Pante
Macassar, Timor-Leste 20 ago (Lusa) - O presidente da Região Administrativa
Especial de Oecussi (Timor-Leste), Mari Alkatiri, pediu hoje à população do
enclave para trabalhar e participar no processo de desenvolvimento, que arranca
ainda este mês com o início de várias obras.
"Nenhum
milagre vai acontecer. Ou há trabalho, participação e compreensão ou
dificilmente as coisas poderão ser feitas", afirmou Mari Alkatiri, antigo
primeiro-ministro do país e secretário-geral da Frente Revolucionária do
Timor-Leste Independente (Fretilin).
Mari
Alkatiri falava em
Pante Macassar , capital de distrito do enclave, onde hoje
liderou pela primeira vez uma cerimónia do Estado timorense como presidente da
Região Administrativa de Oecussi, para assinalar o 39º aniversário da criação
das Falintil, transformadas em força regular depois da independência do país.
"Oecussi
é um projeto-piloto. A escolha de Oecussi é um pouco voltar a história. Assim
como Timor-Leste começou em Oecussi, o desenvolvimento de Timor-Leste vai
começar em Oecussi, mas para se estender para todo o país", salientou Mari
Alkatiri.
Oecussi
é conhecido como o berço de Timor-Leste por ter sido o primeiro ponto da ilha
onde os portugueses se estabeleceram.
O
presidente da Região Administrativa disse também ao veteranos que
"continuam a ter obrigações", apesar dos direitos já adquiridos.
"Os
direitos são uma forma de reforçar e dar mais energia aos veteranos para
cumprirem os seus deveres. Não é beneficiar dos direitos e pensar que a
participação deles terminou", sublinhou.
Mari
Alkatiri tomou posse no início de agosto como presidente da Região
Administrativa de Oecussi, onde vai ser implementado o projeto da Zona Especial
de Economia Social de Mercado.
A
Zona Especial de Economia Social de Mercado pretende incentivar o
desenvolvimento regional integrado através da criação de zonas estratégicas
nacionais atrativas para investidores nacionais e estrangeiros.
O
objetivo é retirar a Oecussi o estatuto de enclave e conferir-lhe o estatuto de
polo de desenvolvimento nacional, sub-regional e regional, ficando Ataúro, no
âmbito deste polo, direcionado para o turismo integrado.
MSE
// PMC - Lusa
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