quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Prestes a completar 4 anos de atraso, eleições haitianas devem acontecer no final de 2015



Opera Mundi, São Paulo

Presidente Michel Martelly conseguiu assinar acordo com oposição para impedir vazio de poder no Legislativo

Após uma série de protestos que tem tomado as ruas da capital haitiana Porto Príncipe, o presidente do país, Michel Martelly, firmou nesta segunda-feira (12/01) um acordo com a oposição para realizar, no final de 2015, as eleições municipais e legislativas atrasadas há mais de três anos.

A medida é uma saída para a crise política no país e prevê que o presidente não poderá governar por decreto, além de contemplar a formação de um governo amplo de coalizão. O acordo foi assinado na data limite, quando venceu o mandato da atual legislatura parlamentar.

No dia 29 de dezembro, representantes dos três poderes do Estado assinaram um pacto no qual estabeleceram uma série de compromissos para preparar as eleições municipais e legislativas pendentes, além de prolongar o mandato dos deputados até 24 de abril e dos senadores até 9 de setembro.

Durante o final de semana e ontem, quando foram completados cinco anos do terremoto que matou mais de mais de 200 mil haitianos, foram realizados diversos protestos no país contra Martelly, a quem os manifestantes acusam de corrupção e pedem a renúncia.

Está prevista uma reunião da Assembleia Nacional haitiana nesta semana para formalizar o acordo.

Eleições

Desde 2010 o país não promove eleições locais e municipais e a votação para o Senado está atrasada desde 2011. A lei eleitoral está bloqueada na Casa há mais de seis meses por diferenças políticas entre governo e oposição.

Os mandatos de um terço dos senadores expiraram em maio de 2012 e, em janeiro de 2015, um segundo terço dos senadores e deputados ficarão sem cargos. O mandato presidencial se encerra em 2016.

Tanto a ONU (Organização das Nações Unidas), como o governo dos Estados Unidos, têm ressaltado a necessidade de que o processo seja conduzido antes que o Parlamento seja dissolvido, o que acontecerá em janeiro de 2015.

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