É necessário levantar a restrição à atividade dos centros de saúde
Catarina Martins alerta que os médicos de família não estão a conseguir acompanhar as situações não covid e afirma que urge contratar equipas de saúde pública para os processos de vacinação, rastreio, contacto e testagem de forma a libertar os cuidados primários de saúde.
O Bloco de Esquerda reuniu esta terça-feira com o Presidente da República, tendo abordado a situação sanitária e a situação social. A delegação bloquista foi composta por Catarina Martins, Pedro Filipe Soares e José Manuel Pureza.
No final do encontro, a coordenadora do Bloco de Esquerda falou à comunicação social tendo afirmado que a delegação bloquista transmitiu ao Presidente da República que considera que “estamos numa fase de transição, em que o avanço da vacinação permite que as medidas face a esta quarta vaga sejam diferentes das medidas das vagas anteriores”.
“Nesse ponto de vista, consideramos que há algumas restrições de horário e de algumas atividades que não se provam úteis neste momento”, afirmou Catarina Martins, apontando a necessidade de “ir aliviando essas medidas”, mantendo a preocupação de que o “processo de vacinação seja o mais rápido possível” e que se mantanham medidas de controlo, como a testagem e o acmpanhamento pela saúde pública de todos os infetados.
Grande preocupação com os centros de saúde
“Temos uma grande preocupação também com os cuidados primários de saúde”, salientou a coordenadora bloquista, alertando que a vacinação, a testagem e o acompanhamento das pessoas infetadas “está a ocupar os cuidados primários de saúde”, neste momento.
Assim, “os médicos de família não conseguem acompanhar todas as outras situações não covid, que acompanham normalmente e que são fundamentais até na prevenção da doença no nosso país”.
“Se há uma restrição que tem de ser levantada é a restrição à atividade dos centros de saúde, das unidades de saúde familiar, dos médicos de família, dos enfermeiros de família”, frisou Catarina Martins, apontando que, para isso, “é necessário haver claramente contratação de equipas de saúde pública”.
“É preciso assumir que é preciso mais gente nos processos de vacinação, nos processos de rastreio, de contacto e de testagem para libertar os cuidados primários de saúde para a prevenção de doença e para todos os cuidados de saúde não covid”, reforçou.
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