PMA – APN - Lusa
Maputo, 28 mai
(Lusa) - O secretário-geral da Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO),
Ungulani Ba Ka Khosa, exprimiu hoje à Lusa "regozijo" com a entrega
do Prémio Camões ao compatriota Mia Couto, considerando-o "uma distinção
mais que merecida".
Na segunda-feira,
Mia Couto foi anunciado, em Lisboa, como vencedor da 25ª edição do Prémio
Camões, "pela sua vasta obra ficcional caracterizada pela inovação
estilística e pela profunda humanidade".
Numa reação a esta
distinção, Ungulani Ba Ka Khosa, considerado um dos 100 melhores escritores
africanos do século XX, disse que "a notícia é um motivo de regozijo e
orgulho" para a literatura moçambicana.
"A cada ano e
por alturas do anúncio do Prémio Camões, a comunidade dos escritores
moçambicanos questionava se não seria a vez do Mia, e foi desta", referiu
o autor do Ualalapi.
O secretário-geral
da AEMO assinalou o facto de Moçambique ganhar pela segunda vez o Prémio
Camões, depois de o poeta José Craveirinha ter sido distinguido em 1991.
"O segundo
reconhecimento, como o primeiro, traduzem a boa qualidade da literatura
moçambicana, o seu valor e alcance extra-murros", disse Ungulani Ba Ka
Khossa.
Sobre um próximo
Prémio Camões moçambicano, o secretário-geral da AEMO elogiou a nova geração de
escritores moçambicanos, mas observou que "a literatura não é feita para
ganhar prémios, porque os prémios são a consequência natural do trabalho
literário".
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