quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

ATAQUE A REDAÇÃO DO JORNAL FRANCÊS HEBDO FAZ 12 MORTOS




Ataque a tiro contra a redacção matou 12 pessoas, entre elas quatro cartoonistas: Cabu, Charb, Tignous e Wolinski

Um ataque contra a redacção do jornal satírico francêsCharlie Hebdo, em Paris, causou pelo menos 12 mortos, incluindo dois polícias, dizem fontes da polícia citadas pela imprensa francesa.

Três homens encapuzados entraram no edifício do jornal armados com armas automáticas e dispararam contra a redcção, envolvendo-se depois num tiroteio com os seguranças e fugindo a seguir num automóvel que roubaram, atropelando um transeunte na sua fuga.

Entre as vítimas mortais estão quatro cartoonistas do jornal: Cabu, Charb, Tignous e Wolinski.

O mesmo representante da polícia confirmou que três homens armados com armas automáticas e espingardas terão entrado na sede do jornal esta manhã de quarta-feira, com o rosto coberto. “Abriram fogo sobre todos, foi um verdadeiro massacre”, contou a fonte policial. “Depois os indivíduos saíram, e houve outro tiroteio com a polícia.”

Jornalistas que se encontravam num edifício próximo da sede do Charlie Hebdo conseguiram filmar os atacantes, num vídeo em que se ouve “Allahu Akbar” (Deus – ou Alá – é grande). Testemunhas ouvidas pela polícia disseram ainda que os atacantes gritaram “Vingámos o profeta”, segundo o jornal Le Monde.

As autoridades colocaram o nível de alerta de segurança no máximo na região de Paris e o presidente francês, François Hollande convocou uma reunião do gabinete de crise para as 15h00 (a mesma hora em Luanda).

Este é o segundo ataque contra as instalações do Charlie Hebdo, depois das suas instalações terem sido destruídas em Novembro de 2011 por um incêndio de origem criminosa. Os radicais não gostaram do facto de o jornal ter feito uma edição especial sobre as eleições na Tunísia com o profeta Maomé como chefe de redacção.

Maomé já lhe tinha valido ódios fundamentalistas em 2006, quando o jornal republicou os cartoons sobre o profeta que o dinamarquês Jyllands-Posten havia publicado.

Rede Angola

Sem comentários:

Mais lidas da semana