sábado, 27 de dezembro de 2014

TIMOR SEM AMEAÇAS À SEGURANÇA EM 2014. GOVERNO COM MUITO POR REVELAR




Ano 2014 em Timor-Leste foi de estabilidade e sem ameaças à segurança -- Fundação Mahein

24 de Dezembro de 2014, 17:54

Díli, 24 dez (Lusa) - A organização não-governamental timorense Fundação Mahein afirmou hoje, em comunicado divulgado à imprensa, que o ano de 2014 foi de paz e estabilidade, sem registo de grandes atos de violência ou revolta.

"Em comparação com os últimos anos, não houve grandes atos de violência ou revolta. A Fundação Mahein acredita que o período pacífico e de calma se ficou a dever a uma maior interação e solidariedade entre os cidadãos e as forças de segurança", refere a organização timorense.

Segundo a Fundação Mahein, em 2014 assistiu-se a uma "maior cooperação entre as instituições de segurança e os cidadãos", nomeadamente através do policiamento comunitário, que permitiu uma maior proximidade entre a polícia e as comunidades para prevenir conflitos e garantir mais segurança.

Para a organização, o grande acontecimento do ano foi a expulsão do país dos magistrados estrangeiros, a maior parte dos quais portugueses.

"Uma ação controversa que recebeu apoio e críticas. O impacto ainda tem de ser visto, mas é de salientar que o ambiente em Timor-Leste permaneceu bastante calmo e estável", salienta a organização.

Para 2015, a Fundação Mahein espera que todos os cidadãos continuem a contribuir para a paz e a segurança de Timor-Leste, para criar um ambiente de estabilidade capaz de atrair investimento estrangeiro essencial para o desenvolvimento do país.

MSE // CSJ

Norte-americana detida em Timor tem de ficar no país até dois anos - Advogado

26 de Dezembro de 2014, 23:46

Díli, 26 dez (Lusa) - A cidadão americana que foi detida em Timor-Leste em outubro e libertada na quinta-feira vai ter de permanecer no país por um período que pode chegar a dois anos, disse hoje o seu advogado.

A norte-americana Stacey Addison, uma veterinária que estava há cerca de um ano a fazer uma viagem pelo mundo, foi detida em Díli em meados de setembro quando a polícia mandou parar um táxi que partilhava com outros passageiros, um dos quais transportava droga.

Apesar de ter sido libertada da prisão, Addison está impedida de viajar para o estrangeiro, não podendo sair de Díli, disse hoje o seu advogado Paulo Remédios: "A investigação pode demorar um a dois anos, tempo durante o qual ela está impedida de fazer qualquer viagem para o estrangeiro", afirmou o advogado, confirmando a libertação na quinta-feira e salientando que "ela continua a ser suspeita".

Na página de apoio criada na rede social Facebook, explica-se que ela foi libertada da prisão no dia de Natal, mas que o passaporte continua nas mãos das autoridades timorenses enquanto decorre a investigação.

A veterinária, que tinha acabado de entrar no país vinda da Indonésia, partilhou um taxi com uma pessoa que diz não conhecer e que o carro parou para essa pessoa receber um pacote, que se provou vir a ser metanfetaminas.

A polícia deteve toda a gente que estava no táxi.

O tribunal distrital de Díli decidiu apreender o passaporte à mulher como medida de coação enquanto a investigação prosseguia.

A cidadã norte-americana acabou por, a 29 de outubro, ser vista alterada a medida de coação para a prisão preventiva após o Tribunal de Recurso ter dado provimento a um recurso apresentado pelo Ministério Público.

Na página do Facebook de Stacey Addison, anuncia-se numa mensagem que a mulher já saiu da prisão de Gleno, onde estava detida, e que se encontra na casa de visitas do antigo Presidente de Timor-Leste José Ramos-Horta, onde vai ser vista por um médico e ter "tempo para recuperar e descansar".

Na mesma mensagem informa-se que o passaporte ainda não foi entregue, mas que vai continuar a ser apoiada até ter o "passaporte na mão" para viajar para casa.

MBA(MSE) // APN

PR de Timor-Leste destaca capacidade de enfrentar dificuldades do povo timorense

24 de Dezembro de 2014, 16:48

Díli, 24 dez (Lusa) - O Presidente de Timor-Leste, Taur Matan Ruak, destacou hoje na mensagem de Natal a capacidade dos timorenses para enfrentarem as dificuldades num país que ainda tem muitos desafios pela frente.

"Ao longo do ano que está a findar, falei sempre do que fizemos como povo e dos desafios que temos pela frente. Mas estou certo de que o ano de 2015 será um ano de realizações", afirmou Taur Matan Ruak.

Segundo o chefe de Estado timorense, a história de Timor-Leste provou o que os timorenses são "capazes de fazer".

"Temos recursos e somos um povo que sabe enfrentar as dificuldades", disse.

Na mensagem, o Presidente relembrou também que a quadra festiva é a altura do ano em que as pessoas estão mais disponíveis para os "vulneráveis e menos favorecidos na vida".

MSE // CSJ

Timor-Leste não autoriza publicação do relatório do FMI referente a 2014

23 de Dezembro de 2014, 18:02

Díli, 23 dez (Lusa) - O Governo de Timor-Leste impediu o Fundo Monetário Internacional (FMI) de publicar o relatório relativo à vigilância das políticas económicas, financeiras e cambiais (Artigo IV) do país, refere a organização na sua página na Internet.

"A opinião do Conselho de Administração foi resumida e transmitida às autoridades do país. As autoridades não consentiram a publicação do relatório da equipa", refere o FMI, sem especificar as razões para a falta de autorização, numa mensagem divulgada a semana passada.

A análise do FMI a Timor-Leste foi concluída a 15 de setembro, tendo o fundo emitido em outubro um comunicado à imprensa, no qual recomenda ao país a realização de reformas estruturais mais profundas para apoiar um crescimento sustentável e a redução da pobreza.

O FMI recomendou também às autoridades timorenses que garantam um controlo adequado sobre as zonas económicas especiais, sublinhando que a suas atividades financeiras e fiscais devem ser incluídas no orçamento nacional, bem como a melhoria da qualidade e divulgação das estatísticas económicas.

Em relação ao dinheiro proveniente do petróleo, o FMI encorajou as "autoridades a continuarem a aplicar políticas prudentes que visem reforçar a estabilidade macroeconómica e a responder às necessidades de desenvolvimento, segundo o Plano Estratégico de Desenvolvimento do Governo" timorense.

Ao abrigo do Artigo IV, o FMI tem um mandato para exercer vigilância sobre as políticas económicas, financeiras e cambiais dos seus membros para garantir o funcionamento eficaz do sistema monetário internacional.

Segundo a organização não-governamental timorense La'o Hamutuk, o Governo timorense não permitiu a divulgação do relatório por estar em desacordo com o conteúdo do mesmo.

"A La'o Hamutuk está desgostosa com esta decisão, porque acreditamos que a informação variada é essencial para o desenvolvimento de políticas económicas e fiscais sustentáveis e equitativas", refere em comunicado hoje divulgado à imprensa.

MSE // JPS

Austrália apoia setor da saúde em Timor-Leste com entrega de equipamento informático

23 de Dezembro de 2014, 17:06

Díli, 23 dez (Lusa) - O governo australiano entregou ao Ministério da Saúde de Timor-Leste equipamento informático para recolha de informação, monitorização e avaliação de dados do setor, informou hoje em comunicado em embaixada da Austrália em Díli.

O equipamento doado faz parte da primeira fase de um programa de apoio ao setor de saúde no país e que tem como objetivo garantir melhores serviços de saúde aos timorenses.

Com o equipamento, os funcionários do setor da saúde dos distritos, subdistritos e aldeias timorenses podem recolher informação e introduzi-la diretamente no sistema informático.

"O equipamento é uma ferramenta essencial para o Ministério da Saúde recolher informações de confiança e em tempo útil. O equipamento também vai ajudar a monitorizar e a gerir os serviços de saúde", afirmou, citado no comunicado, o embaixador da Austrália em Díli, Peter Doyle.

O donativo, de cerca de 400 mil dólares, inclui 160 computadores, 80 tabletes e acessórios para distribuir por várias unidades de saúde em quatro distritos.

MSE // JPS

Em 2015, Timor-Leste deve afirmar-se como credível e atrair investimento -- Mari Alkatiri

22 de Dezembro de 2014, 18:22

Díli, 22 dez (Lusa) - O antigo primeiro-ministro timorense Mari Alkatiri defende que 2005 deve ser o ano em que Timor-Leste se afirma como um país pacífico, credível e capaz de atrair investimento.

"Gostava que se consolide e realmente que se afirme Timor-Leste como um país pacífico, como um país credível a nível internacional, como um país que atrai atenções e investimento, que é um país com projeções para o futuro muito claras como um Estado de Direito democrático", afirmou à agência Lusa Mari Alkatiri.

Mas, segundo o também secretário-geral da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin, oposição), o mais importante para 2015 vão ser as eleições dos chefes de suco e o início da pré-desconcentração administrativa nos municípios pilotos de Liquiçá, Ermera e Aileu.

"O mais importante para 2015 é o ano de preparação para eleições de suco, o período experimental de programas pilotos para os municípios que vão ocupar muito as atenções do Governo", sublinhou.

Os sucos são um conjunto de entre cinco a seis aldeias e o seu chefe é eleito pela população que compõem aquela comunidade. A eleição dos chefes de suco, ainda sem data prevista, tem apoio logístico e financeiro do Governo, mas formalmente, aquela eleição não é apoiada pelos partidos políticos.

A pré-desconcentração administrativa tem como objetivo reorganizar os serviços da administração local do Estado através da criação de uma única estrutura diretiva, que será responsável pela prestação dos serviços públicos básicos às populações locais.

"No que me toca diretamente, naturalmente que o ano de 2015 vai ser o ano do verdadeiro arranque do programa de Oecussi", salientou Mari Alkatiri, referindo-se à Zona de Economia Social de Mercado, que lidera.

No âmbito daquele projeto, que pretende incentivar o desenvolvimento regional integrado através da criação de zonas estratégicas nacionais atrativas para investidores nacionais e estrangeiros, arrancaram ainda este ano várias obras de melhoramentos das infraestruturas, nomeadamente estradas, pontes, central elétrica e hospital.

Outro assunto que vai dominar o ano de 2015, é a presidência timorense da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), mas Mari Alkatiri defende que o "Governo deve andar mais depressa".

"Já estamos há alguns meses da cimeira, todos dizem que a cimeira foi um sucesso, eu sempre disse, que fazer e organizar a cimeira faz-se, o mais difícil é presidir durante dois anos", disse.

Para Mari Alkatiri, as dificuldades prendem-se com o facto de Timor-Leste ser o país mais distante da CPLP, mas também devido às "capacidades institucionais limitadas".

Outro aspeto que preocupa, Mari Alkatiri é a gestão do processo de adesão da Guiné Equatorial.

"Já é membro, mas ser membro não advém da simples decisão de ser admitido. É preciso ver daqui para frente o quê que a Guiné Equatorial vai fazer para cumprir com as promessas que fez em Díli", sublinhou o antigo primeiro-ministro, acrescentando que será preciso continuar a gerir a situação na Guiné-Bissau.

Um outro assunto que vai dominar vai ser as negociações para delimitação das fronteiras marítimas com a Austrália.

"Eu tenho já experiência negocial e naturalmente que as duas partes vão dizer que querem negociar fronteiras mas para chegar a um acordo não vai ser fácil", disse.

Segundo Mari Alkatiri, é preciso começar por "algum lado" num processo em que "ninguém pode recusar negociar".

"O país que recusa negociar está a isolar-se. Da nossa parte, as nossas posições são claras nisso, o direito internacional está do nosso lado, mas cada um interpreta à nossa maneira", disse.

O início das negociações para a definição das fronteiras marítimas com a Austrália, que Timor-Leste considera determinante para a soberania do país ficar completa, foi anunciado em outubro, mas vão estender-se durante o ano de 2015.

As negociações tiveram início, depois de os dois países terem decidido suspender, por um período de seis meses, o processo que decorre no tribunal arbitral internacional, onde Timor-Leste pede que os tratados para exploração dos hidrocarbonetos no Mar de Timor sejam anulados por alegada espionagem da Austrália

MSE // PJA

*Título PG

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