Bom dia nesta quase boa tarde. Mas mais vale tarde que nunca.
Eis a seleção do Expresso Curto que está pior que antes e a condizer com os tempos dos lambe botas, lambe traseiros e penduricalhos. A autoria é do diretor-adjunto Miguel Cadete, na grelha de partida para mais altas velocidades proporcionadas pelo tio Balsemão – esse sábio democrata de lombada salazar-marcelista. É o que temos. É aquilo a que se sujeitam. Até mesmo que pensem NÃO dizem SIM e sorriem, sujeitando-se, aquiescendo “assertivos”, “modernos”, “civilizados”, “democratas”, “humanistas”… Quanto mais se baixam mais se lhes vê quanto percebemos as suas hipocrisias de estimação e as sua febres de se safarem na vida atropelando o interesse comum. Pior que a pandemia covid, este contágio trouxe-nos ao descalabro que se vê, se cheira, se sente e nos vitima. Que perigosamente cresce…
Pois. “Mas isso agora não
interessa nada” – como dizia a “lançadora” do Big Brother e outras futilidades
populares
Portugal está repleto de mentes cujas crenças e ideologia se mantêm como antes de Abril de 1974, talvez não tarde o tempo de regressarmos ao horripilante cenário de que na Rússia “comem criancinhas ao pequeno almoço”. Muitos padrecas por este país o disseram, alguns jornalistas, doutores, engenheiros, plebeus estúpidos e analfabetos assim acreditavam e o diziam. Calhaus empedernidos, era o que era. Era o salazarismo, o anticomunismo primário fruto do nazifascismo de Salazar, do cardeal Cerejeira - esse biltre – e tantos outros que em Abril de 1974, ouviram, aprenderam e gritaram a palavra liberdade que nem conheciam, nem sabiam o que era para além do nome de uma avenida sob o olhar de um marquês: a Avenida da Liberdade. A “lavagem ao cérebro”, o anti-Rússia, o anti comunismo invadiu-os e passou-lhes para os genes. Ocorre que na atualidade se constata que não aprenderam quase nada de útil para as comunidades. Continuam a olhar egoistamente para os seus umbigos, e serem muito mais hipócritas, a dizer o que lhes possa dar vantagens, a fazer que são o que não são. Nem equacionam que afinal são escravos modernos e que a liberdade é o consumismo exacerbado, o Macdonalds, os vários telemóveis, computadores, os chaços em que se deslocam e as traquitanas todas da atualidade. São miseráveis mas julgam-se ricos ao principio do mês e quando lhes são concedidos os créditos bancários agiotas… A liberdade não é só isso. A maioria continua a ser enganada. A enganar-se a ela própria. A iludir-se. A crer nas loas de políticos e quejandos da mesma seita que enchem a boca com a palavra democracia mas agem com imensos critérios e práticas salazaristas “modernas”. Com papas e bolos se enganam os tolos. Sois tolos, e então?
Sigam para o dizer do Curto do Expresso que trazemos aqui parcialmente, por nada e por tudo. Pensem… Pensar não dói nada, e se doer… Abram a pestana.
Faça-se notar que temos
portugueses e europeus dos que não vão
Bom dia, se conseguirem depois de lerem curtas do Curto, a seguir.
Mário Motta
Setúbal oferece comité de boas vindas russo aos refugiados ucranianos. Este é o Expresso desta semana
1- Na manchete deste número está a história dos refugiados ucranianos que, ao chegarem a Setúbal, são recebidos por cidadãos russos pró-Kremlin. O processo é organizado pela câmara municipal, presidida pela CDU, que leva as ucranianas fugidas da guerra a ser interrogadas sobre o paradeiro dos seus familiares. Os seus documentos são copiados e é-lhes perguntado onde ficaram os seus maridos.
2- Rui Rio está contra a condecoração, no âmbito do 25 de Abril, de militares como Rosa Coutinho e Vasco Gonçalves. O PSD acusa os dois militares de terem tentado transformar a democracia nascida da Revolução de 25 de Abril numa “nova ditadura” de sentido contrário.
3- Para que serviu a ida de António Guterres a Moscovo e Kiev? Ana Gomes, António Monteiro, Margarida Marques e Diana Soller olham para o périplo do português na Rússia e Ucrânia.
4- Atente também na investigação sobre a Guerra Colonial, durante a qual um milhão e quatrocentos mil homens combateram em Moçambique, em Angola e na Guiné. Um terço eram africanos. Mas após o 25 de Abril foram deixados para trás num processo em que o Estado português não está isento de responsabilidades. São parte do outro lado da Revolução, parte de uma história até hoje silenciada: a dos comandos guineenses que um dia proclamaram: “Por ti, Portugal, eu juro”.
Tenha um bom fim de semana!
Miguel Cadete – diretor-adjunto do Expresso
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