Aumento da comunidade põe Escola Portuguesa a "rebentar pelas costuras"
01 de Setembro de 2012, 09:48
Maputo, 01 set (Lusa) - A Escola Portuguesa de Moçambique (EPM) atingiu o limite da sua capacidade, face ao crescente aumento da comunidade no país, e também à procura por alunos de outras nacionalidades, admite à Lusa a diretora do estabelecimento.
"Todos os dias há pedidos" para ingresso na escola, diz Dina Trigo de Mira, acrescentando: "Para nós, a escola atingiu o máximo. Por exemplo, há duas turmas do 8.º ano que estão com 29 alunos".
Para o ano letivo que arranca na segunda-feira, a EPM conta ter cerca de 1.600 alunos, nos ensinos pré-escolar, primário, e secundário, mas já há uma lista de espera com cerca de 100 estudantes, nenhum dos quais português.
A maior procura incide nos ensinos pré-escolar e primário, e a EPM segue o critério de dar prioridade aos alunos transferidos de Portugal.
Uma das formas de ultrapassar a sobrelotação poderá ser a ampliação do estabelecimento, mas o processo não é fácil, porque implica a passagem a definitiva de uma licença para uso provisório de um terreno, para construção de novas salas de aula.
Criada em 1999, a EPM tem 117 professores, portugueses, e alunos de 14 nacionalidades, na maioria portugueses e moçambicanos, que seguem o currículo nacional. Nos últimos exames nacionais, a escola teve "resultados bastante razoáveis", enquanto nos do secundário a escola tenha seguido os maus resultados das escolas portuguesas, mas para pior, admite a diretora.
"No ensino básico, os resultados foram bastante razoáveis, um bocadinho acima da média nacional, e a nível do secundário, as notas que baixaram em Portugal, baixaram ainda mais aqui", diz Dina Trigo de Meira, que anuncia "maior exigência" para o próximo ano letivo
"Vamos abrir o ano letivo com uma reunião de docentes de um dia e meio com a conclusão de um debate que houve no final do ano passado e apontar para uma melhoria de práticas pedagógicas", diz.
"Este ano vamos ser muito mais exigentes em tudo: a nível de fardamento, de disciplina dos alunos dos professores. A escola está ficar muito grande, se não formos rigorosos isto pode descambar e nós queremos que esta seja uma escola de excelência e de referência em Moçambique", acrescenta a diretora.
LAS.
Exportações cresceram 19 por cento em 2011
31 de Agosto de 2012, 15:11
Maputo, 31 ago (Lusa) - As exportações de Moçambique cresceram 19 por cento em 2011, atingindo um valor de 2,1 mil milhões de euros, segundo dados do Instituto moçambicano para Promoção de Exportações (IPEX).
No mesmo ano, as importações de Moçambique totalizaram 3,6 mil milhões de euros, referem os dados do IPEX.
Segundo o IPEX, a venda do alumínio da Mozal, de eletricidade, gás, tabaco, camarão e produtos agrícolas contribuíram para o crescimento das exportações, 70 por cento das quais foram para a Holanda, África do Sul, Portugal, China e Zimbabué.
Números já divulgados referem que, em 2011, as exportações moçambicanas para Portugal cresceram 44%, o mesmo valor que as suas importações da antiga potência colonial.
Moçambique exporta igualmente para a Índia, Malaui, Espanha, Itália e Quénia.
MMT.
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
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