois países. Tons tranquilizadores que reflectem os da visita de Conte a Moscovo, em 2018 e do Primeiro Ministro Renzi, a São Petersburgo, em 2016, quando garantiu que “a expressão Guerra Fria está fora do contexto da História e da realidade”. Assim, a farsa continua.

Armas nucleares dos EUA na Europa


Rascunho de relatório afiliado à OTAN revela número e localização de armas nucleares dos EUA na Europa

Um rascunho publicado - e depois emendado - preparado por um membro de um organismo afiliado à OTAN, foi mais detalhadamente sobre a dissuasão nuclear da OTAN, revelando as localizações e o número de armas nucleares dos EUA na Europa.

Embora os dados tenham sido um segredo aberto de fato, nunca foram expostos em um documento vinculado à OTAN.

“Uma nova era para a dissuasão nuclear? A modernização, o controle de armas e as forças nucleares aliadas ”, um documento de autoria do senador canadense Joseph Day, não foi divulgado pela própria Aliança, mas está apenas a um passo de distância. Day participa do Comitê de Defesa e Segurança da Assembléia Parlamentar da OTAN, órgão interparlamentar consultivo do bloco militar. O rascunho original foi discutido na sessão da assembléia em Bratislava, Eslováquia, em 1º de junho, para ser mais revisado e finalmente adotado em sua sessão anual em Londres em outubro.

O MP do Partido Verde belga Wouter De Vriendt, que participou da sessão, forneceu a cópia do documento ao De Morgen diariamente. De acordo com o esboço, a OTAN armazena cerca de 150 bombas nucleares B61 em seis bases: Kleine Brogel na Bélgica, Büchel na Alemanha, Aviano e Ghedi-Torre na Itália, Volkel na Holanda e İncirlik na Turquia. Embora o projeto não diga quantas bombas cada uma das casas bases, a informação está prontamente disponível on-line, embora com diferentes graus de precisão.

EUA despejam óleo no incêndio do Golfo, Índia fica em silêncio


M. K. Bhadrakumar [*]

O apresamento de um petroleiro iraniano ao largo de Gibraltar pela British Navy na sexta-feira (5/7) está rapidamente a adquirir um carácter grotesco. A Grã-Bretanha actuou às ordens dos EUA; por sua vez, os EUA actuaram provavelmente às ordens da "Equipe B". Até agora, apenas um responsável de topo dos EUA exprimiu alegria acerca do incidente – o conselheiro de Segurança Nacional John Bolton, o qual naturalmente é membro do secretariado da Equipe B. Nenhum dos outros três membros da Equipe B – o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyau ou os dois príncipes coroados do Golfo (bin Salman e bin Zayed) avançaram nesta controvérsia.

A intenção original por trás da operação anglo-americana era claramente provocar os iranianos a alguma acção retaliatória. Mas o Irão recusou-se a ser provocado e está a aguardar o seu momento. Tivesse o Irão actuado impulsivamente ou precipitadamente, uma conflagração militar poderia ter-se seguido, a qual teria proporcionado simplesmente o álibi para um ataque militar em grande escala dos EUA a alvos iranianos. Mesmo o Artigo 5 da Carta da NATO sobre segurança colectiva pode ser invocado. A Equipe B tem estado à pesca de uma tal janela de oportunidade. A última visita do secretário da Defesa dos EUA a Bruxelas foi uma missão para arregimentar apoio da NATO para um ataque militar contra o Irão.

Entretanto, o Irão é suficientemente astuto para imaginar o plano de jogo anglo-americano. Teerão está indignada e advertiu de consequências , mas tudo ao seu tempo. Uma vez que o Irão se recusou a ser provocado, a Grã-Bretanha fez uma falsa alegação de que teria feito uma tentativa abortada para "intimidar" um petroleiro britânico. Teerão, naturalmente, negou furiosamente a alegação. Enquanto isso, há um movimento paralelo dos EUA parareunir uma "coligação de vontades" ostensivamente para proteger petroleiros no Estreito de Ormuz, uma via navegável iraniana. Há uma história por trás disso. 

Portugal | A lista dos devedores sem nome que geraram perdas de vários milhões


Em causa estão as dívidas dos 'grandes' clientes da Caixa Geral de Depósitos, BES/Novo Banco, Banif, BPN, BCP e BPI, bancos que desde 2007 já foram apoiados em 24 mil milhões de euros com fundos públicos.

O Banco de Portugal (BdP) divulgou na terça-feira a lista agregada dos grandes devedores dos bancos que recorreram a ajuda pública, informação em que não consta o nome dos clientes incumpridores e que implica limitações na interpretação dos dados.

A informação está disponível no 'site' do BdP, neste link, e foi discutida entre o banco central e os deputados da comissão parlamentar de orçamento e finanças tendo sido acordado que seria divulgada publicamente esta semana.

A informação implica várias tabelas para cada banco e cada momento em que recorreu a ajuda pública (por exemplo, CGD e Banif recorreram mais do que uma vez).

Em cada tabela são indicados grupos económicos devedores (sem referir nomes, apresentando-os por códigos), o valor do crédito inicial, o capital reembolsado, a exposição à data da ajuda pública, as perdas registadas nos cinco anos anteriores, os tipos de garantias e a existência ou não de medidas feitas pelos bancos para tentar recuperar o dinheiro emprestado.

Já as imparidades (perdas potenciais) não são apresentadas por cada devedor, mas apresentado o valor agregado total dos grupos de devedores em cada banco, o que dá menos informação sobre a perda que determinado grupo deverá implicar para o banco em causa.

Portugal | CGD: Caixa de Pandora

Cartoon em Diário de Notícias, Janeiro de 2017. Ainda atual.
Paula Ferreira | Jornal de Notícias | opinião

Mais do que saber para que serviu a Caixa Geral de Depósitos (CGD) durante os últimos anos, importa esclarecer o silêncio, a passividade, de quem tinha o dever de garantir que o banco público cumpria as suas obrigações e não o fez. O relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito à CGD, ontem entregue no Parlamento, não deixa margem para dúvidas. Tanto o acionista (ou seja, o Estado), como a entidade com a missão de supervisionar as decisões tomadas pelos sucessivos administradores (o Banco de Portugal), pouco ou nada intervieram. Demitiram-se, portanto, do seu papel.

Mas a questão de saber para que serviu, ou a quem serviu a Caixa, não deve ser esquecida. Findo o ciclo de investigação levado a cabo no Parlamento, caberá às autoridades judiciais encontrar essa resposta. Todo o material apurado pelos deputados será entregue à Procuradoria-Geral da República, entidade que apurará se houve ou não crime na forma como a CGD foi gerida.

Portugal | Caixa Geral de Depósitos, a grande porta giratória


As cadeiras do conselho de administração da CGD têm sido ocupadas por ex-governantes, dirigentes, militantes e gente ligada ao PSD, ao PS e ao CDS-PP, numa rotação em que o interesse nacional é submetido a interesses partidários e ao poder económico.

A polémica que envolve a actual composição do conselho de administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) esconde uma realidade: os cargos na gestão do banco público serviram para distribuir lugares de acordo com prioridades que nada têm a ver com os interesses da CGD. 

Recuámos a 1989, à época da privatização da banca, da criação da União Económica e Monetária e das maiorias absolutas do PSD, com Cavaco Silva como primeiro-ministro. Analisámos os dez mandatos que cobrem o período entre 1989 e 2015 e os números são claros: a passagem de ex-governantes, militantes, dirigentes e gente próxima do PSD, do PS e, a partir de 2004, do CDS tem sido regra na gestão da Caixa.

Portugal | Berardo desvaloriza impacto das suas dívidas na recapitalização da Caixa


Fundação José Berardo defende que as provisões para as suas dívidas apenas contaram para 1% do valor total colocado de lado pela Caixa até 2018. Só que utiliza os números até 2015, sem referir as imparidades de 2016

José Berardo desvaloriza o impacto que as suas dívidas tiveram nas provisões constituídas pela Caixa Geral de Depósitos e, portanto, nas causas da recapitalização de 3,9 mil milhões de euros do banco público em 2016.

Há um ponto de partida para este argumento da Fundação José Berardo: as provisões e imparidades – ou seja, os montantes reconhecidos como perdidos pelo banco – constituídas relativamente ao grupo ascenderam, até 2015, a 124 milhões de euros. Era 45% de toda a sua dívida, que superava os 300 milhões.

“Ao analisar o total das provisões da CGD entre o ano de 2006 (ano em que iniciámos a nossa relação comercial com a CGD) e o ano de 2018, o valor total de provisões no banco público foi de 12,362 mil milhões de euros”, começa por referir fonte oficial da Fundação José Berardo em declarações à imprensa.

“Assim os valores de 124 milhões de euros provisionados referidos no relatório preliminar, e assumindo que valor não se alterou até 2018, levam à conclusão de que o Grupo Berardo representava em 2018 na CGD 1,003% do total das provisões do banco público nesse período”, continua a mesma fonte autorizada em nome da fundação do universo do empresário madeirense.

Portugal | 16 devedores da CGD deram perdas de 1,3 mil milhões antes da capitalização


16 devedores da Caixa deram perdas de 1,3 mil milhões antes de o Estado capitalizar o banco

Caixa Geral de Depósitos tinha, à data da útlima capitalização, 16 grandes devedores. Um deles causou perdas superiores a 540 milhões

Os 16 maiores devedores da Caixa Geral de Depósitos foram responsáveis por perdas reais superiores a 1,3 mil milhões de euros nos cinco anos que antecederam a capitalização de 2017, quando o Estado colocou 3,9 mil milhões de euros no banco público. Estes são dados retirados do relatório publicado pelo Banco de Portugal, em que os grandes devedores dos bancos não são identificados, mas os montantes das dívidas sim.

Neste conjunto de perdas incorridas entre 2012 e 2017, há três devedores que mais prejuízos causaram à instituição financeira hoje em dia comandada por Paulo Macedo: foram de 542 milhões, 268 milhões e 187 milhões, cada.

Estas são perdas reais de todos estes grandes devedores sendo que, além disso, há também imparidades (dinheiro colocado de lado para precaver eventuais perdas futura) associados aos 16 créditos de 1.242 milhões.

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