Artur Queiroz*, Luanda
O deputado da UNITA Raul Tati escreveu um texto intitulado “os desvarios de Artur Queiroz” onde foge com o rabo à seringa porque eu denunciei que Jorge Congo, o bispo Belmiro Chissengueti e ele são apoiantes da FLEC, logo terroristas. A palavra “desvario” é usada para qualificar alguém que não está bem da cabeça, não tem os parafusos todos no cérebro.
Raul Tati foi eleito deputado nas
listas da UNITA porque se apresentou ao eleitorado como defensor da
independência de Cabinda. Os exploradores do petróleo na província pagam bem
aos traidores dos generais Angolanos. Pela primeira vez na História da
Democracia Representativa um terrorista está em pé de igualdade com os
democratas na Assembleia Nacional. Mas uma vez com o tacho de deputado
pendurado ao pescoço, o padre excomungado nega a existência de terrorismo
“Angola está fora da zona vermelha do fenómeno do terrorismo em África. Segundo as Nações Unidas, o conceito do terrorismo compreende toda acção que vise causar a morte ou graves ferimentos corporais contra civis ou não-combatentes (…) Angola não regista tal fenómeno nem mesmo a nível de ameaças prementes à segurança nacional. Portanto, evocar esse tipo de problema no contexto de Angola e ainda associar ao fenómeno o padre Jorge Congo, o bispo D. Belmiro e eu próprio, só pode ser um sintoma de falta de parafusos”.
A agência noticiosa portuguesa (e da UNITA) Lusa divulgou uma notícia com este título: “FLEC reivindica morte de militares angolanos em operação na qual morreram cidadãos brasileiros”. O texto abre assim: “A Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC) reivindicou a morte de três militares angolanos em resultado de uma operação realizada sexta-feira na área de Miconge, região de Buco Zau, na qual morreram ainda dois cidadãos brasileiros”. A notícia foi criada a partir de um comunicado da organização terrorista, assinado por João Mavinga Lúcifer.
O documento autêntico e citado pela agência noticiosa da UNJITA revela que os dois cidadãos brasileiros assassinados pelos terroristas eram mineiros e trabalhavam na “Mineradora Lufo”. O “general” da organização terrorista, João Mavinga Lúcider, empregado de Raul Tati, escreve: “A FLEC alerta todos trabalhadores estrangeiros em Cabinda que estão num território em guerra e todas as notícias de uma suposta pacificação de Cabinda, difundidas pelo Governo angolano, são mentiras políticas que põem em risco a vida de qualquer estrangeiro incauto no interior e nas cidades”. Os terroristas de Raul Tati e Belmiro Chisssengueti matam e ameaçam.