Bocas do Inferno
Mário
Motta, Lisboa
Depois
de tantos escândalos que envolvem corrupção, atitudes de escândalo e atropelos à
transparência que deve existir sempre - ainda mais num estado de
direito - Juan Carlos abdica a favor de seu filho. Como um smoking que lhe deixa
de servir ou que não convém vestir o rei entrega ao filho o povo e o país. É isso a monarquia
e ainda mais em Espanha. Juan
Carlos , o herdeiro do ditador Franco, considerou por bem sair do
trono e dar posse a seu filho como rei. E depois dizem que isto é democracia.
Será, mas do faz de conta. Lembra aquele faz de conta da miudagem quando
brincava aos médicos (de faz de conta) com o fito de ver o pipi da menina para "a tratar" e se possível ainda mais…
Espanha
vai mudar de rei como quem muda de camisa. Realizar um referendo para constatar
da vontade dos plebeus nem pensar. Ai que medo. Minha santa monarquia. Mas os
republicanos querem um referendo e vislumbram que quando acontecer, se
acontecer, a monarquia vai sair de rastos pela direita baixa do palco das
aberrações e dos contos de fadas, de ogres e bobos da corte.
Felipe
VI. O novo reizinho. O medroso. E talvez merdoso. “Proibidas manifestações em Madrid durante
proclamação de Felipe VI”. Consta nos jornais. A mostra da imposição da
monarquia “democrática” espanhola aí está.
Da
proclamação vêm os ecos: “Seis partidos espanhóis com representação parlamentar
estarão ausentes da proclamação de Felipe VI como rei de Espanha na
quinta-feira, numa cerimónia que decorrerá numa sessão conjunta das Cortes
Gerais espanholas.” Mas que “democracia” tão exemplar. Rei imposto, com medo da
consulta popular.
Dizem mais de Espanha: "Os povos não se herdam nem são um móvel que passa de pai para filho", disse na altura do debate no Congresso um deputado da esquerda republicana. Numa verdadeira democracia assim seria.
Dizem mais de Espanha: "Os povos não se herdam nem são um móvel que passa de pai para filho", disse na altura do debate no Congresso um deputado da esquerda republicana. Numa verdadeira democracia assim seria.
Espanha,
ditatorialmente, vai ter um novo paspalho no trono, um rei. Filipe VI, o Imposto. Conho!
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