segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Portugal | PIB CRESCE 4,9 EM 2021, ACIMA DAS EXPETATIVAS

O crescimento do PIB supera as previsões da Comissão Europeia, do Banco de Portugal e do Governo

A economia portuguesa cresceu 4,9% no ano passado, segundo dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Este crescimento supera as previsões da Comissão Europeia e do Banco de Portugal (4,5% e 4,8%, respetivamente).

De acordo com o gabinete estatístico, o Produto Interno Bruto (PIB) “registou um crescimento de 4,9% em volume, o mais elevado desde 1990, após a diminuição histórica de 8,4% em 2020, na sequência dos efeitos marcadamente adversos da pandemia”.

O aumento do PIB foi influenciado pela procura interna, que “apresentou um contributo positivo expressivo”, tendo-se verificado uma recuperação do consumo privado e do investimento. Já o contributo da procura externa “foi bastante menos negativo em 2021, tendo-se registado crescimentos significativos das importações e das exportações de bens e de serviços”.

Além de superar as previsões da Comissão Europeia e do banco central, supera também as previsões do Governo. O ministro das Finanças, João Leão, já tinha referido que estava confiante que o PIB crescesse mais de 4,5% e António Costa apontava para os 4,6% durante a campanha eleitoral. Porém, na proposta de Orçamento do Estado para 2022 – que foi chumbada – a previsão apontava para os 4,8%, mais próximo do valor divulgado pelo INE.

Quanto ao último trimestre de 2021, este apresentou um crescimento do PIB de 5,8% em relação a 2020. Neste período, “o contributo da procura externa líquida para a variação homóloga do PIB foi positivo, em consequência da aceleração em volume das exportações de bens e serviços” e a procura interna também teve um contributo mais positivo que no terceiro trimestre.

Face ao terceiro trimestre de 2021, “o PIB aumentou 1,6% em volume (crescimento em cadeia de 2,9% no trimestre anterior), refletindo uma diminuição do contributo positivo da procura externa líquida para a variação em cadeia do PIB”, indica ainda o INE.

Rita Robalo Rosa | Expresso

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