Pequim, 24 mar
(Lusa) -- O governo chinês pediu hoje à Malásia que entregue "toda a
informação e provas" que levaram a concluir que o avião da Malaysia
Airlines, desaparecido desde 08 de março, caiu no Oceano Índico.
A posição de Pequim
foi comunicada pelo porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Hong
Lei, numa breve nota divulgada depois de o primeiro-ministro da Malásia, Najib
Razak, ter informado, em conferência de imprensa, que novos dados de satélites
tinham confirmado que a última posição do avião desaparecido tinha sido no sul
do Oceano Índico, a sudoeste de Perth (Austrália).
"É com
profunda tristeza e pesar que devo informar que, segundo novos dados, o voo
MH370 terminou no sul do Oceano Índico", disse o chefe do Governo malaio,
citando novas informações provenientes do Departamento de Acidentes Aéreos do
Reino Unido (AAIB, sigla inglesa) e fornecidas pela Inmarsat, empresa britânica
especializada em satélites e comunicações.
A bordo do Boeing
777-200 viajavam 239 pessoas, incluindo 153 cidadãos chineses.
Antes do anúncio de
Najib Razak, a companhia Malaysia Airlines enviou aos familiares dos
passageiros do voo MH370 uma mensagem, na qual informava sobre os últimos dados
e lamentava que "ninguém tinha sobrevivido".
"A Malaysia
Airlines lamenta profundamente ter que concluir para além de qualquer dúvida
razoável que o [voo] MH370 se perdeu e que nenhuma das pessoas a bordo
sobreviveu", referia a mensagem da companhia aérea.
Num hotel em
Pequim, os familiares dos passageiros chineses, que aguardavam notícias há mais
de duas semanas, manifestaram a sua dor e a sua indignação em reação ao anúncio
das autoridades da Malásia.
Algumas pessoas
desmaiaram e várias ambulâncias foram chamadas ao local.
Alguns familiares
pediram mais provas às autoridades e apelaram para a continuação das operações
de busca.
As autoridades
malaias não forneceram qualquer informação sobre o que terá acontecido com o
avião, que fazia a ligação entre Kuala Lumpur e Pequim e que desapareceu dos
radares civis da Malásia cerca de 40 minutos depois da descolagem.
SCA // JMR - Lusa
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