quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Família de angolano morto na cadeia do Linhó lamenta falta de assistência




Familiares dizem que Lee dos Santos teria sobrevivido se fosse imediatamente assistido

Familiares do recluso angolano Lee dos Santos, assassinado este domingo, na prisão do Linhó, em Sintra (distrito de Lisboa), estão convictos que ele ainda teria sobrevivido se fosse imediatamente assistido, divulgou a Angop.

A “inexplicável” falta de guardas no momento do incidente, segundo os familiares, “foi determinante para que Lee dos Santos não recebesse imediatamente os primeiros socorros, depois de ter sido atingido com arma branca num ombro e no abdómen”.

“A sensação de que ele não teria logo morrido e que aguardava pela libertação já em Abril deste ano, torna a nossa dor ainda mais profunda”, queixa-se uma das primas do malogrado, abordada pela agência.

Aprisionado na cadeia de Linhó, desde 2011, depois de quase três anos antes ter estado detido no Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL), Lee dos Santos tinha a sua libertação prevista para o mês de Abril deste ano, altura em que completaria os exactos sete anos e meio de prisão por furto, roubo e posse de arma proibida.

A morte de Lee dos Santos, morador no conhecido bairro lisboeta da Quinta do Mocho, maioritariamente habitado por imigrantes dos países africanos de expressão portuguesa, mereceu já, ontem, o repúdio da Federação das Associações Angolanas em Portugal (FAAP), que se mostrou indignada.

No seu comunicado, a FAAP deplora “profundamente” e manifesta que houve “ruptura dos serviços prisionais e falta de guardas”, expressa à imprensa pelas autoridades prisionais portuguesas.

A FAAP disse esperar ainda que a morte do cidadão não esteja associada a situações de “racismo ou outro análogo de discriminação condenável”, alertando, porém, que “se for o caso, os angolanos não irão tirar ilações precipitadas pelo facto de o processo estar sob investigação”.

Angop, em Rede Angola

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