MSE - Lusa
Díli, 12 nov (Lusa)
- O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, afirmou hoje que quer
tolerância zero para o crime organizado no país e pediu ajuda à Comunidade dos
Países de Língua Portuguesa (CPLP) para troca de informações e experiência.
"Tolerância
zero e por isso mesmo é que gostávamos de ter uma cooperação muito estreita com
a polícia da CPLP na medida em que a troca de informações é muito
importante", afirmou Xanana Gusmão.
O primeiro-ministro
timorense falava no final da sessão de abertura da VII reunião do Conselho de
Chefes da Polícia da CPLP, que decorre em Díli entre hoje e quinta-feira.
"Nós somos
ainda um país muito fraco em vários aspetos e frágil na nossa capacidade de
responder ao que pode passar mesmo pelos nossos olhos", disse Xanana
Gusmão, referindo-se às apreensões de droga feitas recentemente no país.
Segundo o
primeiro-ministro, até agora Timor-Leste tem impedido que o país se venha a
tornar num local de trânsito.
"Mas sabemos
que eles vão melhorar as suas capacidades para provar se estamos capazes",
salientou, acrescentando que o combate ao crime organizado é uma questão muito
importante para o futuro do país.
As forças de
segurança de Timor-Leste realizaram recentemente várias operações de combate ao
narcotráfico, que se saldaram pela apreensão de vários quilos de cocaína e a
detenção de vários estrangeiros, nomeadamente indonésios e da África do Sul.
Segundo fonte policial,
a semana passada a polícia deteve e o tribunal condenou a três anos de prisão,
um nacional da África do Sul, empresário no país, por falsificação de
documentos para obter a nacionalidade timorense.
Em 2011, dois
cidadãos chineses foram condenados a 12 anos de prisão por tráfico de seres
humanos, acrescentou a mesma fonte.
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