Fiéis
queixam-se de constantes perseguições e rejeitam apelo para se reintegrarem na
Igreja Adventista do Sétimo Dia
Coque
Mukuta - Voz da América
O
líder da seita religiosa A Luz do Mundo continua impedido de receber visitas
mesmo dos seus familiares, disseram seguidores de José Julino Kalupeteka que
afirmam continuar a ser perseguidos pelas autoridades.
José
Julino Kalupeteka foi preso há cerca de 45 dias depois de confrontos no monte
Sumi, no Huambo, que causaram um número indeterminado de mortos.
Os
seguidores de Kalupeteka dizem mesmo que nem o filho de José Julino Kalupeteka
conseguiu visitar o pai, a quem apenas dizem para aguardar as ordens de
Luanda.
“O
Governo não está permitir nem mesmo o seu filho visitar o Kalupeteca”,
denunciou um dos fiéis da seita que preferiu o anonimato.
Vário
seguidores de Kalupeteka rejeitaram também o apelo da ministra da Cultura Rosa
Cruz e Silva para que se reintegrem na Igreja Adventista do 7º dia.
A
declaração da ministra foi condenada pelos seguidores daquela seita que dizem
estar à espera da palavra de ordem do seu líder, José Julino Kalupeteka.
“A
ministra não tem nada a ver com a igreja, eu não volto e pior é quando os
religiosos viram políticos”, disse um deles, acrescentando que “sem ele
ninguém obedece”.
Os
seguidores de Kalupeteka queixam-se de estarem a ser perseguidos em algumas
capitais provinciais por elementos dos serviços secretos e da investigação
criminal por pertencerem à seita.
Muitos
dizem temer pelas suas vidas e por isso preferem o anonimato.
Outros
reagiram às afirmações do ministro da Justiça Rui Mangueira que negou, pela
segunda vez, a realização de uma investigação independente proposta pela ONU.
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