sábado, 1 de fevereiro de 2014

Portugueses não acreditam na recuperação do país e baixam nota ao governo

 


Portugueses voltam a baixar a nota ao executivo de Passos Coelho. Cavaco aproxima-se do seu melhor resultado
 
Luís Rosa e Pedro Rainho - jornal i
 
Em Janeiro, os portugueses retomam a maré descendente de cotações do governo, ao atribuírem ao executivo de Passos Coelho 7,1 valores no primeiro barómetro i/Pitagórica do ano. A melhor classificação desde o início da avaliação – com oito valores atribuídos há apenas um mês – sofre agora uma inversão.
 
Quando responderam ao inquérito deste mês, os portugueses – sobretudo aqueles abrangidos pelas medidas de austeridade – já poderiam ter constatado no primeiro recibo de 2014 o corte que veio com o Orçamento doEstado para este ano. Talvez isso possa explicar a quebra de quase um ponto na classificação do executivo – o que significa que mais 7% dos inquiridos atribuíram nota igual ou abaixo de oito valores face aos que o tinham feito em Dezembro.
 
Os residentes da região Centro, mas também os do Alentejo e doAlgarve, são, este mês, quem mais penaliza o governo. Os piores resultados atribuídos ao executivo até ao momento ficam, ainda assim, a pouco menos de dois pontos de distância do resultado agora alcançado – em Março do ano passado, o governo inscrevia o seu mínimo histórico de 5,2 valores.
 
A subida das classificações negativas deste mês é resultado directo da perda de pontos nas parcelas intermédia e superior da tabela – há menos portugueses a dar entre oito e 14 valores e entre 14 e 20, considerando quase metade (48,5%) que a prestação do executivo não merece mais que sete valores.
 
belém em clima positivo A tendência decrescente do executivo de Passos Coelho contrasta com a subida na popularidade do Presidente da República, que este mês volta a aproximar-se do seu melhor resultado de sempre, em Julho de plena crise política.
 
A nota continua no negativo – como acontece fatalmente com quem ocupa qualquer um dos cargos de poder –, mas Cavaco Silva chega em Janeiro aos 7,9 valores, a apenas uma décima do seu momento alto.
 
O envio do diploma da convergência das pensões para o Tribunal Constitucional – e, pouco depois, o chumbo pelos juízes do Palácio Ratton – poderá ter contribuído para o melhor resultado do Presidente da República. O facto de perder votos nas parcelas intermédia e inferior da tabela (entre 0 e 14 valores) significa que, no barómetro deste mês, Cavaco consegue entrar no novo ano com 17,2% de portugueses a atribuírem ao Presidente da República as notas mais altas.
 
Mas as fatias mais significativas do bolo das classificações surgem, ainda assim – e como se percebe pela classificação final deste mês –, distribuídas pelas notas medianas e mais baixas, com destaque para o fundo da tabela. Cavaco reúne este mês 42,9% de classificações atribuídas entre os zero e os oito valores. Não muito distante, o universo de inquiridos que contribui com notas mais favoráveis – entre oito e 14 valores – fica-se pelos 39,9%.
 
 
Foto: António Pedro Santos
 
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