Dominic
Sio e Zheng Anting consideram que Macau deve cumprir a Lei Básica rigorosamente
e apostar no ensino do patriotismo aos jovens
Sandra
Lobo Pimentel – Ponto Final
Os
deputados Dominic Sio e Zheng Anting usaram ontem o período de intervenções
antes da ordem do dia na primeira reunião plenária da nova sessão legislativa
para falarem sobre o movimento “Occupy Central”, defendendo para Macau o
cumprimento da Lei Básica.
A
primeira intervenção coube a Dominic Sio, nomeado, que enfatizou a importância
de “respeitar o poder do Governo Central sobre Macau”, porque, “só assim é que
se contribuirá para a prosperidade e a estabilidade permanentes de Macau”. O
deputado acredita que quando o cumprimento da Lei Básica esteja
“consciencializado na sociedade, estarão consolidadas as bases para a formação
do amor à pátria”.
Sobre
os acontecimentos em Hong
Kong , considera que o movimento é ilegal e que tem sido “um
meio usado por manifestantes para lutar pela democracia através do impacto na
ordem social normal, da paralisia do trânsito e da perturbação da vida dos
restantes residentes”, o que está a “prejudicar gravemente” a região vizinha em
vários aspectos.
Também
sobre o impacto do movimento, Zheng Anting afirmou que o turismo, o comércio e
o mercado financeiro foram “gravemente abalados” pelos acontecimentos, citando
académicos da RAEHK que estimam prejuízos económicos na ordem dos 380 mil
milhões de dólares de Hong Kong.
O
deputado, eleito por sufrágio universal na lista encabeçada por Mak Soi Kun,
defendeu ontem que o “Occupy Central” fez com que Macau “ficasse a perceber que
não se pode precipitar no alcançar da democracia” e que “o primado da lei é
precisamente o valor nuclear que o Governo tem de defender”.
“Quem
pretende atingir ‘à força’ algum objectivo ‘pré-delineado’, só vai levar a
sociedade à anarquia”, disse Zheng Anting, que questiona se, nessa altura, a
democracia terá algum significado.
O
deputado solicita então ao Executivo local que “cumpra rigorosamente a lei de
defesa e segurança do Estado, que promova o patriotismo nas escolas e previna a
infiltração de forças do exterior”, isto, para “evitar” que alguém “financie
actividades para provocar a desordem em Macau”.
Também
Dominic Sio considera que “os jovens perderam, de um modo geral, os seus
objectivos de vida”, e por vivermos “na era da Internet”, “emergem conceitos
menos abrangentes e pensamentos irracionais, o que leva à desconfiança no Governo
e à insatisfação para com a sociedade”. Por isso, sugere que os jovens conheçam
“os valores tradicionais da moral e respeito pela lei”.
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