Dinheiro Vivo -
Lusa
O líder do PS, que
respondia a perguntas de jovens, criticou os líderes da Europa "da família
política do Governo"
O secretário-geral
do PS afirmou hoje, em Braga, que a Europa está a ser liderada por "gente
egoísta" e que é necessária uma "outra Europa", com
"competência para resolver os problemas" que cada país não consegue
resolver sozinho.
No arranque de uma
viagem pelo país com o programa "As Pessoas estão primeiro", António
José Seguro disse ainda que "julgava impensável" que um
primeiro-ministro "em democracia" defendesse a redução do salário
mínimo nacional. Para o líder socialista, a afirmação de Pedro Passos Coelho
"é inaceitável" e revela "falta de sensibilidade" social.
Seguro, que
respondia a perguntas de jovens, criticou os líderes da Europa "da família
política do Governo", apontando esta liderança da Europa como um entrave.
"O problema que nós temos é que a Europa é hoje liderada por gente
egoísta, que olha mais para si numa lógica imediatista, sem perceber que, se
não trata dos problemas dos outros, no futuro, os problemas lhe vão chegar à
sua porta", apontou.
Para o líder
socialista, "é necessário que a Europa perceba" que são
"precisas soluções comuns para enfrentar problemas comuns", por isso,
defendeu ser "ponto assente" a necessidade de mudanças.
"Precisamos de outra Europa, mas de que outra Europa nós precisamos?",
questionou António José Seguro, para depois responder: "Precisamos de uma
Europa que tenha competências para resolver os problemas, não os nossos, mas os
que cada país individualmente não consegue resolver sozinho", apontou.
Já sobre questões
de política nacional, o líder socialista acusou o primeiro-ministro de
insensibilidade social no que toca à questão da redução do salário mínimo
nacional. "Nós propusemos um aumento do salário mínimo nacional e o
aumento das pensões mais baixas. Viram qual foi a resposta do primeiro-ministro?
Que é contra o aumento do salário mínimo nacional e, se pudesse, até
baixava", contextualizou.
A resposta de
Passos Coelho, acusou Seguro, "expressa falta de sensibilidade
social", considerando ainda que esta é uma "posição inaceitável"
por parte do Governo.
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