Morte
de um jovem negro que estava sob custódia policial lançou o caos. Milhares de
agentes policiais e tropas da Guarda Nacional foram convocados para controlar
os motins.
O
estado norte-americano de Maryland convocou milhares de agentes policiais
e tropas da Guarda Nacional para controlar os motins em Baltimore, que
surgiram após protestos contra a alegada violência policial.
O
superintendente da polícia de Maryland, William Pallozzi, disse ter ordenado
que 500 agentes de todo o estado viessem dar apoio aos polícias da cidade e requisitou
mais 5.000 daquela região.
Por
seu lado, a comandante da Guarda Nacional, Linda Singh, disse ter 5.000 tropas
prontas e prometeu destacá-las em "toda a força" para proteger
residentes e propriedade.
O
estado de emergência foi decretado pelo governador estadual de Maryland, no
seguimento dos motins registados na noite de segunda-feira na cidade de
Baltimore, no leste dos EUA.
Foi
também decretado o recolher obrigatório na cidade a partir das 22:00 locais de
terça-feira.
Em
conferência de imprensa, a presidente da Câmara de Baltimore, Stephanie
Rawlings-Blake, do Partido Democrata, explicou que o recolher obrigatório será
imposto a partir das 21:00 locais para os menores de 14 anos e tem efeitos
até às 05:00 locais e estará em vigor durante uma semana.
As
autoridades pretendem, assim, diminuir a violência que se vive nas últimas horas nas ruas de Baltimore depois
da morte de um jovem negro quando estava sob custódia policial e que já
provocou ferimentos em vários agentes, alguns dos quais com gravidade, e
elevados danos materiais.
A
polícia de Baltimore admitiu na sexta-feira que o jovem deveria ter recebido
assistência médica imediatamente depois de ter sido detido. Quando faleceu, 80%
da sua coluna vertebral estava 'cortada' na zona das cervicais, segundo os
advogados da família.
Seis
polícias foram suspensos enquanto esperam que a polícia entregue a 1 de
maio as conclusões do seu inquérito aoprocurador de Maryland, que pode decidir
abrir um processo.
Os
últimos dados da polícia apontam para 26 detidos durante os protestos
em Baltimore, além de 15 agentes feridos e múltiplos estragos materiais.
A
nova ministra da Justiça dos EUA, Loretta Lynch, já informou o Presidente
Barack Obama sobre os distúrbios. Lynch "garantiu ao Presidente que vai
continuar a acompanhar os acontecimentos em Baltimore e que o Departamento de
Justiça está pronto para oferecer qualquer assistência que seja
necessária", informou a Casa Branca, num breve comunicado.
O
Departamento de Justiça já abriu uma investigação sobre as circunstâncias da
morte de Gray.
Lusa,
em Diário de Notícias – foto EPA/MICHAEL REYNOLDS
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