Mário
Motta, Lisboa
Diz
Paulo
de Morais no Facebook que os deputados nos desprezam. Concluímos assim, com
as provas apensas, que afinal é o Parlamento que despreza os cidadãos. Está na
onda de outros órgãos de soberania (de alguns) que trazem à trela e com desdém
milhões de portugueses que displicentes acreditam e votam nos partidos do Arco
da Governação. Mamarracho que já ocupa os poderes vai para 40 anos e leva
balanço para rivalizar com o lisboeta Arco da Rua Augusta, este Arco da
Governação parece ter-se inspirado nos filmes de Al Capone e da Camorra, tergiversando
por Lojas Maçónicas e Opus Dei, que são agora os sindicatos da modernidade,
entre outros tão secretos que nem sabemos de suas existências. Mas que dão para
enriquecer ilicitamente e rapidamente. Perdão. Já me perdi. Quando escrevo
sobre bandidagem, crimes, suspense, até me imagino a escrever um livro ao
estilo do Ross Pynn tarimbeiro (jornalista português que amealhava algum com a
vasta obra de há décadas). O ordenado era muito magro.
Voltando
à vaca fria e escanzelada, cheiinha de fome… Paulo de Morais aborda no referido
Facebook o facto de o desprezo do Parlamento reservar dois ou três minutos para
apreciar e discutir (ou não) sobre as petições que ali recebe dos portugueses e
deve tratar com a dignidade que se impõe. Pois. Dois ou três minutos de desprezo e venha
outra petição. E mais outra. E outra. Petição é sinónimo de pedinchas? Até parece que sim. Pelo que os deputados não
se sentem virados para aturar pedinchas atentas, venerandas e agradecidas. Devemos
de mudar o nome às petições para surtir efeito e o pretendido ser discutido
convenientemente e com a maior das atenções pelo Parlamento. Até porque os
cidadãos não têm de pedir nada aos deputados mas sim exigir que cumpram as suas
funções dispensando a atenção e trato merecidos pelos que neles votaram e
ali os colocaram para defender os seus pontos de vista, os seus interesses, os
interesses da sociedade que deviam representar em vez dos lobies e outras
golpadas e trafulhices. O Parlamento é para parlar. Para parlar com observância
sobre tudo que preocupa os portugueses que lhes solicitam atenção e solução de
casos específicos constantes nas petições.
Passo
ao Paulo de Morais, que é motivo desta prosa por ter dado no FB o pontapé de saída.
“O
Parlamento permite aos cidadãos a participação na discussão pública através do
direito de petição. Mas na prática despreza os assuntos propostos. Num só dia
(hoje, quinta, 8) discutem-se sete petições: Vale do Tua, IMI, Centro de Saúde
de Odivelas, Encerramento de Serviços de Finanças, Dupla Tributação dos
rendimentos de trabalho auferidos no estrangeiro, Acesso ao Ensino Superior
Artístico, Calçada Portuguesa. Cada Grupo Parlamentar dedica a cada um destes
assuntos 2 a 3 (dois a três) minutos! Um desrespeito, desprezo mesmo, pelo
direito de petição.
Hoje, no Parlamento, há democracia às pastilhas. Pequenas pastilhas.
Suma
promiscuidade, conluio ou corrupção?
Ainda
do mesmo Paulo de Morais outro apontamento. Às tantas escreve:
“O
Estado alienou a Empresa Geral de Fomento, líder da gestão de resíduos urbanos,
com volume de negócios anual de 170 milhões. Na privatização, o governo foi
assessorado pela sociedade de advogados “Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da
Silva”. O concurso foi ganho pela SUMA, da Mota Engil, cujos advogados são...
os mesmos! Em suma.. SUMA
promiscuidade.”
Pois
é. Ou pois foi. E há-de continuar a ser… assim. Lembram-se de por vezes referir
aqui nestas Bocas do Inferno sobre a máfia, os mafiosos, o Arco da Governação,
os aprendizes de Al Capone e etc.? Pois. Nem precisamos de ir à bruxa para
perceber aquilo que se mete pelos nossos olhos dentro e também pelos nossos
bolsos dentro.
Quem
vê TV sofre mais que no WC
Havia
uma banda do rock português que cantava o que se empresta aqui ao subtítulo. Eram
do Porto e chamavam-se Táxi. Pode ver e ouvir aqui em versão Youtube.
Curiosamente o vídeo é retirado da RTP Memória. É disso mesmo
que trata o que se segue, da Memória.
A
RTP, ai a RTP. Paulo de Morais outra vez. Será que faz zaping? Faça ou não, o
certo é que tem toda a razão em alertar para o que se segue:
“Os
canais da RTP Informação, Memória, África e Internacional devem ser exibidos em
sinal aberto. Os canais do serviço público estão vinculados à missão de acesso
livre e universalidade, não podendo o seu visionamento ser sujeito a pagamento.
Além do mais, uma vez que a RTP recebe as receitas da taxa do audiovisual, quem
vê estes canais no cabo está a pagar duas vezes o mesmo serviço.
O Parlamento deve legislar neste sentido. E JÁ!”
Concordo com tudo no apontamento mas o que me caiu mesmo no goto foi o “E JÁ!” Sim. Já. Porque
assim é uma roubalheira- Além do mais os programas que a Memória exibe já estão
pagos e repagos e os custos de exibição não são nada por aí além. Os
portugueses pagam a tantos vigaristas e ladrões que já cansa quando não nos
ouvem ou fazem que são surdos e continuam a roubar. Memória para sinal aberto.
Já! A terceira idade pobretana, a maioria, certamente que vai apreciar
revivendo o passado de que mais gostou a nível de programas televisivos, ainda
quando a RTP era a única estação televisiva em Portugal, e também a preto e
branco.
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