O
administrador da concessionária diamantífera angolana Endiama assume que está
para breve a descoberta no país de uma nova mina de diamantes de grande
dimensão, face aos resultados dos estudos já realizados.
De
acordo com informação transmitida pelo presidente do conselho de administração
da Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endiama), Carlos Sumbula, estão em
curso em Angola estudos de prospeção de kimberlitos (campos com uma espécie de
rocha magmática com diamantes) e alviões, em conjunto com outros parceiros.
"Podemos
dizer que os indícios que estamos a encontrar indicam que acabaremos por
descobrir uma mina importante", disse o presidente do conselho de
administração, a propósito do 34.º aniversário da Endiama, que se assinalam em
janeiro.
Depois
do petróleo, os diamantes são a principal fonte de receita angolana, tendo
rendido em 2014, até novembro, 1,2 mil milhões de dólares (mil milhões de
euros).
Carlos
Sumbula acrescentou que os estudos já realizados, em conjunto com parceiros da
Endiama, concluíram que os kimberlitos mineralizados e os diamantes explorados
ao longo dos últimos cem anos - a exploração iniciou-se ainda no período
colonial português - representam apenas uma pequena parte do potencial do país.
"A
certeza de descobrir uma mina importante é cada vez maior, quando olhamos para
o estudo que a Endiama fez com o Alrosa que demonstrou que o subsolo angolano
tem kimberlitos importantes e bem mineralizados", sublinhou.
A
Endiama assinou em 2013 um acordo com a empresa russa Alrosa, para prospeção de
diamantes em Angola, tendo em conta estimativas iniciais que apontam para que
apenas 10 por cento das reservas angolanas são conhecidas.
Dados
da indústria diamantífera mundial apontam Angola como quinto maior produtor de
diamantes, mas a sua produção representa apenas 8,1 % do valor global mundial.
Lusa, em Notícias ao Minuto
Sem comentários:
Enviar um comentário