quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

COP quer avaliar sustentabilidade financeira dos Jogos da Lusofonia e da CPLP

 


Lisboa, 30 jan (Lusa) - O presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP) defendeu hoje a necessidade de uma reavaliação do modelo de realização separada dos Jogos da Lusofonia e da CPLP, de modo a verificar a sua sustentabilidade financeira.
 
"É necessário verificar se o atual modelo tem sustentabilidade", sustentou José Manuel Constantino, em declarações à agência Lusa, depois de recordar que os jogos da Lusofonia e da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa) "dirigem-se basicamente aos mesmos países".
 
O líder máximo do olimpismo nacional escusou-se a avançar qualquer caminho alternativo, designadamente a fusão dos dois eventos, afirmando pretender apenas "avaliar se para o Desporto dos respetivos países o modelo atual deve manter-se".
 
Constantino sublinhou que "a realização destes jogos envolve custos financeiros muito avultados" e, por isso, é necessário verificar se continua a fazer sentido a realização dos dois eventos em separado ou se se deve caminhar para "outro modelo, que pode até nem ser a fusão".
 
O presidente do COP remeteu para o chefe da missão o balanço dos Jogos da Lusofonia, que terminaram quarta-feira em Goa, na Índia, e nos quais Portugal conquistou 49 medalhas (18 de ouro, 20 de prata e 11 de bronze) e a segunda posição.
 
Optando por um "balanço institucional", José Manuel Constantino classificou a participação portuguesa de "positiva", recordando que "apesar das condições adversas" e do facto de os Jogos não terem ocorrido na data mais favorável, houve a preocupação de "garantir boas condições aos atletas", além de "minimizar os custos financeiros" das deslocações para um país tão distante como a Índia.
 
"Economizar o mais possível", designadamente nas deslocações, foi o lema do COP para os Jogos da Lusofonia, o que deverá repetir-se nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, porque apesar de a dotação financeira ser a mesma de Londres2012, os cortes orçamentais afetaram as federações vão ter reflexos na prestação olímpica.
 
José Manuel Constantino adiantou ainda à Lusa que a possibilidade de envolvimento da iniciativa privada no financiamento do desenvolvimento desportivo, nomeadamente o de alto rendimento, será um dos temas a abordar no Congresso Nacional Olímpico, que vai decorrer nos dias 03 e 04 de março, na Maia, subordinado ao tema "Pensar o Olimpismo - Um testemunho para o futuro".
 
JPS // PA - Lusa
 

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