Bom dia. Este, a seguir, é o Curto do Expresso de hoje, laudas do artífice Cândido da Silva do famigerado veículo de comunicação do tio Balsemão Bilderberg e sabe-se lá mais o quê.
Hoje é quinta-feira, 24 de Abril. Há cinquenta anos por esta hora já havia operacionais militares disponíveis, vindos do ex-ultramar e não só, que estavam em pulgas para ouvirem tocar a reunir. Não muitos, mas uns quantos. Depois a coisa encheu-se deles e transbordou. Isto é só um reparo que parece estar sem ser de importância para a concretização e sucesso do Movimento dos Capitães que depôs o estado podre do salazar-marcelismo-fascista que assolou e massacrou a vida dos portugueses e dos cidadãos dos territórios além-mar ocupados-colonizados que em muitos casos já se haviam rebelado e lutavam com armas e dentes contra os mandantes do ‘puto’, então esta merda de país oprimido chamado Metrópole. Portugal para as coisas oficiais-colonialfascizantes. Adiante.
Cinquenta anos é muito tempo. Dá para aprender imenso… Parece que não, concluímos ao atentarmos no estado deplorável a que este país chegou. A data histórica e heróica de 25 de Abril de 1974 está a ser arrastada violentamente pelas ruas, pelos Passos Perdidos da Assembleia da República e pelo próprio Hemiciclo Parlamentar. Os do atual governo de direita recém chegados ao governo (PSD, CDS, PPM) dão o mote. Antes, após deposto por um golpe de estado gizado pela justiça/ministério-público (a pseudo-justiça) e mais uns quantos a saber, foi o governo de maioria PS, parece que saído do caneiro da trampa, que fugiu às suas responsabilidades e governou 'à la garder' e orgulhosamente só fazendo fretes à direita e aos ricos dos mais ricos, reservando ao povoléu as migalhas sobrantes. Coisas da política e da sacanagem criminosa e oportunista que se apoderou dos bens públicos esvaziando e mandando às malvas os interesses do coletivo a que chamamos povo…
Adiante que se faz tarde.
Recomeçando. Com que então este
arrazoado inicial é a abertura para o Curto do Expresso. Pois. Ora vamos lá ao
Curto já aqui
A começar com “Os valores de Abril”. Pois. Pois. Pois, pois.
Dito que um Carneiro, homem de
Abril, militar-capitão, foi quem liderou a revolução no Porto. Obrigado capitão Carneiro. Atualmente temos
carneiros a balir e em busca de mais e mais carcanhol para si próprios, família
e amigos. Surpresa: só lhes toca migalhas nos roubos. São pobres, pois claro
que pobres mas alegretes, os ignorantes abutrecos. Também temos carneiros
sempre falidos que se metameforsearam
Avancemos. Do Curto ‘aberto’ não pomos mais antecedentes. Já vamos longos. Além disso hoje estamos calões, no descanso. Estamos na expectativa de que surja por aí um novo 24 de Abril de pantufas que depois se transformará em calçado com cardas tipo PIDE/DGS e Polícia de Choque do Maltês. Avante fascistas da modernidade. O povo é carneiro.
Viva o pasto, pago a um euro a pitadinha de erva…
O Curto, a seguir. Para mais tarde desenjoar. E desculpem qualquer coisinha… As verdades são inconvenientes e indelicadas, não são? Pois, pois.
MM | Redação PG
Dia sim
João Cândido da Silva, coordenador do Expresso Online | no Curto do Expresso
Bom dia,
Antes de mais, um convite: hoje, às 12h00, "Junte-se à Conversa" com
David Dinis, José Cardoso e Cláudia Monarca Almeida para falar sobre "Os
valores de Abril". Inscreva-se aqui.
José Castro Carneiro, capitão que liderou a revolução no Porto, diz nunca ter comandado uma coluna militar tão
“desgovernada”. Cândido Tomás, que estava a receber instrução na Escola Prática
de Cavalaria, em Santarém, foi desafiado a participar num momento histórico e
juntou-se às forças de Salgueiro Maia que avançaram sobre Lisboa. Eugénio Ruivo
encontrava-se encarcerado na prisão de Caxias e foi um dos muitos
presos políticos libertados dois dias depois da queda do Estado Novo.
Estes são três testemunhos de cidadãos que relataram a sua experiência e as
memórias do dia em que a ditadura se desmoronou. O aniversário dos 50 anos do
25 de Abril, que se comemora nesta quinta-feira, foi o pretexto para o Expresso procurar novas histórias sobre a Revolução dos Cravos
e recuperar trabalhos que, publicados em anos anteriores, recordam os
protagonistas do dia e dos meses seguintes quando a construção do regime
democrático deu os primeiros passos e começou, também, a enfrentar as primeiras
ameaças.
A popularidade da data não parece ter rival e, se for um indicador fiável,
significa que a democracia está de boa saúde. Uma sondagem divulgada pelo Expresso há uma semana revelou que uma
larga maioria dos portugueses consideram-na o dia mais importante da História
de Portugal. Dois em cada três cidadãos têm aquela convicção e este resultado
indica que há mais pessoas agora a partilhar esta perspectiva do que acontecia
há dez ou 20 anos.
As liberdades de expressão e de opinião foram duas das mais relevantes
conquistas da revolução. Significaram o fim da censura, que desafiava a
imprensa a recorrer à criatividade para conseguir contornar o “lápis azul” de
quem decidia o que podia ser publicado e aquilo que ficava de fora das edições.
O podcast ‘Retratos de Abril’ regressa a este tempo para explicar como se faziam os
jornais no contexto de opressão em que o Expresso nasceu, pouco mais de um ano
antes do 25 de Abril.
Dezenas de eventos destinados a celebrar o meio século de democracia e
liberdade estão agendados para estes dias. De norte a sul do país, há
iniciativas para todos os gostos e, se estiver interessado em sair para a rua e
celebrar a data “mais importante” de sempre, este mapa interactivo pode ser útil na hora de fazer escolhas.
OUTRAS NOTÍCIAS
O diretor-executivo do SNS e os elementos da equipa que liderava pediram a demissão junto da ministra da Saúde.
Fernando Araújo diz que só se reuniu uma vez com Ana Paula Martins. Carlos
Cortes, bastonário da Ordem dos Médicos, afirma não ter ficado surpreendido.
O PS propõe uma maior descida do IRS para rendimentos até
2.500 euros, que garante estar “dentro da margem do Governo”. O Chega afirma estar disponível para viabilizar a medida sugerida
pelos socialistas.
PSD, PS e CDS chumbaram a proposta do PCP que visava avançar com uma
Comissão Parlamentar de Inquérito à privatização da ANA, realizada em 2013
durante o governo de Pedro Passos Coelho.
O que disse Sebastião Bugalho, enquanto jornalista e
comentador, sobre o líder da coligação pela qual se vai candidatar nas eleições
para o Parlamento Europeu?
Luís Montenegro e Rui Moreira encontraram-se nesta terça-feira pela primeira vez
depois do caso das listas da AD para as eleições europeias. O autarca do Porto
afirma que não quis abandonar a Câmara em troca de “um prato de lentilhas”.
Que eurodeputado ou partido estão mais perto da sua posição política? Há um
questionário ao qual pode responder para ajudar a dissipar as dúvidas.
Os partidos da direita radical começam por agitar a bandeira da imigração, mas
a sua “influência” vai muito além deste tema. O que muda com a sua presença ou apoio a governos na União
Europeia?
A Unidade Técnica de Apoio Orçamental refere que Portugal beneficia actualmente de “condições
únicas” para abordar os problemas estruturais da economia. Mas, em termos
orçamentais, há riscos provenientes das reivindicações salariais ou da redução
dos impostos.
O Reino Unido vai enviar um novo pacote de ajuda militar a Kiev. No
791.º dia de guerra, os serviços secretos britânicos reconhecem
"progressos lentos, mas crescentes" das forças russas na Ucrânia.
Telavive garantiu não ter enterrado qualquer pessoa durante as
operações militares em hospitais de Gaza, numa altura em que valas comuns com
centenas de pessoas continuam a ser encontradas junto aos locais até há poucas
semanas ocupados por Israel.
A 1 de agosto de 2014, um soldado israelita foi levado através de um túnel em
Gaza após sofrer uma emboscada. Desde então, a família pede a entidades internacionais que obriguem o Hamas a
devolver os seus restos mortais.
PODCASTS
A RTP2 emite “O Rochedo e a Onda”, uma mini-série de animação de dois episódios
que começa no dia 24 de Abril de 1974 e acaba no dia de hoje. No Expresso
da Manhã, Paulo Baldaia conversa com os autores, José Bandeira e Humberto
Santana.
O Governo propõe uma alteração no IRS que vai custar €348 milhões em 2024 e que
alarga a descida aos escalões mais altos. Não é muito, mas pode haver mais no
futuro. João Vieira Pereira e João Silvestre debatem as propostas de mudança no imposto no Money
Money Money.
A semana foi marcada pela apresentação dos cabeças de lista dos partidos às
eleições europeias. No que se esperava uma campanha amena, os nomes avançados
pelos dois maiores partidos foram uma enorme surpresa. Em análise no Lei da Paridade.
No Princípio Era a Bola. Rui Malheiro e Tomás da Cunha analisam o "auto-golo" que Schmidt marcou
com as suas declarações, elogiando-se a "evolução" de Rúben Amorim
durante a temporada.
Milhares de ex-combatentes da Guerra Colonial e antigos presos políticos mantêm
sequelas psicológicas das experiências traumáticas por que passaram. Num
episódio especial do podcast Que Voz é Esta?, gravado ao vivo na Livraria
Buchholz, por ocasião dos 50 anos do 25 de Abril, Arlindo Jesus, ex-combatente,
e Carlos Coutinho, que esteve preso em Caixas mais de um ano, partilharam o seu testemunho, acompanhados por Luísa
Sales, psiquiatra e ex-coordenadora do Observatório do Trauma da Universidade
de Coimbra.
O QUE EU ANDO A LER
O final da Segunda Guerra Mundial representou, para os países da Europa de
Leste, o início do trajecto que os colocaria sob a influência soviética,
condenados a décadas de regimes ferozmente repressivos. Estaline e os
dirigentes dos partidos comunistas de países como a Alemanha oriental, a
Polónia e a Hungria começaram a perceber, bem cedo, que a esperança de tomarem
as rédeas do poder através de eleições não tinha qualquer fundamento. Começou,
então, a ser aplicada uma estratégia de crescente domínio sobre áreas vitais,
que dispensou mesmo as mais elementares regras democráticas.
É sobre este percurso rumo a regimes totalitários que Anne Applebaum escreve,
com abundância de pormenores, em “A Cortina de Ferro”. Invariavelmente, agentes
soviéticos e comunistas locais assumiram o controlo dos ministérios do Interior
e da Defesa, das estações de rádio, na época o mais poderoso dos meios de
comunicação, e de outros sectores e instituições essenciais até eliminarem todo
e qualquer resquício de liberdade e de pluralismo.
Esta obra não é recente, mas em tempos em que a liberdade parece ser um valor
escassamente estimado e, até, fora de moda, “A Cortina de Ferro” merece ser
lido, ou relido. Ajuda a perceber, a propósito da data que Portugal comemora
nesta quinta-feira, como a liberdade é frágil e que, uma vez perdida, se torna
muito difícil de restaurar.
O QUE EU ANDO A OUVIR
“The Sky Will Still Be There Tomorrow”, Charles Lloyd. Aos 86 anos, o
saxofonista Charles Lloyd é uma lenda viva do jazz e não dá mostras de querer
abrandar as actividades. Neste novo álbum conta com a preciosa companhia do
pianista Jason Moran, do contrabaixista Larry Grenadier e do baterista Brian
Blade. Há temas inéditos e reinterpretações, com ênfase na melodia, numa das
melhores gravações de Lloyd.
‘What Times Are These’. Jamie Baum. Durante a pandemia de covid-19, Jamie
Baum concentrou-se na composição de novos temas, inspirados no trabalho de
diversas poetisas contemporâneas. Depois, juntou um septeto, assim como um
notável naipe de vocalistas, entre os quais se inclui Sara Serpa, para registar
música sofisticada e executada de forma impecável.
“Cloudward”, Mary Halvorson. A guitarrista e compositora reúne a banda com
a qual gravou “Amaryllis”, um dos grandes álbuns de 2022. Nos trabalhos
liderados por Halvorson aquilo que se espera é música original e desafiante. Os
temas de “Cloudward” não destoam e ainda dão espaço de respiração aos
diferentes solistas.
E é tudo. Acompanhe a actualidade no Expresso, Tribuna e Blitz, veja as sugestões do Boa Cama Boa Mesa e tenha um excelente dia.
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