Díli,
28 jan (Lusa) - A tomada de posse do novo Governo timorense, o VI Governo
constitucional, deverá decorrer na tarde do próximo dia 06 de fevereiro,
devendo o elenco governativo ser conhecido a 31 de janeiro, disse à Lusa fonte
do executivo.
A
fonte explicou à Lusa que o gabinete do primeiro-ministro, Xanana Gusmão,
solicitou pareceres sobre o processo de remodelação ou reestruturação do
Governo.
Como
tem ocorrido até aqui a cerimónia de tomada de posse decorre no Palácio
Presidencial em Lahane, na parte alta da capital timorense.
O
Presidente da República, Taur Matan Ruak, está atualmente fora de Dili - em
visita à região de Lospalos, na ponta leste do país - e deverá regressar à
capital timorense no final desta semana.
Durante
as últimas semanas tem-se intensificado em Díli o debate sobre quais serão os
membros que saem e entram no novo executivo, com fontes do Governo a explicarem
que a composição será "bastante mais reduzida", passando dos atuais
55 para "25 ou 30" elementos.
Outra
das novidades mais destacadas é a entrada no executivo de membros da Fretilin,
partido da oposição, que estão a ser convidados de forma individual e não
através do partido em si.
Fontes
do Governo referiram à Lusa que há pelo menos três nomes de membros da Fretilin
que poderiam já ter sido convidados: o ex-ministro da Saúde Rui Araújo, o atual
deputado da Fretilin Estanislau da Silva e o líder da bancada da Fretilin,
Aniceto Guterres.
"Os
convites são a pessoas da Fretilin e não à Fretilin", disse à Lusa fonte
do partido.
Fontes
de vários Ministérios ouvidas pela Lusa confirmaram a saída da ministra e
vice-ministra das Finanças, Emília Pires e Santina Cardoso.
Outros
dos nomes afastados do cargo é o de Alfredo Pires, que até aqui desempenhou o
cargo de ministro do Petróleo e Recursos Minerais.
Recorde-se
que na segunda-feira todos os membros do Governo receberam cartas de Xanana
Gusmão a dizer se ficam ou não no novo executivo, informando os que saem que
devem preparar-se para se demitir até 01 de fevereiro.
As
cartas "eram de dois tipos": para os que vão continuar no Governo, a
pedir para se prepararem "para a nova estrutura", e os que saem, para
que se preparem para a resignação "até 01 de fevereiro".
"O
primeiro-ministro escreveu a todos os 55 membros do executivo. Uns para dizer
que ficam, outros para dizer que saem", afirmou a fonte governamental.
Uma
outra fonte do executivo avançou à Lusa que também o ministro dos Transportes,
Pedro Lay, terá apresentado a sua demissão ao primeiro-ministro.
Entre
outras alterações contam-se a possível promoção do ministro da Justiça,
Dionísio Babo.
ASP
// JPS
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